quarta-feira, 29 de maio de 2013

Entendendo...

Mas o que seria o SUS? Quais suas diretrizes e princípios gerais?
A concepção de um sistema único de saúde (SUS) e sua institucionalização por meio da Constituição foram um dos maiores avanços na luta pela construção de um país mais justo e menos desigual.
SUS - Um dos maiores avanços na luta pela construção de um país mais justo e menos desigual
Para se iniciar a discussão é possível partir de uma definição conceitual dada por Cipriano Vasconcelos e Dário Pasche (2006), os quais apontam que: “O Sistema Único de Saúde (SUS) é o arranjo organizacional do Estado brasileiro que dá suporte à efetivação da política de saúde no Brasil, e traduz em ação os princípios e diretrizes desta política. Compreende um conjunto organizado e articulado de serviços e ações de saúde, e aglutina o conjunto das organizações públicas de saúde existentes nos âmbitos municipal, estadual e nacional, e ainda os serviços privados de saúde que o integram funcionalmente para a prestação de serviços aos usuários do sistema, de forma complementar, quando contratados ou conveniados para tal fim”. (VASCONCELOS e PASCHE, 2006, p. 531).      

Nasceu na década de oitenta, fruto da reivindicação social da sociedade civil através de movimentos pela reforma sanitária, sendo institucionalizado quando da promulgação da Constituição Nacional de 1988. É possível dizer que o SUS tem como objetivo integrar e coordenar as ações de saúde nas três esferas do governo. O artigo 4° da Lei 8.080/90 afirma que: O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde – SUS. Em sua concepção, é importante apontar que o SUS são se trata de um sistema de serviços assistencialistas, mas que visa “articular e coordenar ações promocionais e de prevenção, como as de cura e reabilitação.” (Ibidem, p. 532).

O SUS traria uma nova concepção de saúde agora ampliada, pois passaria a considerar também outros fatores que, direta ou indiretamente, estariam associados ao se pensar a saúde e qualidade de vida como aspectos econômicos, sociais, culturais e biotecnológicos (estes aspectos serão tratados mais pontualmente no tópico a seguir). Somado a isso, estaria também uma visão integrada das ações e dos serviços de saúde. Logo, o caráter inovador estaria na criação de condições para a superação de uma visão de saúde pública que se concentrava na doença.

São 3 os princípios doutrinários que conferem legitimidade ao SUS: a universalidade, a integralidade e a equidade. A universalidade está ligada à garantia do direito à saúde por todos os brasileiros, sem acepção ou discriminação, de acesso aos serviços de saúde oferecidos pelo SUS. O significado deste princípio é extremamente relevante para a consolidação da democracia, pois, partir de então, não apenas as pessoas com carteira assinada (ligadas à previdência) poderiam contar com tais serviços, mas toda a população. Outro princípio fundamental é integralidade. Tal conceito parte da ideia de que existem várias dimensões que são integradas envolvendo a saúde dos indivíduos e das coletividades. Assim, o SUS procura ter ações contínuas no sentido da promoção, da proteção, da cura e da reabilitação. Como apontam Vasconcelos e Pasche (2006, p. 535), “esse princípio orientou a expansão e qualificação das ações e serviços do SUS que ofertam desde um elenco ampliado de imunizações até os serviços de reabilitação física e mental, além das ações de promoção da saúde de caráter nacional intersetorial.” Da mesma forma, a equidade “como princípio complementar ao da igualdade significa tratar as diferenças em busca da igualdade” (ELIAS, 2008, P. 14). Assim, este princípio veio ao encontro da questão do acesso aos serviços, acesso muitas vezes prejudicado por conta da desigualdade social entre os indivíduos. Neste sentido, fala-se em prioridade no acesso às ações e serviços de saúde por grupos sociais considerados mais vulneráveis do ponto de vista socioeconômico. Na obra A saúde como direito e como serviço, Amélia Cohn (1991, p. 25) afirma que: “Constituir, portanto, a saúde como ‘um direito de todos e dever do Estado’ implica enfrentar questões tais como a de a população buscar a utilização dos serviços públicos de saúde tendo por referência a sua proximidade, enquanto para os serviços privados a referência principal consiste em ‘ter direito’. Da mesma forma, e exatamente porque essas questões remetem à tradição brasileira de direitos sociais vinculados a um contrato compulsório de caráter contributivo, contrapostos a medidas assistencialistas aos carentes, a equidade na universalização do direito à saúde está estreitamente vinculada às mudanças das políticas de saúde no interior de um processo de alteração da relação do Estado com a sociedade, o que vale dizer, da alteração do sistema de poder no país.”

