quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Só rindo...










Refletir...


“Não há que ser forte. Há que ser flexível.” (Provérbio chinês)
http://pensador.uol.com.br/proverbios_chineses/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
De volta à Libertadores
 De volta à Libertadores 23 anos depois, Tricolor joga para afastar a crise.

Esses dias, recebi um e-mail de um estudante carioca perguntando se na frase acima, estampada em um jornal do Rio de Janeiro, o uso da crase estaria adequado.

Vamos à resposta:

Como já vimos muitas vezes nestas colunas, crase é a fusão de duas vogais idênticas. Quando a fusão ocorrer entre a preposição "a" e o artigo "a" ou "as" ou entre a preposição "a" e os pronomes demonstrativos "a" ou "as", deve-se usar o acento grave: "à, às". Por exemplo:

Obedeci à regra.
Obedecei às regras.

Em ambas as frases há a preposição "a" (Quem obedece, obedece A algo) e o artigo "a" (a regra) e "as" (as regras). Por isso o acento grave em ambas.

Obedeci a regras.

Já nessa frase só há a preposição "a". Não há artigo algum, que, se houvesse, seria "as" (as regras). Sem crase, portanto. Nunca ocorre crase quando o "a" estiver no singular, e a palavra seguinte no plural.

A frase apresentada pelo estudante, porém, só aparentemente tem um substantivo no plural, uma vez que "Libertadores" é o nome de uma competição. Ninguém diria "O Santos é bicampeão das Libertadores", e sim "O Santos é bicampeão da Libertadores".

Na frase apresentada existe a preposição "a" (Quem está de volta, está de volta A algo) e o artigo "a" (A Libertadores é uma competição futebolística). O acento grave indicador de crase está, portanto, adequado:

 De volta à Libertadores 23 anos depois, Tricolor joga para afastar a crise.
http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/de-volta-a-libertadores.jhtm

História...


A Proclamação da República no Brasil
A proclamação de Deodoro da Fonseca: o primeiro marco de nossa história republicana
No dia 15 de novembro de 1889, aconteceu a proclamação que transformou o Brasil em um país de regime republicano. Antes disso, nosso país era um império organizado a partir do rompimento dos laços coloniais com Portugal. A proclamação republicana foi resultado da ação de um grupo de militares, que se colocou contra o governo imperial que era liderado por Dom Pedro II.
A ação dos militares brasileiros realizou-se numa época em que os movimentos de oposição contra o império já aconteciam. No fim do século XIX, vários intelectuais e políticos acreditavam que o Império não era o melhor para o país. A ideia de um governo controlado por um imperador, portando muitos poderes, era entendida como algo que dificultava o desenvolvimento da nação.
Além disso, havia uma grande oposição ao governo imperial por conta dotrabalho escravo. A escravidão era interpretada como um tipo de trabalho que impedia o processo de modernização de nossa sociedade, de nossa economia. Portanto, a escravidão deveria ser combatida. Contudo, esse mesmo regime era mantido pelo governo imperial. Com isso, muitos defensores do fim da escravidão também se transformaram em críticos do governo de Dom Pedro II.
Nesse conjunto de transformações, alguns militares engrossaram a fileira dos que não concordavam com o governo de Dom Pedro II. Após a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870, os militares brasileiros ganharam muito prestígio mediante a vitória do país nesse conflito. Valorizados pelo conflito, passaram a exigir maior valorização com melhores salários e a formação de uma carreira mais interessante. Na medida em que o império não cumpria todas essas exigências, importantes figuras do Exército passaram a se contrapor à ordem imperial.
Não bastando esse movimento, devemos destacar o problema surgido nessa mesma época entre o imperador e a Igreja Católica. No fim do século XIX, o papa havia decretado que os católicos envolvidos com a maçonaria deveriam ser expulsos da Igreja. O imperador, que era católico e simpático à maçonaria, acabou não seguindo essa exigência e impediu que os bispos brasileiros seguissem as recomendações papais.
Nesse período, essas tensões cresciam e a abolição da escravidão, decretada em 1888, acabou piorando a situação de Dom Pedro II. Os grandes fazendeiros proprietários de escravos se sentiram desamparados pela Coroa e também passaram a se voltar contra o rei. Nesse contexto de críticas e oposições, passou a correr um boato de que Dom Pedro II iria realizar uma grande reforma nas Forças Armadas, retirando da corporação os militares que se opunham ao Império.
Essa polêmica, alimentada ao longo do ano de 1889, acabou mobilizando um grupo de militares que exigiam a anulação dessa reforma. Alguns outros, já percebiam nessa oportunidade a situação ideal para impor a dissolução do Império Brasileiro. Foi entre essas duas propostas que o marechal Deodoro da Fonseca, líder do Exército, foi convocado para liderar a ação que deu fim à monarquia brasileira. No dia 15 de novembro daquele ano começava o regime republicano brasileiro.
A partir daquele momento, dava-se início a um novo tipo de governo político em nossa história. Na república, temos a organização de um governo que deveria dar mais autonomia aos estados e maior direito de participação política aos cidadãos do país. Apesar de esses serem os dois pilares do nosso regime, foram muitas ainda as lutas e transformações que viriam a garantir realmente essas duas mudanças em nossa realidade política. Ou seja, o 15 de novembro foi apenas um primeiro passo de uma longa estrada a se construir.

