sábado, 22 de junho de 2013
Refletir...
“Não
amaldiçoe a escuridão. Acenda uma vela.” (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/4/
Língua afiada...
PEGADINHAS
GRAMATICAIS
As vogais “o” e “u” – particularidades ortográficas
A ortografia representa um dos entraves que permeiam o cotidiano
dos muitos usuários do sistema linguístico. Fato este inegável, mas nada que um
pouco de prática não resolva tal impasse.
Essa prática está relacionada à assiduidade pela leitura e,
consequentemente, pela escrita, pois ambos os procedimentos enriquecem a
capacidade lexical e aprimoram a competência da escrita.
Sendo assim, o artigo que ora se evidencia tem por finalidade
auxiliar nesse intento, e por isso retrata acerca da ortografia relacionada às
vogais “o” e “u”, assim expressas mediante as seguintes circunstâncias
linguísticas:
* Grafam-se com “O” os seguintes vocábulos:
boteco, botequim, mochila, nódoa, cortiço, moela, mosquito,
mágoa, moleque, tossir, goela, engolir, polenta, toalete, zoar, etc.
* Grafam-se com “U” aqueles representados por:
amuleto, bueiro, camundongo, cinquenta, cutia, curtume, jabuti,
jabuticaba, entupir, embutir, mandíbula, supetão, tábua, tabuleiro, urtiga,
urticária, entre outras.
Tais vogais se encontram relacionadas a questões semânticas, que
também representam aspectos ortográficos. Vejamos, pois, alguns exemplos:
açodar – apressar / açudar – represar água em açude
assoar – limpar o nariz / assuar – vaiar
comprimento – extensão / cumprimento – saudação
costear – navegar pela costa / custear – pagar os custos
sortir – abastecer, variar / surtir – ter como consequência
http://www.brasilescola.com/gramatica/as-vogais-u-particularidades-ortograficas.htm
História...
Os
Saltimbancos
Os saltimbancos: uma famosa obra da música popular brasileira
adaptada para os teatros
Lançado no ano de 1977, o disco infantil “Os saltimbancos” foi
um projeto composto por importantes figuras da música popular brasileira. Entre
outros nomes, destacamos as figuras de Chico Buarque, Nara Leão, Vinicius de
Moraes e Miúcha como os grandes envolvidos nesse projeto. A inspiração desse
disco aparece como uma adaptação da obra literária “Os músicos de Bremen”,
criada pelos lendários irmãos Jacob e Wilhelm Grimm.
Essa obra trata da união de um grupo de animais contra a
exploração realizada por seus patrões. Ao longo das canções vemos que cada um
dos animais canta as suas angústias e decidem se reunir para que tivessem a
oportunidade de mudar o rumo de suas vidas. Os protagonistas envolvidos são um
burro, um cachorro, uma galinha e uma gata. Cada um reclama da exploração que
sofria e contam com suas diferenças para se tornarem livres.
De modo geral, essa obra tem uma elaboração interessante e
explora de modo muito eficiente no uso de elementos lúdicos. As crianças
apreendem a história com grande facilidade e podem aprender sobre valores muito
importantes. Questões como união, solidariedade, justiça e diversidade são
alguns dos conceitos que a narrativa dos saltimbancos consegue transmitir aos
que tem a oportunidade de apreciá-la. Contudo, não podemos entender que “Os
saltimbancos” seja uma simples obra pensada para crianças.
A história desses animais tem uma relação muito importante com o
contexto histórico vivido no Brasil daquela época. Ao falar sobre união,
exploração e justiça, os animais que figuram essa fábula davam voz a uma série
de questões políticas que marcavam o regime militar brasileiro. Não tendo
liberdade para abertamente se opor ao governo da época, era comum que os
artistas utilizassem de elementos e recursos estéticos que de forma indireta
expressassem as suas opiniões.
Percebemos que “Os Saltimbancos” é um rico documento histórico
capaz de marcar adultos e crianças. Para o universo infantil, percebemos a
construção de uma ferramenta didática capaz de introduzir a reflexão de valores
muito interessantes para a formação dos pequenos. Aos adultos, uma obra que
hoje atesta a falta de liberdade artística que impunha desafios e estratégias
para se falar o que se pensava naquela época. Assim, temos um rico universo de
questões educacionais e históricas a serem notadas por meio desse memorável
disco.
Viva a sabedoria...

