Conheça os quatro
gestos que ajudam a definir se uma pessoa é confiável
Pesquisadores norte-americanos listaram quatro atitudes que,
feitas em conjunto durante uma conversa, podem acionar o desconfiômetro. Veja
em vídeo quais são elas
Não há aviso expresso que denuncie uma pessoa pouco confiável,
mas é possível deixar sua intuição bem mais afiada para detectá-las. A fórmula
foi descoberta por cientistas americanos das universidades de Northeastern,
Cornell e do Massachusetts Institute of Technology Media Lab (Laboratório de
Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachussetts), que identificaram quatro
gestos capazes de dedurar quem não merece nossa confiança.
Durante uma conversa, a pessoa pouco confiável tende a:
afastar-se do outro,
cruzar os braços,
tocar, esfregar ou apertar as próprias mãos,
ou tocar a si mesmo no rosto, no abdômen ou em outro local.
O experimento envolveu 86 estudantes, divididos em dois grupos.
No primeiro, duplas deveriam interagir por cinco minutos pessoalmente. No
segundo grupo, o contato entre duplas era feito via chat.
Depois, as duplas participaram de um jogo em que trocavam fichas,
onde cada ficha própria valia um dólar e o dobro se fosse ganha do parceiro. O
lucro máximo seria possível se alguém enganasse o parceiro e recebesse todas as
fichas dele, sem ceder as suas. Assim, um bom desempenho dependia de avaliar o
quanto se poderia contar com a cooperação do parceiro.
Ao final, cerca de 20% das pessoas se revelava completamente
confiável e cedia suas fichas ao parceiro. 13% não cedia ficha alguma ao
colega, ou mantinha a maior parte. E 65% compartilhavam a maior parte ou pelo menos
metade.
O índice de cooperação foi similar entre os grupos, mas aqueles
que conversaram cara a cara foram mais eficientes em prever as reações do
parceiro. Pela análise do vídeo das conversas, foram descobertos os sinais que
acionavam o desconfiômetro dos estudantes. Quando os gestos ocorriam de forma
isolada não havia problema. Porém, ao surgir de forma combinada, eles soavam o
alarme interno.
Contexto
Para os especialistas em linguagem corporal, afastar-se indica
desconforto ou intenção de fugir do assunto; cruzar os braços forma uma
barreira contra uma ameaça ou algo ou indesejável e tocar as mãos, o rosto ou o
corpo indica desconforto ou mentira.
Mas a análise sempre depende de um contexto. Wanderson Castilho,
especialista em análise de comportamento e autor do livro “Mentira – Um Rosto
de Muitas Faces” (Matrix Editora), observa que alguém pode passar a mão pela
barriga por simples mal-estar. Logo, tomar ao pé da letra os resultados da
pesquisa pode induzir a erro.
Para o especialista, o acúmulo de sinais negativos foi o que
alertou os participantes do experimento. “Um gesto isolado não chega a ser
perceptível. O segundo reforça a imagem. No terceiro, já passou do limite”,
avalia Castilho.
Segundo Mariela Parolini, coach especializada em programação
neurolinguística, apenas 7% da comunicação se dá por meio das palavras. “As
variações da voz são responsáveis por 38% da comunicação e 55% vem da
comunicação não-verbal”, explica.
Para ela, o que causou a desconfiança nos estudantes foi a
contradição entre o discurso e a linguagem não-verbal do colega. Mesmo pequenos
detalhes são visíveis e contam. “Quem sorri de verdade contrai os músculos dos
olhos, formando o pé de galinha. Um sorriso sem espontaneidade não tem isso”,
exemplifica Castilho.
http://delas.ig.com.br/comportamento/2012-11-16/conheca-os-quatro-gestos-que-ajudam-a-definir-se-uma-pessoa-e-confiavel.html