segunda-feira, 6 de maio de 2013

Só rindo...

Refletir...


 
“Cala-te ou fala algo que valha mais do que o silêncio.”
(Provérbio Chinês)

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Enfeiando a praça." 

Esse era o título de um artigo da Folha de Londrina que comentava sobre a "competência" da Prefeitura da cidade por deixar o calçadão central de Londrina cheio de entulhos. Qual a inadequação?

A inadequação está no uso da letra "i" na conjugação do verbo "enfear", cujo significado é "tornar feio".

Apesar de o substantivo "feio" ter a vogal "i" em seu radical, esta não deve ser utilizada em todas as pessoas e tempos do verbo "enfear". Deveremos utilizá-la apenas nas pessoas "eu, tu, ele e eles" do presente do indicativo (tempo que indica "Todos os dias..."), nas pessoas "eu, tu, ele e eles" do presente do subjuntivo (tempo que indica "Espero que...), nas pessoas "tu, você e vocês" do imperativo afirmativo (modo que indica ordem, pedido ou conselho) e nas pessoas "tu, você e vocês" do imperativo negativo. Em nenhuma outra forma verbal haverá o "i". A conjugação, então será a seguinte:

Indicativo:
Presente: Todos os dias eu enfeio, tu enfeias, ele enfeia, nós enfeamos, vós enfeais, eles enfeiam.
Pretérito perfeito: Ontem eu enfeei, tu enfeaste, ele enfeou, nós enfeamos, vós enfeastes, eles enfearam.
Pretérito imperfeito: Naquela época eu enfeava, tu enfeavas, ele enfeava, nós enfeávamos, vós enfeáveis, eles enfeavam.
Pretérito mais-que-perfeito: Ontem, antes de você enfear, eu enfeara, tu enfearas, ele enfeara, nós enfeáramos, vós enfeáreis, eles enfearam.
Futuro do presente: Amanhã eu enfearei, tu enfearás, ele enfeará, nós enfearemos, vós enfeareis, eles enfearão.
Futuro do pretérito: Se você enfeasse, eu enfearia, tu enfearias, ele enfearia, nós enfearíamos, vós enfearíeis, eles enfeariam.

Subjuntivo:
Presente: Espero que eu enfeie, que tu enfeies, que ele enfeie, que nós enfeemos, que vós enfeeis, que eles enfeiem.
Pretérito imperfeito: se eu enfeasse, se tu enfeasses, se ele enfeasse, se nós enfeássemos, se vós enfeásseis, se eles enfeassem.
Futuro: quando eu enfear, quando tu enfeares, quando ele enfear, quando nós enfearmos, quando vós enfeardes, quando eles enfearem.

Imperativo:
Afirmativo: enfeia tu, enfeie você, enfeemos nós, enfeai vós, enfeiem vocês.
Negativo: não enfeies tu, não enfeie você, não enfeemos nós, não enfeeis vós, não enfeiem vocês.

Formas nominais:
Infinitivo: enfear.
Particípio: enfeado.
Gerúndio: enfeando.

O mesmo acontece com qualquer outro verbo terminado em -EAR, como passear, cear, recear, patentear, nortear, espernear, etc. A frase apresentada, então, deve ser assim estruturada:

"Enfeando a praça." 
Tema relacionado:
Conjugação de verbos notáveis

Na próxima coluna, trataremos dos verbos terminados em -IAR.

História...


