quarta-feira, 4 de setembro de 2013

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A outra volta do parafuso (The turn of the screw), de Henry James
por Christian von Koenig em 07/12/2011
henry-james
A grande questão de A outra volta do parafuso, conto escrito por Henry James em 1898, não diz respeito a qualquer impenetrabilidade do assunto ou da linguagem, mas se resume a perguntar-nos se a história é essencialmente fantasmagórica vista por uma ótica psicológica, ou se é essencialmente psicológica sob um disfarce fantasmagórico.

Dito isso, o Classicista adotará a postura de não defender quaisquer lados da polêmica. Antes trabalhará ambas as hipóteses. Logo, adianta sua conclusão: Henry James é um exímio autor de tramas psicológicas e um inepto como autor de histórias. Espera o Classicista apresentar argumentos suficientes para as duas afirmações.

Não faltará ao leitor textos dedicados à obra, todos bastante exaltados na defesa das próprias ideias. Para ter-se uma noção dessa longa pendenga, fica como sugestão este sítio, bem como este outro.

A outra volta do parafuso se resume a: uma senhorita (sem nome), criada sob forte influência religiosa e de origem humilde, é contratada por um cavalheiro de bom porte para cuidar de seus sobrinhos com a condição de jamais incomodá-lo. Cativada pelo charme do tio, ela parte para uma mansão no campo onde encontra a Sra. Grose – uma cozinheira e sua confidente –, além de Flora e Miles, estas duas as crianças. Aparições de fantasmas para cá, paranoia para lá, ninguém sabe exatamente o que acontece e o fim é trágico.


Por que interpretar a história como um mero conto de fantasmas? Porque o autor assim o disse, ou deu indícios de o ser. Segundo James, The turn of the screw não tinha a intenção de ser mais do que um Código da Vinci de nossa época, um entretenimento barato. Ademais, e justamente por ser um tipo de entretenimento barato, nenhum personagem possui um nível de profundidade suficiente para que discirnamos quem está são ou não. Se nos fiarmos somente nos fatos, então os fantasmas são reais.

E por que interpretar a história como uma trama psicológica? Por dois motivos principais: o histórico de Henry James e a forma como foi escrita, que permite essa leitura. Henry não por acaso compartilha o sobrenome de um dos fundadores da Psicologia moderna, William James. Quanto à escrita, basta dizer que os acontecimentos são narrados pela personagem que afirma ver os fantasmas, sem que ninguém dê certeza às suas visões. A narrativa em primeira pessoa é mãe de todas as desavenças entre os estudiosos de literatura.

A confusão é tamanha que o próprio Classicista imaginara a seguinte teoria: devido à sua cultura religiosa e arrebatada por um homem que não tornará a ver, a senhorita adquire essa psicose na qual aparecem “demônios” para atormentarem seus “anjinhos”, seus “inocentes”, em Bly. No entanto, esses “demônios” são só uma parte de suas projeções mentais. O menino Miles e o fantasma de Peter Quint representam a dualidade do tio, encantador porém mulherengo. A senhorita sente-se presa ao tio, mas depois de abandonada quer ora prendê-lo também.

Já a menina Flora e a fantasma de Miss Jessel seriam representações de si. Uma é aquilo que ela gostaria de ser, outra é aquilo no que ela teme tornar-se. Quando a segunda passa a apossar a primeira, a senhorita trata de desfazer-se de Flora. Isso porque, de acordo com essa teoria maluca, a senhorita deseja ficar a sós com o homem que ama e deseja ficar com ele para sempre, sem correr o risco de ser novamente abandonada. Dispor-se-ia assim o fantasmagórico como projeção inconsciente, influenciado por um terceiro e importante fator, o religioso.

