Leia um trecho
de Cretino Irresistível, sucesso da literatura erótica
NOVA divulga com exclusividade um trecho do novo romance
que já é hit entre os livros sensuais.
Quando me aproximei da sala de conferências, tentei
acalmar minha respiração e diminuí o passo até voltar a andar. Um rastro de luz
brilhava debaixo da porta. Ele definitivamente estava lá, esperando. Com
cuidado, tentei arrumar o cabelo e as roupas enquanto alinhava o maço de
documentos nos meus braços. Respirando fundo, bati na porta.
- Entre.
Entrei no espaço bem iluminado. A sala de conferência era
enorme. Ficava no 18o andar e uma das paredes era coberta por janelas que iam
do chão ao teto, oferecendo uma visão espetacular de Chicago. O anoitecer
escurecia o céu lá fora, e arranha-céus pontuavam o horizonte com suas janelas
iluminadas. No centro da sala ficava uma grande e pesada mesa de madeira e, na
ponta mais distante, encarando na minha direção, estava o sr. Ryan.
Estava sentado lá, com o casaco do terno pendurado no
encosto da cadeira, a gravata solta, as mangas branquíssimas da camisa
enroladas até o cotovelo, o queixo apoiado nas pontas dos dedos. Seus olhos
pareciam penetrar os meus, mas ele permaneceu calado.
- Eu peço desculpas, sr. Ryan - eu disse, minha voz ainda
ondulando por causa da respiração entrecortada. - A impressão levou... - parei.
Desculpas não iriam ajudar nessa situação. Além disso, eu não deixaria ele me
culpar por algo que estava fora do meu controle. Ele podia ir para o inferno.
Com minha coragem recém-descoberta, ergui o queixo e caminhei até onde ele
estava.
Sem olhar em seus olhos, eu arrumei meus papéis e
coloquei uma cópia da apresentação diante dele na mesa.
- Posso começar?
Ele não respondeu, apenas ficou encarando minha postura,
que tentava mostrar coragem. O que seria bem mais fácil se ele não fosse tão
lindo. Em vez de dizer alguma coisa, ele fez um gesto em direção aos papéis,
pedindo que eu continuasse.
Limpei a garganta e comecei a apresentação. Enquanto eu
passava pelos diferentes aspectos da proposta, ele se manteve em silêncio,
olhando fixamente para sua cópia do texto. Por que estava tão calmo? Eu sabia
lidar com seu mau humor, mas aquele silêncio ensurdecedor? Aquilo estava me
deixando nervosa.
Eu estava inclinada sobre a mesa, explicando um grupo de
gráficos, quando aconteceu.
- O cronograma deles para o primeiro resultado é um pouco
ambici...- parei no meio da frase, com meu ar preso na garganta. A mão dele
pressionou gentilmente a parte de baixo das minhas costas e então começou a
descer até parar na curva da minha bunda. Nos nove meses em que trabalhamos
juntos, ele nunca havia me tocado intencionalmente.
E naquele momento fora definitivamente intencional.
O calor de sua mão queimou através da minha saia e chegou
até a pele. Cada músculo do meu corpo ficou tenso, e senti como se minhas
entranhas estivessem virando água. Que diabos ele estava fazendo? Meu cérebro
gritou para eu tirar aquela mão dali e dizer para ele nunca mais me tocar de
novo. Mas meu corpo tinha outras ideias. Meus mamilos endureceram, e apertei o
queixo em resposta. Mamilos traidores.
Enquanto meu coração batia forte no peito, pelo menos
meio minuto se passou, e nenhum de nós disse nada quando a mão dele se moveu
para minha coxa e começou a acariciar. Nossas respirações e o barulho abafado
da cidade lá embaixo eram os únicos sons que pairavam no ar da sala de
conferência.
- Vire-se, srta. Mills - sua voz calma quebrou o silêncio
e eu ajeitei minhas costas, com os olhos grudados à frente. Vagarosamente, eu
me virei, enquanto ele passava a mão pelo meu corpo. Eu podia sentir a maneira
como ele esticou a mão, tocando com a ponta dos dedos toda a extensão das
minhas costas até pressionar seu polegar contra a pele macia dos meus quadris.
