segunda-feira, 1 de abril de 2013
Refletir...
"Os
sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os
idiotas não aprendem nunca." (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/3/
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
"É proibida entrada"
Com certeza, você já deparou frases desse tipo, nos mais variados lugares: no comércio, em escritórios e até em escolas. O problema da frase é o seguinte: sempre que utilizar verbo de ligação(ser, estar, parecer, ficar, permanecer, continuar), principalmente o verbo ser, e não houver elemento modificador do sujeito (artigo, adjetivo, numeral), tanto o verbo quanto o predicativo do sujeito devem permanecer na forma masculina, singular. Caso contrário, ou seja, se houver o elemento modificador, ambos - o verbo e o predicativo - concordam com o modificador.
Portanto a frase apresentada está errada.
Corrigindo-a, teremos:
É proibido entrada ou É proibida a entrada.
Outros exemplos:
Pimenta é bom. / Esta pimenta está boa.
É necessário dedicação. / A dedicação é necessária.
Está proibido brincadeiras. / Estão proibidas as brincadeiras.
História...
História das ruas no Brasil
As ruas possuem diferentes facetas: ruas asfaltadas, ruas
sem calçamento, ruas históricas
A existência das cidades está diretamente
ligada aos aspectos humanos (sociais, culturais, políticos e econômicos) e aos
aspectos físicos (região, rios, ruas, arquiteturas). Portanto,
para a formação das cidades é imprescindível que esses dois aspectos estejam
presentes mutuamente.
No presente texto daremos ênfase às ruas. Sem
elas seria impossível a existência das cidades, ou seja, onde ficariam as casas
ou moradias da população
da cidade? Por onde as pessoas e os veículos (charretes, carroças, carros,
bicicletas, motocicletas) iriam transitar? Sem as ruas teria como as pessoas se
deslocarem de um local para outro? Posto isto, iremos viajar pela história das
ruas.
As histórias das populações das cidades muitas
vezes se confundem com ahistória da rua onde residem. A rua é o local onde
várias gerações convivem mutuamente ou não, onde estão presentes histórias do
presente e do passado.
O passado ficou registrado nas ruas, através da arquitetura e da
memória das pessoas mais velhas que viveram há muito tempo naquele lugar. O
tempo presente é o mover constante da história vivida cotidianamente pelos
habitantes e transeuntes das ruas.
Por exemplo: no ano de 1854, os lampiões de azeite da
iluminação pública das ruas da cidade do Rio de Janeiro deram lugar à
iluminação a gás, enquanto a luz elétrica nas ruas chegou em 1904. Portanto, as
ruas nem sempre foram iluminadas e a iluminação pública mudou juntamente com a
história. Também na cidade do Rio de Janeiro, em 1847, tiveram início os
serviços de limpeza pública, executados pela empresa Aleixo Gary
& Cia. A partir de então, os recolhedores de lixo e os responsáveis pela
limpeza das ruas ficaram conhecidos como ‘Gary’ – hoje, gari.
As ruas das cidades brasileiras sempre receberam nomes
relacionados a pessoas ou acontecimentos que são considerados significativos
para a história do país. A propósito, o estudo da origem dos nomes dos lugares
chama-se topônimo e pode ajudar na descoberta da origem do nome da rua onde
cada pessoa reside.
No Brasil existem ruas com nomes de acontecimentos
históricos, como 7 de setembro, 15 de novembro, ruas com nomes de personagens
históricos, como Dom Pedro I, Barão do Rio Branco, Getúlio Vargas, entre
outros. Existem também ruas que são numeradas, como rua 1, rua 10 e assim por
diante.
Como as ruas recebem os nomes? Geralmente, o nome das
ruas é proposto pelos vereadores ou pelos moradores que levam a proposta de
nome para o vereador, sendo o nome aprovado pela Câmara Municipal da cidade.
As ruas são espaços físicos onde todas as vidas sociais
das cidades acontecem. As pessoas transitam diariamente pelas ruas, vão para
casa, para o trabalho, seja a pé ou por meio de transportes. No Brasil, existe
um grande número de pessoas que vive nas ruas (meninos de rua, os moradores de
rua), enquanto outras fizeram das ruas seus locais de trabalho (camelôs,
vendedores ambulantes, motoristas, guardas de trânsito, entre outros).
