quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Refletir...


“Talvez você esqueça amanhã as palavras gentis que disse hoje, mas a pessoa que recebeu lembrará por toda a vida.”  (Dale Carnegie)
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Viva a sabedoria...

Instruídos, Educados e Cultos
É comum confundir-se instrução com educação e mesmo com cultura. Nada mais errado. Coloquemos as competências, atitudes e sabedoria nos seus devidos lugares. Não queremos, com isto dizer, a priori, que as três faculdades não possam coexistir na mesma pessoa. Felizmente que coexistem! Mas, não raro, damo-nos conta de que, infelizmente, aquelas três dimensões da praxis humana não habitam onde deveriam. Vêm estas reflexões a propósito de quê? Duas notas por ordem temporal.
Primeira: Há já algum tempo, assisti, maravilhado, a um evento impar e inesquecível, da nossa região. Antes porém, tive que esperar cerca de vinte minutos, por imposições protocolares, creio! Após este tempo de espera, remeteram-me para umas cadeiras disponíveis que se vislumbravam do local onde eu me encontrava: «os senhores vão para além...», disse enfatuada uma senhora fardada, que se me dirigiu e a dois colegas de função, depois de a ter lembrado o tempo que esperáramos para que nos arrumassem em algum sítio. Lá fomos nós para as tais cadeiras disponíveis. Conversava entusiasmado, quando dois participantes no evento se aproximaram de nós. Um dos meus colegas, solícito, ofereceu o seu lugar, numa fila da frente, ao senhor engenheiro. «Sente-se aqui senhor engenheiro!». O senhor engenheiro não queria sentar-se ali. Naturalmente não via motivos para tal! E depois, por que razão haveria o meu colega de ceder-lhe o lugar? Terá pensado o senhor engenheiro! No entanto, devido à insistência, acabou por aceitar o lugar, e o meu colega passou para uma das filas traseiras... Quem acompanhava o senhor engenheiro olhara para mim, altivamente, por cima de si mesma, e ordenara: «Passa lá para trás também... Eu tenho que ficar aqui à frente, depois logo te explico porquê!». Era uma senhora que assim me ordenara que mudasse de lugar. E eu, tendo em conta a «humildade» do cargo que ali representava, passei lá para trás, cedendo o meu lugar à dita senhora. Mas, em boa verdade vos digo, fi-lo por considerar exatamente o cargo que ali representava, o ato a que assistia, e a minha qualidade de ser humano racional. Entretanto, esperei pela explicação no final da cerimônia e nas semanas e meses que, entretanto, passaram. Mas a explicação não foi dada, porque não podia ser dada. Não existe explicação para estes atos. É uma pena que pessoas, com um grau razoável de instrução, não procurem os restantes elementos da sua formação! A educação e a cultura. A explicação, que me fora prometida, e não cumprida, levou-me a reflectir com a caneta sobre papel.
Segunda: Nem toda a gente teve a oportunidade de frequentar a escola. É bom lembrar que, nesta região, a maioria das pessoas, com mais de quarenta anos apenas frequentou (as que frequentaram!) a escola primária. E que muitas não sabem ler nem escrever. No entanto, isto não quer dizer que não sejam educadas e mesmo cultas. Vem esta nota a propósito do trato que algumas pessoas recebem, quando se dirigem aos serviços públicos de atendimento. Dizia-me há dias uma ilustre funcionária da Autarquia, com formação e responsabilidade superiores, que algumas pessoas da minha terra não sabem o que querem, são agressivas, mal-educadas, e refilonas. Que dizem uma coisa num dia, e outra noutro dia. Que não conhecem regras nem hierarquias... Cara funcionária, as tais pessoas a que se refere sabem bem o que querem: querem que as tratem como tratam todos os outros cidadãos, e que as não enxovalhem e ostracizem como tem acontecido há décadas; querem que as compreendam e as ajudem a esclarecer e a resolver o que não sabem. É para isso que se põem lugares a concurso público, para que sejam preenchidos por pessoas com instrução, educação e cultura, para que possam compreender e ajudar os outros. Quem não tem conhecimento e vocação para atender pessoas, concorra a outros lugares, que não exijam o contacto com o público. Não é só o sacerdócio que exige vocação. Ser médico, professor, advogado, funcionário público exige vocação. Quem não a tem, desista. Ou proceda a uma reciclagem, ou mude de atividade, ou simplesmente vá para casa! (António Pinela, Reflexões, Setembro de 2002).

