terça-feira, 16 de abril de 2013

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"As provas serão aplicadas nas salas de 30 à 39"
As provas serão aplicadas nas salas de 30 à 39.

O acento indicativo de crase deve ser usado entre numerais ou não?

Veja a explicação do prof. Dílson Catarino:

Entre numerais ocorre o acento indicativo de crase se, anteriormente ao primeiro numeral, houver o artigo a(s), que poderá estar contraído com alguma preposição: de + a(s) = da(s); em + a(s) = na(s).

Caso não haja o artigo a(s) anteriormente ao primeiro numeral, não ocorrerá o acento indicativo de crase entre os numerais. Veja alguns exemplos:

Esperaremos o professor das 8h às 10h. Há a crase entre 8h e 10h, por ter o artigo as contraído com a preposição de (das) antes de 8h.

Precisaremos de oito a dez horas para realizar essa tarefa. Não há crase entre oito e dez, por não ter o artigo antes de oito.

As provas serão aplicadas da sala 30 à 39. Há a crase entre 30 e 39, por ter o artigo a contraído com a preposição de (da) antes de 30, mesmo que haja o substantivo sala entre os dois.

De 100 a 200 pessoas morreram no acidente. Não há crase entre 100 e 200, por não ter o artigo antes de 100.

A frase apresentada, então, deve ser escrita sem o acento indicador de crase por não ter o artigo antes de 30:

 As provas serão aplicadas nas salas de 30 a 39.

História...


Índios – Os Primeiros Habitantes do Brasil
As comunidades indígenas são marcadas por uma ampla diversidade de características.
Quando falamos sobre o descobrimento do Brasil, notamos que muitos livros didáticos e pessoas ainda atribuem esse feito à figura do navegador português Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500. Contudo, sabemos que os primeiros descobridores do nosso território foram as antigas comunidades que chegaram à América no período pré-histórico e, com o passar do tempo, formaram diversas civilizações.
Essas comunidades só foram chamadas de “indígenas” e os seus integrantes de “índios” com a chegada dos europeus. Tal nome foi dado porque, quando chegaram aqui pela primeira vez, os europeus acreditavam que tinham alcançado a Índia. De tal forma, percebemos que o termo foi resultado do contato entre os brancos e os nativos.
Quando falamos dos índios temos que ter o cuidado de não pensar que os índios são todos iguais. Ao longo dos séculos, as comunidades indígenas aqui formadas desenvolveram diferentes tipos de costumes, línguas, valores e tradições. Até mesmo em sua fisionomia, podemos observar que os povos indígenas também possuem outras interessantes.
Algumas comunidades indígenas do Brasil viviam de forma nômade e seminômade, consumindo os recursos naturais disponíveis e depois se mudando para regiões que tivessem maior disponibilidade de animais de caça, plantas, frutos e recursos hídricos.
Por outro lado, também havia povos indígenas que dominavam a agricultura e que tinham uma rotina de trabalho intensa e regular. Não por acaso, muitos desses indígenas foram empregados como escravos nas propriedades criadas pelos colonizadores portugueses.
Além de dominarem a caça e pesca, temos em várias comunidades indígenas a presença de um vasto conhecimento sobre a vegetação do território. Não raro, tal conhecimento era empregado para a fabricação de remédios naturais que acabaram sendo utilizados pelos colonizadores.
Organizando-se de forma variada, percebemos que uma quantidade expressiva dos indígenas vivia em grandes cabanas chamadas de “ocas”. Nas ocas temos a presença de várias famílias e integrantes de uma comunidade vivendo de forma muito próxima. As habitações menores e com poucos integrantes eram mais comuns em comunidades menores.
De acordo com estudos atualizados, até a época da chegada dos portugueses, o Brasil contava com 1400 povos indígenas. Em termos numéricos, essa variedade de povos abarcava uma população que oscilou entre a casa dos três a cinco milhões de habitantes. Com números tão significativos, percebemos o quão importante é a presença indígena em nossa história.
Infelizmente, ainda temos um longo caminho para revelar com maior riqueza o passado e a cultura indígena na formação de nosso povo. A exploração, a matança e o preconceito contra os povos indígenas acabaram acobertando muitas informações e saberes de suma importância. De tal modo, cabe a nós, estudiosos, alunos e professores, ampliar nossos horizontes sobre tão relevante tema.
http://www.escolakids.com/indios-os-primeiros-habitantes-do-brasil.htm

Viva a sabedoria...


