segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Viva a sabedoria...

Gaston Bachelard
Filósofo francês (1884-1962). Defende uma ruptura entre o conhecimento científico e o conhecimento vulgar, pelo que entende que é necessária uma psicanálise da ciência para a depurar de elementos inconscientes derivados conhecimento vulgar. Procurou harmonizar o racionalismo científico (pensamento diurno), com a imaginação poética (pensamento nocturno).
Algumas obras: Ensaio Sobre o Conhecimento Aproximado (1928); O Valor Indutivo da Relatividade (1929); O Novo Espírito Científico (1934); A Dialéctica da Duração (1936); A Psicanálise do Fogo (1938); A Filosofia do Não (1940); A Poética do Espaço (1957).

http://www.eurosophia.com/filosofos/filosofos/bachelard.htm

Curioso...


As reformas ortográficas
Em diversos momentos, a língua portuguesa sofreu transformações no padrão de sua grafia.
Nesse ano, cursinhos preparatórios, colégios, professores e alunos passaram a reorientar os padrões da escrita com o estabelecimento da reforma ortográfica. Para muitos, essa mudança é maléfica e não oferece vantagens compatíveis a todo o esforço que se tem para abandonar as antigas formas agora consideradas errôneas. Outros apontam que esse tipo de mudança na língua se faz importante na elaboração de uma mesma grafia para todos os países que adotam o português como língua pátria.

Ao contrário do que se imagina, todas essas mudanças não são mero fruto da modernidade e de todos os interesses diplomáticos, políticos e econômicos que cercam a questão. Desde sempre, o português, assim como outras diversas línguas espalhadas pelo mundo, sofre modificações. Com isso, podemos salientar uma historicidade em nossas reformas ortográficas que, na verdade, começaram a existir desde o século dezesseis.

Na época dos anos de 1500, a língua portuguesa era bastante carente de qualquer tipo de padronização em sua escrita. Cada pessoa que escrevia elaborava um sistema de regras próprio que, na grande maioria dos casos, seguia o som estabelecido pela própria palavra. Em muitas situações, um mesmo termo era escrito com ou sem “gu”, “qu” ou “y”. Dessa forma, a leitura de documentos dessa época é extremamente complicada e dificultosa.

Entretanto, no desenrolar da Renascença, os intelectuais lusitanos quiseram rebuscar a escrita da língua com o uso e o abuso de classicismos que infestaram sua escrita com a adoção de grafemas com “y”, “ph”, “th” e “rh”. Para exemplificar esse novo período, podemos dizer que “As medicações oferecidas pelo pharmacia não curam os males que observamos nos dramas do theatro”. Enquanto isso, o português sofria outras intervenções ao se misturar com as línguas indígenas e africanas do Brasil Colonial.

A salada de expressões e grafias sofreu um controle maior no período em que o despotismo ilustrado tomava conta da administração lusitana. Sob a tutela de marquês de Pombal, novas leis determinavam uma padronização do português com a criação das Aulas Régias, que seriam ministradas por professores leigos. Dessa forma, o português falado no Brasil foi tomando linhas mais nítidas e perdeu uma série de seus indigenismos e africanismos.

A primeira reforma que se tem notícia aconteceu em 1911, quando o filólogo Gonçalves Viana defendeu a simplificação da língua e seu distanciamento do latim. Inicialmente, o Brasil adotou a ideia, mas logo retrocedeu na decisão ao recuperar o uso do “ph” e “ch”. No início da década de 1930, um projeto de simplificação foi mais uma vez elaborado, contudo o governo de Getúlio Vargas anulou o padrão. Somente quatro anos mais tarde, por pressão dos professores, algumas novidades foram incorporadas.

Em 1943, uma nova convenção foi organizada, mas só os brasileiros decidiram utilizar as mudanças, como a substituição do “z” pelo “s” na grafia da palavra “casa”. Dois anos mais tarde, foi o Brasil quem não aceitou o uso de algumas consoantes mudas (“afecto” “óptico”) e o abandono completo do trema. Somente vinte e seis anos mais tarde, o Brasil decidiu abolir alguns tremas e acentos diferenciais (“almôço”, sòmente, saüdade).

Até chegarmos ao acordo que reuniu todas as nações lusófonas, aconteceu um encontro anterior em 1986. Nessa penúltima reunião sediada no Rio de Janeiro, foram apontadas várias das mudanças incorporadas ao acordo ortográfico atual. Segundo o mesmo, os portugueses só abrirão mão do uso de certas consoantes mudas no ano de 2017.

Vigente a partir do ano de 2009, o novo acordo ortográfico gera a expectativa em muitos que desconfiam do seu efetivo cumprimento.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/as-reformas-ortograficas.htm

Piada...


Uma freira na hora da morte, pediu para escreverem no seu túmulo:
"Nasci virgem
Vivi virgem
Morri virgem"
O coveiro achou que eram muitas palavras e escreveu:
"Devolvida sem uso".

Devanear...


