domingo, 3 de novembro de 2013

Choque...



Evite os erros que deixam os cabelos arrepiados e com frizz

Pentear os cabelos secos e abusar da chapinha são alguns deles





 O fio de cabelo com frizz desafia a gravidade: ele fica arrepiado, apontando diretamente para o céu ou apenas paira paralelamente às madeixas bem comportadas, num nível um pouquinho mais alto. A explicação para esse fenômeno capilar é estritamente científico. A dermatologista Tatiana Gabbi, do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a grande causadora do frizz é a carga elétrica presente nos fios de cabelo. "Eles se repelem mutuamente, o que deixa alguns mais elevados que outros", explica. Este acúmulo de eletricidade estática é causado principalmente pela fricção, que pode ser do pente nos cabelos, por exemplo.

Existem diversos cremes que prometem combater o frizz, como os seladores de cutículas, por exemplo, e eles podem ser muito eficientes. No entanto, é preciso evitar alguns erros no cuidado com as madeixas para garantir que eles façam todo o seu efeito, caso contrário, todo o investimento pode ser desperdiçado. Agora que você já sabe que é preciso evitar o atrito, veja a seguir como colocar em prática.

DE 7
Banho de água quente - foto: Getty Images

Lavar o cabelo com água quente

A alta temperatura da água diminui a oleosidade natural dos cabelos, ressecando os fios. Lavar a cabeça com água fria é a dica do dermatologista tricologista Luciano Barsanti, diretor do Instituto do Cabelo de São Paulo. "A água fria vai fechar a cutícula do cabelo, o que garantirá aos fios uma textura mais uniforme". Com menos fissuras no seu comprimento, o contato do pente da toalha e até das mãos com o os fios gerará um atrito menor, diminuindo a quantidade de frizz.
 Escovar o cabelo seco  - foto: Getty Images

Escovar o cabelo seco

Quando há água no cabelo, o pente desliza mais fácil sobre os fios, sem gerar atrito. A lógica é a mesma de um carro se deslocando por uma estrada úmida - o atrito é muito menor em comparação com uma pista seca, o que favorece o deslizamento. "Essa fricção com água é tão pequena que não fornece carga elétrica, responsável pelo arrepiado, aos fios", explica a dermatologista Tatiana Gabbi. "A água, ao contrário, neutraliza essas cargas elétricas e deixa os fios nos lugares certos". 


No entanto, pentear os cabelos é fundamental para ajudar a levar a oleosidade natural do cabelo da raiz até as pontas e deve ser feito também com o cabelo seco. A dica da cabeleireira Sônia Nessi, do Rio de Janeiro, é usar uma escova de cerdas naturais, que não vai deixar o cabelo elétrico nem irritar o couro cabeludo. Mas quem tem cabelo crespo sabe que pentear os fios desmanchará os cachos e aumentará o volume dos fios. Nesse caso a sugestão é pentear antes de dormir e lavar no dia seguinte pela manhã.
Pente de plástico- foto: Getty Images

Usar pentes de plástico e escovas com cerdas de nylon

A dermatologista Tatiana Gabbi explica que existem cerdas que geram menos atrito com os fios e por isso geram menos frizz. Escovas de cerdas naturais e pentes de madeira são os melhores para evitar as cargas elétricas que arrepiam os fios. Por causa de suas características moleculares, o pente de madeira e as cerdas naturais não permitem que a eletricidade estática passe através deles, fazendo com que ela não chegue a seus cabelos. Os pentes de plástico e as cerdas de nylon, por sua vez, produzem e tr ansmitem mais carga e, por isso, geram mais frizz.
Tratamento químico - foto: Getty Images

Abusar dos tratamentos químicos

Escova progressiva, tintura, luzes, permanente, alisamento definitivo. Um tratamento químico danifica muito os cabelos, abusar da frequência ou associar dois ou mais deles causa um prejuízo ainda maior. Em relação ao frizz, a dermatologista Tatiana Gabbi explica que o fio de cabelo quimicamente tratado fica mais poroso. Quanto mais poroso, maior a superfície de contato com pentes, toalha e maior o atrito, portanto, maior o frizz. Para devolver a integridade às madeixas e controlar o arrepiado só mesmo com muito tratamento. Os mais importantes são a hidratação, a nutrição e a cauterização. Respectivamente, elas devolvem aos fios a água, os nutrientes e as proteínas perdidas, ajudando a selar a cutícula e deixar o fio menos poroso de maneira permanente. Finalizadores à base de silicone também ajudam a deixar os fios menos porosos, mas eles não se fixam definitivamente ao fio, portanto, depois de lavado o cabelo, o benefício é todo perdido.
Usando o secador de cabelo - foto: Getty Images

Usar o secador da maneira errada

Ele é um ótimo aliado para domar os cabelos nos dias em que eles acordam rebeldes, mas, se usado da forma errada, ele podem acabar trazendo resultado contrário ao desejado. 