Caixa de Pandora
A Caixa de Pandora - Ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos
Conta-nos as várias versões do mito grego que Prometeu (o que vê
antes ou prudente, previdente) é o criador da humanidade. Era um dos Titãs,
filho de Jápeto e Clímene e também irmão de Epimeteu (o que vê depois,
inconsequente), Atlas e Menécio. Os dois últimos se uniram a Cronos na batalha
dos Titãs contra os deuses olímpicos e, por terem fracassado, foram castigados
por Zeus que então tornou-se o maior de todos os deuses.
Prevendo o fim da guerra, Prometeu uniu-se a Zeus e recomendou
que seu irmão Epimeteu também o fizesse. Com isso, Prometeu foi aumentando os
seu talentos e conhecimentos, o que despertou a ira de Zeus, que resolveu
acabar com a humanidade. Mas a pedido de Prometeu, o protetor dos homens, não o
fez.
Um dia, foi oferecido um touro em sacrifício e coube a Prometeu
decidir quais partes caberiam aos homens e quais partes caberiam aos deuses.
Assim, Prometeu matou o touro e com o couro fez dois sacos. Em um colocou as
carnes e no outro os ossos e a gordura. Ao oferecer a Zeus para que escolhesse,
esse escolheu o que continha banha e, por este ato, puniu Prometeu retirando o
fogo dos humanos.
Depois disso, coube a Epimeteu distribuir aos seres qualidades
para que pudessem sobreviver. Para alguns deu velocidade, a outros, força; a
outros ainda deu asas, etc. No entanto, Epimeteu, que não sabe medir as
consequências de seus atos, não deixou nenhuma qualidade para os humanos, que
ficaram desprotegidos e sem recursos.
Foi então que Prometeu entrou no Olimpo (o monte onde residiam
os deuses) e roubou uma centelha de fogo para entregar aos homens. O fogo
representava a inteligência para construir moradas, defesas e, a partir disso,
forçar a criação de leis para a vida em comum. Surge assim a política para que
os homens vivam coletivamente, se defendam de feras e inimigos externos, bem
como desenvolvam todas as técnicas.
Zeus jurou vingança e pediu para o deus coxo Hefestos que
fizesse uma mulher de argila e que os quatro ventos lhe soprassem a vida e
também que todas as deusas lhe enfeitassem. Essa mulher era Pandora (pan =
todos, dora = presente), a primeira e mais bela mulher já criada e que foi
dada, como estratégia de vingança, a Epimeteu, que, alertado por seu irmão,
recusou respeitosamente o presente.
Ainda mais furioso, Zeus acorrentou Prometeu a um monte e lhe
impôs um castigo doloroso, em que uma ave de rapina devoraria seu fígado
durante o dia e, à noite, o fígado cresceria novamente para que no outro dia
fosse outra vez devorado, e assim por toda eternidade.
No entanto, para disfarçar sua crueldade, Zeus espalhou um boato
de que Prometeu tinha sido convidado ao Olimpo, por Atena, para um caso de amor
secreto. Com isso, Epimeteu, temendo o destino de seu irmão, casou-se com
Pandora que, ao abrir uma caixa enviada como presente (e que Prometeu tinha
alertado para não fazê-lo), espalhou todas as desgraças sobre a humanidade (o
trabalho, a velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, etc.), restando
dentro dela somente a ilusória esperança.
Por isso, o mito da caixa de Pandora quer significar que ao
homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos como consequência
da sua falta de conhecimento e previsão. Também é curioso observar como o homem
depende de sua própria inteligência para não ficar nas mãos do destino, das
intempéries e dos próprios humanos.
Arte...

Rock e
Indústria Cultural
O rock perdeu a “originalidade” por conta do interesse
comercial?
No início do século XX, Theodor W. Adorno – um dos mais
proeminentes pensadores da Escola de Frankfurt – dedicou alguns textos
para refletir sobre um fenômeno da chamada indústria cultural. Esse conceito,
segundo o pensador, consistia em estabelecer quais as implicações do processo
de mercantilização das práticas culturais. Segundo ele, desde o século XIX, a
cultura passou a ser aviltada pelo interesse do sistema capitalista.
Para exemplificar o raciocínio, Adorno buscou, principalmente
na música, um exemplo dos problemas que implicariam na comercialização da
cultura. No famoso texto “O fetichismo na música e a regressão da audição”,
o autor vai demonstrando quais seriam os problemas que a reprodução da música
por meio do disco e do rádio trariam à cultura. Além disso, fazendo uma análise
musical, tomando o jazz como principal referência, o autor vai demonstrando
como determinados padrões de repetição estética empobreceriam o gosto musical
das pessoas.
