quarta-feira, 13 de março de 2013
Refletir...
" Me ame quando eu menos merecer, pois é quando eu
mais preciso". (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/3/
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
"Adolescente
escolhe vir a Brownsville ao invés de ir à Disney"
Essa frase foi encontrada em um site religioso. Obviamente não discutiremos religião, e sim o nosso assunto de sempre: a Gramática da Língua Portuguesa. A inadequação presente à frase é extremamente comum aos brasileiros em geral. Muitos possuem a mesma dúvida: Qual a diferença entre ao invés de e em vez de? Vamos à explicação:
O substantivo invés significa lado oposto, contrário, avesso. Ao formar uma locução, o significado será mantido, por isso a acepção de ao invés é ao contrário, às avessas e de ao invés de é ao inverso de, ao contrário de. Ao invés de, portanto, deve ser empregado somente quando houver uma oposição real entre determinada coisa e outra(s).
Já a locução em vez de significa em substituição de, em lugar de e também ao contrário de, ao inverso de, ao invés de. A que conclusão chegamos? À conclusão de que se pode usar em vez de em qualquer circunstância (dentro dos significados vistos, logicamente), mas só se pode usar ao invés de quando se quiser da noção de inverso, contrário, às avessas. Vejamos alguns exemplos:
Estudou Matemática em vez de Química. (Não se deve usar ao invés de, já que não há oposição entre estudar Matemática ou Química)
O elevador, em vez de subir, desceu. (Também se poderia dizer O elevador, ao invés de subir, desceu, já que subir é o oposto de descer)
A frase apresentada, então, está inadequada, já que não existe oposição entre ir a Brownsville e ir à Disney World. Ela deveria ser assim estruturada:
História...
Descobrimento do Brasil
É correto dizer que
o Brasil só foi descoberto no ano de 1500?
Durante muito tempo,
os livros de história contavam que o
Brasil fora descoberto quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral chegou ao
nosso território. No entanto, existem várias coisas que podem ser repensadas
quando analisamos melhor o assunto. Afinal de contas, devemos lembrar que o nosso
território já era habitado quando os portugueses chegaram aqui.
Muito antes de os
portugueses tomarem conhecimento das terras brasileiras,
havia milhares de comunidades indígenas vivendo por aqui. Antes que essas
comunidades existissem, havia comunidades do período pré-histórico que ocuparam
o continente americano há milhares de anos. Sendo assim, como poderíamos nomear
corretamente o fato acontecido no ano de 1500?
Diversos historiadores,
especialmente aqueles interessados pela história do nosso
país, indicam que os termos “achamento” ou “encontro” seriam mais apropriados.
Esse dois termos dão um novo significado para a chegada de Pedro Álvares Cabral
no Brasil. Com esses novos termos, não deixamos de considerar que a presença
humana por aqui já existia e, desse modo, teríamos várias histórias para
investigar e compreender.
Se considerássemos
que a descoberta do nosso território é restrita ao navegador Pedro Álvares
Cabral, estaríamos prestigiando um outro tipo de entendimento do nosso passado.
Em primeiro lugar, entenderíamos que as coisas mais relevantes sobre o Brasil
só aconteceram pelas mãos do colonizador europeu. Por outro lado, não
reservaríamos nenhum tipo de importância à história dos nativos que aqui viviam
há milhares de anos.
Feita essa
consideração, podemos então entender por qual razão os portugueses tiveram o
interesse de sair de sua terra natal e explorar outras terras. Na verdade, esse
interesse já acontecia desde o começo do século XIV, quando os portugueses
procuravam novas rotas em direção às Índias. Naquele tempo, as mercadorias
indianas tinham alto valor e davam muito lucro quando revendidas no território
europeu.
Na intenção de
descobrir essas rotas, os portugueses acabaram descobrindo novas terras na
parte do sul do continente americano. Segundo alguns historiadores, os
portugueses chegaram ao Brasil antes do ano de 1500 e utilizaram nosso litoral
como parada até chegarem ao Oriente. Contudo, o anúncio oficial da chegada ao
Brasil só aconteceu no ano de 1500 e ficou atribuída ao navegador Pedro Álvares
Cabral.
http://www.escolakids.com/descobrimento-do-brasil.htmViva a sabedoria...
Sócrates
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Sócrates deve ter
nascido em 470 a. C, em Atenas, e morreu 390 a.C. Era filho do escultor
Sofronisco e da parteira Fenarete. Segundo Platão (Teeteto, 149 a), Sócrates
comparou a obra de mestre à arte da mãe. Fez a educação em Atenas,
teria estudado geometria e astronomia. Ter-se-á ausentado, de Atenas, apenas
por três vezes para cumprir os seus deveres de soldado e participou nas
batalhas de Potideia, Délios e Anfípolis. No entanto, aquele que é
considerado o pai da Filosofia, nunca participou da vida política. Segundo
ele, a tarefa a que dedicou toda a vida e que nunca abandonaria,
conforme declarou no tribunal que se preparava para o condenar à morte, foi a
Filosofia.