A faculdade de julgar em Kant
Segundo Kant, o gosto é sim universal.
A Estética kantiana é pensada não mais como uma dimensão objetiva do mundo e sim como uma dimensão mental, subjetiva. Isto quer dizer que a reflexão sobre a estética está voltada para as condições de receptibilidade a prazer do sujeito, também chamada de estado mental ou de conhecimento em geral.
Conhecimento em geral porque, muito embora na sua Estética Transcendental (Crítica da Razão Pura), que determina as formas de receptibilidade das sensações (espaço e tempo), essa se refira somente a um conhecimento específico ou particular, relacionado ao modo como o sujeito é afetado subjetivamente, não consegue esgotar o problema do prazer (sentimento) que acompanha a intuição.
Este prazer, para Kant, não tem nada a ver com o conhecimento que aquela faculdade (de conhecer) determina e por isso foi tratado separadamente. Este prazer se refere ao sujeito, à sua sensibilidade ou receptibilidade ao experimentá-lo e é expresso no predicado Beleza. Por exemplo, ao observar o céu estrelado acima de nós, temos a sensação objetiva (vemos algo), estudada na faculdade de conhecer (ciência) e também temos um sentimento de prazer (subjetivo) ao ver a Beleza do céu (objetivo), contemplando sua harmonia, sua ordem, como se tivesse sido feito por Deus, o artista da natureza, estudada na faculdade de julgar estética.
Entretanto, a partir do dado empírico, esta sensação é desinteressada do objeto (ou seja, não se refere a ele, mas ao sentimento do sujeito vinculado a essa experiência), numa tentativa de contemplação pura (isto porque Kant é o filósofo da possibilidade e postula tal concepção), de prazer puro. E Kant vai ainda mais longe: pressupõe que tal estado mental é relacionado à comunicabilidade, pretendendo o caráter de universalidade. Se os homens se colocarem em um mesmo estado de receptibilidade (ou seja, se colocarem no lugar do outro), sentirão o mesmo prazer. Porém, em uma universalidade subjetiva, porque não há uma intuição aplicada a um conceito.
Percebe-se, dessa forma, a construção do sistema kantiano de uma unidade da razão, unidade harmônica, pois a faculdade de julgar estética fornece princípios a priori para as faculdades de conhecer e de apetecer, mantendo-se como ordenadora do embate entre essas duas faculdades (o famoso livre jogo das faculdades). Assim, conhecer e agir, objetivamente, depende do modo como fomos afetados e concebemos a beleza do mundo subjetivamente, proporcionando um estado de consciência sempre em conflito entre as faculdades, mas com a possibilidade do equilíbrio entre elas. O livre jogo entre as faculdades, por si só, é prazeroso, isto é, o sentimento informa a harmonia e o equilíbrio entre essas funções cognitivas e isso pode ser pressuposto em todos os homens.
Portanto, segundo Kant, o gosto é sim universal, e o homem (ser entre o animal e Deus) deve, através da educação dos instintos, aprimorar a sua receptibilidade ao verdadeiro prazer, intelectual, entendido como o saber e a ação cada vez mais universais. Aprimorar os sentimentos significa o aprimoramento da razão e, portanto, do próprio homem.

Cultura viva...


A Cultura e a Corrupção
Qualquer um pode ser bom no campo. Lá não há tentações. É por isso que as pessoas que não vivem na cidade são tão terrivelmente bárbaras. A civilização não é de modo nenhum uma coisa fácil de atingir. Há duas maneiras de um homem a alcançar. Uma é pela cultura e outra é pela corrupção. As pessoas do campo não têm qualquer oportunidade de praticar nenhuma delas e, por conseguinte, estagnam. 

Oscar Wilde, in "O Retrato de Dorian Gray"
http://www.citador.pt/textos/a-cultura-e-a-corrupcao-oscar-fingall-oflahertie-wills-wilde

Entendendo...


Eutanásia
É uma forma de apressar a morte de um doente incurável, sem que esse sinta dor ou sofrimento. A ação é praticada por um médico com o consentimento do doente, ou da sua família. A eutanásia é um assunto muito discutido tanto na questão da bioética quanto na do biodireito, pois ela tem dois lados, a favor e contra. É difícil dizer qual desses lados estaria correto: de que forma deve-se impor a classificação do certo e errado neste caso?

Do ponto de vista a favor, ela seria uma forma de aliviar a dor e o sofrimento de uma pessoa que se encontra num estado muito crítico e sem perspectiva de melhora, dando ao paciente o direito de dar fim a sua própria vida.
Já do ponto de vista contra, a eutanásia seria o direito ao suicídio, tendo em vista que o doente ou seu responsável teria o direito de dar fim a sua vida com a ideia de que tal ato aliviaria sua dor e sofrimento.