O primeiro passo é retirar o excesso de água dos fios com uma toalha, evitando que o uso do secador seja maior que o necessário. Mantenha uma distância de pelo menos 30 centímetros entre o secador e os fios. "Se o secador ressecar demais o cabelo, retirando água e desidratando o fio, haverá mais frizz pois a água que neutraliza as cargas não estará mais presente", explica a dermatologista Tatiana Gabbi. Usar produtos termoativados, que protegem o fio do calor, também ajuda a evitar a diminuição da quantidade de água na estrutura capilar. 


A forma como você direciona o secador também influencia no resultado, o bico precisa ser posicionado na diagonal e o jato de ar tem de seguir de cima para baixo (ou da raiz para as pontas). Esse posicionamento ajuda a fechar as escamas dos fios, evitando o efeito arrepiado. 


Secadores ionizantes, com tecnologia que emite íons negativos, ajudam a diminuir o frizz porque neutralizam cargas do cabelo e evitam que os fios fiquem arrepiados.  
Torcer o cabelo com a toalha - foto: Getty Images

Torcer o cabelo com a toalha

O primeiro passo é escolher a toalha do tecido certo. "Os naturais, como o algodão (100%), geram menos atrito com os fios de cabelo e, portanto, menos frizz, em comparação com os sintéticos, como o poliéster", explica Tatiana Gabbi. Nunca esfregue a cabeça com a toalha nem a enrole na cabeça. O correto é apenas pressionar levemente os fios com a toalha, o que já é suficiente para absorver o excesso de água. 


Da mesma forma, o tecido da fronha do seu travesseiro pode gerar atrito e frizz na hora de dormir. Por isso, o melhor é optar por tecidos naturais  
Chapinha - foto: Getty Images

Muita chapinha

Não é apenas o uso a longo prazo da chapinha que deixa o cabelo ressecado e com frizz. A dermatologista Tatiana Gabbi explica que já durante a aplicação, a chapinha seca e desidrata os fios de cabelo. Sem água em sua estrutura, o fio de cabelo fica elétrico e arrepiado mais facilmente. 


Para evitar que isso aconteça uma boa opção é usar finalizadores que protegem o cabelo do calor da chapinha, evitando que o fio desidrate completamente. Além disso, o médico tricologista Luciano Barsanti, diretor do Instituto do Cabelo de São Paulo, explica que a chapinha chega a 300 graus Celsius e por isso o uso deve ser deixado apenas para ocasiões mais que especiais. 


Outra dica é o uso de chapinhas que liberam íons negativos, que acalmam os cabelos arrepiados. Mas não se esqueça: mesmo assim acontece o dano ao cabelo.

sábado, 2 de novembro de 2013

Aproveitem...

Só rindo...



Refletir...

 
"Podemos escolher o que plantar, mas somos obrigados a colher o que semeamos."
Provérbio Chinês

http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/6/

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Uso dos advérbios terminados em “-mente”
Assim como os muitos fatos linguísticos, o uso dos advérbios terminados em “-mente” também se relaciona a regras específicas.

O uso dos advérbios terminados em “-mente” se encontra relacionado a aspectos predeterminados
.

Discorrer acerca dos advérbios não se trata de algo novo, haja vista que tal assunto integra uma das dez classes gramaticais das quais fazemos uso cotidianamente. De modo específico, faremos referência aqui àqueles advérbios demarcados pela terminação “-mente”, aplicáveis às circunstâncias em que expressam modo.

Dessa forma, eles estão ligados a regras específicas de uso, a depender da intenção proferida pelo discurso e, sobretudo, a depender das questões de ordem estética discursiva, de modo a evitar possíveis repetições.

Nesse sentido, certifiquemo-nos de algumas regras, de modo a ampliarmos nossa competência linguística e fazermos uso correto de mais uma ocorrência que demarca os fatos linguísticos:

* Mediante um dado enunciado linguístico, no qual dois ou mais advérbios terminados em “-mente” modificam a mesma palavra, há um recurso o qual visa tornar o discurso mais elegante, claro e conciso, demarcado pelo procedimento de juntarmos o sufixo “mente” somente ao último deles. Assim podemos constatar por meio do exemplo que segue:

Educada e carinhosamente recebia todos os convidados que ali chegavam.