Agora, por que exímio e por que babaca? Exímio, pois se sua intenção era de fato constituir um drama psicológico, acertou em cheio na estruturação do texto. Se não aceitamos os fantasmas como reais, ficamos tão perdidos quanto a protagonista. Essa é uma leitura perfeitamente aceitável do modo como o conto foi escrito. E inepto, sim inepto, pois se o objetivo era escrever algo que não psicológico, Henry James deu-nos o que havia de pior em toda a história e silenciou seus detalhes mais interessantes, como as origens dos demais personagens, suas motivações, a verdadeira natureza das relações de Quint com Jessel, dos porquês da liberdade de Quint e como foi a morte desse homem, se natural ou criminosa, enfim, tudo aquilo que nos questionamos ao ler A outra volta do parafuso e ficamos sem resposta. É como se o autor tivesse uma envolvente história em suas mãos, mas na pressa de publicá-la revelou um simples resumo da mesma.

Se o conto serviu de algo, pelo menos resultou num dos melhores filmes de suspense que o Classicista já teve o prazer de ver. Mais do que recomendável é Os inocentes (The innocents, de Jack Clayton, 1961), com Deborah Kerr no papel da senhorita.

E o leitor o que pensa de A outra volta do parafuso? É inclinado a tomar algum partido na polêmica ou prefere abster-se? Sobretudo, gostou da obra?

Sugestão: A outra volta do parafuso, tradução de Paulo Henriques Britto, pela Penguin Companhia das Letras, 200 pg. O posfácio é bastante instrutivo.
http://classicosuniversais.com/2011/12/07/a-outra-volta-do-parafuso/#more-1254

Local inapropriado para procriar...

Após serem flagrados fazendo sexo em colégio, funcionários são demitidos
Após protestos de pais de alunos e grande repercussão nas redes sociais, um inspetor e uma faxineira foram afastados de suas funções na Escola Municipal Quintino Bocaiúva, no Rio de Janeiro. Ambos foram flagrados fazendo sexo na secretaria do colégio.

“A Secretaria ressalta que não admite este tipo de conduta inadequada por parte dos nossos funcionários", afirma nota emitida pela Secretaria Municipal de Educação, que informa também que uma sindicância foi aberta para apurar melhor o caso.

De acordo com a Secretaria, o ato sexual entre faxineira e inspetor ocorreu fora do horário de aulas. As cenas foram divulgadas após terem sido encontradas por um aluno em um pen drive.
http://br.noticias.yahoo.com/ap%C3%B3s-serem-flagrados-fazendo-sexo-em-col%C3%A9gio--funcion%C3%A1rios-s%C3%A3o-demitidos-003605957.html

Boa notícia...

Pesquisadores encontram "elo perdido" na luta contra mal de Alzheimer
O combate ao mal de Alzheimer deu nesta quarta-feira (4) um passo importante. Pesquisadores da escola de medicina de Yale, nos Estados Unidos, encontraram uma proteína que julgam ser o "elo perdido" na cadeia de eventos que leva ao desenvolvimento da doença.

Durante a pesquisa, cientistas conseguiram restaurar a memória de ratos de laboratório que tinham danos cerebrais causados pela doença apenas bloqueando a proteína em questão com um remédio que já é fabricado.

"O mais animador é que, entre todas as ligações nessa cadeia, essa [proteína]  é a que mais facilmente pode ser atingida por medicamentos", comemorou o professor de neurologia Stephen Strittmatter.

O artigo publicado nesta quarta na publicação Neuron revela que a proteína dentro da membrana celular conhecida como mGluR5 é o "elo perdido" encontrado pelos pesquisadores.
http://br.noticias.yahoo.com/pesquisadores-encontram--elo-perdido--na-luta-contra-mal-de-alzheimer-193408287.html

Más companhias...

Suspeito de matar 4 estudantes é preso em Goiás
Goiânia - Foi preso na manhã desta quarta-feira, 4, Thaygo Henrique Alves Santana, 18 anos, principal suspeito do assassinato de quatro estudantes, todos entre 15 e 18 anos, em Aparecida de Goiânia, na Grande Goiânia, no dia 19. Foi apreendida a arma que pode ter sido utilizada em pelo menos uma das execuções, uma pistola 44, e também um revólver calibre 38.