No Brasil, a eutanásia é considerada homicídio, já na Holanda é permitida por lei.
Um dos casos mais recentes de eutanásia é o da americana Terri Schiavo: seu marido entrou com um pedido na justiça para que os aparelhos que mantinham Terri viva fossem desligados.

Esse caso chamou a atenção do mundo todo, muitas pessoas se manifestaram contra, as igrejas se revoltaram com tal situação, a família da paciente era contra, os pais dela entraram na justiça tentando impedir tal ação. No fim, a justiça e o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, decidiram pelo desligamento dos aparelhos que a mantinha viva.

Com casos assim vêm à tona em nossas mentes certos questionamentos: será que alguém tem direito de põr fim a sua própria vida ou de decidir o fim da vida de outra pessoa? É correto permitir que o doente viva num estado estático de dor e sofrimento? Bom, essas são perguntas persistem e até o presente momento não apresentam respostas. Enfim, este tema é muito sugestivo para uma reflexão, na qual você poderá fazer uma avaliação do certo e errado e do direito sobre a vida.

Curioso...


Falando sobre cães
Cães sentem calor?
Existem dúvidas frequentes sobre algumas características caninas. Neste contexto iremos abordar dúvidas, como por exemplo: por que o focinho de cães é frio e úmido? Cães sentem calor? Existe olfato mais apurado do que de um cachorro? 
Veja agora como o olfato deste animal interfere em seu comportamento.
Já tocou no focinho de um cão? É gelado e umedecido, e a explicação reside no fato de que eles não conseguem suar como nós, e, consequentemente, sentem muito calor. Então, como eles fazem para eliminar os fluidos corpóreos? 
Os cães estão sempre ofegantes, esta é a maneira que eles encontram para se refrescar: a respiração rápida garante uma maior evaporação pelo nariz e ocasiona perda de calor.
Em se tratando do olfato, os cães não deixam nada a desejar, a espécie é dotada de narinas superpotentes. No que se refere às células olfativas (etmoidais), responsáveis pela percepção de odor, podemos dizer que os cães contam com um volume quatro vezes maior que as do homem. O nariz de um canino possui cerca de 200 milhões destas células, enquanto que nossas narinas, contam com apenas 5 milhões.
Toda essa dimensão é para garantir que seu melhor amigo sempre esteja atento quando você for preparar aquele prato especial. Não é por acaso que eles se desesperam quando estão com fome ou sentem faro de comida.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/falando-sobre-caes.htm

Piada...


O pai entra no quarto do filho e vê um bilhete em cima da cama. Ele vai ate lá, já temendo o pior, e começa ler o seguinte:

"Caro Papai,
É com grande pesar que lhe informo que eu estou fugindo com meu novo namorado, Juan. Estou apaixonado por ele. Ele é muito gato, com todos aqueles piercings, tatuagens e aquela super moto BMW possante que a polícia nunca conseguiu alcançar. Mas não e só por isso, descobri que não gosto de jeito nenhum de mulher e como sei que o senhor não vai entender e não consentir com o que estou fazendo, vamos fugir e ser muito felizes no seu trailler, viajando pelo mundo, fazendo artesanato e vivendo uma vida alternativa. O que ele quer mesmo é adotar filhos comigo, e isso foi tudo que eu sempre quis para mim.
Aprendi com ele que maconha e ótima, é uma coisa natural que não faz mal para ninguém, e ele garante que no nosso pequeno lar não vai faltar marijuana. Ele até me disse que conhece "outras" coisas que dão um barato ainda mais alucinante. Juan acha que eu, nossos filhos adotivos, seus parentes argentinos e seus colegas "gays" vamos viver em perfeita harmonia.
Não se preocupe papai, eu já sou um rapazinho, tenho 15 anos e sei muito bem me cuidar. Um dia eu volto, para que o senhor e a mamãe conheçam os nossos amigos, os parentes dele e nossos filhinhos.
Um grande abraço e até algum dia.
De seu filhinho com amor."

O pai quase desmaiando continua lendo.

PS: "Paizinho, não se assuste. É tudo mentira. Estou indo comer a Marina, aquela loirinha filha da Isabela, nossa vizinha do 301. Só queria mostrar pro senhor que existem coisas piores que as notas vermelhas do meu boletim que está na primeira gaveta."

Mais uma etapa superada...