Curioso...


A origem do azul
A coloração azul tem diferentes significados e uma história bastante curiosa!
As cores são um elemento cotidiano capaz de revelar muitos aspectos de uma mesma cultura. Frequentemente, vemos que uma pigmentação é associada a um certo estado de espírito. Nas línguas anglo-saxônicas, “estar azul” significa entregar-se à tristeza. Para nós brasileiros, em contrapartida, o azul é utilizado para toda situação em que fatos acontecem conforme o esperado. Em várias outras culturas, a cor da roupa pode ser um instrumento capaz de repassar um amplo número de informações.

Quando falamos aqui da “origem do azul”, não temos condições de falar sobre a exata data em que essa cor foi inventada. Na verdade, os diferentes povos espalhados pelo mundo empregavam técnicas, plantas, óleos e outras substâncias para a obtenção deste mesmo tom. Há cinco mil anos, os egípcios usavam uma pedra semipreciosa (lápis lazuli) para fabricar tal coloração. Em contrapartida, os romanos, não acostumados com a cor, faziam questão de associá-la aos olhos claros dos bárbaros.

No período medieval, o vermelho, o preto e o branco eram ostensivamente utilizados para a construção de iluminuras e outros tipos de telas. O uso do vermelho nas roupas indicava a condição de nobreza de um indivíduo. Os camponeses e pessoas com menos condições financeiras faziam o uso de tecidos azuis. Para se obter a cor, era promovida a extração de um pigmento chamado “ísatis” ou “pastel-de-tintureiro”.

Nessa época, os artesãos deixavam a planta fermentando com a urina humana. Algum tempo depois, alguns observaram que a adição de álcool poderia acelerar a reação. Com isso, vários artesãos se embebedavam com a desculpa de que tinham de tingir um tecido de azul. Ao longo do tempo, essa prática fez com que os alemães associassem a embriaguez com a expressão “ficar azul”.

No contexto das grandes navegações, os europeus conheceram o pigmento índigo indiano, obtido com o uso de uma planta oriental. Antes disso, os europeus tinham grandes dificuldades para produzir tintas azuis, já que a escassez de pedras de lápis lazuli era tremenda. Visando à proteção de seus interesses comerciais, muitos mercadores dessa época instituíram a proibição da comercialização de tecidos azuis que não fossem fabricados a partir da ísatis.

No século XVIII, uma experiência com a oxidação de ferro acabou oferecendo acidentalmente o pigmento azul-da-prússia. Do ponto de vista econômico, a descoberta veio a baratear os processos de tingimento e a própria fabricação das tintas empregadas na fabricação de quadros e telas. Vivendo já o contexto da Revolução Industrial, vemos que o desenvolvimento da química proporcionou a fabricação de vários tons e cores manipulados artificialmente. Incluindo o azul!

Piada...


A SOGRA MALA
O sujeito está saindo do seu apartamento com uma mala e cruza com o vizinho, que pergunta:
 Onde você vai com essa mala, Alberto?
Ah, me cansei da minha sogra! Pra você ter uma ideia, só hoje ela me xingou de vagabundo, inútil, preguiçoso, insensível, cretino, fracassado… Cansei!
O quê? Que velha folgada! Eu fico louco com essas coisas! Dá vontade de matar, cortar em pedacinhos e jogar no rio!
E o que você acha que eu estou levando dentro da mala?