Com o suspeito foi apreendido um menor de 15 anos de idade e um rapaz, Alisson Pereira, conhecido como "Blin-Blin", 18. Um dos três acabou baleado por um atirador de elite da Polícia Civil, atingido na nádega quando teria tentado fugir do cerco. Havia porções de maconha na casa onde o trio estava escondido, situada no Retiro dos Bosques, em Aparecida.

A ficha criminal de Thaygo ainda não foi detalhada, mas consta que ele responde a vários crimes antes da maioridade, tendo sido apreendido por infrações como assaltar casas e roubar carros. Durante o cumprimento de medida socioeducativa, se envolveu em um homicídio no interior do centro de internação. A prisão do suspeito e seus comparsas era ansiada pelos familiares das vítimas, pela comunidade ligada ao bairro e ao Colégio Estadual José Bonifácio da Silva, no Setor Campos Elísios, em Aparecida, onde estudavam os quatro mortos e a namorada dele, uma adolescente de 16 anos, pivô da tragédia.

A operação foi comandada pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida. Os delegados titular, Kléber Toledo, e Fabrício Mendonça, disseram que os presos serão apresentados na quinta, 5, após análise de depoimentos e provas colhidas. "Por enquanto, prevalece a versão de que as mortes ocorreram por ciúmes de mensagens de um dos adolescentes postadas no Facebook da namorada de Thaygo", afirmou Kléber. O menor já teria confessado que foi o autor de uma das quatro execuções.

Vítimas
Morreram na chacina os estudantes do 1º ano do ensino médio: Dênis Pereira dos Santos, 16, Neylor Henrique Gomes, 18, Raíssa Gomes Ferreira e Daniele Gomes da Silva, ambas de 15 anos. Eles foram alvejados na cabeça e tiveram os corpos queimados na Serra das Areias, área de preservação ambiental da região. A polícia ainda investiga a versão da namorada que presenciou as execuções, e que teria sido mantida em cárcere privado por 12 dias, em poder de Thaygo.



Castigo merecido...


'Vou viver na escuridão', lamenta mulher que teve olhos perfurados
Operadora de caixa foi torturada pelo ex-marido, que segue foragido, em GO.
Vítima diz que tentou registrar queixa por quatro vezes; delegada rebate.
A operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães, de 27 anos, que foi torturada e teve os olhos perfurados pelo ex-marido, em Goiânia, afirmou que procurou a polícia por quatro vezes para denunciar o agressor, que continua foragido. “Ouvi de uma delegada que as coisas não são tão fáceis assim. Não é apenas chegar e falar. Mas foi. Ele me cegou e agora vou viver o resto da minha vida na escuridão”, lamentou.
No entanto, a adjunta da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Aline Leal, diz que a mulher procurou ajuda uma vez, no dia 11 de março deste ano. Na ocasião, a investigação não foi adiante porque a operadora de caixa, com medo, não teria pedido proteção. “Feito o registro da ocorrência, a vítima manifesta pela instauração do inquérito e, no decorrer, ela pode solicitar as medidas protetivas. Aí enviamos o material ao Judiciário para avaliação. Mas isso não ocorreu”, explicou.
Após o ataque, um dos olhos da mulher não pôde ser recuperado. Agora, ela precisa passar por uma cirurgia para tentar assegurar que o outro olho fique com, ao menos, 25% da visão.

Mara Rúbia foi ferida na última quinta-feira (29), quando chegava em casa do trabalho para almoçar. Segundo a família, o ex-marido, com quem havia sido casada por seis anos, já a esperava escondido na residência. Depois de amarrar e torturar a ex-mulher, o suspeito perfurou os dois olhos dela com uma faca de mesa. A vítima não soube precisar por quanto tempo foi agredida, já que perdeu a consciência algumas vezes. “Ele me jogou em cima da cama e foi me enforcando. Aí pegou um fio de telefone e amarrou minhas mãos”, disse a mulher.
Operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães teve os olhos perfurados pelo ex-marido, em Goiânia, Goiás.
Mara Rúbia ainda não consegue abrir as pálpebras após lesões.
A operadora de caixa também relatou que esperava que o ex-marido fosse atacá-la um dia, pois não aceitava a separação e já teria tentado matá-la antes. “Ele sempre falava que, se eu não ficasse com ele, não ficaria com ninguém. Que eu iria sofrer para o resto da vida, pois ele iria deformar meu rosto, cortar minha orelha e meu pescoço”, lembra.

