terça-feira, 23 de abril de 2013

História...


Nova República e Democracia
Cidadão brasileiro recebendo o título de eleitor: o documento garante o direito ao voto nas eleições.
No ano de 1985, a chegada de José Sarney na presidência da República marcava o fim do regime militar e o retorno do regime democrático brasileiro. Nesse governo, temos a organização de várias leis novas que deveriam devolver as liberdades e direitos perdidos por milhares de cidadãos brasileiros. Grande parte dessas leis foi registrada na Constituição de 1988, que ainda hoje ocupa o posto de conjunto de leis mais importante do país.
Já nessa época temos a organização de novos partidos políticos. Anteriormente, o governo militar só permitia a existência de dois partidos políticos e ninguém poderia fundar partidos que defendessem ideias que ameaçassem a ordem vigente. Com a Nova República, partidos de várias tendências ideológicas tinham a liberdade de se organizar, realizar manifestações públicas e disputar as futuras eleições.
Essa situação reforçava o retorno para a democracia. Afinal de contas, o regime democrático deve ser responsável por garantir que as diferentes opiniões e propostas tenham direito à manifestação. Desse modo, o cidadão poderia votar e conhecer diferentes tipos de ideais políticos que se organizavam através dos partidos. Ao mesmo tempo, a Nova República também permitiu que os sindicatos, associações de bairro e cooperativas garantissem a livre organização dos cidadãos brasileiros.
Um dos pontos mais discutidos sobre a democracia na Nova República também se concentra no fato de o voto ser obrigatório entre os cidadãos maiores de dezoito anos. Para alguns, essa exigência fere a escolha dos brasileiros em querer ou não participar da escolha dos nossos políticos. Contudo, depois de mais de vinte anos de ditadura, o voto obrigatório talvez seja uma necessidade temporária para que o exercício da cidadania voltasse a integrar o cotidiano dos cidadãos.
Além disso, a Nova República ainda teve de encarar outros desafios para que nos transformássemos em uma democracia real. A concentração de renda, os problemas do sistema educacional, o aumento da criminalidade, a corrupção, o preconceito e a exploração dos menos favorecidos são alguns dos vários desafios desse tempo e que ainda precisam ser resolvidos.
Por tal razão, vemos que os cidadãos devem levar muito a sério o direito que possuem de colocar os políticos que exercerão o poder. Cada voto deve representar um compromisso com esses problemas que afetam o país. Os nossos vereadores, deputados, senadores, governadores e presidente devem exercer seus cargos igualmente comprometidos com a superação desses problemas que atingem a sociedade brasileira atual.

Viva a sabedoria...


A noção de progresso em Marcuse
Segundo Marcuse, as condições técnicas que surgiram para satisfazer as necessidades básicas do ser humano permitem que se dê um salto qualitativo para o progresso deste mesmo ser humano.
A máscara do sistema caiu com a teoria de Marcuse que evidencia a indevida associação de liberdade e felicidade ao consumo de bens
A noção de progresso pode ter duas acepções: a primeira diz respeito a seu aspecto quantitativo que exibe a evolução da técnica na busca da dominação da natureza. O segundo aspecto é qualitativo e aborda o desenvolvimento das potencialidades humanas, visando a sua plena realização.
A visão psicanalítica de Freud coloca a impossibilidade da felicidade do ser humano. Isso porque de acordo com esta teoria, o trabalho na sociedade burguesa não é prazeroso, visto que é empregado como valor socialmente útil, o que causa a repressão das pulsões de Eros ou do princípio de prazer, impedindo a sua plena satisfação.
A evolução do progresso quantitativo ou técnico que utiliza ou dispende uma grande quantidade de energia pulsional se deu em detrimento do progresso qualitativo ou humano. A tentativa de dominação da natureza pelos homens acarretou a dominação destes pela produtividade. Esta condiciona o comportamento dos indivíduos em sociedade, visando sempre atender apenas às suas necessidades. Mesmo quando o indivíduo se beneficia com alguma melhora nas suas condições de existência é sempre para que a produção tenha maior eficácia e rentabilidade. A vida do indivíduo torna-se administrada, a visão linear do tempo determina o presente visando um futuro incerto, porém que se impõe a esse. O passado já não mais serve para nada.
Se para Freud esta visão só possibilita a infelicidade, para Marcuse ela é o ponto chave para o desenvolvimento humano. As condições técnicas que surgiram para satisfazer as necessidades básicas do ser humano já permitem que se dê um salto qualitativo para o progresso deste mesmo ser humano. Para isso, entretanto, é necessário dessublimar a cultura que só tende a produzir bens supérfluos e divulgar a aquisição de tais bens como fonte de liberdade e felicidade. Deve-se contrapor àquela visão linear de tempo, uma visão que tem apenas uma curva ascendente, uma visão do tempo pleno, de duração e satisfação reais. Para Freud, a infelicidade se caracteriza pela impossibilidade da realização dos desejos. Marcuse propõe a transcendência desses desejos a fim de alcançar a plena fruição das pulsões (claro, com o mínimo de repressão!) que caracterizam a verdadeira felicidade.
Portanto, a máscara do sistema caiu com a teoria de Marcuse que evidencia a indevida associação de liberdade e felicidade ao consumo de bens, o que na verdade provoca o efeito ilusório de satisfação, fomentando cada vez mais os desejos e tornando as pessoas doentes, pois a coisificação da expressão não é suficiente para a plenitude e satisfação. É necessária a desvinculação destas ideias CONSUMO = LIBERDADE, para que possamos pensar em um progresso realmente qualitativo de vida e de relações humanas. Como diz Marcuse, “o tempo compreendido de forma linear é vivido em relação a um futuro mais ou menos incerto” de forma que “o tempo pleno, a duração da satisfação, a duração da felicidade individual, o tempo como tranquilidade, só pode ser imaginado como sobre-humano...”. Esta pode ser uma alternativa para as reflexões atuais sobre sistemas produtivos, superando a antítese entre capitalismo e comunismo exagerados.

