quarta-feira, 18 de julho de 2012

Piadas...


Um São Paulino Nos EUA
Um são-paulino que morava nos Eua liga para o pai que mora no Brasil:

- Alô, pai.

- Fala filho!

- Eu tenho um amigo aqui que ta fazendo aniversário e eu queria dar um presente bem brasileiro pra ele. Só que eu não sei o que dar, você me ajuda?

- Dá uma bola de futebol para ele.

- Ah, pai! Ele até gosta de futebol, mas, os amigos dele não. Aí ele ia jogar sozinho.

- Então dá uma camisa do São Paulo para ele!

- Ah, pai! Aqui não vende isso!

- Então dá um pandeiro para ele.

- Ah, pai! Ele não gosta de samba!

Aí o pai dele se enche:

- Quer saber? Vai dá o cu para ele!

- Ah, pai! Presente repetido não vale

Devanear...


A Árvore da SerraAugusto dos Anjos

" - As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs alma nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha`alma!...

- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!"

http://lindos-sonetos.vilabol.uol.com.br/xav3.htm

Alerta máximo...


Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo

Um estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.

A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo.

Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.

Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. "Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários," diz ele.

"O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças".

No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas.

Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.

Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, "quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer".

América Latina. Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.

Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.

A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon. 

No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa. 

Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon. 

Desafio global. É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que "precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana".

"O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar de usá-lo."

Barbárie diária...


Estudo mapeia mortes de jovens no Brasil

Era 26 de março de 2010 quando o jovem Rafael Souza de Abreu, 16, virou mais um número para pesquisadores de segurança pública.
Nessa data, ele foi morto com oito tiros perto da casa de um amigo em Santos (SP).
Segundo seu pai, o operador portuário José de Abreu, e a Promotoria, o rapaz foi confundido com um ladrão de uma loja de roupas e foi morto em represália a um furto que não praticou.
Assim, ele passou a ser um dos 8.686 adolescentes e crianças assassinados naquele ano e engrossou a lista que, desde 1980, aumentou 376%. No mesmo período, entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%.
Os dados são do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", pesquisa que será lançada hoje.
O levantamento analisa as informações do Ministério da Saúde sobre as causas das mortes de pessoas entre zero e 19 anos de idade.
O ritmo de crescimento da morte entre jovens é constante. Em 30 anos, só teve queda quatro vezes. Nos demais aumentou entre 0,7% e 30%.


Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de jovens representava no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de assassinato. Já em 2010, 43%.
"Os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de aquiles do governo. Esse aumento mostra que criança e adolescente não são prioridade dos governos", disse.
Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios por 100 mil habitantes, Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).
Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos homicídios.
"Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros. Agora, com a melhor distribuição de renda, houve uma migração da população e os governos não conseguiram implantar políticas públicas para acompanhar essa mudança", disse.
Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).
Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os dados devem ser analisados com "cuidado", já que entre 2002 e 2010 houve uma melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja, casos que antes constavam como "outras violências" nos dados oficiais passaram a ser homicídios.
"É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo", afirmou Zaluar.
Waiselfisz diz que a pesquisa aponta que os problemas existem e serve de alerta para governos tentarem reduzir o índice, que já incluiu o assassinato do jovem Rafael.
Em tempo: quatro pessoas, sendo três policiais, foram acusadas pela morte do adolescente. Mas o julgamento ainda não aconteceu.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Só rindo...






Refletir...


“O amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.”  Roberto Shinyashiki
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Viva a sabedoria...


 
A VIDA DO ESPÍRITO - Hannah Arendt
Por onde estamos quando pensamos? O que significa ausência de pensamentos? Essa atividade do pensar sem som, mas nunca silenciosa, pode nos fazer companhia? O que é o pensar, a possibilidade de ver, ou ver é a possibilidade de pensar? O que nos quer dizer, a filósofa Hannah Arendt, esse sentido de afinidade com a morte que tem os filósofos não vem da atividade do pensar e das experiências do próprio pensante? O que é pensar? O que nos faz pensar? Pensar e Querer são faculdades incapazes de coexistir? Então surge a questão: quais os padrões da operação reflexão quando a faculdade de Julgar é baseada no sentido do gosto? O ato de pensar poderia levar o ser humano a abster-se da prática do mal?

A filósofa Hannah Arendt em 1972 foi convidada a participar como conferencista das Gifford lectures, na Universidade de Aberdeen, e foi durante a primavera de 1973 que deu início esta série de palestras, titulada A vida do espírito. Porém, a filósofa somente proferiu a primeira parte de suas conferências em 1973, sobre O Pensar. Porém foi impedida de continuar, morreu subitamente em 4 de dezembro de 1975, noite de quinta-feira, entre amigos em casa. A filósofa nos deixava um legado intelectual, humanista e amoroso. A dignidade humana deixada por Hannah Arendt é aquela que ela mesma exerceu durante toda a sua vida, a sua existência, a sua historicidade, durante todo o tempo que foi a pessoa Hannah Arendt.

A Vida do Espírito nos traz um universo de indagações e possibilidades de conclusões em torno do Pensar, do Querer e do Julgar. A filósofa começa o tema apresentando as duas fontes que deram origem as conferências, o julgamento de Eichmann em Jerusalém em que o fenômeno do mal foi analisado como algo da irreflexão, ausência de pensamento. Outra questão que despertou seu interesse foram as questões morais que têm origem na experiência real e se chocam com a sabedoria de todas as épocas. Sua reflexão dialoga com a metafísica de Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, e se detém em Kant, filósofo que segundo ela, faz a distinção entre o interesse da razão pelo incognoscível e o interesse do intelecto pelo cognição. Aborda os filósofos Hegel e Heidegger. Nossas dificuldades com as questões metafísicas, diz a filósofa, são produzidas nem tanto por aqueles para quem essas são questões sem sentido, mas acima de tudo, pela própria parte atacada, os próprios filósofos quando começaram a declarar o fim da filosofia e da metafísica. Hoje, conclui Hannah Arendt, é uma velha história. Ao contrário de toda a metafísica dos filósofos pesquisados pela filósofa Hannah Arendt, sua atenção volta-se ao pensamento como uma atividade e ainda às experiências do ego pensante. É importante observar que a filósofa tem como cenografia de sua reflexão a tensão entre filosofia e política.

O resultado da obra é uma análise ponderada e desafiadora da atividade do espírito humano que deve se apreciada como um legado para esta e para as futuras gerações. 

Mais uma etapa superada...