terça-feira, 7 de agosto de 2012

Devanear...


Confidências - Pe. Antônio Tomás
Eu fui contar, chorando, as minhas penas
Ao velho mar; e as ondas buliçosas,
Julgando que eu diria essas pequenas
Mágoas comuns ou queixas amorosas,

Não quiseram cessar as cantilenas
Que entoavam nas praias arenosas
Mas, pouco a pouco, imóveis e serenas,
Quedaram todas, por me ouvir ansiosas.

E concluída a narração de tudo,
Mostrou-se o mar (pois nunca tinha ouvido
História igual) sombrio e carrancudo.

Depois, rolando as gemedoras águas,
Pôs-se a chorar também compadecido
Das minhas fundas, dolorosas mágoas.

http://lindos-sonetos.vilabol.uol.com.br/xav3.htm 

Piada...


Sogra no hospital
O marido chega em casa vindo do hospital, onde visitou sua sogra. Sua mulher pergunta:
- Como esta a minha mãe?
O marido responde:
- Sua mãe está muito bem, saudável como um cavalo e viverá por muito tempo. Na semana que vem ela receberá alta do hospital e virá morar conosco por muitos e muitos anos.
A mulher, surpresa, pergunta:
- Como pode ser? Ontem mesmo ela parecia estar no leito da morte e a equipe médica dizia que ela deveria ter poucos dias de vida!
O marido responde:
- Eu não sei como estava ontem, mas hoje, quando perguntei ao médico sobre o estado da sua mãe, ele me respondeu que deveríamos nos preparar para o pior.
http://www.humorbabaca.com/piadas/sogras/sogra-no-hospital

Curioso...



Inventos da modernidade
iPod
Uma invenção da Apple, chegou ao mercado em 2001. O aparelho, um tocador de música, armazena canções baixadas pela internet em um disco rígido. Fez tamanho sucesso que gerou filhotes: iPod mini (tem a metade do tamanho do original), iPod Shuffle (baseado em memória flash) e iPod Photo (que também roda imagens).

Lipoaspiração
Uma ex-namorada do cirurgião francês Yves Gerard Illouz - que ele não revela o nome - evitava usar roupas decotadas por causa de um linfoma (tumor benigno formado por células gordurosas) que tinha nas costas. Para ajudá-la, o médico desenvolveu em 1977 a técnica de sucção de gordura do corpo. O procedimento foi usado no Brasil pela primeira vez em 1980.

Reeducação Postural Global (RPG)
Quando o francês Philippe Souchard se formou em física, em 1980, recebeu a proposta de um emprego em São Paulo (SP), mas a vaga só estaria disponível em 6 meses. Como também tinha formação em fisioterapia, resolveu aproveitar o tempo livre para fazer um curso na área na França. Foi lá que desenvolveu o método de desenvolveu o método RPG. Ele consiste em um trabalho de reequilíbrio postural a partir da prática de diversas posições, que colocam em estiramento máximo grande parte dos músculos. A correção dos desvios impede que surjam outros problemas mais sérios, como artrose, hérnias e lesões por esforço repetitivo (LER).

Skype
O programa foi criado em 2003 pelo sueco Niklas Zennström. Ele permite fazer ligações telefônicas entre computadores e chamadas do micro para um telefone fixo ou celular. Isso é possível graças ao sistema de VoIP (voz por protocolo de internet), que transformar a mensagem em pacotes de arquivos digitais como os e-mails.

http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/4031/1/inventos-da-modernidade.html

Viva a sabedoria...


