Troca de casais e as regras do swing
Você está preparado para participar de um
swing? Sempre
digo aqui que cada um sente prazer de uma forma, que desejos, tesão e fetiches
são únicos e cada um os encara de uma maneira. E um dos grandes tabus atuais é
o desejo que algumas pessoas têm em ver seu parceiro sentindo prazer com outro
alguém. Esse é o swing.
E a relação, vai bem?
A primeira coisa que você precisa pensar quando sente vontade de praticar a
troca de casais é como anda seu relacionamento. Se as coisas não estiverem bem
é melhor procurar terapia, o swing não é o lugar para melhorar as coisas.
A confiança entre o casal deve ser
imensa e não pode existir insegurança de nenhuma das partes, ou a experiência
pode ser um veneno.
Combinado não sai caro.
Quando você tiver certeza que você e o parceiro estão seguros e preparados, é
hora de conversar sobre as regras. Pois é, nada existe na nossa sociedade sem
regras bem definidas e que deixam todo mundo sabendo qual o jogo.
É nessa hora que vocês entram em
concordância sobre como vai ser, qual será o lugar e até que ponto vocês vão
chegar. Muita gente acha que é genial fazer uma surpresa e levar o outro em um
swing, mas isso pode destruir a noite, o relacionamento e a autoestima, então
tome cuidado!
Você vem sempre aqui?
Ao chegar ao swing prepare-se para ser abordado e ver sua companhia sendo paquerada.
Homens e mulheres estão lá exatamente para isso e a partir do momento que você
entra no jogo, sabe as regras. Nada de ficar emburrada ou com ciuminho!
Ao começar a brincadeira mantenha
todos seus sentidos em alerta, você não quer perder um olhar ou um toque que
podem significar sua primeira experiência, quer? A sutileza está sempre
presente na festa.
É claro que você não precisa fazer
nada que não sinta vontade e quem prefere só ficar olhando é respeitado do
mesmo jeito. Lembre-se de sempre ser educado e não tratar as pessoas como
objetos. Todo mundo está ali para se divertir e quer ser respeitado.
Quais são seus limites?
Se tem uma coisa que é comum numa casa de swing é ouvir um não. Pode tirar da
sua cabeça a ideia de que chegando lá ninguém é de ninguém e a sacanagem rola
solta. Para dar certo você precisa saber dizer e ouvir um não. E não, sempre,
quer dizer não.
Isso também - e principalmente - vale
para você e seu parceiro. Se a outra pessoa não quiser participar, ela deverá
ser respeitada. Não seja insistente, isso não é visto com bons olhos — nem no
swing, nem no dia a dia.
Anonymous. Nem você, nem ninguém, quer ser
apontado como o fulano do swing. Sua vida pessoal e todo mundo que frequenta
essas festas deve continuar pessoal. Sabe a primeira e a segunda regras do
Clube da Luta (aquele filme do Edward Norton e Brad Pitt)? Elas servem,
adaptadas, para o clube de swing: (1) você não fala sobre o Clube de Swing e
(2) você não fala sobre o Clube de Swing. E nem sobre as pessoas que o
frequentam. Entendido?
Não fale seu nome, telefone,
endereço, nome de amigos ou onde trabalha. Nesse momento o que importa é o que
você curte, sexualmente falando. Você não vai ao clube de swing fazer amigos,
você vai fazer sexo.
O par. Muitos homens têm a ideia genial de contratar
uma garota de programa para acompanhá-lo ao swing. Isso não funciona e não é
visto com bons olhos.
Muitas mulheres têm a ideia genial de
ir com um cara com quem não tem a mínima intimidade para a casa de swing, para
mostrar como é moderna e livre. Isso não funciona.
Na hora de escolher a companhia para
esse momento, você deve pensar em alguém com quem tenha intimidade, carinho e
respeito. Pode ser um amigo ou amiga, mas que seja seu cumplice, que entenda em
um olhar o que você quer dizer.
A escolha errada pode acabar com a
sua noite e do resto dos participantes também.
Antes, durante e depois. Antes de ir para o encontro, tome um
bom banho e cuide de você. Sua higiene deve ser impecável, afinal seu corpo é
tudo o que você tem em um momento como esse.
Existem comunidades de swing, casas
de swing e casais que fazem a troca com conhecidos e desconhecidos. Para sua
segurança, prefira sempre lugares públicos e de fácil acesso.
Ao chegar, sente em um canto, tome
uma bebida e relaxe. Observe as pessoas, como elas se comportam e o que está
acontecendo ao seu redor — isso é bom para qualquer situação da vida, saiba
onde está pisando.
Mas tome cuidado, ficar bêbada não é
uma boa ideia. Você pode perder noção do que realmente quer, de como agir e dar
trabalho para todo mundo. Seja responsável.
Depois de um tempo assim, vá com seu
acompanhante dar uma olhadinha nos lugares reservados para o sexo propriamente
dito. Observe e permita-se aproveitar as sensações do momento.
Depois disso, volte ao bar e é hora
de conhecer pessoas. Quando escolher um casal ou uma pessoa para se divertir
com vocês, combine os mínimos detalhes, converse sobre o que vocês gostam ou
não e deixe claro até onde vão chegar.
Duas modalidades de swing que você
precisa conhecer para definir seus limites são o soft swing, em que são
permitidas carícias, beijos e sexo oral, mas não há penetração; e o hard swing,
em que a penetração também entra em jogo.
Você não está dirigindo um filme. A partir do momento que você resolve
entrar numa brincadeira dessas é porque quer descobrir coisas novas, ter
sensações diferentes e descobrir prazeres que você nem imaginava; então nada de
ficar dizendo para a outra pessoa o que ela deve fazer ou como seu parceiro
prefere ser tocado. Se você estiver apenas assistindo aproveite para aprender
mais sobre seu companheiro.
Sexo, sexo; sentimentos à parte. Swing não é lugar para se apaixonar,
arrumar namorado ou decidir mudar sua vida do dia para a noite. É claro que
isso pode acontecer, mas saber separar sexo e sentimento.
Acessórios básicos. Tem coisas que sinto que nem deveria
precisar dizer pra você, mas vamos lá: você tem que
usar camisinha sempre. Pode parecer óbvio, mas tem muita gente
que ainda acha que é imune às doenças.
Além de levar com você uma boa
quantidade de camisinhas — boa mesmo -, é legal você ter no seu kit swing um
par de toalhas, escova de dente, sabonete, roupa íntima, bom humor e muito
tesão. ;)