“O amor é um jogo
cooperativo. Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.” Roberto Shinyashiki
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A VIDA DO ESPÍRITO - Hannah
Arendt
Por onde estamos quando pensamos? O que significa ausência de
pensamentos? Essa atividade do pensar sem som, mas nunca silenciosa, pode nos
fazer companhia? O que é o pensar, a possibilidade de ver, ou ver é a
possibilidade de pensar? O que nos quer dizer, a filósofa Hannah Arendt, esse
sentido de afinidade com a morte que tem os filósofos não vem da atividade do
pensar e das experiências do próprio pensante? O que é pensar? O que nos faz
pensar? Pensar e Querer são faculdades incapazes de coexistir? Então surge a
questão: quais os padrões da operação reflexão quando a faculdade de Julgar é
baseada no sentido do gosto? O ato de pensar poderia levar o ser humano a
abster-se da prática do mal?
A filósofa Hannah Arendt em 1972 foi convidada a participar como conferencista das Gifford lectures, na Universidade de Aberdeen, e foi durante a primavera de 1973 que deu início esta série de palestras, titulada A vida do espírito. Porém, a filósofa somente proferiu a primeira parte de suas conferências em 1973, sobre O Pensar. Porém foi impedida de continuar, morreu subitamente em 4 de dezembro de 1975, noite de quinta-feira, entre amigos em casa. A filósofa nos deixava um legado intelectual, humanista e amoroso. A dignidade humana deixada por Hannah Arendt é aquela que ela mesma exerceu durante toda a sua vida, a sua existência, a sua historicidade, durante todo o tempo que foi a pessoa Hannah Arendt. A Vida do Espírito nos traz um universo de indagações e possibilidades de conclusões em torno do Pensar, do Querer e do Julgar. A filósofa começa o tema apresentando as duas fontes que deram origem as conferências, o julgamento de Eichmann em Jerusalém em que o fenômeno do mal foi analisado como algo da irreflexão, ausência de pensamento. Outra questão que despertou seu interesse foram as questões morais que têm origem na experiência real e se chocam com a sabedoria de todas as épocas. Sua reflexão dialoga com a metafísica de Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, e se detém em Kant, filósofo que segundo ela, faz a distinção entre o interesse da razão pelo incognoscível e o interesse do intelecto pelo cognição. Aborda os filósofos Hegel e Heidegger. Nossas dificuldades com as questões metafísicas, diz a filósofa, são produzidas nem tanto por aqueles para quem essas são questões sem sentido, mas acima de tudo, pela própria parte atacada, os próprios filósofos quando começaram a declarar o fim da filosofia e da metafísica. Hoje, conclui Hannah Arendt, é uma velha história. Ao contrário de toda a metafísica dos filósofos pesquisados pela filósofa Hannah Arendt, sua atenção volta-se ao pensamento como uma atividade e ainda às experiências do ego pensante. É importante observar que a filósofa tem como cenografia de sua reflexão a tensão entre filosofia e política. O resultado da obra é uma análise ponderada e desafiadora da atividade do espírito humano que deve se apreciada como um legado para esta e para as futuras gerações. |
Cosméticos
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A palavra cosmético vem do grego kosmetikós, que significa
"o que serve para ornamentar". Os cosméticos surgiram no Oriente na
Antiguidade e se espalharam pelo resto do mundo. Usavam-se óleos, essências
de rosa e de jasmim e tinturas para os cabelos. A alta sociedade de Roma
tomava banhos com leite de jumenta para embelezar a pele. Na Idade Média, o
açafrão servia para colorir os lábios; o negro da fuligem, para escurecer os
cílios; a sálvia, para esbranquecer os dentes; a clara de ovo e o vinagre,
para aveludar a pele.
Mas os cosméticos enfrentaram vários obstáculos ao longo da história. Uma lei grega do século II proibia que as mulheres escondessem sua verdadeira aparência com maquiagem antes do casamento. A legislação draconiana, adotada pelo Parlamento britânico em 1770, permitia a anulação do casamento se a noiva estivesse de maquiagem, dentadura ou cabelo falso. Nos anos seguintes, no entanto, a maquiagem pesada tomou conta da Inglaterra e da França. Até que a febre passou após a Revolução Francesa. Só se admitia que pessoas mais velhas e artistas de teatro usassem. Em 1880, a maquiagem reconquistou as mulheres e nascia a moderna indústria de cosméticos. Os pós faciais, que surgiram em 4 000 a.C. na antiga Grécia, eram perigosos porque tinham uma grande quantidade de chumbo em sua composição e chegaram a causar várias mortes prematuras. O rouge era um pouco mais seguro. Embora fosse feito com amoras e algas marinhas, substâncias naturais, sua cor era extraída do cinabre (sulfeto de mercúrio), um mineral vermelho. O mesmo rouge era usado nos lábios, como batom, onde era mais facilmente ingerido e também causava envenenamento. O costume de pintar as unhas nasceu na China, no século III a.C. As cores do esmalte indicavam a classe social do indivíduo. Os primeiros eram feitos de goma arábica, clara de ovo, gelatina e cera de abelha. Os reis pintavam as unhas com as cores preta e vermelha, depois substituídas pelo dourado e pelo prateado. No Egito antigo, a tradição se repetiu. |