sexta-feira, 22 de março de 2013

Tragédia muito mais que anunciada...


Delegados entregam inquérito da Kiss à Justiça
A peça tem cerca de dez mil páginas e aponta as causas e nomes dos responsáveis pelo incêndio
"O incêndio matou 241 pessoas em Santa Maria"
PORTO ALEGRE – A Policia Civil de Santa Maria relacionou 35 pessoas como culpadas diretas ou indiretas pela tragédia da boate Kiss, que matou 241 pessoas, a maioria jovens estudantes que participavam de uma festa. Os delegados Marcelo Arigony e Sandro Meinerz entregaram o inquérito que investigou a tragédia à 1a. Vara Criminal, no Fórum de Santa Maria, no início da tarde desta sexta-feira, 22. A peça tem cerca de dez mil páginas e aponta as causas e nomes dos responsáveis pelo incêndio.

Entre os acusados estão 16 pessoas que seriam culpadas por homicídio, inclusive os sócios da boate e duas familiares de um deles, um funcionário da casa e um integrante da banda Gurizada Fandangueira. A Polícia também apontou o prefeito Cezar Schirmer como culpado, mas não fez o indiciamento e encaminhou relatório ao Tribunal de Justiça porque ele tem foro privilegiado.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Só rindo...



Refletir...


Uma jornada de duzentos quilômetros começa com um simples passo.”        (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/3/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Se essas são as únicas modalidades onde seu filho é campeão..."
"Se essas são as únicas modalidades onde seu filho é campeão..."

Essa frase ouvi em uma propaganda de televisão, veiculada há alguns anos. Qual a sua inadequação gramatical?

O problema da frase reside no uso do pronome "onde", que serve apenas como indicativo de "lugar". Por exemplo:
"A casa onde moro é aprazibilíssima";
"A fazenda onde estive pertence a seu amigo".

As frases que não apresentarem indicação de lugar, deverão ter o pronome "onde" substituído por "em que" ou "no qual", "na qual", "nos quais", "nas quais", dependendo do gênero (masculino ou feminino) e do número (singular ou plural) do elemento imediatamente anterior.

Na frase apresentada não há a indicação de lugar, por isso não se pode utilizar o pronome "onde". Em seu lugar deve-se usar "em que" ou "nas quais", já que o elemento imediatamente anterior é feminino, plural. A frase, então, deveria ser assim estruturada:

Se essas são as únicas modalidades em que (ou "nas quais") seu filho é campeão...
http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/se-essas-sao-as-unicas-modalidades-onde-seu-filho-e-campeao.jhtm

História...


Expressões linguísticas no Brasil
A expressão “motorista barbeiro” tem origem histórica europeia
Você já deve ter escutado alguém dizer que “jura de pés juntos” que tal situação é verdadeira. Ou mesmo ter ouvido, ao andar pelas ruas de alguma cidade, alguém gritar: “motorista barbeiro”! Estas expressões fazem parte da fraseologia brasileira e também europeia, tendo elas origem em alguma situação histórica, ou em hábitos de vida praticados pelas populações, e que talvez hoje tenham sido esquecidos.

Com o objetivo de relembrar essas origens serão apresentadas abaixo três expressões comuns no cotidiano de vida dos brasileiros.

Tirar o cavalo da chuva

Geralmente usa-se esta expressão para demover uma pessoa de alguma intenção que ela tenha e seja difícil de realizar. Porém, o uso antigamente era distinto. Segundo o linguista Reinaldo Pimenta, no livro A casa da Mãe Joana, a expressão “tirar o cavalo da chuva” estava relacionada a hábitos de locomoção e de recepção das pessoas nos ambientes domésticos. Como até o século XIX o cavalo era um dos meios de locomoção mais práticos, era com ele que as pessoas se deslocavam. Quando alguém iria visitar um amigo ou parente, o local utilizado para amarrar o cavalo indicava a intenção do tempo de permanência do visitante.

Colocar a montaria na frente da casa era indício de visita rápida. Por outro lado, se colocasse em local protegido da chuva era sinal de prosa demorada. Mas colocar o cavalo em local protegido sem autorização do dono da casa era indecoroso, sendo necessário esperar o aval do anfitrião para guardar adequadamente o animal. Em situação de conversa boa e animada, o anfitrião dizia: “pode tirar o cavalo da chuva”, indicando que o papo iria demorar, autorizando a acomodação do cavalo em local protegido.