Textos Filosóficos 02
A paixão de Cristo
O filme "A Paixão de Cristo", dirigido por Mel Gibson, tem provocado polêmicas em todo o mundo. Ele mostra as últimas doze horas da vida de Jesus, e especialmente Sua crucificação, de uma forma extremamente brutal. Os que defendem o filme louvam-no como uma das maiores chances para a evangelização em dois mil anos. Os adversários o consideram anti-semita, dizendo que incentivará o preconceito contra os judeus.
Jesus - a mesma atualidade de sempre
Mais uma vez fica evidente: após dois mil anos, a existência de Jesus, Sua morte na cruz e Sua ressurreição continuam causando o mesmo impacto. Esse fato eleva-O acima de todos os outros personagens que influenciaram a História. Enquanto o tema "Jesus" nunca perderá destaque, todas as outras questões que ocupam a humanidade desaparecerão na insignificância.
A questão da culpa
Uns atribuem aos judeus a culpa pela morte de Jesus, como se esse tivesse sido um crime "comum". Os judeus, por sua vez, acusam os cristãos de anti-semitismo consciente, e até mesmo os apóstolos de serem parcialmente antijudaicos. Realmente é verdade que os judeus foram violentamente perseguidos por causa da crucificação de Jesus. Acusados de serem "assassinos de Deus", muitos deles foram mortos por isso. Em meio a essas discussões, esquece-se facilmente o Plano perfeito de Deus para a humanidade.
A oração da Igreja primitiva em Jerusalém destaca o que importa: "verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes (edomita) e Pôncio Pilatos (romano), com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram" (Atos 4.27-28). Tanto as nações (gentios) como os israelitas uniram-se na hora de decidir e executar a crucificação de Jesus - mas essa ação fazia parte essencial do Plano de Deus. Jesus tinha de morrer tanto por Israel como pelas nações, para ser o Redentor de todos. Após Sua ressurreição, o próprio Senhor disse aos discípulos no caminho de Emaús: "Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?" (Lucas 24.26). Em sua pregação no dia de Pentecostes, Pedro expressou-se de modo semelhante: "sendo este (Jesus) entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos" (Atos 2.23).
A morte de Jesus não foi o resultado de ações puramente humanas, pois fazia parte do Plano de Deus para a salvação da humanidade. Jesus é o "dom inefável" de Deus para nós (2 Coríntios 9.15). Ele realizou o desígnio de Deus para nossa salvação e o Pai celestial O entregou, como Cordeiro de Deus inocente, pela nossa culpa (veja João 1.29,36). Naturalmente essa entrega aconteceu através das mãos de pessoas. A geração do povo judeu da época entregou Jesus aos gentios (romanos), para que Ele fosse crucificado. Os israelitas representaram o sacerdócio que ofereceu o Cordeiro para o sacrifício ("...a salvação vem dos judeus" - João 4.22), e Roma, a potência mundial, foi a instância executora. Tanto os judeus como os gentios mataram Jesus. Entretanto, mais do que a geração que vivia na época, foram os pecados de todas as gerações, de todos os seres humanos de todas as épocas, que O mataram - pois Ele morreu pelos nossos pecados, trazendo-nos a redenção. Todos nós somos culpados: "Porque Deus a todos encerrou na desobediência (tanto judeus como gentios), a fim de usar de misericórdia para com todos" (Romanos 11.32).
Quem é culpado pela morte de Jesus?
Na verdade, poderíamos atribuir a culpa da morte de Jesus a Adão, pois através dele o pecado entrou no mundo e foi transmitido a todos os homens. Por isso, era necessário que Jesus ("o último Adão" - 1 Coríntios 15.45), removesse a culpa. Cada pecado de todo ser humano condenou, crucificou e matou Jesus. Sou culpado da morte de Jesus e imensamente grato a Ele por ter morrido por mim, pois do contrário eu continuaria com minha culpa e estaria perdido por toda a eternidade.
O que, porém, acontece com os que discutem a questão da culpa pela morte de Jesus mas não se decidem por Ele, não O aceitam pela fé e até O rejeitam e desprezam? A situação deles, quer sejam judeus ou gentios, é terrível, pois calcam aos pés o Filho de Deus, profanam o sangue da aliança e ultrajam o Espírito da graça (veja Hebreus 10.29). Muito mais grave do que fazer acusações mútuas de culpa é ser, pessoalmente, um inimigo da cruz de Cristo (veja Filipenses 3.18).
Jesus toma a culpa sobre Si
Jesus, perfeitamente inocente, declarou-Se culpado em nosso lugar. Ele tomou nosso pecado sobre Si e o carregou na Sua cruz, não na cruz dos judeus, nem na cruz dos romanos: "porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Colossenses 1.19-20). Muito antes de vir a este mundo, Ele já disse através de Davi, manifestando Sua disposição de sacrificar-Se em nosso lugar: "eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei. Proclamei as boas-novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, tu o sabes, Senhor" (Salmo 40.7-9; veja também Hebreus 10.5-7).
Há discussões, polêmicas e controvérsias sobre a culpa pela morte de Jesus e a questão do anti-semitismo, mas esquece-se completamente que Deus queria entregar-Se em sacrifício através de Cristo. Por trás dessa disposição de ir para a cruz estava Seu infinito amor. Ele tomou toda a culpa sobre Si para nos resgatar. Isso vale tanto para os judeus como para os gentios (todos os não-judeus).
Se Jesus não tivesse entregue Sua vida voluntariamente, teria sido impossível tirá-la dEle, pois Ele afirmou: "Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai" (João 10.17-18).
Exclusivamente Jesus tinha o poder de dar a Sua vida, e Ele a entregou nas mãos dos judeus. Ao invés de atribuir-lhes a culpa pela morte de Jesus, todos deveriam recordar que Jesus foi judeu em Sua humanidade, e como tal voltará. Mas Jesus também tinha o poder de reaver Sua vida. O judeu Jesus ressuscitou dentre os mortos e retornou à casa do Pai. Desse modo, o primeiro homem a entrar no lar celestial foi um judeu.
A questão da culpa sob outro ângulo
Por que não se dá aos judeus a "culpa" pela vinda de Jesus a este mundo? Afinal, Ele nasceu de mãe judia e - segundo a descendência humana - era da tribo de Judá! Por que não atribuímos aos judeus a "culpa" pela redenção, pela ressurreição de Jesus, pela Sua ascensão e, finalmente, pela Sua volta (veja Romanos 9.4-5)? Por que não culpamos os judeus pela justiça e paz que serão implantadas neste mundo no futuro reino de Jesus? Pois eles foram escolhidos pelo Pai celestial para que Seu Filho se tornasse homem e para eles Jesus voltará (veja Zacarias 14.4)!
Seria necessário discutir a questão da culpa se Jesus tivesse permanecido morto, pois apenas Sua morte como Justo não nos teria redimido (veja 1 Coríntios 15.13-18). Ele, porém, ressuscitou: Jesus vive! Por isso, juntamente com o apóstolo Paulo, louvamos e exclamamos: "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém" (Romanos 11.33-36).
Sem sentido, tudo permanece confuso
As acusações mútuas sobre a culpa pela morte de Jesus ou de anti-semitismo mostram apenas que ainda não se compreendeu o verdadeiro sentido da morte de Jesus. Ao invés dos gentios olharem de forma negativa para os judeus e vice-versa, todos juntos deveriam olhar "firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (Hebreus 12.2).
Ele fez tudo por você – aceite-o agora mesmo como seu Salvador pessoal! (Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)
http://profileonline.com.br/textos_filosoficos_02.htm