Segundo o depoimento de Dona Idalina, moradora da cidade de São Paulo, as ruas mudaram muito de 1950 até os anos 2000:
Segundo o depoimento de Dona Idalina, moradora da cidade de São Paulo, as ruas mudaram muito de 1950 até os anos 2000:
“Eu morava na rua Tabapuã, não tinha muito trânsito. Era
asfaltada e as ruas paralelas e as transversais não eram; eram de terra e eu
gostava de ficar andando de bicicleta o tempo inteiro... a gente tinha assim
muitos amigos de nossa idade, amigos e amigas, então a gente passava o dia
inteiro brincando” (trecho retirado da coleção: Trocando ideias.
Historiar. Ensino Fundamental. Autora: Dora Schmidt. São Paulo: Editora
Scipione, 2007, p. 20).
De acordo com o depoimento acima, nota-se que as ruas se
modificaram bastante nos últimos 60 anos: Dona Idalina ainda brincava o dia
inteiro com seus amigos, as ruas eram quase todas sem asfalto e com pouco
trânsito. Atualmente, é praticamente impossível crianças brincarem nas ruas,
por uma série de motivos: grande quantidade de trânsito de veículos e aumento
no índice de violência nas ruas (assaltos, tiroteios, mortes, venda de drogas)
são alguns.
Mesmo com todas as imposições e perigos de atualmente, as
ruas ainda continuam extremamente importantes para a vida cotidiana das
populações das cidades.
Viva a sabedoria...
A definição de ação social de Max Weber
A ação social, para Max Weber, pode ser dividida em
quatro ações fundamentais: ação social racional com relação a fins, ação social
racional com relação a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.
Para Max Weber, pode ser dividida em quatro ações
fundamentais e é função do sociólogo compreendê-las
Na visão de Max Weber, a função do sociólogo é
compreender o sentido das chamadas ações sociais, e fazê-lo é encontrar os
nexos causais que as determinam. Entende-se que ações imitativas, nas quais não
se confere um sentido para o agir, não são ditas ações sociais. Mas o objeto da
Sociologia é uma realidade infinita e para analisá-la é preciso construir tipos
ideais, que não existem de fato, mas que norteiam a referida análise.
Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a
citada infinidade pode ser resumida em quatro ações fundamentais, a saber:
1. Ação social racional com relação a fins, na qual a
ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então, racionalmente
buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um fim;
2. Ação social racional com relação a valores, na qual
não é o fim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso,
político ou estético;
3. Ação social afetiva, em que a conduta é movida por
sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc.,
e
4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora
os costumes ou hábitos arraigados. (Observe que as duas últimas são
irracionais).
Para Weber, a ação social é aquela que é orientada ao
outro. No entanto, há algumas atitudes coletivas que não podem ser consideradas
sociais. No que se refere ao método sociológico, Weber difere de Durkheim (que
tem como método a observação e a experimentação, sendo que esta se dá a partir
da análise comparativa, isto é, faz-se a análise das diversas sociedades as
quais devem ser comparadas entre si posteriormente). Ao tratar os fatos
sociais como coisas, Durkheim queria mostrar que o cientista precisa
romper com qualquer pré-noção, ou seja, é necessário, desde o começo da
pesquisa sobre a sociedade, o abandono dos juízos de valores que são próprios
ao sociólogo (neutralidade), uma total separação entre o sujeito que estuda e o
objeto estudado, que também pretendem as ciências naturais. No entanto, para
Weber, na medida em que a realidade é infinita, e quem a estuda faz nela apenas
um recorte a fim de explicá-la, o recorte feito é prova de uma escolha de
alguém por estudar isto ou aquilo neste ou naquele momento. Nesse sentido, não
há, como queria Durkheim, uma completa objetividade. Os juízos de valor
aparecem no momento da definição do tema de estudo.
Assim foi o seu conviver com a doutrina protestante que
influenciou Weber na escrita de “A ética protestante e o espírito do
capitalismo”. Para esse teórico, é apenas após a definição do tema, quando se
vai partir rumo à pesquisa em si, que se faz possível ser objetivo e imparcial.
Compare-se Durkheim e Weber, agora do ponto de vista do
objeto de estudo sociológico. O primeiro dirá que a Sociologia deve estudar os fatos
sociais, que precisam ser: gerais, exteriores e coercitivos, além de objetivos,
para esta ser chamada corretamente de “ciência”. Enquanto o segundo optará pelo
estudo daação social que, como descrita acima, é dividida em tipologias.
Ademais, diferentemente de Durkheim, Weber não se apoia nas ciências naturais a
fim de construir seus métodos de análises e nem mesmo acredita ser possível
encontrar leis gerais que expliquem a totalidade do mundo social. O seu
interesse não é, portanto, descobrir regras universais para fenômenos sociais.