Para além destes três princípios básicos para se pensar o SUS, é também relevante apontar outro aspecto como o direito à informação, requisito importante - do ponto de vista democrático - para vida do cidadão usuário do sistema. É fundamental que as informações acerca da saúde individual e coletiva sejam divulgadas pelos profissionais da saúde, os quais são assim responsáveis pela “viabilização deste direito” (VASCONCELOS e PASCHE, 2006, p. 536).

Além dos princípios, do ponto de vista do funcionamento do SUS, deve-se considerar suas diretrizes organizativas, as quais buscam garantir um melhor funcionamento do sistema, dentre as quais estão: a descentralização com comando único, a regionalização e hierarquização dos serviços e participação comunitária.

O processo de descentralização tinha como objetivo alcançar a municipalização da gestão dos serviços, o que certamente representou a quebra de um paradigma. Assim, para cada esfera de poder regional (União, Estado e Município) haveria um responsável local, mas articulado com as outras esferas. Ao se falar da descentralização faz-se necessário pensar na regionalização. Como apontam Vasconcelos e Pasche (2006), o objetivo da regionalização é ajudar na melhor e mais racional distribuição dos recursos entre as regiões, seguindo a distribuição da população pelo território nacional. Já com relação à hierarquização, o que se almeja é ordenar o sistema por “níveis de atenção e estabelecer fluxos assistenciais entre os serviços de modo que regule o acesso aos mais especializados, considerando que os serviços básicos de saúde são os que ofertam o contato com a população e são os de uso mais frequente”. (Ibidem, p. 536).

Outra diretriz muito importante ao SUS e que, certamente, está ligada também a uma mesma raiz democrática pertinente ao sistema é a participação comunitária e a criação dos conselhos. A participação comunitária foi assegurada por lei (8.142/1990), o que valoriza a ideia de democracia participativa. Neste mesmo sentido da valorização do SUS como um patrimônio e responsabilidade de todos, foram criados em 2006 três pactos: o Pacto pela vida, o Pacto em defesa do SUS e o Pacto de Gestão do SUS. Do ponto de vista da concepção das políticas para saúde, todos devem ser considerados.

Por fim, há também uma preocupação com a questão da Integração. “A integração de recursos, de meios e de pessoal na gestão do sistema é preconizada nas leis e normas como condição básica para assegurar eficácia e eficiência ao sistema” (Ibidem, p. 537). Da mesma forma, para a além da compreensão dos princípios e das diretrizes organizativas do SUS, é importante destacar a questão da racionalização do sistema com vistas ao melhor desempenho e atendimento de seus objetivos.

Logo, o que se pode concluir é que a concepção de um sistema único de saúde e sua institucionalização por meio da Constituição foram um dos maiores avanços na luta pela construção de um país mais justo e menos desigual. Se ainda existem problemas no atendimento público da saúde – e não são poucos, é inegável o fato de que, a despeito disso, o SUS contribuiu para o fortalecimento da cidadania nacional, uma vez que o direito ao atendimento à saúde é um importantíssimo direito social.
http://www.brasilescola.com/sociologia/mas-que-seria-sus-quais-suas-diretrizes-principios-gerais.htm

Curioso...