Muito doidão...



Cerca de 1,5 milhão de pessoas consomem maconha diariamente, aponta estudo
Levantamento foi feito por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Homem fuma cigarro de maconha.
Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que 1,5 milhão de adolescentes e adultos consomem maconha diariamente no País.  
Ainda de acordo com o estudo, divulgado nesta quarta-feira (1º), 7% da população adulta - 8 milhões de pessoas com idade entre 18 e 59 anos - já experimentou maconha alguma vez. Só no último ano, 3 milhões de adultos fumaram maconha.
Entre os adolescentes, 600 mil - 4% da população - usaram maconha uma vez na vida. No último ano, 470 mil (3%) consumiram a droga. 
Os pesquisadores indicam que 60% dos usuários consumiram a droga pela primeira vez antes dos 18 anos, um em cada dez homens adultos experimentou a droga uma vez na vida, mais de 1% da população masculina é dependente, quase 40% dos adultos usuários são dependentes e 1 em cada dez adolescentes que usam maconha é viciado. 
Sobre a legalização da maconha no Brasil, 75% dos entrevistados se disseram contrários à proposta. Outros 11% apoiam, 9% não souberam responder e 5% não responderam.
Foram entrevistadas 4.607 pessoas em 149 municípios, com idade a partir de 14 anos. A amostragem, de acordo com os coordenadores do estudo, é representativa. Diferentemente da primeira pesquisa, feita em 2006, os entrevistados no atual levantamento responderam a um questionário sigiloso sobre consumo de drogas.
Para o coordenador da pesquisa, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, um dado preocupante é a proporção entre usuários adultos e adolescentes. Em 2006, existia um adolescente para cada adulto que usa maconha. Em 2012, a proporção aumentou para 1,4 adolescente por adulto. Em 62% dos casos, os usuários experimentaram a droga pela primeira vez antes dos 18 anos.
“Se as leis ficarem mais frouxas em relação ao uso da maconha, o maior prejudicado vai ser o adolescente. Qual vai ser o impacto em relação à saúde mental desses adolescentes? É isso que os dados nos alertam. A pessoa que já é usuária não vai mudar o padrão de consumo. Quem pode mudar o padrão de consumo, de acordo com a nossa atitude legislativa, é o adolescente”, avalia.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-08-01/segundo-estudo-15-milhao-de-pessoas-consomem-maconha-diariamente-no-brasil.html

Nada a dizer...



Lula vai à guerra para defender legado
Após deixar o governo com aprovação recorde e ter eleito Dilma como sucessora. ex-presidente age para tentar provar o que chama 'farsa do mensalão'

Um ano e meio após descer a rampa do Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem uma obsessão: provar que o mensalão foi "uma farsa" montada para apeá-lo do poder. Até agora, não conseguiu. Mesmo depois de eleger a desconhecida Dilma Rousseff como sucessora, Lula trava uma guerra para defender seu legado. Sem nunca dizer quem o traiu, ele comprou brigas e perdeu batalhas. Nos últimos meses, seus movimentos foram criticados nos bastidores até por réus do PT no processo, que temem uma resposta dura do Supremo Tribunal Federal (STF) às pressões políticas.