Viva a sabedoria...

Gottfried Wilhelm Leibniz

Filósofo e matemático alemão (1646-1716), gênio precoce, aos quinze anos iniciava-se no estudo da filosofia escolástica e tinha lido as literaturas gregas e latinas. Na Universidade de Leipzig estudou Filosofia, Direito e Matemática. Em 1644, com a tese De cassibus perplexis in iure, obtém o grau de mestre em Filosofia. Interessou-se pelos autores como São Tomás de Aquino, Bacon, Hobbes, Galileu, Descartes, Locke, Espinosa, Malebranche, que leu com deferência, mesmo quando deles descordava. Dedicou parte da sua vida à atividade política e diplomática. Durante a sua estada em França, conheceu os trabalhos matemáticos de Pascal. Conheceu Espinosa numa viagem que fez pela Holanda, e outros filósofos e cientistas do seu tempo.
A sua vida foi marcada não somente pelas sua obras filosóficas, mas também pelas suas descobertas matemáticas e uma intensa actividade política. Deixou uma vasta correspondência e inúmeros opúsculos
O seu sistema filosófico é pluralista (critica a doutrina espinosista da substância única), racionalista (distingue entre verdades de razão, regidas pelos princípios da não-contradição, e verdades de facto, que se apoiam no princípio da razão suficiente) e optimista (o mundo criado por Deus é o melhor dos mundos possíveis). Os seus trabalhos de investigação abarcam os mais diversos assuntos. As suas descobertas matemáticas determinam a forma da sua filosofia.
É autor das Meditações sobre o Conhecimento, a Verdade e as Ideias (1684), em que distingue a sua filosofia da de Descartes; dos Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano (1704), em que expõe a sua teoria sobre o conhecimento; de uma Teodiceia (1710), em que desenvolve o seu optimismo metafísico; uma Monadologia (1714), em que expõe a sua concepção geral do universo, de entre outras.

http://www.eurosophia.com/filosofos/filosofos/leibniz.htm

Cultura viva...


Dança
Valsa, Polca, Balé, Pole Dance e Dança do Ventre
Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional da dança, instituído pela UNESCO em homenagem ao criador do balé moderno, Jean-Georges Noverre.
A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.
Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independente do som que se ouve, e até mesmo sem ele.
A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na Pré-História, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo.
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos.
O Japão preservou o caráter religioso das danças. Até hoje, elas são feitas nas cerimônias dos tempos primitivos.
Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), e dançava-se em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura.
No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos das danças.
Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se difundindo.
O maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois através das danças vindas dos negros, dos índios e dos europeus esses ritmos se originaram.
Hoje em dia as danças voltaram-se muito para o lado da sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países do Oriente Médio a dança do ventre é muito difundida; e no Brasil, o funk e o samba são populares. Além desses, o strip-tease tem tido grande repercussão, principalmente se unido à dança inglesa, pole dance, também conhecida como a dança do cano.
http://www.brasilescola.com/artes/danca.htm

Entendendo...


