quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quem procura, encontra...

Mãe de jovem morta na Itália sabia de relacionamento da filha com o chefe
Segundo ela, empresário disse que estava separado da esposa.
Homem foi preso suspeito de matar a uberlandense na última semana.
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta, no escritório onde trabalhava. 
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta na Itália.
A mãe de Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, encontrada morta na última sexta-feira (30) na Itália, disse ao G1 antes de embarcar para o país que sabia do relacionamento da filha com o chefe dela. Natália Maria da Silva contou que os dois estavam juntos e que o bebê que ela esperava era do empresário, principal suspeito do crime. Ainda segundo a mãe, o homem não dizia que estava casado, pelo contrário, afirmava para a jovem que estava separado.
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta com sinais de estrangulamento na cidade de Gambara, em Bréscia, na Itália. Nesta terça-feira (3), a polícia italiana prendeu o empresário e dono da empresa onde a uberlandense trabalhava.
Para tentar ajudar na investigação, Natália Maria viaja no início da tarde desta quarta-feira (4) para o país e informou que poderá contribuir com informações sobre o relacionamento da brasileira com o empresário. O pai da vítima e o tio Fernando Martins, que é promotor de Justiça de Uberlândia, já estão na Itália e acompanham tudo de perto.
A uberlandense estava grávida de quase cinco meses e a mãe confirmou que o filho era do chefe dela, que era casado. “Fui a primeira a saber da gravidez e ele disse para minha filha que estava separado da esposa", relatou. A jovem trabalhava em uma empresa que atua na área de compra e venda de aeronaves e helicópteros. “Eu quero chegar lá e saber o que houve, ainda não sei muita coisa, pois tinha cinco dias que não falava com minha filha”, disse.
Passagem com ajuda dos amigos
Para embarcar para a Itália, Natália Maria contou com ajuda de amigos em Uberlândia, entre eles o assessor político Antônio Carrijo. “Ela já trabalhou comigo e é uma ótima pessoa. Quando soube da situação fiquei mobilizado e ofereci todo o apoio”, disse.
O assessor político se reuniu com amigos e empresários para ajudar na compra da passagem, que ficou em torno de R$ 8 mil. Carrijo acredita que o empresário italiano tenha premeditado o crime e afirmou querer ajudar para que a Justiça seja feita. “Eu tenho filhos e entendo como deve ser difícil não ter informações do que acontece quando estão longe”, contou.
Para a mãe da uberlandense morta na Itália, foi uma forma de mostrar o quanto é importante a amizade. Ela disse que quando chegar ao país, onde já morou, vai contar com ajuda de antigos patrões e amigos brasileiros que moram lá. “Fiquei muito agradecida aos que me ajudaram. Vi que quando fazemos as coisas certas as pessoas nos retribuem”, finalizou.
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/09/mae-de-jovem-morta-na-italia-sabia-de-relacionamento-da-filha-com-o-chefe.html

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Vamos em frente...


Só rindo...


Refletir...

"A obediência vale mais do que o sacrifício." (Provérbio Chinês)

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Figuras de som ou de harmonia
Figuras de som ou de harmonia integram as chamadas figuras de linguagem, cujo intuito se refere à repetição de sons.
Figuras de som ou de harmonia dizem respeito à repetição dos sons produzidos pela linguagem.

Ao falarmos sobre figuras de som ou de harmonia, estamos nos referindo, de modo específico, às figuras de linguagem. Mas, afinal, o que são figuras de linguagem? No sentido de compreendê-las, faz-se necessário que entendamos, primeiramente, os sentidos denotativo e conotativo das palavras.

Sentido denotativo está diretamente relacionado ao sentido literal, convencional, aquele condizente ao significado prescrito pelo dicionário. Sendo assim, ao dizermos que “a vegetação fora destruída pelo fogo”, depreendemos que “fogo” faz referência ao sentido original. Já o sentido conotativo diz respeito àquele que foge do convencional, ou seja, aquele que permite múltiplas interpretações, dando vazão ao instinto subjetivo de quem o interpreta. Assim sendo, ao nos depararmos com a frase “amor é fogo que arde sem se ver”, remetemo-nos a tal situação.

Munidos desta percepção, somos agora conduzidos a compreender as “figuras de linguagem”, que tratam dos variados recursos utilizados pelo emissor, cujo objetivo é o de realçar a mensagem, de atribuir-lhe um caráter enfático – razão pela qual elas estão muito presentes na Literatura.      