Devanear...


Os Ombros Suportam o Mundo - Carlos Drummond de Andrade

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias04-carlos-drummond.php

Cuidado constante...


Saiba como identificar a depressão e fazer tratamento gratuito em seis capitais
Sintomas da depressão podem ser adquiridos na primeira infância.
Sensação de vazio, tristeza, desânimo: você pode estar com depressão. Mas você sabia que comportamentos depressivos são originados quando ainda somos bebês? Se você é mamãe, tome cuidado, pois o modo como você trata seu bebê nos primeiros meses de vida podem traçar um destino muito bom ou muito difícil para o seu filho e as pessoas que vão cerca-lo.

De acordo com o psicanalista Roberto Girola, nos depressivos, as queixas em relação à vida são constantes e há uma tendência a responsabilizar os outros por sua infelicidade. Nos casos mais graves a paralisação do depressivo pode ser quase total, levando-o a dormir em excesso e a ter dificuldades para empreender qualquer tipo de atividade.
O estado depressivo geralmente remonta a mães que foram hiperpresentes, de forma invasiva, pois os cuidados dispensados ao bebê foram marcados não pelas necessidades dele e sim por uma exagerada ansiedade materna, muitas vezes gerada pela culpa, por causa de algum sentimento inconsciente de rejeição do bebê.
"Não é fácil conviver com o depressivo, quanto menor for a pressão exercida e quanto maior a capacidade de compreensão, melhor", explica Roberto Girola. Ele ainda conta que pode ser útil um encorajamento, quase emprestando a capacidade de sonhar, ausente tanto na depressão como em casos melancólicos.
Segundo o psicanalista, dependendo da gravidade dos sintomas pode ser necessário recorrer à medicação psiquiátrica, mas também é fundamental o recurso à terapia para que o processo possa levar a uma melhora mais estável. "A escolha do profissional certo é muito importante nesses casos, pois trata-se de síndromes de difícil abordagem, tanto do ponto de vista médico como psicológico. Geralmente profissionais responsáveis, tanto psiquiatras como psicanalistas ou psicólogos, estão atentos para não assumir uma atitude onipotente em relação a esse tipo de paciente, sobretudo nos casos mais graves, indicando a ajuda multidisciplinar, ou seja, medicação e terapia, justamente por saber o quanto um quadro desse tipo é difícil de ser tratado", conta.
Na avaliação de Girola um dos problemas desse tipo de doença é que ela inibe a tomada de decisões. Geralmente o recurso ao tratamento é feito somente quando são percebidos transtornos bastante sérios para a vida pessoal e profissional. O ideal seria que, com o aparecimento dos sintomas, a pessoa procurasse ajuda profissional.

Ração para os donos que dão comida aos pets...


Cuidado para não envenenar seu cão

"O que eu como a prato pleno/bem pode ser o seu veneno." Estes versos de uma canção de Tio Raul me parecem adequados, e até mesmo sob medida, para começar esta preleção sobre o que nossos peludos não devem comer.
Realmente, um banquete para uma pessoa pode ser um perigo para o cachorro. Por mais afinidades que tenhamos com os cães, ambos mamíferos e grandes amigos, há diferenças suficientes nos organismos de um e de outro para, de fato, existirem alimentos que fazem muito bem para os humanos, mas que podem ser fatais para os caninos. Resistir àquele olhar pidão de quem parece não comer há meses é difícil, mas é necessário.
Aqui vai, portanto, uma listinha que deverá ser útil para quem, por necessidade ou costume, serve aos cães comida mais apropriada para humanos.

