quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Pensamentos...
"Que ferida
jamais sarou, a não ser gradualmente?" William Shakespeare, dramaturgo,
poeta, com temas que abordam a complexidade da alma humana, ING, 1564-1616
Quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Anjo do dia: Cahethel.
Dia de Padre Cícero.
Dia de Todos os Santos.
Dia das Cavernas.
Dia do Evangélico.
Dia mundial Vegano.
1604 William Shakespeare, autor teatral inglês, apresenta pela 1ª vez ao público, a tragédia 'Otelo'.
1986 Vazamento químico da empresa Sandoz polui o rio Reno.
1993 Entra em vigor o Tratado de Maastricht, que cria a União Européia. A partir dessa data, a Comunidade Européia deixa de ser apenas uma zona de livre comércio e inicia sua unificação política e econômica.
1943 Nascimento: Salvatore Adamo, cantor italiano.
1982 Nascimento: Elaine Moura, atleta da Seleção Brasileira feminina de futebol.
Quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Anjo do dia: Cahethel.
Dia de Padre Cícero.
Dia de Todos os Santos.
Dia das Cavernas.
Dia do Evangélico.
Dia mundial Vegano.
1604 William Shakespeare, autor teatral inglês, apresenta pela 1ª vez ao público, a tragédia 'Otelo'.
1986 Vazamento químico da empresa Sandoz polui o rio Reno.
1993 Entra em vigor o Tratado de Maastricht, que cria a União Européia. A partir dessa data, a Comunidade Européia deixa de ser apenas uma zona de livre comércio e inicia sua unificação política e econômica.
1943 Nascimento: Salvatore Adamo, cantor italiano.
1982 Nascimento: Elaine Moura, atleta da Seleção Brasileira feminina de futebol.
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Refletir...
“Talvez você esqueça amanhã as palavras gentis que disse
hoje, mas a pessoa que recebeu lembrará por toda a vida.” (Dale Carnegie)
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Viva a sabedoria...
Instruídos, Educados e Cultos
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É comum
confundir-se instrução com educação e mesmo com cultura.
Nada mais errado. Coloquemos as competências, atitudes e sabedoria nos seus
devidos lugares. Não queremos, com isto dizer, a priori, que as
três faculdades não possam coexistir na mesma pessoa. Felizmente que
coexistem! Mas, não raro, damo-nos conta de que, infelizmente, aquelas três
dimensões da praxis humana não habitam onde deveriam. Vêm estas
reflexões a propósito de quê? Duas notas por ordem temporal.
Primeira: Há
já algum tempo, assisti, maravilhado, a um evento impar e inesquecível, da
nossa região. Antes porém, tive que esperar cerca de vinte minutos, por
imposições protocolares, creio! Após este tempo de espera, remeteram-me para
umas cadeiras disponíveis que se vislumbravam do local onde eu me encontrava:
«os senhores vão para além...», disse enfatuada uma senhora fardada, que se
me dirigiu e a dois colegas de função, depois de a ter lembrado o tempo que
esperáramos para que nos arrumassem em algum sítio. Lá fomos nós para as tais
cadeiras disponíveis. Conversava entusiasmado, quando dois participantes no
evento se aproximaram de nós. Um dos meus colegas, solícito, ofereceu o seu
lugar, numa fila da frente, ao senhor engenheiro. «Sente-se aqui senhor
engenheiro!». O senhor engenheiro não queria sentar-se ali. Naturalmente não
via motivos para tal! E depois, por que razão haveria o meu colega de
ceder-lhe o lugar? Terá pensado o senhor engenheiro! No entanto, devido à
insistência, acabou por aceitar o lugar, e o meu colega passou para uma das
filas traseiras... Quem acompanhava o senhor engenheiro olhara para mim,
altivamente, por cima de si mesma, e ordenara: «Passa lá para trás também...