* No caso de haver a intenção de realçar as circunstâncias expressas pelos advérbios, torna-se necessário omitir a conjunção e acrescentar o referido sufixo a cada um deles. É o que podemos atestar em enunciados como este apresentado abaixo:

Dinamicamente, profissionalmente, ela executava as funções que lhe eram atribuídas dia a dia.

História

Hebreus
Os hebreus são conhecidos como israelitas ou judeus.

Antepassados do povo judeu, os hebreus têm uma historia marcada por migrações e pelo monoteísmo.

Muitas informações sobre a história dos hebreus baseiam-se na interpretação de textos do Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia. O Antigo testamento foi escrito com base na tradição oral dos hebreus. Consta dele, por exemplo, a interpretação feita por esse povo da origem do mundo e de muitas das normas éticas e morais de sua sociedade. Convém ressaltar, entretanto, que esses textos são repletos de símbolos e sua interpretação é bastante difícil.

Vestígios da sociedade hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes sobre a história dos hebreus.

Segundo a tradição, Abraão, o patriarca fundador da nação hebraica, recebeu de Deus a missão de migrar para Canaã, terra dos cananeus, depois chamada de palestina, onde se localiza hoje a Estado de Israel.

Após passarem um período na terra dos cananeus, os hebreus, foram para o Egito, onde viveram em 300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos. Sua historia começa a ganhar destaque a partir do momento em que resolvem sair do Egito e, sob a liderança de Moisés, voltar a Canaã. Na história judaica, esse retorno é chamado de êxodo e aconteceu entre 1300 e 1250 a.C.

Em 70 d.C., a Palestina  era uma província do Império Romano; as muitas rebeliões ocorridas na região levaram o governo imperial a expulsar os hebreus da Palestina. Esse acontecimento é denominado de diáspora. Até 1948, quando foi fundado o estado de Israel, os judeus viveram sem pátria, atualmente são os palestinos que não tem pátria, pois suas terras foram tomadas pelos israelenses.

Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude.

Localização
 
A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.

Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor. E foi nessa região que assentou o povo hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram na Palestina.

Organização social e política dos hebreus

Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, que cruza o rio Jordão, combate com os cananeus que então habitavam a terra prometida. Vencidos os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos (“os doze filhos de Israel”), que viviam em clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres.

O poder e prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs eram muito frágeis. Porém, devido às lutas pelas conquistas de Canaã ou Terra Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estar nas mãos de chefes militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juízes.

Com a concentração do poder em suas mãos, os juízes procuraram à união das doze tribos, pois ela possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina.  As principais lideranças deste período foram os juízes  Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de Jeová, para comandar os Hebreus.

A união das doze tribos era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juízes tinham um poder temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização do poder nas mãos de um monarca, Rei, o qual teria sido escolhido por Jeová para governar.

Os reis hebreus

O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.) que liderou guerras contra os filisteus, porém morreu sem conseguir vencê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conseguiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o Estado Hebreu, cuja a capital passou a ser Jerusalém. E iniciou uma fase marcada pelo expansionismo militar e pela prosperidade.

Em seguida, Salomão ( 966 a 926 a.C.); sábio e pacífico famoso pelo poder e riqueza. Filho de Davi desenvolveu o comércio, aumentando a influência do reinado sem recorrer a guerra. No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o seu reinado exigiam o constante aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima de insatisfação no povo hebreu.

O cisma político-religioso: os reinos de Israel e Judá

Após a morte de Salomão, houve a divisão política e religiosa das tribos e o fim da monarquia unificada.
Os hebreus dividiram-se em Dez tribos do norte e formaram o Reino de Israel, liderados por Jerobaão. Após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha  de Omri para rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a vários deuses.

Duas tribos do sul e formaram o Reino Judá, liderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.).

A dominação estrangeira

O Reino de Israel, desde o inicio viveu na idolatria; isto fez com que a ira de Deus se manifestasse sobre ele permitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por Sargão II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo seu território habitado por outros povos, ali colocados por ordem do rei da Assíria.

O castigo de Deus veio sobre ela através do rei Nabucodonosor, da Babilônia, no ano 586 a.C. A cidade santa, Jerusalém, foi destruída  e o Templo queimado e os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro.

O cativeiro durou até os dias de Ciro, rei da Pérsia que permitiu que o povo que estava escravizado na Caldéia, regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536 a.C.). A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Macedônia (322 a.C.). Depois passou a seu protetorado egípcio (301 a.C.), Colônia Síria (198 a.C.), e província romana (63 a.C.).

