terça-feira, 23 de abril de 2013
Refletir...
“Se o problema tem solução, não esquente a cabeça, porque tem solução.
Se o problema não tem solução, não esquente a cabeça, porque não tem solução.”
(Provérbio Chinês)
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
"Estamos servindo almoço"
Li essa frase em uma faixa afixada à frente de um restaurante da cidade de Londrina (PR) que servia apenas jantar e passou a servir almoço também.
Aparentemente não há problema algum, não é mesmo? Aparentemente apenas, pois há uma inadequação gramatical muito freqüente na linguagem cotidiana do brasileiro, mesmo daquele que tem bom nível cultural.
É o uso do verbo estar acompanhado de gerúndio inadequadamente; é o vício do gerundismo. Isso não quer dizer que seja sempre errado usar o gerúndio, forma nominal do verbo que serve para indicar ação em curso. É adequado usar o gerúndio exatamente quando este indicar ação em curso.
A frase não teria inadequação alguma, portanto, se fosse afixada defronte ao restaurante na hora do almoço e retirada quando este terminasse, pois a ação de servir almoço estaria em curso, ou seja, estaria acontecendo naquele exato momento e continuaria por um tempo determinado.
A combinação do verbo estar, no presente do indicativo (estou, estás, está, estamos, estais, estão), com gerúndio, indica ação em curso ocorrendo no exato momento da fala. Li a frase, porém, por volta das 18h30. Não era hora do almoço, então. Por isso ela está inadequada gramaticalmente.
Veja, por exemplo, as seguintes frases:
Estou estudando Português.
Estou namorando Ester.
Essas frases só estariam adequadas gramaticalmente se estivessem ocorrendo no exato momento da fala, ou seja, se, no momento em que falei a primeira frase, estivesse realmente estudando Português e, no momento em que falei a segunda frase, estivesse namorando Ester.
Se, porém, quisesse indicar ação cotidiana, ou seja, se quisesse indicar que as ações ocorrem costumeiramente, deveria usar somente apenas o verbo estudar, na primeira frase, e apenas namorar, na segunda, ou a combinação ter com particípio em ambas as frases.
Por exemplo:
Estudo Português todos os dias.
Namoro Ester há vários anos
Tenho estudado português bastante ultimamente.
Tenho namorado Ester todos os dias.
A frase apresentada, então, para se adequar aos padrões cultos da Língua Portuguesa, deveria ser assim estruturada:
ou
História...
Nova República e Democracia
Cidadão brasileiro recebendo o título de eleitor: o documento garante o
direito ao voto nas eleições.
No ano de 1985, a chegada de José Sarney na presidência da República
marcava o fim do regime militar e o retorno do regime democrático brasileiro.
Nesse governo, temos a organização de várias leis novas que deveriam devolver
as liberdades e direitos perdidos por milhares de cidadãos brasileiros. Grande
parte dessas leis foi registrada na Constituição de 1988, que ainda hoje ocupa
o posto de conjunto de leis mais importante do país.
Já nessa época temos a organização de novos partidos políticos.
Anteriormente, o governo militar só permitia a existência de dois partidos
políticos e ninguém poderia fundar partidos que defendessem ideias que
ameaçassem a ordem vigente. Com a Nova República, partidos de várias tendências
ideológicas tinham a liberdade de se organizar, realizar manifestações públicas
e disputar as futuras eleições.
Essa situação reforçava o retorno para a democracia. Afinal de contas, o
regime democrático deve ser responsável por garantir que as diferentes opiniões
e propostas tenham direito à manifestação. Desse modo, o cidadão poderia votar
e conhecer diferentes tipos de ideais políticos que se organizavam através dos
partidos. Ao mesmo tempo, a Nova República também permitiu que os sindicatos,
associações de bairro e cooperativas garantissem a livre organização dos
cidadãos brasileiros.
Um dos pontos mais discutidos sobre a democracia na Nova República
também se concentra no fato de o voto ser obrigatório entre os cidadãos maiores
de dezoito anos. Para alguns, essa exigência fere a escolha dos brasileiros em
querer ou não participar da escolha dos nossos políticos. Contudo, depois de
mais de vinte anos de ditadura, o voto obrigatório talvez seja uma necessidade
temporária para que o exercício da cidadania voltasse a integrar o cotidiano
dos cidadãos.
Além disso, a Nova República ainda teve de encarar outros desafios para
que nos transformássemos em uma democracia real. A concentração de renda, os
problemas do sistema educacional, o aumento da criminalidade, a corrupção, o
preconceito e a exploração dos menos favorecidos são alguns dos vários desafios
desse tempo e que ainda precisam ser resolvidos.
Por tal razão, vemos que os cidadãos devem levar muito a sério o direito
que possuem de colocar os políticos que exercerão o poder. Cada voto deve
representar um compromisso com esses problemas que afetam o país. Os nossos
vereadores, deputados, senadores, governadores e presidente devem exercer seus
cargos igualmente comprometidos com a superação desses problemas que atingem a
sociedade brasileira atual.
Viva a sabedoria...
A noção de progresso em Marcuse
Segundo Marcuse, as condições técnicas que surgiram para satisfazer as
necessidades básicas do ser humano permitem que se dê um salto qualitativo para
o progresso deste mesmo ser humano.
A máscara do sistema caiu com a teoria de Marcuse que evidencia a
indevida associação de liberdade e felicidade ao consumo de bens
A noção de progresso pode ter duas acepções: a primeira diz respeito a
seu aspecto quantitativo que exibe a evolução da técnica na busca da dominação
da natureza. O segundo aspecto é qualitativo e aborda o desenvolvimento das
potencialidades humanas, visando a sua plena realização.