O Brasil Durante o Segundo Reinado
O Brasil Durante o Segundo Reinado
No ano de 1840, o Império Brasileiro sofreu uma importante transformação em sua organização geral. Naquele momento, o poder legislativo decidiu aprovar o projeto que adiantava a chegada de Dom Pedro II à condição de imperador do nosso país. Apesar de ter apenas 15 anos de idade, muitos acreditavam que a boa educação e a notória inteligência do jovem herdeiro já se mostravam suficientes para que ele assumisse essa posição antes que atingisse a maioridade.
O seu governo foi o mais extenso de toda história política brasileira. Para muitos estudiosos, a estabilidade conseguida nessa época tem uma forte relação com o desenvolvimento da economia cafeeira no Brasil. As lavouras de café cresceram muito nessa época, principalmente pelo fato de que muitos países estrangeiros passavam a consumir tal produto em quantidades crescentes. Ao longo desse tempo, o café impulsionou a agricultura brasileira e teve sua riqueza também vinculada ao desenvolvimento do setor de transportes e da industrialização.
Devemos assinalar que a industrialização do país nessa época foi muito irregular, isso acontecia porque não havia uma política muito bem organizada para que esse setor da economia brasileira fosse mais desenvolvido. A grande maioria dos políticos brasileiros tinha vínculos com a economia agrícola e, desse modo, acabavam deixando a expansão da economia nacional como um assunto de menor importância.
No ano de 1850, destacamos uma importante lei sendo aprovada pelo governo imperial brasileiro. A partir daquela data, a Lei Euzébio de Queiroz determinava a proibição do tráfico negreiro no país. Por essa lei, os grandes proprietários não podiam importar escravos obtidos na África. Desse modo, vemos que a lei incentivou a chegada de imigrantes europeus para que trabalhassem de forma remunerada, principalmente nas crescentes fazendas de café do nosso país.
De fato, durante o Segundo Reinado, o movimento contra a escravidão proporcionou a aprovação de outras leis contra a exploração do trabalho escravo no país. No ano de 1889, pela ação da princesa Isabel, a escravidão foi finalmente abolida no país. Contudo, essa lei não teve a preocupação de dar segurança para que os milhares de ex-escravos tivessem condições de enfrentar as várias dificuldades ligadas ao preconceito e à costumeira exploração da força de trabalho dos negros.
No ano de 1864, o Brasil se envolveu no mais importante conflito militar de toda a nossa história. Naquele tempo, buscando garantir seus interesses na região da Bacia do Prata, o governo brasileiro declarou guerra contra o Paraguai. Na época, o governo paraguaio tinha interesses de expandir seu território e, inclusive, de tomar parte do território nacional. Foi aqui que, com o apoio da Argentina e do Paraguai, lutou com os paraguaios por seis anos.
Essa guerra foi vencida pelos brasileiros e foi importante para o fortalecimento do Exército Brasileiro. A partir desse momento, os militares quiseram interferir nas questões políticas, se aproximaram dos ideais republicanos e começam a criticar o governo imperial do país. Nesse tempo, abolicionistas e republicanos passavam a crescer em quantidade e as críticas ao império tornavam-se cada vez mais crescentes.
Nesse período, o Brasil era a única nação do continente americano que se organizava politicamente através de um império. Para muitos, essa condição colocava o Brasil como um país atrasado e que não poderia superar vários dos obstáculos que impediam o desenvolvimento nacional. De tal modo, ao longo da década de 1880, percebemos que o império perdia sua força política.
Não bastando tais posições contrárias ao império, temos nesse mesmo período um grave desentendimento entre Dom Pedro II e a Igreja Católica no país. Seguindo um decreto do papa, alguns bispos brasileiros passaram a ordenar a expulsão dos católicos que tivessem algum tipo de envolvimento com a maçonaria. O imperador, valendo-se de seus poderes, desacatou essa ordem e impediu que as expulsões acontecessem, já que ele também era membro integrante da ordem maçônica no Brasil.
Sendo assim, começaram a crescer os ataques contra Dom Pedro II. Além de autoritário, passou a ser acusado de mantenedor de uma ordem política problemática e ineficiente. Não bastando isso, quando a abolição aconteceu no ano de 1888, nem os grandes proprietários de terras escravagistas continuaram a apoiar ele. Foi então que, no ano seguinte, um grupo de militares republicanos organizou o golpe que encerrou o governo imperial brasileiro no dia 15 de novembro.
http://www.escolakids.com/o-brasil-durante-o-segundo-reinado.htm

Viva a sabedoria...