Guardado a sete chaves
As origens de uma expressão utilizada para falar de um segredo muito bem guardado.
No processo de formação das monarquias nacionais, já nos finais da Idade Média, observamos que vários segredos e tesouros do Estado eram guardados de forma bastante cuidadosa. Afinal de contas, os tratados e tesouros eram itens de suma importância na garantia dos interesses de um monarca ou no fortalecimento econômico de uma nação. Nesse contexto, observamos que era bastante comum a utilização de baús, que eram guardados sobre o mais absoluto sigilo.
Tal hábito foi o grande responsável pela concepção do termo “guardado a sete chaves”, corriqueiramente utilizado quando devemos guardar ou estamos guardando um segredo de suma importância. Na verdade, a relação do termo com o antigo hábito das cortes se dá pela utilização de diferentes chaves no processo de fechadura desses baús. Só que, ao invés de sete chaves, os baús daquela época contavam com apenas quatro chaves que eram distribuídas entre pessoas de inteira confiança do monarca.
Desse modo, fica ainda a curiosa pergunta: “Se os baús do período eram de quatro chaves, por que falamos que o segredo está guardado a sete chaves?”. É nessa hora que a religiosidade e o misticismo daqueles tempos entram em ação para explicar essas “outras chaves” da nossa expressão investigada. Já na Antiguidade, muito antes do surgimento de monarquias nacionais, o número sete era empregado como um poderoso símbolo de perfeição e sacralidade.
Algumas antigas religiões do Crescente Fértil realizavam rituais de adoração aos sete planetas conhecidos até aquela época. No período medieval, as cartas de testamento eram lacradas com sete selos e a formulação desses mesmos documentos também contava com a participação de sete testemunhas. Na própria narrativa bíblica, o número sete aparece várias vezes como meio de se referir à figura divina ou às ações executadas de forma perfeita.
De tal modo, quando dizemos que um segredo ou tesouro é “guardado a sete chaves”, rememoramos toda essa tradição simbólica conferida ao número sete. Pelo visto, a origem e os segredos que envolvem a explicação desse termo já têm todas as suas sete chaves destrancadas.

Piada...

Um portuga tinha bebido a mais e voltando para casa, capotou com o carro e ficou pendurado numa arvore, sobre um precipício de 10000 metros. Logo após chega um mascarado todo vestido de preto, num cavalo preto, e usava uma espada e salva o portuga. Logo pega a espada e faz um Z na barriga do portuga e pergunta: - Sabes quem eu sou? O portuga pensa (?) olha o Z e responde: - Pois claro! Zuperman...

Devanear...

Há Homens e Homens - Bertold Brecht
"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida. Esses são os imprescindíveis."

O que nos aguarda em breve...

Novas tecnologias reduzem em até 70% o consumo de energia elétrica em casa
Residência de 400 m² foi construída na capital paulista para mostrar soluções na hora de economizar energia. Projeto permanente poderá ser visitado pelo público.
A cidade de São Paulo acaba de ganhar uma casa repleta de soluções para economizar energia. A CasaE, da Basf, tem 400 m² e foi construída para mostrar as novas tecnologias que permitem  reduzir o consumo elétrico em até 70%. O maior foco dos produtos inteligentes apresentados foi o controle térmico dos ambientes, uma forma de diminuir o uso de ar-condicionado. Um deles consiste no uso de microcápsulas poliméricas, um tipo de plástico, em massas e placas de gesso. A novidade (ainda não disponível no Brasil, mas já à venda em países como Alemanha e EUA) garante que a temperatura do local não ultrapasse 25º C.
A CasaE apresenta soluções que economizam até 70% de energia. O projeto da Basf é permanente e poderá ser visitado pelo público. 
A residência localizada na Avenida Vicente Rao, zona Sul da capital paulista, mostra alternativas tecnológicas também no sistema construtivo . Foram usados blocos de poliestireno (outro tipo de plástico) com partículas de grafite. O material colocado em paredes e tetos da CasaE consegue absorver raios infravermelhos e oferecer isolamento térmico até 70% superior ao da alvenaria comum. Outro composto apresentado no projeto foi um pigmento de tintas (sem restrição de cores), ainda em desenvolvimento, que inibe a absorção de raios solares.
As soluções aplicadas na CasaE abrangeram até propostas sobre conforto acústico . Os forros do auditório, home teather e da sala de reunião foram revestidos com uma espuma (antichamas), à base de melanina, que aumenta a proteção acústica. Além disso, tecnologias como pisos drenantes, impermeabilizantes de área externa, tintas antibactéria, placas fotovoltaicas e solares também marcaram presença. “A CasaE custou R$ 3 milhões, incluindo gastos com obra, decoração e compra do terreno de 1.700 m². Imaginamos que o investimento seja 30% superior ao de uma casa tradicional, mas a recuperação acontece a médio prazo”, afirma Leonardo Vittoriano, coordenador do grupo de construção da Basf.

A decoração minimalista dos ambientes da casa inteligente foi feita pelo arquiteto Gustavo Calazans. “Usei poucos móveis e abusei de cores nos espaços. Gosto de trabalhar com pallets e elementos de concreto, por isso, não hesitei em colocar um sofá rústico na sala”, diz. A CasaE é um projeto permanente – cuja decoração será renovada todos os anos – e que poderá ser visitada pelo público. A expectativa dos organizadores é receber, no mínimo, cinco mil pessoas por ano.