Bom pra nós e ruim pra eles

O abacate é uma maravilha para abaixar o colesterol e a pressão arterial, reduzindo diabetes e risco de tromboses e AVCs. Mas, parafraseando aquele comercial de inseticida, abacate é bom para os humanos. Para os humanos. Pois o abacate contém persina, uma toxina fungicida inofensiva para pessoas, mas prejudicial para o estômago e coração de cães, gatos, pássaros e roedores.
A única queixa que pessoas podem ter da charmosa dupla alho e cebola é o odor fácil até de se "escutar" a metros de distância. No mais, o alho é notório "antibiótico natural", ajudando a combater vermes intestinais e pressão alta, e a cebola é um excelente tempero. Mas cães e gatos que ingerirem esta dupla e seus primos, como cebolinha e alho porró, estão sujeitos a brigas feias com os glóbulos vermelhos do sangue que podem resultar em anemia, devido à presença de tiosulfato, intolerado pelo organismo dos peludos. Mesmo que estes comam alho e cebola aos pouquinhos, o efeito pode ser cumulativo e aparecer mais tarde. (Isto inclui papinhas para crianças, que costumam incluir cebola em pó!)
Frutas cítricas podem causar vômito e diarréia nos bichos. Leite pode desarranjar o estômago de cães e gatos adultos que não toleram lactose. O pão pode ser o "rei dos alimentos", mas, especialmente se for de centeio, tem a possibilidade de fermentar no estômago dos cães, fabricando gases em excesso, incomodando o sistema digestivo, e até mesmo produzindo álcool do cereal, intoxicando e até envenenando o cão. Isto vale também para aquela fatia de pizza que sobrou. E a solamina presente na batata, mandioquinha e inhame, além de atacar a digestão, pode deprimir o sistema nervoso central do bicho.
Cuidado com a gangue das charmosas prunasianas. Ameixas, passas, pêssegos, sementes de maçã e talos de cerejas contêm cianida, que em grandes quantidades podem intoxicar o peludo. E a turma das nozes, inclusive a macadâmia, pode prejudicar os músculos, nervos, digestão e respiração dos cães.
Guloseimas perigosas
Chocolate é o vilão número um devido à teobromina, substância tóxica e até fatal para cães. Café, chá preto e cafeína em geral também não são nada recomendáveis. Álcool? Eu conheci muita gente boa que repartia cerveja com os peludos sem saber que um golinho pode até não fazer mal, mas cães costumam ter menor porte que nós e o que para nós é "um golinho" pode até resultar num porre para eles, e álcool em excesso, tal como para os humanos, pode levar ao coma e até à morte. Refrigerantes nem merecem mais que estas oito palavras.
Doces em geral, incluindo chicletes, já são coisa cheia de contra-indicações, especialmente para cães, mais ainda se contiverem xilitol, substância adoçante que libera insulina, comprometendo a digestão dos caninos.
Nem para as pessoas
Cachorro até pode comer comida de gente, mas não tudo — e há coisas quem nem humanos deveriam comer. Eu gostaria que pelo menos desta vez as pessoas entendessem os riscos da alimentação com excesso de açúcar, sódio, gorduras e aditivos para colorir e adoçar; frituras, sanduíches, sorvete, doces, tranqueiras em geral, inclusive para os cães. Precisamos reverter a situação atual em que metade da população mundial está obesa e o contingente canino não está muito atrás, com tudo de mal que isso acarreta: problemas digestivos e circulatórios, anemia, desidratação...
Se o cão apresentar sintomas de intoxicação ou envenenamento como vômitos, diarréia, prostração, inquietação ou sangue nas fezes, procure identificar o que ele comeu que pode ter lhe feito mal e corra com o cão ao veterinário; o tratamento poderá incluir provocação de vômitos, lavagem estomacal, re-hidratação, medicação adequada para cada caso e até transfusão de sangue.
E, já que comecei citando Raul, terminarei citando "Conspurcália", pérola obscura do Língua de Trapo, que vale para nós e nossos filhotes humanos e caninos: "Corantes, acidulantes/gases, aromatizantes/mamãe prepara a merenda com muito carinho/e assim ela encomenda a gastrite do filhinho [...] esse maldito regime microbiótico..."

Mais uma etapa superada...