Atrofiamento da participação civil na história do Brasil
A participação da sociedade civil na história política do Brasil é quase inexistente, visto que há muito tempo as elites organizam e lideram os golpes políticos, de forma a defender seus próprios interesses.
A vontade das elites atroficou a construção de um espaço político eficaz para um país dito democrático
A história política do Brasil é marcada por um artificialismo de valores e instituições que desconfiguraram o espaço político, aspecto fundamental para a participação da sociedade civil. Tal artificialismo começou no Império e sua hipertrofia conduziria mais tarde ao advento da República no momento em que ficaria clara a maneira arbitrária e centralizadora com a qual o Imperador governava (através de mecanismos como o Poder Moderador), bem como a inexistência de partidos políticos com posições claras e definidas. Solícita por maior participação das decisões, a aristocracia cafeeira defenderia o princípio democrático no sentido de promover a descentralização do poder em contraposição à centralização nas mãos do Imperador.
Esse quadro, no entanto, embora tenha embocado na República, não surtiu maiores mudanças, a não ser o maior fortalecimento das elites cafeeiras de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ângela de Castro Gomes, em História da Vida Privada do Brasil (1998), afirma que nos primórdios do Período Republicano o que se assistia era a luta entre o caudilhismo (ou coronelismo), moldado no ambiente rural e expresso pelo poder local, e o cesarismo, o qual significava a autoridade pública central, cesarismo este pautado certamente sobre ideais europeus “importados”.
Ao se pensar no advento da República é fundamental compreender qual classe a protagonizou. Como é sabido, não houve uma participação do país como um todo, mas sim o destaque da elite agrária que encabeçou essa “luta” contra o Império, de forma indiferente ao povo, mas em última instância também em “nome” dele, uma vez que a tutela dos excluídos sempre fora algo dado com certa normalidade na ordem privatista. Obviamente, mais por seus interesses do que por qualquer outra motivação, as elites agrárias, chefes do ruralismo e representantes dessa sociedade patriarcal, tomaram o poder e depuseram o Império, com belos discursos clamando democracia, federalismo, enfim, instituições que poderiam trazer modernização para a política nacional a fim de erguer um Estado-nação. Porém, isso se deu mais na retórica que na prática.
A promoção das práticas políticas sobre a égide do poder privado desconfigurou ao mesmo tempo os mecanismos políticos do debate das ideias, tornando-se um anátema no seio de um Estado Republicano que tentava fazer frente a um liberalismo “mal copiado” das correntes positivistas e liberais da Europa no final do século XIX. Inviabilizou-se, dessa forma, a construção de um espaço político capaz de promover seu último e maior objetivo: os debates entre os diferentes atores e classes sociais com a promoção das deliberações alcançadas de forma democrática e discutidas em situação de igualdade entre as representações legítimas da sociedade e de seus grupos. No momento em que as elites oligárquicas excluem a massa (integral ou parcialmente) da efetiva participação política (e que essa, diga-se de passagem, esteja acomodada em seu ruralismo), guia-se a administração do Estado e a política nacional para a “irracionalidade” (ao que parece) da tutela do povo e ao privatismo, remetendo até mesmo a um sentimento de não necessidade da presença do Estado. Em outras palavras, no Brasil, essa mesclagem entre o público e o privado, isto é, essa extensão do interesse individual (ou de um grupo) dentro do espaço que deveria ser público, desembocou num quadro completamente alheio ao da definição teórica deespaço político, que podemos encontrar no Dicionário de Política, organizado por pensadores como Norberto Bobbio.
Do Brasil Imperial, passando pela República Velha e pelos anos Vargas, e até em certa medida ainda nos dias atuais, fica clara a ideia das consequências dadas pela sobreposição entre o público e o privado, a mistura de ambos, dificultando a emancipação real da sociedade civil, bem como no que diz respeito ao desenvolvimento do que podemos compreender como prática da cidadania. Em boa medida, na sociedade brasileira prevaleceu o anseio das elites, e este determinismo da esfera privada atrofiou a construção de um espaço político eficaz para um país dito democrático. Isso fica evidente tanto pela falta de interesse por política da maioria das pessoas comuns, como pelos constantes escândalos de corrupção daqueles que usam da coisa pública para interesse particular.
Assim, na fala de Nestor Duarte em sua obra intitulada A Ordem Privada e a Organização Política Nacional (1939), todo interesse, como sentimento privado, que interfira na esfera política é hostil à ordem e à participação civil. “Começa então o grande conflito do nosso processo político. Uma realidade infensa que a ele se submete, também o perverte. Ou o reduz e simplifica” (DUARTE, 1939, p. 241).

Mais uma etapa superada...