Nos Bosques, Perdido - Pablo Neruda

Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos lábios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido.
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um gruto ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porém ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto à janela...

Refletir...


“A esperança tem asas... Faz a alma voar, canta a melodia mesmo sem saber a letra. E nunca desiste. Nunca!” (Emily Dickinson)

Tremendo cara de pau...


Suspeito de matar pais, irmã e sobrinho foi ao velório dos familiares, em Penha (Foto: Agência RBS)
Suspeito de assassinar família vai a velório antes de confessar crime
Casal, filha e neto foram mortos com golpes de martelo e marreta em SC.
'Ele acabou com nossa família', diz irmã do homem, que foi preso.
O homem de 38 anos, que confessou neste domingo (9) ter matado os pais, a irmã e o sobrinho, foi ao velório dos familiares antes de se entregar à polícia. O crime ocorreu na sexta-feira (7), em Penha, no Norte de Santa Catarina.
De acordo com a polícia, o próprio suspeito avisou sobre o crime, mas no primeiro depoimento ele afimou que estava tomando banho quando ocorreram os assassinatos. Ele foi liberado, mas depois voltou e confessou ter matado os quatro familiares.
Ela [mãe] amava todos, mas especialmente esse que a assassinou"
Silvia Santos perdeu os pais, a irmã e o sobrinho. "Ele acabou com a nossa família e acabou com a vida dele", desabafou ela. Conforme conta Silvia, a mãe tinha um carinho especial pelo filho. "Ela amava todos, mas especialmente esse que a assassinou, que tirou a vida dela cruelmente, e do meu pai, da minha irmã e do meu sobrinho", disse.
Segundo o delegado Rodolfo Farah Valente Filho, o homem é usuário de drogas há cinco anos e afirmou estar sob efeito de cocaína ao cometer os assassinatos. Ele foi preso temporariamente na noite deste domingo (9).
A outra irmã, Zilda Delfino, afirma que já havia conversado com Silvia sobre as atitudes do irmão. "Há pouco tempo ainda comentei: 'Silvia, eu tenho medo pela Preta [apelido da irmã assassinada], pelo pai, pela mãe, pelo Pedro [sobrinho]' dele ficar devendo e os traficantes cobrarem e matarem a família toda'. Ela respondeu que aqui [cidade] não acontece essas coisas. Infelizmente, o assassino estava dentro da casa da minha mãe", comenta ela.     
Após a confissão, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do suspeito. O local de detenção não foi divulgado por questão de segurança.
Depoimento
No segundo depoimento, na tarde deste domingo (9), o homem afirmou sentir raiva da irmã, Leopoldina, de 41 anos, por achar que ela não tratava bem os pais. Ele disse à polícia que usou cocaína e tomou coragem para matá-la. Mas, como não queria que a mãe dos dois, Carmen Cunha Flores, 69, sofresse, chamou a senhora para os fundos da casa e a assassinou com uma marreta.
Segundo o homem, depois de matar a mãe, ele deixou a marreta em uma gaveta, pegou um martelo e foi até um cômodo da casa para executar a irmã. Como o sobrinho, Pedro Henrique, de 10 anos, presenciou a cena, ele também matou o menino, e depois o pai, Luiz, 72, que estava em outro quarto.

Polícia investiga assassinatos em Penha, SC
De acordo com o delegado Farah, o homem de 38 anos já era um dos principais suspeitos desde o início das investigações, embora uma pesquisa preliminar não tenha revelado passagem sua pela polícia nem internação por uso de drogas.
Agora, a Polícia Civil tem o prazo de dez dias para concluir o inquérito e entregar à Justiça. De acordo com Farah, as autoridades vão aguardar o laudo pericial e ouvir possíveis testemunhas. Nesse meio tempo, podem pedir a conversão da prisão temporária em preventiva.
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2012/12/suspeito-de-assassinar-familia-foi-ao-velorio-antes-de-confessar-crime.html

Retrato da realidade...