Cultura...


A Nostalgia da Europa
Na Idade Média, a unidade europeia repousava na religião comum. Nos Tempos Modernos, ela cedeu o lugar à cultura (à criação cultural) que se tornou na realização dos valores supremos pelos quais os Europeus se reconhecem, se definem, se identificam. Ora, hoje, a cultura cede, por sua vez, o lugar.
Mas, a quê e a quem? Qual é o domínio onde se realizaram valores supremos susceptíveis de unir a Europa? As conquistas técnicas? O mercado? A política com o ideal de democracia, com o princípio da tolerância? Mas, essa tolerância, que já não protege nenhuma criação rica nem nenhum pensamento forte, não se tornará oca e inútil? Ou então, será que podemos entender a demissão da cultura como uma espécie de libertação à qual nos devemos abandonar com euforia? Não sei. A única coisa que julgo saber é que a cultura já cedeu o seu lugar. Assim, a imagem da identidade europeia afasta-se do passado.
Europeu: aquele que tem a nostalgia da Europa.

Milan Kundera, in "A Arte do Romance"
http://www.citador.pt/textos/a-nostalgia-da-europa-milan-kundera

Entendendo...


Harém
Era a parte da casa destinada às mulheres dos poderosos de países muçulmanos. Tais países onde a religião permite a poligamia (casamento com mais de uma esposa).

Neste local reservado as mulheres os homens de fora não tinham acesso, e a mãe do marido coletivo, morava junto às esposas e era ela a chefe de todas.

Consta no Al Corão (livro sagrado do islamismo) que cada homem pode ter quatro mulheres, porém os homens da elite podiam possuir mais de quatro.
Levando-se em conta de que poderiam ter uma grande quantidade de esposa o homem que conseguissem sustentar. 

Curiosidade...


Fazer das tripas coração
A superação de limites, muitas vezes, nos exige “fazer das tripas coração”.

Virar o mundo do avesso é bastante útil quando desejamos ver as coisas por outro ângulo. A quebra das regras comuns da vida está usualmente ligada aos momentos de brilhantismo, sucesso e inovação. Não por acaso, estudiosos como Mikhail Bakhtin perceberam que as brincadeiras e festas do carnaval são repletas por inversões que colocam um mundo sobre outra perspectiva. Através do riso, das brincadeiras e exageros, a vida é celebrada de forma singular.

Com o passar do tempo, vemos que essas inversões carnavalescas invadem outros campos de nossa vida que extrapolam o simples âmbito da festa anual. A língua também vai sendo curiosamente contaminada por essas manifestações através de gírias e expressões que ganham a nossa boca e se perpetuam ao longo do tempo. “Fazer das tripas coração”, por exemplo, é um exemplo de termo que representa bem esse tipo de situação.

Talvez por seu uso banal, nem sejamos capaz de perceber o tom carnavalesco existente nessa cômica expressão usada para os momentos em que devemos nos esforçar muito. Pensando no âmbito de uma hierarquia biológica, sabemos que o coração é um órgão que assume importantes funções em nosso organismo. Por outro lado, “as tripas”, apesar de importantes na digestão, ocupam uma função secundária ao ser comparada com nosso mais ativo músculo.

Dessa forma, ao “fazer das tripas coração” fazemos menção a um esforço sobre-humano capaz de transformar simbolicamente a função dos nossos intestinos. Nessa alegoria, buscando maior fôlego e resistência, o indivíduo quebra a hierarquia do corpo para buscar algo que parece impossível. De fato, vemos essa expressão recorrentemente ligada a qualquer atividade em que o homem se dedica com todas suas forças. Sejam elas de ordem física, intelectual ou emocional.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/fazer-das-tripas-coracao.htm

Piada...


Durante o voo, o comandante pega o microfone e fala:
- Senhores passageiros, quem vos fala é o comandante Timmy.
Estamos voando a uma altitude de 9.800 metros, numa velocidade de 920 quilômetros por hora. Neste momento estamos sobrevoando a cidade de... o que é isso...!!!!! Oh! Meu Deus!
Plóct... Pléct... Crash...
O pânico tomou conta dos passageiros.
Momentos depois...
- Senhores, desculpem o susto, mas enquanto falava, fui pegar minha xícara de café e acabei derrubando nas minhas calças...
- Ahhh! - fizeram os passageiros aliviados.
- Puxa! - continuou o comandante, para distrair - vocês precisam ver em que estado ficou a parte da frente das minhas calças...
Ao que alguém, lá no fundo da aeronave, gritou:
- E você precisa ver em que estado ficou a parte de trás das minhas, seu filho da puta!

Devanear...


Amor é fogo que arde sem se ver - Luís de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É um cuidar que se ganha em se perder. É querer estar preso por vontade É servir a quem vence o vencedor, É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo amor?
http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/poesias_sobre_amor_nao_correspondido.htm

Mais uma etapa superada...