Sócrates é uma das principais figuras da Filosofia Antiga e um dos filósofos mais conhecidos de toda a História da Filosofia. No entanto, deste grande mestre do pensamento nada ficou, por si, escrito. Todavia sabe-se que se dedicou, sobretudo ao ensino e ao conhecimento da virtude. A pedagogia visava libertar a consciência da opinião errada e da opinião dos outros, no sentido da descoberta, por si mesmo, da verdade. Ele entendia a investigação filosófica como um exame incessante de si próprio e dos outros. A este exame dedicou ele todo o tempo. Ao ponto de descurar o restante da vida, o que lhe valeu viver pobremente com a mulher (Xantipa) e filhos. E o paradoxo da questão está aqui: este homem que dedicou toda a vida à Filosofia, e por ela morreu, nada escreveu. Com efeito, a pesquisa filosófica, como ele a entendia e praticava, e o próprio filosofar, como exame incessante de si e dos outros, nenhum texto escrito os pode suscitar. Ora, o texto escrito pode comunicar uma doutrina, um pensamento, mas não estimula a pesquisa. O que estimula a pesquisa é, na perspectiva, o diálogo. Sócrates representa, para a Filosofia Ocidental, o paradigma da autonomia da consciência. Ele ficou na história como o modelo do filósofo, não apenas por ter levado a defesa das posições ao ponto supremo da coragem e da coerência, enfrentando a condenação à morte com a maior serenidade, como ainda porque fez da própria vida um exercício filosófico (que foi a obra filosófica por excelência). Obra que se traduziu na pesquisa constante da verdade, e a busca permanente do saber como modo de estar consigo próprio e com os outros.
«Conhece-te a ti
mesmo» - Como os sofistas, Sócrates situa-se no terreno antropológico e
visa constituir um saber à medida do homem. Diferentemente dos sofistas, o
homem, é ele próprio, entendido como um enigma a decifrar. Há que não
pressupor o que é o homem, mas pelo contrário, torná-lo como objecto
principal de reflexão. Por isso, a investigação filosófica deve centrar-se em
torno do homem, de si mesmo, para que fique a conhecer-se, e os limites,
a fim de se tornar justo e solidário com os outros. Tendo em conta esta
doutrina, Sócrates adotou como divisa intelectual a máxima inscrita no
templo de Delfos: «Conhece-te a ti mesmo». E fez do filosofar um exame
incessante de si próprio e dos outros: «de si próprio em relação aos outros,
dos outros em relação a si próprio.»
A ciência
socrática - Reconhecendo o sentido oracular desta máxima, ele vai
procurar nele um sentido mais profundo do que um simples convite à
introspecção, à análise individual de si. Da reflexão sobre o «conhece-te a
ti mesmo» vai nascer a ciência socrática, a ciência do homem.
«Como o
ensinamento de Cristo era revolucionário, foi acusado e condenado,
confirmando, através da morte, a verdade da sua mensagem. A incredulidade vai
até este ponto numa história que é semelhante à de Sócrates, embora se
coloque noutro termo» (Hegel).
Há quem encontre
semelhanças entre Sócrates e Cristo. Em que sentido pode fazer-se esta
afirmação?
Para conhecer este
grande mestre da Filosofia, leia os Diálogos de Platão Apologia de Sócrates,
Teeteto, Fédon, O Banquete, Ménon, Fedro, de entre outros.
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Cultura viva...
Brincadeiras e Brinquedos Culturais
Existem brincadeiras
e brinquedos que hoje conhecemos por passar de geração em geração. Possuem
várias origens e participaram de várias etapas do desenvolvimento do país.
Hoje, essas brincadeiras fazem parte da cultura do nosso povo e parte do
folclore brasileiro que marcam os períodos por aqui vividos.
Os índios que viviam
no Brasil antes do seu período de descobrimento utilizavam uma trouxa de folha
cheia de pedras que eram amarradas numa espiga de milho. Brincavam de jogar
esta trouxa de um lado para outro, chamavam-na de Pe’teka, que em tupi significa
bater.
De origem francesa,
a amarelinha chegou ao Brasil e rapidamente se tornou popular. A brincadeira
consiste em um desenho formado por blocos numerados de 1 a 9, com semicírculos
nas extremidades que são jogados com uma pedrinha que deve obedecer as paredes
de cada bloco.
Cerca de 1000 anos
antes de Cristo a pipa era utilizada como forma de sinalização, mas ao chegar
ao Brasil, trazida pelos portugueses, a pipa se tornou somente uma forma de
diversão. Ela voa através da força dos ventos e é controlada por uma corda que
permite ao condutor deixá-la cada vez mais alta ou mais baixa.