Eu tenho que ficar aqui à frente, depois logo te explico porquê!». Era uma
senhora que assim me ordenara que mudasse de lugar. E eu, tendo em conta a
«humildade» do cargo que ali representava, passei lá para trás, cedendo o meu
lugar à dita senhora. Mas, em boa verdade vos digo, fi-lo por considerar
exatamente o cargo que ali representava, o ato a que assistia, e a minha
qualidade de ser humano racional. Entretanto, esperei pela explicação no
final da cerimônia e nas semanas e meses que, entretanto, passaram. Mas a
explicação não foi dada, porque não podia ser dada. Não existe explicação
para estes atos. É uma pena que pessoas, com um grau razoável de instrução,
não procurem os restantes elementos da sua formação! A educação e a cultura.
A explicação, que me fora prometida, e não cumprida, levou-me a reflectir com
a caneta sobre papel.
Segunda: Nem
toda a gente teve a oportunidade de frequentar a escola. É bom lembrar que,
nesta região, a maioria das pessoas, com mais de quarenta anos apenas
frequentou (as que frequentaram!) a escola primária. E que muitas não sabem
ler nem escrever. No entanto, isto não quer dizer que não sejam educadas e
mesmo cultas. Vem esta nota a propósito do trato que algumas pessoas recebem,
quando se dirigem aos serviços públicos de atendimento. Dizia-me há dias uma
ilustre funcionária da Autarquia, com formação e responsabilidade superiores,
que algumas pessoas da minha terra não sabem o que querem, são agressivas,
mal-educadas, e refilonas. Que dizem uma coisa num dia, e outra noutro dia.
Que não conhecem regras nem hierarquias... Cara funcionária, as tais pessoas
a que se refere sabem bem o que querem: querem que as tratem como tratam
todos os outros cidadãos, e que as não enxovalhem e ostracizem como tem
acontecido há décadas; querem que as compreendam e as ajudem a esclarecer e a
resolver o que não sabem. É para isso que se põem lugares a concurso público,
para que sejam preenchidos por pessoas com instrução, educação e cultura,
para que possam compreender e ajudar os outros. Quem não tem conhecimento e
vocação para atender pessoas, concorra a outros lugares, que não exijam o
contacto com o público. Não é só o sacerdócio que exige vocação. Ser médico,
professor, advogado, funcionário público exige vocação. Quem não a tem,
desista. Ou proceda a uma reciclagem, ou mude de atividade, ou simplesmente
vá para casa! (António Pinela, Reflexões, Setembro de 2002).
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Curioso...
A origem do azul
A coloração azul tem
diferentes significados e uma história bastante curiosa!
As cores são um
elemento cotidiano capaz de revelar muitos aspectos de uma mesma cultura.
Frequentemente, vemos que uma pigmentação é associada a um certo estado de
espírito. Nas línguas anglo-saxônicas, “estar azul” significa entregar-se à
tristeza. Para nós brasileiros, em contrapartida, o azul é utilizado para toda
situação em que fatos acontecem conforme o esperado. Em várias outras culturas,
a cor da roupa pode ser um instrumento capaz de repassar um amplo número de
informações.
Quando falamos aqui da “origem do azul”, não temos condições de falar sobre a exata data em que essa cor foi inventada. Na verdade, os diferentes povos espalhados pelo mundo empregavam técnicas, plantas, óleos e outras substâncias para a obtenção deste mesmo tom. Há cinco mil anos, os egípcios usavam uma pedra semipreciosa (lápis lazuli) para fabricar tal coloração. Em contrapartida, os romanos, não acostumados com a cor, faziam questão de associá-la aos olhos claros dos bárbaros.
No período medieval, o vermelho, o preto e o branco eram ostensivamente utilizados para a construção de iluminuras e outros tipos de telas. O uso do vermelho nas roupas indicava a condição de nobreza de um indivíduo. Os camponeses e pessoas com menos condições financeiras faziam o uso de tecidos azuis. Para se obter a cor, era promovida a extração de um pigmento chamado “ísatis” ou “pastel-de-tintureiro”.
Nessa época, os artesãos deixavam a planta fermentando com a urina humana. Algum tempo depois, alguns observaram que a adição de álcool poderia acelerar a reação. Com isso, vários artesãos se embebedavam com a desculpa de que tinham de tingir um tecido de azul. Ao longo do tempo, essa prática fez com que os alemães associassem a embriaguez com a expressão “ficar azul”.
