quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Curioso...

Dar com os burros n’água
O “dar com os burros n’água” nasceu com os tropeiros que cortavam o território colonial.
Na hora que acontece um infortúnio, palavras e expressões que manifestam o nosso desalento surgem sem maiores dificuldades. Contudo, por que alguns desafortunados costumam dizer que “deram com os burros n’água”? Para responder a esse mistério do nosso vernáculo, basta investigar o tempo em que as mulas e os burros se transformaram no principal meio de transporte do Brasil.

No século XVIII, o desenvolvimento da economia aurífera foi responsável pelo aparecimento de vários centros urbanos no interior da colônia. Nessa época, a corrida pelo ouro acabou deixando em segundo plano o desenvolvimento dos meios e recursos que poderiam atender as demandas de cada uma dessas cidades. Dessa forma, as localidades com economia mais diversificada acabaram fornecendo muitos dos víveres necessários à sobrevivência dos habitantes de tais localidades.

Para atravessar o sertão brasileiro com essas mercadorias, os tropeiros utilizaram o lombo de burros e mulas que resistiam a longos períodos de caminhada pelas matas. Apesar de bastante lucrativa, essa atividade era repleta de desafios que transformavam o tropeirismo em uma aventura incerta e tomada por alguns riscos. Em algumas dessas situações, os pobres animais de carga eram obrigados a atravessar terrenos alagados e muitos acabavam morrendo afogados.

Além de perder o útil animal, muitas vezes obtido junto a contrabandistas da região sul, os viajantes poderiam perder as mercadorias que lhe dariam um considerável retorno financeiro. Com isso, na medida em que a expressão foi aumentando, toda vez que alguém levava a pior, o incidente com os burros (ou mulas!) acabava simbolizando a falta de sorte do infeliz.

Piada...


- Vou parar de beber.
- Parar? Você está maluco?
- É que toda vez que eu bebo, vejo tudo dobrado.
- E vai parar só por causa disso? É só fechar um olho!

Devanear...


As Pessoas Sensíveis - Sophia de Mello Breyner Andresen

As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão".
Ó vendilhões do templo
Ó construtores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias17-autores-variados.php

Acesso com restrições...


Facebook falha em manter páginas que incentivam crimes
Rede Social negligencia fiscalização de fanpages que apoiam o tráfico de drogas, assassinatos e estupros e estão há meses no ar
Depois de ganhar fama por censurar páginas que fazem alusão à nudez, o Facebook ainda tem dificuldades de conter fanpages brasileiras que incentivam o crime. Uma delas é “Dina Terro Dos Policia”, do traficante Dina, que se diz membro do Comando Vermelho, uma organização criminosa que atua no Rio de Janeiro. Entre as fotos empunhando pistolas e fuzis, ele se gaba de ter participado de uma “guerra” contra a favela vizinha em setembro de 2012.
Sem qualquer constrangimento, o rapaz devolve os elogios de seus 1.237 admiradores, além de receber e devolver ameaças. Em um dos posts, um comparsa ironiza a recompensa de R$ 2 mil oferecida para quem entregar Dina à polícia. “R$ 2 mil?”, pergunta o bandido antes de lembrar que a cabeça de um “cagueta” vale R$ 10 mil no morro.
No ar desde maio do ano passado, a página só foi banida na tarde desta quinta-feira depois que o iGsolicitou explicações ao Facebook. A empresa não tem um representante brasileiro que responda por sua política de censura e também se nega a comentar qualquer fanpage mesmo que ela incentive o assassinato sumário de bandidos.
Só com o título “Bandido Bom é Bandido Morto” há seis páginas. A mais acessada tem 1.699 admiradores, que postam fotos de supostos delinquentes executados principalmente pelas mãos da polícia. O autor anônimo dedica a “fanpage para quem não tem pena de bandido”.
O Facebook afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não divulga estatísticas sobre páginas que saem do ar. A rede social diz que “relatos de conteúdo ofensivo são seriamente analisados e é por isso que, além dos links para reportar conteúdo, também oferecemos ferramentas de denúncia social e o painel de suporte”.
Especialista em Direitos Humanos, Rodrigo Nascimento, do Observatório de Favelas, diz que é clara a “apologia ao crime [no Facebook] e isso tem de ser visto aos olhos da legislação maior que temos”. De acordo com ele, esse “é um caso de segurança pública, acontece nas favelas, acontece também no mundo virtual, até que alguém denuncie”.
Nascimento acredita que “o Facebook também deve tomar uma providência” porque o espaço virtual "é ambiente fértil para coisas do gênero".
Nudez
Embora sua política de “revisão” demore para banir quem faz apologia ao crime, o Facebook ficou bastante conhecido por censurar a nudez, especialmente feminina. Em setembro do ano passado, por exemplo, uma charge publicada pela revista “The New Yorker” foi retirada do ar. A justificativa é que o desenho ilustrava os seios de Eva, que conversava com Adão sob uma macieira.
Em novembro de 2012, o Facebook também censurou a foto de uma menina que tomava banho em uma banheira. A página saiu do ar porque a rede confundiu o cotovelo da garota com um de seus seios.
Também ficou conhecida a história da psicóloga chilena Leslie Power (37), que em 2011 descobriu que foi afastada da rede social porque na foto de seu perfil ela aparecia amamentando o filho de três meses.
"Lobo da Insanidade"
Apesar de afirmar que sua “equipe multidisciplinar removerá prontamente aquilo que violar os nossos termos”, o Facebook ainda não tomou providências contra a página “Lobo da Insanidade”, alvo de reportagens. A fanpage é conhecida por publicar frases como "estuprar é arte, traumatizar faz parte" e "respeite as cotas: de cada cinco que você estuprar, uma tem que ser deficiente".
Questionado sobre o sucesso desse conteúdo no Facebook, o delegado Gilson Perdigão, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) no Rio de Janeiro, afirmou que “vem investigando e retirando do ar páginas e perfis de pessoas que fazem apologia ao crime”.
Ainda segundo o delegado, a página do traficante Dina tem o perfil omitido. “A delegacia já oficiou a rede social para que a mesma informe o IP utilizado para a criação da página, bem como o de todos aqueles perfis que têm trocado mensagens que fazem apologia às drogas. A DRCI esclarece ainda que todas as pessoas que estiverem usando a internet para este fim podem responder pelos crimes de apologia e associação para o tráfico.”
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-02-28/traficante-empunha-armas-e-faz-apologia-ao-crime-no-facebook.html