Em certa medida, as críticas deste pensador alemão em muito
definem a situação da cultura e, por vezes, parece falar da situação
contemporânea. Sem dúvida, nos dias de hoje, muitas pessoas moldam seu gosto
musical por meio de padrões estéticos e simbólicos oferecidos pelos meios de
comunicação. Ao mesmo tempo, as gravadoras cada vez mais se preocupam em vender
do que privilegiar o processo criativo livre dos artistas.
As ideias de Adorno, elaboradas em 1938, estabeleceram uma visão
apocalíptica sobre o futuro da música cooptada pela indústria cultural. No
entanto, o surgimento de um novo estilo musical nos Estados Unidos viria a
contrapor-se às teorias elaboradas pelo pensador alemão. O rock’n roll foi um
estilo que surgiu entre a população jovem estabelecendo uma leitura das
contribuições de três gêneros populares anteriores: o country, o blues e o
jazz.
Utilizando as mesmas formas “limitadas” do fazer musical
instituído no início do século XX, o rock utilizava de ritmos fortemente
sincopados para falar sobre novas concepções de vida, amor e mundo. Mesmo em
seus primórdios, onde as letras falavam do prazer de se dançar o rock ou
situações românticas, podemos reconhecer visões de mundo que demonstravam as
mudanças de valor que marcaram essa época. Nesse sentido, podemos ver no rock
uma manifestação cultural capaz de pensar e refletir sobre o contexto de uma
época.
Mesmo entre os roqueiros de grande projeção comercial, podemos
notar a presença de canções onde a ingerência de uma indústria cultural parece
ser falha. Já em 1956, a canção “Long Tall Sally”, de Little Richard, falava
sobre as aventuras sexuais de um homem que buscava nas relações extraconjugais uma
fuga das obrigações do trabalho e do matrimônio.
Até mesmo nas mais românticas canções de Elvis Presley, visto
por muitos como um roqueiro demasiadamente comportado, vemos uma interessante
contradição. A imagem máscula e atrativa do “rei do rock” fazia um interessante
contraste com letras onde ele se mostra completamente subordinado à figura
feminina. Em canções como “Hard Headed Woman”, “Teddy Bear” e “Devil in
Disguise” temos claros exemplos da situação apresentada.
Por fim, poderíamos dizer que o rock morreu com a indústria
cultural? Definitivamente, não. Basta lembrar que no início dos anos de 1980, o
AC/DC, uma das mais cultuadas bandas do rock, detém a marca do segundo disco
mais vendido da história. Caso esse argumento não seja bastante, podemos
vislumbrar como uma banda fabricada como “The Monkeys” saiu para o trabalho
independente e conseguiu boas vendagens combinadas com letras críticas como
“Pleasant Valley Sunday”.
Sem seguir regras ou as exigências dos próprios fãs, esse gênero
musical busca transgredir padrões e não cultuar o passado ou os primórdios de
um tempo áureo. Por isso, o rock é uma forma de se conceber e não cristalizar a
arte com criatividade e inovação. Clássico, pesado, pop, hard ou punk, o rock
ainda presa por uma liberdade criativa que, talvez, nem mesmo Adorno pudesse
ter imaginado.
http://www.brasilescola.com/artes/rock-industria-cultural.htmEntendendo...
O
advento do Neopentecostalismo no Brasil
Edir Macedo - Fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
Neopentecostalismo é o resultado da transformação e readaptação
das igrejas pentecostais que veio à tona no final da década de setenta do século
passado, e que hoje se faz presente nas mais diversas áreas do contexto
nacional, da mídia ao cenário político.
Esta seria, segundo Ricardo Mariano
(1999), a vertente pentecostal que mais cresceu nas últimas décadas e despertou
a atenção da imprensa, dos meios de comunicação, dos pesquisadores e da própria
Igreja Católica, a qual vem perdendo fiéis no Brasil para igrejas evangélicas.
Ainda segundo Mariano, quanto a essa nova roupagem do protestantismo no Brasil,
podemos afirmar que as Igrejas Neopentecostais realizaram as mais profundas
acomodações à sociedade (se pensarmos em termos de mutações do protestantismo
através dos tempos), abandonando vários traços sectários, hábitos ascéticos e o
velho estereótipo pelo qual os “crentes” eram reconhecidos e, implacavelmente,
estigmatizados, abolindo certas marcas distintivas e tradicionais da
religião, propondo novos ritos, crenças e práticas, dando ares mais brandos aos
costumes e comportamentos como em relação às vestimentas.
O prefixo “neo” é
utilizado para marcar recente formação, bem como seu caráter de “novidade”
dentro do protestantismo, mais especificamente do pentecostalismo.