Serviço:
CasaE
Endereço: Avenida Vicente Rao, 1195 - Brooklin, SP.

http://delas.ig.com.br/casa/arquitetura/2013-05-29/novas-tecnologias-reduzem-em-ate-70-o-consumo-de-energia-eletrica-em-casa.html

Estrutura psicológica fragilizada...

Mãe de bebê resgatado do esgoto na China é identificada
A mulher que denunciou a presença de um recém-nascido no encanamento de esgoto de um banheiro em uma casa da província chinesa de Zhejiang reconheceu ser a mãe do bebê, publica nesta quarta-feira a imprensa local.

A mãe, solteira de 22 anos e cujo nome não foi divulgado, admitiu à polícia dois dias depois do resgate que tinha dado à luz o bebê em segredo em um banheiro do condomínio em que vivia.
O pai da criança, segundo explicou, não queria assumir a criança e ela não se submeteu a um aborto - bastante comum como método anticoncepcional na China - porque não tinha dinheiro para pagar pelo procedimento.
A moça então manteve a gestação em segredo, vestindo roupas largas e apertando a barriga. Segundo essa versão, o bebê teria escorregado no parto e caído no encanamento.
Após tentar tirá-lo, sem sucesso, e com medo de que descobrissem que ela era a mãe, avisou ao dono da casa sobre o bebê e esse, por sua vez, chamou os serviços de emergência.

A equipe conseguiu libertar o bebê duas horas mais tarde, depois que foi levado ao hospital ainda preso no encanamento, de apenas dez centímetros de diâmetro.
Durante duas horas, os bombeiros e os médicos quebraram o tubo pedaço a pedaço para finalmente tirar o pequeno, que sofreu alguns cortes e no rosto e nos membros.
O bebê, um menino de 2,8 quilos, foi declarado fora de risco e se alimenta normalmente, segundo as autoridades.
A mãe, que renunciou à guarda da criança, não enfrentará acusações pelo fato, que a polícia decidiu tratar como um acidente e não como um crime, como havia anunciado inicialmente.
O fato gerou milhares de comentários nas principais redes sociais do país, entre elas, a Weibo - o Twitter chinês - onde os cidadãos manifestaram assombro pelo ocorrido e se multiplicaram as ofertas de ajuda ao neném.
http://br.noticias.yahoo.com/m%C3%A3e-beb%C3%AA-resgatado-esgoto-china-%C3%A9-identificada-114054282.html

Todos juntos...

Super-heróis são aliados de hospital paulista para tratar crianças com câncer
"Superformula" é resultado da parceria entre A.C. Camargo e Warner Bros. para tornar o momento da quimioterapia menos sofrido
Atualmente, a cura do câncer infantil ultrapassa 80% na maioria dos tumores e um dos maiores desafios dos médicos é fazer com que o tratamento não seja um momento tão traumático para as crianças.
Pensando nisso, o departamento de Oncologia Pediátrica do A.C.Camargo, em São Paulo se uniu à Warner Bros. e à agência de publicidade JWT para trazer os personagens - e a coragem - da Liga da Justiça para os corredores do hospital. Eles criaram o conceito de "Superformula" para se referir à quimioterapia.
Funciona assim: os recipientes de quimioterapia, em vez de ficarem expostos como soros comuns, são envolvidos por uma capa com os símbolos de personagens como Batman, Lanterna Verde e Mulher Maravilha. A ala da pediatria do hospital também ganhou nova decoração. A sala de brinquedos virou a Sala da Justiça, portas e corredores foram decorados com o tema, e a fachada ganhou uma entrada exclusiva para pequenos heróis.
O projeto também colocou os responsáveis pela campanha e os médicos do hospital juntos na criação e produção de uma série especial de desenhos animados e gibis, onde os próprios heróis vivem uma história semelhante a da criança com câncer e se recuperam através dessa Superformula.

“O tratamento, principalmente no começo, é muito assustador tanto para a criança quanto para a família. O projeto Superformula ajudar no entendimento da doença e exerce sobre ao paciente o poder dele ter mais forças para enfrentar a dor e os problemas e ficar bem. Os pacientes são os verdadeiros super-heróis, cujo poder é acreditar na cura”, afirmou em nota a diretora de Oncologia Pediátrica do A.C.Camargo, Cecília Lima da Costa.

Mais uma etapa superada...