Jurar de pés juntos

Esta expressão é de origem europeia e está ligada às práticas de torturas utilizadas pela Inquisição para conseguir obter confissões de acusados de heresia. A prática de tortura consistia em amarrar os suspeitos pelos pés e mãos, suspendê-los no teto pelos pés, ou mesmo pregá-los em postes de madeira, sempre com os pés juntos um ao outro. Assim, buscavam os inquisidores arrancar as confissões.

A promessa era dizerem sempre a verdade a qualquer das perguntas feitas. Em Portugal se fala “jurar a pés juntos” e “negar a pés juntos”, e na Espanha, o sentido da expressão é de acreditar cegamente em tudo, falando “crer com os pés juntos”.

Motorista Barbeiro

Esta expressão, também de origem europeia, está relacionada ao fato dos barbeiros realizarem muitas atividades, até o século XIX, além de cortar cabelos e barbas. Faziam sangrias utilizando sanguessugas, cortavam calos e extraiam dentes. Como não eram peritos nestas funções, era comum errarem e deixarem marcas permanentes nas pessoas.

Segundo o linguista José Augusto Carvalho, desde o século XV a expressão “coisa de barbeiro” servia para indicar a infelicidade cometida em algum serviço feito por uma pessoa que não era especialista na área. Esta expressão chegou ao Brasil através dos portugueses. Mas chamar um motorista de barbeiro é uma construção genuinamente brasileira.

Viva a sabedoria...


Xenófanes de Colofonte (Pré-socrático)
Xenófanes nasceu em 570 a.C. e morreu em avançada idade. Fugindo da invasão persa, abandonou a sua cidade  (Cólofon) aos vinte e cinco anos, e não se fixou em nenhum outro lugar, levando uma vida errante, recitando poemas, demorando-se, contudo, algum tempo em Eleia.
Tornou-se famoso pelos seus ataques a poetas e filósofos e também pelas suas doutrinas filosóficas.
Para este filósofo, o elemento primordial é a terra. Diz, num dos seus fragmentos, que os elementos que constituem a gênese do homem são a terra e a água.
Escreveu exclusivamente em verso.
http://www.eurosophia.com/filosofos/filosofos/xenofanes.htm

Cultura viva...


Folclore
Maracatu: uma das mais proeminentes manifestações do folclore brasileiro.
O folclore foi um termo criado por estudiosos interessados em pesquisar e analisar as manifestações culturais de origem popular. Cunhada especificamente no século XIX, essa palavra advém da junção feita entre duas expressões da língua inglesa: “folk”, que significa povo e “lore” que faz referência à ideia de conhecimento. Desse modo, a designação mais ampla de folclore envolve tudo aquilo que é tomado como sendo pertencente ao “conhecimento do povo”.

É importante notar que o interesse pelo conhecimento do povo não tem a sua origem calcada na ação de pessoas oriundas das próprias classes populares. A partir do século XVIII, o grande volume de transformações ocasionadas pela Revolução Industrial motivou uma volta à natureza, ao campo e, consequentemente, à população que pertencia a esse espaço. Em linhas gerais, podemos ver que o nascimento do folclore se liga a uma oposição ao processo de padronização advindo da sociedade industrial.

Com o passar do tempo, a formulação dos estudos folclóricos determinou o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às crenças, cerimônias, costumes, jogos, festas, mitos e provérbios ligados a uma produção anônima, tradicional e, ao mesmo tempo, reconhecida por uma coletividade. Sem dúvida, não podemos deixar de salientar que o gosto pelo folclore foi responsável por importantes ações que ampliaram os estudos de natureza cultural em diversas partes do mundo.

Entretanto, ao longo do tempo, vemos que a definição sobre aquilo que deveria ser considerado folclórico se transformou bastante. Atualmente, o folclore não mais representa um círculo fechado que privilegia as manifestações culturais provenientes das camadas populares e afastadas da produção cultural urbana. Ao longo do século XX, novos interessados pela temática cultural conseguiram apontar outras importantes significações e usos para o folclore.

Atualmente, se aceita a produção artística de autores específicos, não mais privilegiando apenas a produção de natureza anônima. Ao mesmo tempo, a distinção entre popular e erudito é quebrada em favor de uma produção folclórica oriunda da leitura e a influência realizada por dados capturados da erudição. Mais do que isso, o folclore hoje também abandona os sentidos estáticos que a tradição antes conferia às suas manifestações, aceitando a mudança e a inovação como situações de importante validade.

Mais uma etapa superada...