No entanto, é válido afirmar que tal classificação tem
abrangência diversa para vários pesquisadores do tema, que atribuem o termo
“neopentecostal” a tantas outras denominações e igrejas que aqui seriam
diferentemente classificadas pelos critérios apresentados.
Por ora, podemos
afirmar que tal classificação já tem seu reconhecimento no meio acadêmico. O
fenômeno das igrejas neopentecostais se dá, como já afirmamos, no final da
década de setenta, momento em que membros de denominações consideradas
pentecostais se desvinculam para formar suas próprias Igrejas.
Foi o caso do
Bispo Edir Macedo e do Missionário R.R.Soares, os quais fundaram a Igreja
Universal do Reino de Deus, vindo este último, após uma dissidência, a ser
fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. Mais tarde, outras
denominações se fariam conhecer, como, em 1984, a Igreja Renascer em Cristo.
Com uma ascese totalmente reformulada quando comparada às
instituições de maior tradição do protestantismo brasileiro, tais denominações
neopentecostais vão aumentando consideravelmente o número de fiéis, que se
mostram contrários ao tipo de sectarismo exacerbado (de práticas religiosas
bastante rígidas como, por exemplo, em relação à vestimenta) proposto pelo
pentecostalismo mais clássico. Este segmento seria responsável pelas principais
transformações teológicas, axiológicas, estéticas e comportamentais, pelas quais
o movimento pentecostal passou.
Estas Igrejas, nas palavras de Ricardo Mariano, atestam a
dessectarização, a ruptura, com o ascetismo contracultural e a progressiva
acomodação destes religiosos e suas denominações à sociedade e à cultura de
consumo. Essa capacidade de maleabilidade do Neopentecostalismo, quanto às
mudanças da sociedade, torna-se latente ao nos depararmos com a forma com que
usam os meios de comunicação para a evangelização nos quatro cantos do mundo.
Inserem-se de forma peculiar, na linguagem das mídias – tv, rádio, gravadora,
jornal, internet, arregimentando um número cada vez maior de fiéis, opção esta
utilizada por outras vertentes cristãs como a própria Igreja Católica.
As igrejas neopentecostais guardam algumas características do pentecostalismo
clássico, como por exemplo, no que concerne a aversão ao ecumenismo, a presença
de líderes fortes e carismáticos, o uso dos meios de comunicação de massa, a
participação na política partidária e a pregação da cura divina.
Para pensarmos na genealogia do Neopentecostalismo no Brasil, é
fundamental pensarmos não somente nas características herdadas das igrejas que
precedem tal movimento, mas sim levarmos em consideração a influência das
Igrejas e movimentos (com características neopentecostais) norte-americanos.
Uma gama considerável de líderes, teólogos e personalidades do meio protestante
norte-americano, através de suas obras literárias, influenciou em muito o
pensamento neopentecostal no Brasil, trazendo à tona conceitos como a Teologia
da Prosperidade, a Confissão Positiva e a guerra espiritual.
Os rumos que tomou
a vertente Neopentecostal permitiram que as diferenças com o discurso
conservador das pentecostais clássicas ganhassem vulto. Nesse ambiente de
expansionismo, os Neopentecostais não estão presentes somente nos meios de
comunicação pregando e formando a opinião dos fiéis, mas chegam também a outros
níveis do arranjo social contemporâneo, como na esfera da política nacional.
Não se trata de mérito de tal vertente pentecostal, uma vez que outras
denominações mais tradicionais possuem membros nos mais diferentes escalões. No
entanto, o que nos chama a atenção é que, se outrora havia ainda um passo
tímido no sentido da participação política, ou até mesmo um comodismo por parte
dos adeptos ao pentecostalismo clássico, hoje, com a explosão do
Neopentecostalismo, este quadro mudou.
Candidatos são lançados e apoiados por
grande parte das comunidades evangélicas. Nas palavras de Mariano, a velha
máxima “crente não se mete em política” deu lugar ao slogan “irmão vota em
irmão”. Contudo, vale a observação que, isso não significa uma adesão ou
engajamento político generalizado entre os fiéis.
Assim, o Neopentecostalismo traz outra alternativa de
protestantismo não apenas para o Brasil mas para o mundo, na qual os
estereótipos parecem não mais valer para rotular o protestante, uma vez que
esta mesma proposta vai se adaptar à sociedade, ao arranjo social proposto pela
modernidade.
http://www.brasilescola.com/sociologia/o-advento-neopentecostalismo-no-brasil.htm
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