A ciranda, que é a
dança mais famosa do Brasil, foi trazida de Portugal como dança adulta, mas
logo sofreu transformações e passou a alegrar as brincadeiras infantis. É
bastante utilizada ainda hoje em escolas, parques e espaços que prezam as
brincadeiras antigas, passando-as às novas gerações, mostrando sua
importância folclórica e cultural.
O jogo do osso de
origem pré-histórica também é bastante passado aos netos pelos avós. Consiste
em jogar um objeto para o alto e pegar outro em seu lugar fazendo um jogo de
malabarismo.
http://www.brasilescola.com/cultura/brincadeiras-brinquedos-culturais.htmEntendendo...
Democracia e Oligarquia
Democracia e
Oligarquia congregam grandes divergências em suas aparências.
Ao longo do tempo,
as civilizações foram responsáveis pela criação de diferentes formas de
governo. No mundo contemporâneo, principalmente no que se refere ao Ocidente,
existe um grande consenso de que o regime democrático ou democracia seja a
melhor e mais justa maneira de organização política já criada. Tal concepção se
sustenta, principalmente, na ideia de que o sistema democrático seja mais justo
e defenda os princípios de liberdade e igualdade entre os homens.
Reconhecendo a democracia como o “governo do povo”, acabamos determinando que outras formas de governo sejam menos eficientes e justas. Entre essas outras formas, a oligarquia é um dos modelos que mais se claramente distancia do regime democrático. Afinal de contas, como mesmo diz a sua acepção original, a oligarquia apresenta o “governo de poucos” ou o “governo de uma minoria”. Em muitos casos, essa minoria se confunde com as elites políticas e econômicas de um país ou território.
Apesar de aparentarem como opostos, oligarquia e democracia são regimes que podem se interpenetrar em algumas situações. Na história do Brasil, por exemplo, vemos que na República Oligárquica a distribuição e a autonomia dos poderes – típicos em uma democracia – conviviam com artimanhas fraudulentas que preservavam os cargos políticos nas mãos de uma reduzida elite agroexportadora. Dessa forma, podemos notar a coexistência de elementos democráticos e oligárquicos em um mesmo regime.
Ao contrário do que muitos pensam, a ideia de democracia como o governo de uma maioria não nasceu na Grécia Antiga. Em Atenas, o direito ao voto era reservado a uma parcela de cidadãos que não correspondia à maioria dos moradores daquela antiga cidade. Por outro lado, também podemos hoje notar que muitas democracias são rodeadas por sérios problemas. Não raro, os representantes eleitos pelo povo, pela maioria, atuam politicamente em favor de uma abastada minoria.
Pontuando esses exemplos e análises, percebemos que democracia e oligarquia correspondem a um valor de oposição apenas no campo das teorias. Na prática, os cidadãos devem estar sempre alertas para que um governo de aparências democráticas não avilte o poder a ele concedido por ações escusas e que respondem ao anseio de um único grupo social. Afinal de contas, mais do que uma forma de governo, a democracia é uma experiência dinâmica e sempre inacabada.
Reconhecendo a democracia como o “governo do povo”, acabamos determinando que outras formas de governo sejam menos eficientes e justas. Entre essas outras formas, a oligarquia é um dos modelos que mais se claramente distancia do regime democrático. Afinal de contas, como mesmo diz a sua acepção original, a oligarquia apresenta o “governo de poucos” ou o “governo de uma minoria”. Em muitos casos, essa minoria se confunde com as elites políticas e econômicas de um país ou território.
Apesar de aparentarem como opostos, oligarquia e democracia são regimes que podem se interpenetrar em algumas situações. Na história do Brasil, por exemplo, vemos que na República Oligárquica a distribuição e a autonomia dos poderes – típicos em uma democracia – conviviam com artimanhas fraudulentas que preservavam os cargos políticos nas mãos de uma reduzida elite agroexportadora. Dessa forma, podemos notar a coexistência de elementos democráticos e oligárquicos em um mesmo regime.
Ao contrário do que muitos pensam, a ideia de democracia como o governo de uma maioria não nasceu na Grécia Antiga. Em Atenas, o direito ao voto era reservado a uma parcela de cidadãos que não correspondia à maioria dos moradores daquela antiga cidade. Por outro lado, também podemos hoje notar que muitas democracias são rodeadas por sérios problemas. Não raro, os representantes eleitos pelo povo, pela maioria, atuam politicamente em favor de uma abastada minoria.
Pontuando esses exemplos e análises, percebemos que democracia e oligarquia correspondem a um valor de oposição apenas no campo das teorias. Na prática, os cidadãos devem estar sempre alertas para que um governo de aparências democráticas não avilte o poder a ele concedido por ações escusas e que respondem ao anseio de um único grupo social. Afinal de contas, mais do que uma forma de governo, a democracia é uma experiência dinâmica e sempre inacabada.
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