Mas quando rejeita as pesquisas que se resumem a uma mera descrição dos fatos,
ele, por seu turno, caminha em busca de leis causais, as quais são suscetíveis
de entendimento a partir da racionalidade científica.
http://www.brasilescola.com/filosofia/a-definicao-acao-social-max-weber.htmCultura viva...
A Eleição Narcísica
dos Ideais dos Povos
As pessoas estarão sempre prontamente inclinadas a
incluir entre os predicados psíquicos de uma cultura os seus ideais, ou seja,
as suas estimativas a respeito de que realizações são mais elevadas e em
relação às quais se devem fazer esforços por atingir. Parece, a princípio, que
esses ideais determinam as realizações da unidade cultural; contudo, o curso
real dos acontecimentos parece indicar que os ideais baseiam-se nas primeiras
realizações que foram tornadas possíveis por uma combinação entre os dotes
internos da cultura e as circunstâncias externas, e que essas primeiras
realizações são então erigidas pelo ideal como algo a ser levado avante. A
satisfação que o ideal oferece aos participantes da cultura é, portanto, de
natureza narcísica; repousa no seu orgulho pelo que já foi alcançado com êxito.
Tornar essa satisfação completa exige uma comparação com outras culturas que
visaram a realizações diferentes e desenvolveram ideais distintos. É a partir
da intensidade dessas diferenças que toda a cultura reivindica o direito de
olhar com desdém para o resto. Desse modo, os ideais culturais tornam-se fonte
de discórdia e inimizades entre unidades culturais diferentes, tal como se pode
constatar claramente no caso das nações.
Sigmund Freud, in "O Futuro de Uma Ilusão"
Sigmund Freud, in "O Futuro de Uma Ilusão"
Entendendo...
Émile Durkheim: os
tipos de solidariedade social
Ao se debruçar sobre o estudo da sociedade industrial do
século XIX, Émile Durkheim percebeu a importância de se compreender os fatores
que explicariam a organização social, isto é, compreender o que garantia a vida
em sociedade e uma ligação (maior ou menor) entre os homens. Chegou à conclusão
de que os laços que prenderiam os indivíduos uns aos outros nas mais diferentes
sociedades seriam dados pela solidariedade social, sem a qual não haveria uma
vida social, sendo esta solidariedade do tipo mecânica ou orgânica.
Mas o que seria a solidariedade social? Para
compreendê-la é preciso levar em consideração as ideias de consciência coletiva
(ou comum) e consciência individual, também estudadas por esse autor. Cada um
de nós teria uma consciência própria (individual) a qual teria características
peculiares e, por meio dela, tomaríamos nossas decisões e faríamos escolhas no
dia a dia. A consciência individual estaria ligada, de certo modo, à nossa
personalidade. Mas a sociedade não seria composta pela simples soma de homens,
isto é, de suas consciências individuais, mas sim pela presença de uma
consciência coletiva (ou comum). A consciência individual sofreria a influência
de uma consciência coletiva, a qual seria fruto da combinação das consciências
individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A consciência coletiva seria
responsável pela formação de nossos valores morais, de nossos sentimentos
comuns, daquilo que temos como certo ou errado, honroso ou desonroso e, dessa
forma, ela exerceria uma pressão externa aos homens no momento de suas
escolhas, em maior ou menor grau. Ou seja, para Durkheim a consciência coletiva
diria respeito aos valores daquele grupo em que se estaria inserido enquanto indivíduo,
e seria transmitida pela vida social, de geração em geração por meio da
educação, sendo decisiva para nossa vida social. A soma da consciência
individual com a consciência coletiva formaria o ser social, o qual teria uma
vida social entre os membros do grupo.
Assim, podemos afirmar que a solidariedade social para
Durkheim se daria pela consciência coletiva, pois essa seria responsável pela
coesão (ligação) entre as pessoas. Contudo, a solidez, o tamanho ou a
intensidade dessa consciência coletiva é que iria medir a ligação entre os
indivíduos, variando segundo o modelo de organização social de cada sociedade.
Nas sociedades de organização mais simples predominaria um tipo de
solidariedade diferente daquela existente em sociedades mais complexas, uma vez
que a consciência coletiva se daria também de forma diferente em cada situação.