De modo específico, daremos ênfase às chamadas figuras de som, cujos efeitos se voltam para a repetição de sons, como, por exemplo, a repetição de uma vogal ou de uma consoante, ou ainda quando a intenção é imitar os sons produzidos por coisas ou seres.  Assim sendo, tais figuras se subdividem em:

Aliteração

Figura que consiste na repetição de consoantes, cujo intento é promover a intensificação do ritmo ou produzir um efeito sonoro significativo. Vejamos um exemplo:

Violões que choram
[...]

Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
[...]
                                    Cruz e Souza

Constatamos que a repetição do fonema sonoro /v/ nos remete à ideia relacionada ao sussurro do vento.

Assonância

Tal figura se caracteriza pela repetição de sons vocálicos em sílabas tônicas de palavras distintas ou naquelas contidas numa mesma frase, cujo intuito é provocar efeitos de estilo. Constatemos alguns exemplos:  

Antífona

Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
                                            Cruz e Souza

Notamos que as vogais “o”, “a” e “e” se repetem constantemente em todos os versos.

Nesse exemplo, podemos perceber a combinação de ambas as figuras (assonância e aliteração).
Observe:

Um sonho

Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...
O sol, celestial girassol, esmorece...
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos...
[...]
                                        Eugênio de Castro

Paronomásia

Caracteriza-se pela reprodução de sons semelhantes em palavras com significados distintos. Eis alguns exemplos:

Aquela cativa

Aquela cativa
que me tem cativo,
porque nela vivo
já não quer que viva.
[...]
              Luís de Camões

Qualquer coisa
[...]

Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
[...]
             Caetano Veloso

Onomatopeia

Consiste no emprego de uma palavra ou de um grupo de palavras no intuito de imitar os sons da realidade. Constatemos, pois:

Ode triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
[...]

Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa.

História...

Ressurgem dúvidas sobre morte de Hitler
Algumas dúvidas ressurgem sobre morte de Hitler.  Informação sobre o crânio encontrado fortalece a ideia de o ditador ter escapado do cerco a Berlim
Um fragmento de crânio que, segundo se acreditava, pertencia a Adolf Hitler, é, na verdade, o crânio de uma mulher não identificada, com idade entre 20 e 40 anos. A informação, revelada por um estudo promovido pela Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, reavivou as dúvidas sobre a morte do líder nazista.

Parte do crânio, que apresenta uma marca de tiro, foi usada para sustentar a teoria de que Hitler tomou cianureto e disparou contra a própria cabeça em seu bunker de Berlim quando as tropas soviéticas se aproximavam, em abril de 1945.

Questionamentos sobre como o ditador teria morrido, incluindo especulações de que Hitler teria conseguido escapar, persistiram durante décadas. Os debates conferiram importância ao fragmento, que foi exibido pela primeira vez no Arquivo Federal de Moscou em 2000 como um troféu de guerra único, que enchia os russos de orgulho.

Além do crânio, as tropas soviéticas informaram que haviam exumado a mandíbula de Hitler e que a identidade dos restos mortais havia sido confirmada com um exame de sua arcada dentária.

O arqueólogo e especialista em ossadas Nick Bellantoni contou ter suspeitado imediatamente que o crânio pertencia a uma mulher devido à estrutura óssea. Sua colega Linda Strausbaugh, diretora do Centro de Genética Aplicada da universidade, aceitou fazer uma análise de DNA caso conseguisse extrair uma boa amostra. Foi assim que Bellantoni viajou a Moscou, onde obteve permissão para retirar uma amostra de DNA.

Em maio, sua equipe começou a trabalhar no laboratório da Universidade de Connecticut em Storrs. Inicialmente, acharam que o mau estado de conservação do crânio fosse prejudicar a pesquisa. "O que nos mostraram foi a parte que estava carbonizada. O fogo é um dos grandes inimigos para conseguir evidência de DNA", explicou Linda.

O crânio havia sido armazenado em temperatura ambiente, o que também danificou o DNA. O interior do fragmento, no entanto, não estava queimado, e a quantidade de material obtida estava dentro da gama que devem ter as amostras de DNA, comentou.
O resultado foi surpreendente. "O DNA confirmou que era uma mulher", completou.

A revelação foi feita em um novo documentário divulgado pelo canal History Channel, intitulado "A fuga de Hitler", que relança a ideia de que o ditador alemão poderia ter conseguido escapar do cerco a Berlim.

Linda Strausbaugh esclarece que suas análises não provam nada sobre o destino de Hitler e que apenas revelam que o crânio atribuído a ele pertence a outra pessoa.
Segundo o historiador especialista em Holocausto Christopher Browning, professor da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, os resultados dos exames não mudam o consenso de que Hitler morreu no bunker.