Abaixei a cabeça para encontrar seus olhos, que me observavam de volta
atentamente.
Podia ver seu peito subindo e descendo, cada respiração
mais profunda do que a última. Um músculo tremeu em seu queixo quadrado quando
seu polegar começou a se mover, acariciando lentamente de um lado para outro,
os olhos ainda grudados nos meus. Ele estava esperando que eu o interrompesse.
Tive muito tempo para afastá-lo ou simplesmente para me virar e ir embora. Mas
havia muitas sensações dentro de mim que eu precisava digerir antes de poder
reagir. Nunca tinha me sentido assim, e nunca imaginara que um dia me sentiria
dessa maneira em relação a ele. Eu queria dar um tapa no rosto dele, e depois
puxá-lo pela gola da camisa e lamber seu pescoço.
- No que está pensando? - ele sussurrou, com os olhos ao
mesmo tempo zombando e mostrando ansiedade.
- Ainda estou tentando descobrir.
Com aqueles olhos ainda presos aos meus, ele começou a
deslizar a mão mais para baixo. Seus dedos percorreram minha coxa até a barra
da saia. Então começou a subir a ponta do dedo, tracejando a alça da minha
cinta-liga, esbarrando na renda que sustentava a meia. Um longo dedo deslizou
por baixo do tecido fino e o puxou levemente para baixo. Eu soltei um suspiro
entrecortado, de repente me sentindo como se estivesse derretendo por dentro.
Como eu poderia deixar meu corpo reagir daquela maneira?
Ainda queria lhe dar um tapa, mas agora, mais do que isso, eu queria que ele
continuasse. Um desejo angustiado estava se concentrando entre as minhas
pernas. Ele alcançou o topo da minha calcinha e deslizou os dedos debaixo do
tecido. Senti sua carícia contra minha pele e o resvalar em meu clitóris antes
de ele enfiar o dedo lá dentro, e então mordi os lábios, tentando, sem sucesso,
abafar meu gemido. Quando olhei para baixo, gotas de suor estavam se formando
em suas sobrancelhas.
- Merda - ele grunhiu silenciosamente. - Você está
molhada - seus olhos se fecharam e ele parecia lutar a mesma batalha interna eu
enfrentava. Olhei para seu colo e pude ver o quanto ele pressionava contra o
tecido macio da calça. Sem abrir os olhos, ele tirou o dedo e agarrou a renda
fina da minha calcinha. Ele estava tremendo quando olhou para mim com uma
expressão furiosa. Com um movimento rápido, rasgou a calcinha, e o som do
tecido sendo partido ecoou pelo silêncio da sala vazia.
Ele puxou minhas coxas com força, colocando meu corpo em
cima da mesa fria e abrindo minhas pernas na sua frente. Soltei um gemido
involuntário quando os dedos dele voltaram, escorregando por entre minhas
pernas e me penetrando novamente. Eu desprezava aquele homem com todas as
minhas forças, mas meu corpo me traía - eu desejava que ele continuasse. Eu
odiava admitir, mas ele era muito bom naquilo. Seu toque não era aquela coisa
gentil e amorosa a que eu estava acostumada. Ali estava um homem habituado a
conseguir o que queria, e acontece que, naquele momento, o que ele queria era
eu. Minha cabeça pendeu para o lado quando me apoiei nos cotovelos, sentindo um
orgasmo iminente se aproximando a todo vapor.
Para meu completo horror, soltei um sussurro implorando:
- Oh, por favor.
Ele parou de mexer, puxou os dedos de volta e manteve o
punho fechado na frente do rosto. Eu me sentei, agarrando sua gravata de seda e
puxando sua boca com força contra a minha. Seus lábios eram tão perfeitos
quanto pareciam, firmes e suaves. Eu nunca tinha sido beijada por alguém que
claramente conhecia cada ângulo e movimento provocante capaz de me deixar quase
completamente louca.