Lula comprou brigas e perdeu batalhas mas não disse quem o traiu.
"A CPI foi uma burrada", afirmou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em recente conversa com amigos. Antes defensor da estratégia traçada por Lula para estimular a criação da CPI do Cachoeira, e fulminar adversários, o mais conhecido réu do mensalão já admite que o plano deu errado por criar um clima de hostilidade prejudicial ao julgamento do Supremo.

Lula, porém, não compartilha da mesma opinião. Em reunião com petistas, na semana passada, o ex-presidente avaliou que, apesar dos percalços, a CPI conseguiu reunir munição contra rivais e apontar a ligação do contraventor Carlos Cachoeira com o PSDB do governador de Goiás, Marconi Perillo.

O plano do PT, no entanto, era muito mais ambicioso. Na tentativa de desconstruir a denúncia de corrupção produzida pelo Ministério Público e desqualificar seus algozes, petistas tinham como alvos preferenciais na CPI o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ministro Gilmar Mendes, do STF, e setores da imprensa.

Em abril, Lula foi ao encontro de Mendes no escritório do advogado Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa, em Brasília. Segundo o juiz, o ex-presidente queria adiar o julgamento do mensalão - definido como "inconveniente", às vésperas das eleições - e, em troca do "favor", ofereceu proteção a ele na CPI. Na conversa, Lula teria citado uma viagem a Berlim, na qual Mendes se encontrou com Demóstenes Torres, cassado depois pelo Senado por envolvimento com Cachoeira.

"Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula", disse o ministro do Supremo. "Foi um papelão o que Gilmar Mendes fez", retrucou o ex-presidente, negando que tenha tentado manipular a CPI para salvar os réus do PT. "Meu sentimento é de indignação."

A avaliação dominante no partido é que Lula caiu numa "armadilha" e acabou contribuindo para acirrar os ânimos perto do julgamento do mensalão. Antes da polêmica reunião, ele mantinha bom relacionamento com Mendes, que foi advogado-geral da União no governo de Fernando Henrique Cardoso e é muito próximo de José Serra, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.

Erros. Quando era presidente, Lula convidou Mendes, algumas vezes, para jantar no Palácio da Alvorada. Guiomar, mulher do ministro do STF, ficou amiga da primeira dama Marisa Letícia. O voto dele a favor de Dirceu era considerado "provável" por petistas. Hoje, ninguém no PT se arrisca nessa direção.

Lula costuma socializar os erros, como fez recentemente, após aparecer ao lado do deputado Paulo Maluf (PP-SP), novo aliado do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. "Nós já fizemos aquela c... da foto com Maluf", desabafou ele, de acordo com relato de dois interlocutores. No caso do empurrão dado para a abertura da CPI, no entanto, Lula não teme o efeito bumerangue, embora a comissão tenha sido instalada contra a vontade de Dilma. Após o tratamento de cinco meses para combater um câncer na laringe, o ex-presidente patrocinou várias outras articulações para livrar o PT e seu governo do carimbo da corrupção.

"Nunca houve campanha mais infame contra um partido como a que foi feita contra o PT em 2005", insiste ele. "Eu não fiquei com raiva nem ódio de ninguém, mas quero ser julgado pelo que fiz, e não pelo que não fiz. O que queriam naquela época era o impeachment do Lula", disse Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT saudado por militantes aos gritos de "Delúbio, guerreiro do povo brasileiro", na última terça-feira.

Único expulso do PT após o escândalo - e reintegrado no ano passado -, Delúbio sempre foi o homem da confiança do ex-presidente. Dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) antes de cuidar do caixa petista, ele entrou na Executiva Nacional do partido puxado por Lula, nos anos 1990. Em 2002, deixou de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados porque o então candidato não quis liberá-lo da tarefa de arrecadar recursos para a campanha. Até hoje os dois são amigos.

O PT soube manter um discurso afinado para blindar Lula na maior crise enfrentada pelo partido e pelo governo. "A questão é que o Lula não era identificado como responsável pelo mensalão", diz o cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC. "Habilidoso, ele conseguiu se distanciar do escândalo, afastando a percepção de que tenha participado desse esquema."

Na prática, Lula saiu ainda mais forte da crise do mensalão. Além de se reeleger em 2006 com quase 61% dos votos, conseguiu fazer Dilma sua sucessora, embora ela nunca tivesse sido candidata antes. O ex-presidente terminou o segundo mandato com 87% de aprovação pessoal, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em parceria com o Instituto Sensus.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,lula-vai-a-guerra-para-defender-legado,907165,0.htm

Mais uma etapa superada...