Browning ressaltou também que os historiadores não se baseiam apenas no relato das tropas soviéticas. Também há investigações feitas na época, incluindo uma levada a cabo por oficiais da inteligência britânica, que coletaram evidências de testemunhas sobre os cadáveres de Hitler e de sua amante, Eva Braun.

"Nada disso depende da suposta validade de um corpo ou crânio em poder dos russos", disse Browning. "Quando o History Channel diz que isto coloca em dúvida tudo o que sabemos desde 1945, está dando uma informação falsa".

Segundo os soviéticos, os restos mortais atribuídos a Hitler e Braun, além de Joseph Goebbels e de sua mulher e filhos, foram movidos de lugar várias vezes, destacou Brown. "O problema com muitas destas amostras é que elas não foram guardadas de forma correta", indicou Linda.

Se fossem obtidas mais amostras de DNA de membros da família que morreu no bunker, as relíquias poderiam contar sua história. Por agora, no entanto, a identidade do crânio nos arquivos de Moscou é um enigma, lamentou Linda.

Viva a sabedoria...

Heráclito
Para Heráclito tudo o que existe está em permanente mudança ou transformação.
Para Heráclito de Éfeso, nascido por volta de 540 a.C., tudo o que existe está em permanente mudança ou transformação. A essa incessante alteração deu o nome de DEVIR.

O mundo, segundo Heráclito, é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo. Tudo se transforma no seu contrário. “A guerra é mãe e rainha de todas as coisas”. É da luta entre os contrários, ou seja, do devir, do tornar-se, do vir-a-ser, que eles se harmonizam numa unidade. O Lógos (razão, discurso sobre o ser) é mudança e contradição.

Isso significa que a verdade é dialética, isto é, as palavras dizem as coisas em sua eterna transformação. Os nossos sentidos enganam-nos, pois enxergamos as coisas imóveis, estáveis, com uma forma própria e determinada. Porém, nosso pensamento capta a instabilidade e mutabilidade dos seres. “É impossível entrar no mesmo rio duas vezes”. As águas já são outras e nós já não somos os mesmos.

É na síntese entre os pares de contrários (o dia que se torna noite que se torna dia novamente; a vida que se torna morte e vice-versa; o quente que se torna frio e o frio que se torna quente; o seco que umedece, o úmido que seca, etc.), da multiplicidade contraditória que surge a unidade dialética que nos permite algum conhecimento, ainda que passageiro.

O Obscuro, como era conhecido Heráclito, concebeu o FOGO como o princípio eterno que causa a mudança e concebe Deus como a harmonia ou síntese entre os contrários. É uma concepção de realidade que permite compreender o mundo somente no seu devir e na unidade dos opostos. Quer dizer que a doença torna valorosa a saúde e que jamais entenderíamos o significado da justiça se não houvesse a ofensa. O sentido, o significado está na harmonia, na conciliação entre os vários pares de contrários.

Por isso, é muito provável que a imagem do inferno criada pela Igreja Católica e pelos artistas ocidentais tenham referência à filosofia heraclitiana. Isso porque o fogo que significa mudança, instabilidade se opõe radicalmente ao ar que representa o céu, o repouso em que Deus é fonte confiável do conhecimento e da ordem.

Por isso também, em geral, os movimentos contra a ordem estabelecida no decorrer da história (como o comunismo contra o capitalismo; o rock contra a sociedade consumista e alienada, o feminismo, etc.) fazem reverência à mudança, ao vermelho (fogo) e ao diabo, pois sua intenção é promover a instabilidade contra os sistemas.

É interessante observar como a filosofia de Heráclito permanece atual. No que se refere à matéria, essa é mutável e concebida pelos cientistas como eternamente em transformação (como afirmou o químico Lavoisier no século XVIII, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”). A atualidade de seu pensamento também pode ser observada no Princípio da incerteza de Heisenberg, físico que ajudou a desenvolver a mecânica quântica no século XX, que diz ser impossível afirmar com exatidão a posição de um elétron em um átomo em razão da metodologia de aferição.

Também podemos observar o Devir em nosso próprio metabolismo, pois constantemente estamos incrementando matéria ao nosso corpo (alimentação que permite o crescimento) e o desgaste físico com a idade (que é a perda de matéria).

Assim, concebe-se o pensamento de Heráclito como a base do materialismo, ou seja, da filosofia que concebe como unicamente existente, em todos os níveis, a matéria.
http://www.brasilescola.com/filosofia/heraclito.htm

Mais uma etapa superada...