Mordi seu lábio inferior enquanto minhas mãos rapidamente
baixavam até o cós de sua calça, onde abri a fivela e tirei o cinto por
inteiro.
- É melhor você estar pronto para terminar o que começou.
Ele soltou um grunhido raivoso do fundo da garganta e
tomou minha blusa com as mãos, rasgando-a até abrir, fazendo os botões
prateados se esparramarem pela mesa.
Então, deslizou as mãos pelas minhas costelas e sobre
meus seios, apertando com os polegares em meus mamilos endurecidos, com seu
olhar sombrio fixado na minha expressão durante todo o tempo. Suas mãos eram
grandes e tão ásperas que quase me machucavam, mas, em vez de reclamar ou me
afastar, eu pressionei o corpo contra suas palmas, querendo ainda mais, e mais
forte.
Ele rosnou e apertou ainda mais com os dedos. Passou pela
minha mente que eu poderia ficar toda machucada e, por um instante de
insensatez, eu desejei que ficasse. Eu queria uma lembrança dessa sensação, de
estar completamente certa do que meu corpo queria, inteiramente liberada.
Ele se inclinou o bastante para morder meu ombro e então
sussurrou:
- Você é uma putinha que gosta de provocar, não é?
Sem conseguir me aproximar mais, eu me apressei com seu
zíper, tirando e jogando suas calças e cueca no chão. Então apertei forte seu
pau, sentindo-o pulsar em minha mão.
A maneira como ele sussurrou meu sobrenome naquele
momento - Mills- deveria enviar uma onda de
fúria para dentro de mim, mas eu sentia apenas uma coisa: uma pura e
embriagante luxúria. Ele forçou minha saia acima das coxas e me empurrou para
trás sobre a mesa de conferência. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele
segurou meus calcanhares, agarrou seu pau e deu um passo para frente,
penetrando fundo dentro de mim.
Eu nem pude ficar horrorizada pelo gemido alto que soltei
- aquilo era melhor do que qualquer coisa. - O que foi? - ele sussurrou entre
os dentes cerrados enquanto seus quadris batiam contra minhas coxas,
colocando-o fundo e mais fundo. - Nunca foi fodida dessa maneira antes, não é?
Você não ficaria provocando tanto se estivesse sendo fodida direito.
Quem ele pensava que era? E por que diabos o fato de ele
estar certo me excitava tanto? Eu nunca tinha transado em nenhum outro lugar
além da cama, e nunca tinha me sentido daquela maneira.
- Já tive melhores - provoquei.
Ele riu, uma risada quieta e debochada.
- Olhe para mim.
- Não.
Ele tirou bem quando eu estava prestes a gozar. Por um
instante, achei que iria me deixar ali daquele jeito, mas então ele agarrou
meus braços e me puxou para fora da mesa, pressionando lábios e língua contra
minha boca.
- Olhe para mim - repetiu. E, finalmente, como ele já não
estava mais dentro de mim, eu consegui olhar. O sr. Ryan piscou uma vez,
vagarosamente, com os longos e escuros cílios fechando e abrindo, e então
disse: - Peça para eu te fazer gozar.
Seu tom de voz não parecia certo. Parecia quase uma
pergunta. Mas suas palavras eram iguais a ele: todas distorcidas. Eu queria sim
que ele me fizesse gozar. Mais do que qualquer coisa. Mas ele estava sonhando
se achava que eu lhe pediria.
Baixei a voz e olhei em seus olhos.
- Você é um filho da puta, sr. Ryan.
O sorriso dele mostrou que, seja lá o que ele queria de
mim, conseguiu. Eu quis dar uma joelhada no meio das suas pernas, mas, se
fizesse isso, não teria mais daquilo que eu realmente desejava.
- Peça por favor, srta. Mills.
- Por favor, vá se foder.
A próxima coisa que senti foi o frio da janela contra meu
peito, e gemi por causa do contraste de temperatura entre o vidro e a pele. Eu
estava ardendo, cada parte de mim queria sentir o toque rude dele.
- Pelo menos você é consistente - ele disse em meu ouvido
antes de morder meu ombro. Então, chutou meus pés. - Abra as pernas.