Número de denúncias de violações de direitos humanos aumentou 77%
Em 2012, principais vítimas foram crianças e adolescentes, seguidos por idosos e homossexuais
O número de denúncias de violações de direitos humanos cresceu 77% de 2011 para 2012, segundo balanço da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República. De janeiro a novembro deste ano, o Disque Direitos Humanos, ou Disque 100, realizou 234.839 atendimentos, dos quais 155.336 (66,1%) foram denúncias. No mesmo período de 2011, haviam sido feitas 87.764 denúncias. Desde 2003, quando o serviço começou, o Disque 100 já recebeu e encaminhou 396.693 denúncias. Os números foram divulgados nesta segunda-feira, dia Internacional dos Direitos Humanos.
Houve aumento de denúncias em todos os estados e em todas áreas temáticas: crianças e adolescentes, idosos, população LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais), pessoas com deficiência, moradores de rua, e outros. Durante a apresentação do balanço, realizada na sede da empresa responsável por operar o sistema, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que não é possível afirmar se houve um aumento da violência. Segundo ela, o enfrentamento ao problema melhorou.
- Estamos registrando aumento no número de denúncias que é significativo. A primeira pergunta que se faz é: está havendo aumento da violência? Nós não podemos dizer de forma tão taxativa que se trata de uma aumento da violência. Mas nós podemos dizer que a violência não fica mais invisível, que o Brasil se importa - afirmou a ministra.
Após serem recebidas, as denúncias são examinadas e, depois, encaminhadas para os órgãos responsáveis, como conselhos tutelares, Ministério Público e Defensoria Pública.
As crianças e adolescentes são as principais vítimas das violações de direitos humanos no país, segundo balanço divulgado na manhã desta segunda-feira pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. De janeiro a dezembro de 2012, o Disque Direitos Humanos realizou 234.839 atendimentos, dos quais 155.336 (66,1%) foram denúncias. Dessas, 77% são relacionadas a crianças e adolescentes.
Quando comparados com os números de 2011, o maior aumento no número de denúncias ocorreu no grupo dos idosos: crescimento de 199%, passando de 7.160 para 21.404. Entre os estados, o volume de denúncias cresceu mais no Amapá: 153% entre 2011 e 2012. Em números absolutos, o estado de São Paulo teve mais denúncias: 19.129. O Distrito Federal foi o campeão em termos proporcionais: 92 denúncias para cada 50 mil habitantes.
O estado do Rio de Janeiro registrou 18.874 denúncias de janeiro a novembro de 2012, atrás apenas de São Paulo. Isso representa um crescimento de 92% em relação ao mesmo período do ano anterior. Quando levada em conta o tamanho da população do Rio, o estado foi o quinto com maior número de denúncias (59,02 por 50 mil habitantes), atrás apenas de DF, Rio Grande do Norte, Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Os tipos de denúncias de violação de direitos humanos de crianças e adolescentes são negligência (68%), violência psicológica (49,2%), violência física (46,7%) e violência sexual (29,2%). A soma supera 100% porque uma mesma denúncia pode conter vários tipos de violação de direitos humanos. A maioria das denúncias são encaminhadas ao conselho tutelar e ao Ministério Público. Por cor, as principais vítimas são pretos e pardos (61%), seguidos de brancos (38%).
Entre os idosos, o tipo de violência mais comum em 2012 foi negligência (68,7%), seguido de violência psicológica (59,3%), abuso financeiro e econômico ou violência patrimonial (40,1%), e violência física (34%). A maioria é encaminhada para os serviços socioassistenciais, conselhos estaduais do idoso, Ministério Público, e serviços de segurança pública. A maioria das vítimas são mulheres (69%). Segundo a SDH, a maior parte das denúncias é feita por conhecidos dos idosos, e quase nunca por eles mesmos.
- O idoso não o traz próprio a denúncia. Em geral, o perfil do idoso é não denunciar aquele que o machuca, que o tortura, que o rouba, que o explora, porque essa pessoa, todas as nossas indicações são claras nesse sentido, é da própria família. E o idoso procura preservar a família - disse a ministra.
Em relação às pessoas com deficiência, 63,1% das denúncias são por negligência, 56,5% dizem respeito a violência psicológica, 42,4% se referem a violência física, e 26,6% são por abuso financeiro e econômico ou violência patrimonial. As denúncias, em sua maioria, são encaminhadas aos serviços socioassistenciais, às coordenadorias dos direitos da pessoa com deficiência, ao Ministério Público e aos serviços de segurança pública.
Na população LGBT, o principal tipo de violação é a violência psicológica, que responde por 93,2% das denúncias. Em seguida aparecem: discriminação (82,7%) e violência física (36,2%). As denúncias são encaminhadas principalmente para os gestores de política LGBT, os centros de referência no combate à homofobia, os serviços de segurança pública, e a defensoria pública. Os homens são as maiores vítimas (79%), que se concentram na faixa etária entre 18 e 24 anos. A maioria das vítimas é homossexual ou bissexual, mas houve até mesmo 2% de heterossexuais vítimas de homofobia.
Entre os moradores de rua, negligência foi o principal tipo de violação (57,3%), seguida de violência psicológica (38,7%) e violência física (36%). A maioria das denúncias é encaminhada para o Centro de Defesa Nacional de População de Rua.
Na categoria "outros" - que agrupa violações de populações como quilombolas, ciganos, índios, além de violação policial e tortura - a maioria das denúncias também foi por negligência (61,7%). Em seguida vêm violência física (50,7%), violência institucional, ou seja, a falta de acesso ou negativa de atendimento pelo poder público (50,3%), tortura (48,8%), e violência psicológica (45,6%). A maioria é encaminhada ao Ministério Público e aos serviços socioassistenciais.
Além de receber denúncias, o Disque Direitos Humanos também repassa informações e orientações sobre as ações, programas, campanhas, direitos e serviços de atendimento, proteção e defesa. O Disque 100 funciona 24 horas por dia, todos os dias.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/numero-de-denuncias-de-violacoes-de-direitos-humanos-aumentou-77-6993363#ixzz2EgO3b1F2
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Mais uma etapa superada...