A visão psicanalítica de Freud coloca a impossibilidade da felicidade do
ser humano. Isso porque de acordo com esta teoria, o trabalho na sociedade
burguesa não é prazeroso, visto que é empregado como valor socialmente útil, o
que causa a repressão das pulsões de Eros ou do princípio de prazer,
impedindo a sua plena satisfação.
A evolução do progresso quantitativo ou técnico que utiliza ou dispende
uma grande quantidade de energia pulsional se deu em detrimento do progresso
qualitativo ou humano. A tentativa de dominação da natureza pelos homens
acarretou a dominação destes pela produtividade. Esta condiciona o
comportamento dos indivíduos em sociedade, visando sempre atender apenas às
suas necessidades. Mesmo quando o indivíduo se beneficia com alguma melhora nas
suas condições de existência é sempre para que a produção tenha maior eficácia
e rentabilidade. A vida do indivíduo torna-se administrada, a visão linear do
tempo determina o presente visando um futuro incerto, porém que se impõe a
esse. O passado já não mais serve para nada.
Se para Freud esta visão só possibilita a infelicidade, para Marcuse ela
é o ponto chave para o desenvolvimento humano. As condições técnicas que
surgiram para satisfazer as necessidades básicas do ser humano já permitem que
se dê um salto qualitativo para o progresso deste mesmo ser humano. Para isso,
entretanto, é necessário dessublimar a cultura que só tende a
produzir bens supérfluos e divulgar a aquisição de tais bens como fonte de
liberdade e felicidade. Deve-se contrapor àquela visão linear de tempo, uma
visão que tem apenas uma curva ascendente, uma visão do tempo pleno, de duração
e satisfação reais. Para Freud, a infelicidade se caracteriza pela
impossibilidade da realização dos desejos. Marcuse propõe a transcendência
desses desejos a fim de alcançar a plena fruição das pulsões (claro, com o
mínimo de repressão!) que caracterizam a verdadeira felicidade.
Portanto, a máscara do sistema caiu com a teoria de Marcuse que
evidencia a indevida associação de liberdade e felicidade ao consumo de bens, o
que na verdade provoca o efeito ilusório de satisfação, fomentando cada vez
mais os desejos e tornando as pessoas doentes, pois a coisificação da expressão
não é suficiente para a plenitude e satisfação. É necessária a desvinculação
destas ideias CONSUMO = LIBERDADE, para que possamos pensar em um progresso
realmente qualitativo de vida e de relações humanas. Como diz Marcuse, “o tempo
compreendido de forma linear é vivido em relação a um futuro mais ou menos
incerto” de forma que “o tempo pleno, a duração da satisfação, a duração da
felicidade individual, o tempo como tranquilidade, só pode ser imaginado como
sobre-humano...”. Esta pode ser uma alternativa para as reflexões atuais sobre
sistemas produtivos, superando a antítese entre capitalismo e comunismo
exagerados.
Cultura...
A Nostalgia da
Europa
Na Idade Média, a unidade europeia repousava na religião comum. Nos
Tempos Modernos, ela cedeu o lugar à cultura (à criação cultural) que se tornou
na realização dos valores supremos pelos quais os Europeus se reconhecem, se
definem, se identificam. Ora, hoje, a cultura cede, por sua vez, o lugar.
Mas, a quê e a quem? Qual é o domínio onde se realizaram valores supremos susceptíveis de unir a Europa? As conquistas técnicas? O mercado? A política com o ideal de democracia, com o princípio da tolerância? Mas, essa tolerância, que já não protege nenhuma criação rica nem nenhum pensamento forte, não se tornará oca e inútil? Ou então, será que podemos entender a demissão da cultura como uma espécie de libertação à qual nos devemos abandonar com euforia? Não sei. A única coisa que julgo saber é que a cultura já cedeu o seu lugar. Assim, a imagem da identidade europeia afasta-se do passado. Europeu: aquele que tem a nostalgia da Europa.
Milan Kundera, in "A Arte do Romance"
http://www.citador.pt/textos/a-nostalgia-da-europa-milan-kunderaMas, a quê e a quem? Qual é o domínio onde se realizaram valores supremos susceptíveis de unir a Europa? As conquistas técnicas? O mercado? A política com o ideal de democracia, com o princípio da tolerância? Mas, essa tolerância, que já não protege nenhuma criação rica nem nenhum pensamento forte, não se tornará oca e inútil? Ou então, será que podemos entender a demissão da cultura como uma espécie de libertação à qual nos devemos abandonar com euforia? Não sei. A única coisa que julgo saber é que a cultura já cedeu o seu lugar. Assim, a imagem da identidade europeia afasta-se do passado. Europeu: aquele que tem a nostalgia da Europa.
Milan Kundera, in "A Arte do Romance"
Entendendo...
Harém
Era a parte da casa destinada às mulheres dos poderosos de países
muçulmanos. Tais países onde a religião permite a poligamia (casamento com mais
de uma esposa).
Neste local reservado as mulheres os homens de fora não tinham acesso, e a mãe do marido coletivo, morava junto às esposas e era ela a chefe de todas.
Consta no Al Corão (livro sagrado do islamismo) que cada homem pode ter quatro mulheres, porém os homens da elite podiam possuir mais de quatro. Levando-se em conta de que poderiam ter uma grande quantidade de esposa o homem que conseguissem sustentar.
Neste local reservado as mulheres os homens de fora não tinham acesso, e a mãe do marido coletivo, morava junto às esposas e era ela a chefe de todas.
Consta no Al Corão (livro sagrado do islamismo) que cada homem pode ter quatro mulheres, porém os homens da elite podiam possuir mais de quatro. Levando-se em conta de que poderiam ter uma grande quantidade de esposa o homem que conseguissem sustentar.
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