O suspeito segue foragido, mas um mandado de prisão temporária contra ele já foi expedido pela Justiça. Além da tentativa de homicídio, o ex-marido também estaria impedindo Maria Rúbia de ter contato com o filho do casal, de 7 anos, que seria mantido casa de parentes do homem no interior do estado. O Conselho Tutelar já foi acionado sobre o caso.
Espancamento
Mara Rúbia foi torturada e teve os olhos perfurados na última quinta-feira (29), em Goiânia. Após passar três dias internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), ela recebeu alta médica no domingo (1º).

De acordo com os familiares, o casal se separou há dois anos. Desde então, a mulher, que morava em Corumbá de Goiás, se mudou para a capital. Esta não seria a primeira vez que o homem agrediu a ex-mulher.

Quem procura, encontra...

Mãe de jovem morta na Itália sabia de relacionamento da filha com o chefe
Segundo ela, empresário disse que estava separado da esposa.
Homem foi preso suspeito de matar a uberlandense na última semana.
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta, no escritório onde trabalhava. 
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta na Itália.
A mãe de Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, encontrada morta na última sexta-feira (30) na Itália, disse ao G1 antes de embarcar para o país que sabia do relacionamento da filha com o chefe dela. Natália Maria da Silva contou que os dois estavam juntos e que o bebê que ela esperava era do empresário, principal suspeito do crime. Ainda segundo a mãe, o homem não dizia que estava casado, pelo contrário, afirmava para a jovem que estava separado.
Marília Rodrigues Silva Martins foi encontrada morta com sinais de estrangulamento na cidade de Gambara, em Bréscia, na Itália. Nesta terça-feira (3), a polícia italiana prendeu o empresário e dono da empresa onde a uberlandense trabalhava.
Para tentar ajudar na investigação, Natália Maria viaja no início da tarde desta quarta-feira (4) para o país e informou que poderá contribuir com informações sobre o relacionamento da brasileira com o empresário. O pai da vítima e o tio Fernando Martins, que é promotor de Justiça de Uberlândia, já estão na Itália e acompanham tudo de perto.
A uberlandense estava grávida de quase cinco meses e a mãe confirmou que o filho era do chefe dela, que era casado. “Fui a primeira a saber da gravidez e ele disse para minha filha que estava separado da esposa", relatou. A jovem trabalhava em uma empresa que atua na área de compra e venda de aeronaves e helicópteros. “Eu quero chegar lá e saber o que houve, ainda não sei muita coisa, pois tinha cinco dias que não falava com minha filha”, disse.
Passagem com ajuda dos amigos
Para embarcar para a Itália, Natália Maria contou com ajuda de amigos em Uberlândia, entre eles o assessor político Antônio Carrijo. “Ela já trabalhou comigo e é uma ótima pessoa. Quando soube da situação fiquei mobilizado e ofereci todo o apoio”, disse.
O assessor político se reuniu com amigos e empresários para ajudar na compra da passagem, que ficou em torno de R$ 8 mil. Carrijo acredita que o empresário italiano tenha premeditado o crime e afirmou querer ajudar para que a Justiça seja feita. “Eu tenho filhos e entendo como deve ser difícil não ter informações do que acontece quando estão longe”, contou.
Para a mãe da uberlandense morta na Itália, foi uma forma de mostrar o quanto é importante a amizade. Ela disse que quando chegar ao país, onde já morou, vai contar com ajuda de antigos patrões e amigos brasileiros que moram lá. “Fiquei muito agradecida aos que me ajudaram. Vi que quando fazemos as coisas certas as pessoas nos retribuem”, finalizou.
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/09/mae-de-jovem-morta-na-italia-sabia-de-relacionamento-da-filha-com-o-chefe.html

Mais uma etapa superada...