No contexto das grandes navegações, os europeus conheceram o pigmento índigo indiano, obtido com o uso de uma planta oriental. Antes disso, os europeus tinham grandes dificuldades para produzir tintas azuis, já que a escassez de pedras de lápis lazuli era tremenda. Visando à proteção de seus interesses comerciais, muitos mercadores dessa época instituíram a proibição da comercialização de tecidos azuis que não fossem fabricados a partir da ísatis.
No século XVIII, uma experiência com a oxidação de ferro acabou oferecendo acidentalmente o pigmento azul-da-prússia. Do ponto de vista econômico, a descoberta veio a baratear os processos de tingimento e a própria fabricação das tintas empregadas na fabricação de quadros e telas. Vivendo já o contexto da Revolução Industrial, vemos que o desenvolvimento da química proporcionou a fabricação de vários tons e cores manipulados artificialmente. Incluindo o azul!
Quando falamos aqui da “origem do azul”, não temos condições de falar sobre a exata data em que essa cor foi inventada. Na verdade, os diferentes povos espalhados pelo mundo empregavam técnicas, plantas, óleos e outras substâncias para a obtenção deste mesmo tom. Há cinco mil anos, os egípcios usavam uma pedra semipreciosa (lápis lazuli) para fabricar tal coloração. Em contrapartida, os romanos, não acostumados com a cor, faziam questão de associá-la aos olhos claros dos bárbaros.
No período medieval, o vermelho, o preto e o branco eram ostensivamente utilizados para a construção de iluminuras e outros tipos de telas. O uso do vermelho nas roupas indicava a condição de nobreza de um indivíduo. Os camponeses e pessoas com menos condições financeiras faziam o uso de tecidos azuis. Para se obter a cor, era promovida a extração de um pigmento chamado “ísatis” ou “pastel-de-tintureiro”.
Nessa época, os artesãos deixavam a planta fermentando com a urina humana. Algum tempo depois, alguns observaram que a adição de álcool poderia acelerar a reação. Com isso, vários artesãos se embebedavam com a desculpa de que tinham de tingir um tecido de azul. Ao longo do tempo, essa prática fez com que os alemães associassem a embriaguez com a expressão “ficar azul”.
No contexto das grandes navegações, os europeus conheceram o pigmento índigo indiano, obtido com o uso de uma planta oriental. Antes disso, os europeus tinham grandes dificuldades para produzir tintas azuis, já que a escassez de pedras de lápis lazuli era tremenda. Visando à proteção de seus interesses comerciais, muitos mercadores dessa época instituíram a proibição da comercialização de tecidos azuis que não fossem fabricados a partir da ísatis.
No século XVIII, uma experiência com a oxidação de ferro acabou oferecendo acidentalmente o pigmento azul-da-prússia. Do ponto de vista econômico, a descoberta veio a baratear os processos de tingimento e a própria fabricação das tintas empregadas na fabricação de quadros e telas. Vivendo já o contexto da Revolução Industrial, vemos que o desenvolvimento da química proporcionou a fabricação de vários tons e cores manipulados artificialmente. Incluindo o azul!
Piada...
A SOGRA MALA
O sujeito está
saindo do seu apartamento com uma mala e cruza com o vizinho, que pergunta:
Onde você vai com essa mala, Alberto?
Ah, me cansei da minha sogra! Pra você ter uma ideia, só hoje ela me xingou de vagabundo, inútil, preguiçoso, insensível, cretino, fracassado… Cansei!
O quê? Que velha folgada! Eu fico louco com essas coisas! Dá vontade de matar, cortar em pedacinhos e jogar no rio!
E o que você acha que eu estou levando dentro da mala?
Onde você vai com essa mala, Alberto?
Ah, me cansei da minha sogra! Pra você ter uma ideia, só hoje ela me xingou de vagabundo, inútil, preguiçoso, insensível, cretino, fracassado… Cansei!
O quê? Que velha folgada! Eu fico louco com essas coisas! Dá vontade de matar, cortar em pedacinhos e jogar no rio!
E o que você acha que eu estou levando dentro da mala?
Devanear...
Os Ombros Suportam o Mundo - Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias04-carlos-drummond.phpChega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
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