Nada a ver com reality show. Vida real!


Turista sobrevive 20 dias perdido em floresta do sul do Chile
Daniel Flores García sobreviveu se alimentando de insetos e plantas.
'Sempre soubemos que sobreviveria, porque é muito forte', disse a mãe.
Um chileno de 32 anos, estudante de psicologia, foi encontrado vivo após ficar 20 dias perdido em uma densa floresta do sul do país, onde sobreviveu se alimentando de insetos e plantas.
Após ser visto na terça-feira passada por outros turistas no lago Huelde, a cerca de 1.200 quilômetros de Santiago, na Ilha Chiloé, Daniel Flores García, com domicílio na capital do país, continuava internado nesta quinta-feira no hospital da cidade de Castro.
Segundo os médicos locais, o homem, que perdeu 15 quilos durante sua aventura, está em avaliação nutricional e psicológica, mas não corre risco de morte.
Daniel, disseram as fontes à imprensa local, inclusive afirmou que deseja ficar uns dias em Chiloé para saborear as comidas típicas e conhecer melhor a região, já que se perdeu quando tinha recém-chegado, no dia 6 de fevereiro.
Um esquema de busca por terra e ar que mobilizou patrulhas policiais, bombeiros, marinheiros e brigadas da Corporação Nacional Florestal (Conaf) foi suspenso no fim de semana passado por não obter resultados.
O jovem saiu no dia 6 para dar um passeio, perto do camping em que estava com alguns amigos, vestindo apenas calção de banho, camiseta e coturnos, e levando apenas uma garrafa de água, uma máquina fotográfica e seu celular, que logo perdeu toda conexão.
Daniel usou os objetos para se manter vivo com diversas técnicas que tinha visto em filmes: quebrou a máquina fotográfica para fazer uma faca improvisada e cortou bambus e outras plantas para se alimentar de seu talo e se abrigar com suas folhas, de mais de um metro de comprimento.
A faca serviu, ainda, para cortar vermes, besouros e raízes para enriquecer sua alimentação, e o universitário obtinha água limpa em riachos ou charcos criados pela chuva, abundante na região, na qual inclusive em pleno verão predominam as baixas temperaturas.
Após ser encontrado, Flores disse que nos primeiros chegou a ouvir o barulho dos helicópteros que o buscavam e relatou a sua mãe, Virgínia García, que nos últimos dias já quase não conseguia andar e que os ferimentos causadas ao abrir passagem na mata e as picadas de insetos infeccionaram.
Quando já estava pensando que morreria, na terça-feira passada escutou ruídos no lago e após conseguir se deslocar até a ribeira, viu um grupo de turistas que passeavam em bote e que escutaram seus gritos e, sobre a base dos avisos divulgados desde que se perdeu, o reconheceram.
"Sempre soubemos que sobreviveria, porque é muito forte, esportista e muito saudável: não fuma nem bebe", comentou, feliz, a mãe de Daniel.
Baseados em seus relatos, os guias da região deduziram que durante os 20 dias de sua "aventura" o jovem na verdade andou em círculos em torno de um mesmo morro, onde poucos aldeões moram, porque além de a vegetação ser muito espessa, há vários barrancos e pântanos camuflados pela vegetação, segundo Raúl Millacura, um morador local.

Mais uma etapa superada...