Separei as pernas e, sem hesitação, ele puxou meus
quadris para trás e se aproximou mais, antes de enfiar tudo dentro de mim
novamente.
- Você gosta do frio?
- Sim.
- Sua garota safada. Você gosta de se exibir, não é? -
ele murmurou, tomando minha orelha com os dentes - Você adora saber que toda
Chicago pode olhar para cima e assistir você sendo fodida, e você está adorando
cada minuto disso com seus peitinhos pressionados contra o vidro.
- Pare de falar, você está estragando o clima - eu
respondi, embora ele não estivesse. Nem um pouco. Sua voz grave estava me
levando à loucura. Ele apenas riu no meu ouvido, provavelmente percebendo como
eu me arrepiava com suas palavras.
- Você quer que eles assistam você gozar?
Eu gemi em resposta, incapaz de formar palavras com cada
estocada me pressionando cada vez mais contra a janela.
- Diga. Você quer gozar, srta. Mills? Responda ou vou
parar e fazer você me chupar - ele disse, penetrando ainda mais fundo com cada
estocada.
A parte de mim que o odiava estava se dissolvendo como
açúcar na língua, e a parte que o desejava estava crescendo, fogosa e exigente.
- Apenas diga - ele se inclinou para frente, chupou minha orelha e depois
mordeu com força. - E eu prometo que vou fazer você gozar.
- Por favor- eu disse,
fechando os olhos para apagar todo o resto e apenas senti-lo. - Por favor. Sim,
eu quero.
Ele esticou o braço e moveu as pontas dos dedos por cima
do meu clitóris, exercendo a pressão perfeita, no ritmo perfeito. Eu podia
sentir seu sorriso pressionado contra minha nuca e, quando ele abriu a boca e
mordeu minha pele, eu gozei. Um calor se espalhou por minhas costas, ao redor
dos quadris e entre as pernas, me jogando de volta contra ele. Minhas mãos
bateram no vidro e meu corpo inteiro tremeu com o orgasmo que se espalhou em
mim, me deixando sem ar. Quando finalmente acabou, ele saiu de dentro e me
virou, mergulhando a cabeça para chupar meu pescoço, meu queixo, meus lábios.
- Diga obrigado - ele sussurrou.
Afundei minhas mãos em seu cabelo e puxei com força,
esperando tirar alguma reação dele, querendo saber se ainda estava consciente
ou se tinha perdido a cabeça. O que é que nós estamos fazendo? Ele grunhiu,
inclinando-se em minhas mãos e beijando meu pescoço de cima a baixo enquanto
pressionava a ereção em minha barriga.
- Agora é a sua vez de me fazer sentir bem.
Soltei uma mão, alcancei seu pau e comecei a mexer. Ele
era pesado e longo, e perfeito em minha mão. Eu queria dizer isso, mas nem em
mil anos eu o deixaria saber o quão incrível ele era. Em vez disso, eu me
afastei de seus lábios e lancei-lhe um olhar provocante.
- Vou fazer você gozar tão forte que vai até se esquecer
que é o maior filho da puta do planeta - grunhi, abaixando pelo vidro.
Lentamente, coloquei seu pau inteiro na minha boca até encostar na garganta.
Ele apertou os músculos e soltou um gemido profundo. Olhei para cima: ele
estava com a testa e as palmas pressionadas contra o vidro, os olhos fechados
com força. Ele parecia vulnerável, e ficou lindo naquele abandono.
Mas não estava vulnerável. Ele era o maior cretino do
planeta e eu estava de joelhos na frente dele. Isso não poderia ficar assim.
Então, em vez de dar o que ele queria, eu me levantei,
puxei minha saia de volta no lugar e o encarei. Foi mais fácil dessa vez, sem
as mãos dele me tocando e me fazendo sentir coisas que não eram assunto dele.
Os segundos passaram sem que nenhum dos dois desviasse o olhar.
- Que merda você acha que está fazendo? - ele disse.-
Ajoelhe-se e abra a boca.
- Sem chance.