Para compreendermos melhor, basta uma simples comparação entre sociedades
indígenas do interior do Brasil com sociedades industrializadas como as das
regiões metropolitanas das principais capitais. O sentimento de pertencimento e
de semelhança é muito maior entre os índios ao redor de um lago quando pescam
do que entre os passageiros no metrô de São Paulo ao irem para o trabalho pela
manhã. Dessa forma, segundo Durkheim, poderíamos perceber dois tipos de
solidariedade social, uma do tipo mecânica e outra orgânica.
Numa sociedade de solidariedade mecânica, o indivíduo
estaria ligado diretamente à sociedade, sendo que enquanto ser social
prevaleceria em seu comportamento sempre aquilo que é mais considerável à
consciência coletiva, e não necessariamente seu desejo enquanto indivíduo.
Conforme aponta Raymond Aron em seu livro As etapas do pensamento
sociológico (1987), nesse tipo de solidariedade mecânica de Durkheim, a
maior parte da existência do indivíduo é orientada pelos imperativos e
proibições sociais que vêm da consciência coletiva.
Segundo Durkheim, a solidariedade do tipo mecânica
depende da extensão da vida social que a consciência coletiva (ou comum)
alcança. Quanto mais forte a consciência coletiva, maior a intensidade da
solidariedade mecânica. Aliás, para o indivíduo, seu desejo e sua vontade são o
desejo e a vontade da coletividade do grupo, o que proporciona uma maior coesão
e harmonia social.
Este sentimento estaria na base do sentimento de
pertencimento a uma nação, a uma religião, à tradição, à família, enfim, seria
um tipo de sentimento que seria encontrado em todas as consciências daquele
grupo. Assim, os indivíduos não teriam características que destacassem suas
personalidades, como apontamos no exemplo dado em relação à tribo indígena, por
se tratarem de uma organização social “mais simples”.
Na construção de sua teoria, Durkheim também demonstrou
como seriam as características gerais das sociedades de solidariedade do tipo
orgânica. Para tanto, seria necessário compreendermos antes de tudo a ideia de
divisão do trabalho social. Ao passo que o capitalismo se desenvolve e a
produção em larga escala começa, os meios de produção foram se ampliando e
requerendo cada vez mais funções especializadas. Além disso, e mais importante,
as relações interpessoais necessárias à vida conforme aumentavam. Ampliava-se,
dessa forma, a divisão do trabalho social, consequência do desenvolvimento
capitalista, o que daria condições para o surgimento das sociedades com
solidariedade do tipo orgânica.
Na solidariedade orgânica, ainda segundo Aron, ocorre um
enfraquecimento das reações coletivas contra a violação das proibições e,
sobretudo, uma margem maior na interpretação individual dos imperativos
sociais. Na solidariedade orgânica ocorre um processo de individualização dos
membros dessa sociedade, os quais assumem funções específicas dentro dessa
divisão do trabalho social. Cada pessoa é uma peça de uma grande engrenagem, na
qual cada um tem sua função e é esta última que marca seu lugar na sociedade. A
consciência coletiva tem seu poder de influência reduzido, criando-se condições
de sociabilidade bem diferentes daquelas vistas na solidariedade mecânica,
havendo espaço para o desenvolvimento de personalidades. Os indivíduos se unem
não porque se sentem semelhantes ou porque haja consenso, mas sim porque são
interdependentes dentro da esfera social.
Não há uma maior valorização daquilo que é coletivo, mas
sim do que é individual, do individualismo propriamente dito, valor essencial –
como sabemos – para o desenvolvimento do capitalismo. Contudo, apenas enquanto
observação, é importante dizer que, ainda que o imperativo social dado pela
consciência coletiva seja enfraquecido numa sociedade de solidariedade
orgânica, é preciso que este mesmo imperativo se faça presente para garantir
minimamente o vínculo entre as pessoas, por mais individualistas que sejam. Do
contrário, teríamos o fim da sociedade sem quaisquer laços de solidariedade.
Diferenças à parte, podemos afirmar que tanto a
solidariedade orgânica como a mecânica têm em comum a função de proporcionar
uma coesão social, isto em uma ligação entre os indivíduos. Em ambas existiram
regras gerais, a exemplo de leis sobre direitos e sanções. Enquanto nas
sociedades mais simples de solidariedade mecânica prevaleceriam regras não
escritas, mas de aceitação geral, nas sociedades mais complexas de
solidariedade orgânica existiriam leis escritas, aparatos jurídicos também mais
complexos. Em suma, Émile Durkheim buscou compreender a solidariedade social (e
suas diferentes formas) como fator fundamental na explicação da constituição
das organizações sociais, considerando para tanto o papel de uma consciência
coletiva e da divisão do trabalho social.
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