A Razão Pura Prática em Kant e os Fundamentos da Ética.
Para Kant somos seres dotados de uma entidade metafísica
A “Crítica da Razão Pura” é o livro em que Kant separa os domínios da ciência e da ação. O conhecimento se constrói a partir do fenômeno que alia a intuição sensível ao conceito do intelecto. Assim, são as categorias lógicas que constituem objetos, permitindo que possam ser conhecidos de forma universal e necessária.
No entanto, Kant distingue conceitos de ideias. Estas são, por excelência, objeto da Razão Pura, já que não podem ser conhecidas (não há fenômenos das ideias). A Razão é a faculdade do incondicionado e seu limite para conhecer é o fenômeno. Logo, sem função na área do conhecimento, a Razão pensa objetos, ainda que não possam ser conhecidos. Para Kant, a Razão não constitui objetos, mas tem uma função reguladora das ações humanas. As principais ideias listadas por Kant são as de Deus, de Alma e de Mundo como totalidade metafísica, isto é, como um todo. Analisemos cada uma delas.
A ideia Cosmológica ou de Mundo como totalidade guia nosso pensamento na expectativa de que o mundo seja um todo. Lembremos que Kant situa-se no século XVIII, não tendo informações como nós hoje. Mesmo assim, pela estrutura do aparelho representacional (o ânimo), nenhum homem pode conhecer ou experimentar a totalidade do mundo, apenas partes. Mas concebemos o mundo como um todo, acreditamos nisso e isso guia nossas ações.
A ideia psicológica ou de Alma vem da tradição que acredita que somos seres não somente materiais, mas dotados de uma entidade metafísica, a alma, pertencente ao reino dos fins e não das coisas. A alma não pode ser conhecida (pois não se tem fenômeno), mas as aflições, angústias, as escolhas, enfim, o drama humano, fazem crer que há uma alma e que é nela que devemos buscar princípios que forneçam leis para regular as ações entre os homens. O homem é livre, por isso não pode ser conhecido (tal como o modelo hipotético-dedutivo), mas somente apreciado em suas ações exteriorizadas. Portanto, o estudo da alma diz respeito à Ética e não à psicologia, pois esta é impossível, segundo Kant.
Do mesmo modo, a ideia Teológica ou de Deus, tradicionalmente em debate, não é objeto de conhecimento humano. Deus não é fenômeno, não é objeto de ciência, mas sim de crença. E a crença, isto é, aquilo que é verdade para alguém, depende da autoridade transmitida ou revelada. Deus não pode ser conhecido, mas norteia as ações e condutas humanas.
Dessa forma, é possível pensar em como uma ética pode ser universal sem cair no empirismo ou num dogmatismo exagerado. Conforme Kant, deve-se usar a mesma solução da ciência: os juízos sintéticos a priori. Nesse caso, seria necessário um esquema que auxiliasse na construção de leis válidas universalmente. São elas:
- Máxima: a máxima moral é a pergunta que um ser consciente deve se fazer para saber se deve ou não agir de uma forma e não de outra. Ex.: “Posso, em uma dificuldade, roubar?”.
- Lei: a lei é a constatação do interesse egoísta, visto que a contradição expressa na máxima deverá sair do particular para o universal. A lei é a expressão do interesse universal, evidenciando que é possível pensar em leis racionais válidas universalmente. Ex.: “Nenhum ladrão, por mais que roube, aceita ser roubado”.
- Ação: após este exercício de consciência, o agente moral age segundo a escolha que fizer. Para ser uma escolha moral, a ação deve ser conforme a lei, isto é, conforme o dever. No entanto, Kant entende que é possível agir somentepor dever, isto é, obedecer à lei a contragosto, forçado ou constrangido. Ainda assim, a ação é moral. Essa distinção é importante, justamente para mostrar que a lei, sendo racional, deve ter força para obrigar os indivíduos a obedecê-la, sem o que nenhuma convivência seria possível. É o fundamento da organização social, que começa nos hábitos, costumes e cultura de um povo, mas deve passar pelo crivo da reflexão crítica do ser racional e consciente.
Portanto, o uso da razão pura não tem utilidade teórica em Kant, mas apenas o seu uso prático, donde o seu livro “Crítica da Razão Prática”.

Cultura viva...


Cultura Ofuscada
Não é que, no nosso tempo, o representante da cultura seja menos escutado do que no passado o eram o teólogo, o artista, o sábio, o filósofo, etc. É que, atualmente, tem-se consciência da massa que vive de mera propaganda. Também no passado, as massas viviam de má propaganda, mas, então, sendo a cultura elementar menos difundida, essa massa não imitava as pessoas verdadeiramente cultas e, portanto, não fazia surgir o problema de saber se estava mais ou menos em concorrência com essas pessoas cultas.

Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver
http://www.citador.pt/textos/cultura-ofuscada-cesare-pavese

Entendendo...


Imigração Ilegal
O imigrante é a pessoa que deixa seu país natal para ir a outro com a intenção de morar e trabalhar por tempo determinado ou indeterminado. Normalmente, o imigrante busca no país estrangeiro uma melhor condição de vida e de trabalho com remunerações melhores.

No Brasil, a imigração se iniciou em 1530 quando os portugueses chegaram ao país para plantarem cana-de-açúcar e se intensificou em 1818 na regência de Dom João VI por não-portugueses que vieram por causa das grandes plantações de café.

A imigração pode ser legal ou ilegal. O imigrante legal é aquele que entra num determinado com autorização para permanecer no mesmo e exercer as funções desejadas. O imigrante ilegal é aquele que entra no país de forma clandestina e permanecem no mesmo sem qualquer tipo de documentação e autorização.

O ilegal arrisca sua vida e se for pego pelas autoridades locais ele é preso e ali permanece até ser deportado ao seu país de origem. Antes de ser deportado, o ilegal passa por um processo judicial não possuindo direitos trabalhistas nem previdenciários e somente é deportado quando o governo local compre sua passagem e consiga uma vaga num vôo. Muitas vezes, o deportado não pode mais entrar no país.

O país mais visado pelos imigrantes e que mais sofre com a imigração ilegal é os Estados Unidos onde 10 dos 40 milhões de imigrantes são ilegais e o Brasil é o segundo maior grupo clandestino perdendo somente para o México.

Após os atentados de 11 de setembro em 2001, o governo dos Estados Unidos intensificou o controle de entrada estrangeira no país e em 2005 a possibilidade de ingressar e permanecer no mesmo em situação ilegal reduziu consideravelmente, pois, todos os roteiros que são feitos para adentrar no país estão sob constante vigia.
http://www.brasilescola.com/sociologia/imigracao-ilegal.htm

Mais uma etapa superada...