No ano 70 da era cristã, após uma fracassada revolta contra a dominação romana, Jerusalém foi conquistada por Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do Templo. Atualmente do templo de Jerusalém resta apenas um muro, conhecido como o Muro das Lamentações.

A religião dos hebreus

Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas.

O judaísmo é baseado nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.

Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu.
O Judaísmo constitui uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismo formou tríade das religiões universais.

 
Páginas de uma Bíblia escrita em aramaico

Aspectos culturais

Da cultura criada pelos hebreus, a religião, é sem dúvida o legado mais importante. A escrita e literatura, entre os hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo através de uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência da escrita a partir de meados do segundo milênios a. C., (época do Êxodo). Aos poucos, porém eles foram substituindo, em sua escrita a sua língua original pelo aramaico, que era a língua comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguidade. O alfabeto hebraico atual é uma variedade do aramaico, que juntamente com a língua aramaica tornou-se muito difundido, suplantando os outros alfabetos e línguas semitas.

 
Fragmento de pedra com escrita em aramaico

Nas artes o monoteísmo hebraico influenciou todas as realizações culturais dos hebreus. Deve-se destacar a arquitetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e fortificações. A maior realização arquitetônica foi o Templo de Jerusalém.

 
Templo de Jerusalém

Nas ciências, não apresentaram progresso notável. A importância cultural da sociedade hebraica residiu principalmente na esfera religiosa e moral (na lei Mosaica), sua área de influência atingiu o Ocidente e grande parte do oriente.

 http://www.sohistoria.com.br/ef2/hebreus/


  

Viva a sabedoria...

O empirismo crítico de John Locke
  
Para John locke as ideias derivam de sensações.

A filosofia empírica (do grego empeiria = experiência) ganha formulação paradigmática, sistemática, metodológica e crítica consciente a partir de Locke.

Seguindo a linha tradicional do empirismo, que admite que todo conhecimento vem da experiência, portanto, dos sentidos, Locke busca compreender qual a gênese, a função e os limites do entendimento humano. Para isso, critica a noção cartesiana de sujeito como substância. “A mente é uma tabula rasa”, já diria Aristóteles, que é retomado aqui para evidenciar que nada não existe na mente que não estivesse antes nos sentidos.

De acordo com Locke, a mente é como uma cera passiva, desprovida de conteúdos, em que os dados da sensibilidade vão imprimindo ali as ideias que podemos conhecer. Aqui, ideia não tem o mesmo significado que em Descartes (ou se tem, trata-se apenas das adventícias, não das inatas). As ideias inatas existem no espírito humano, são anteriores ao nascimento e coordenam, assim, o modo como o homem conhece. Mas para o filósofo empirista, o saber humano é determinado pelas impressões vindas da sensação, não de um fundamento inteligível inato. Corpo e mente são uma coisa só, não são distintos como em Descartes. Notem que ainda estamos trabalhando com a noção de sujeito como fundamento, mas agora não mais um sujeito universal (razão) e sim um sujeito particular no qual todas as representações (ideias) estão encerradas no modo como cada indivíduo percebe a realidade. Fica então a pergunta: como universalizar os juízos, já que as representações são particulares? Eis a resposta a seguir.

Em primeiro lugar, para Locke a única coisa que pode ser inata no homem é a capacidade de depreender (abstrair) ideias dos fatos singulares (como em Aristóteles) e não que as próprias ideias sejam inatas (como em Descartes). Em seu Ensaio sobre o entendimento humano, Locke faz uma espécie de mapeamento de como em nossa mente se produzem as ideias. As ideias derivam das sensações. Não existe pensamento puro sobre conceitos meramente inteligíveis, mas pensar é sempre pensar em algo recebido pelas sensações impresso em nossa mente. A experiência nada mais é do que a observação tanto dos objetos externos como das operações internas da mente. Pensamento não é formal, mas sim uma síntese entre forma e conteúdo derivados da experiência e limitados a esta. A experiência pode ser de dois tipos:

1. Externa, da qual derivam as ideias simples de sensação (extensão, figura e movimento, etc.);

2. Interna, da qual derivam as ideias simples de reflexão (dor, prazer, etc.).

Dessa forma, Locke chama de qualidade o poder que as coisas têm de produzir as ideias em nós e distingue entre:

Qualidades primárias – são as qualidades reais dos corpos das quais as ideias correspondentes são cópias exatas;
Qualidades secundárias – são as possíveis combinações de ideias, sendo em parte subjetiva, de modo que as ideias delas não correspondam exatamente aos objetos (cor, sabor, odor, etc.).
A mente, segundo Locke, tem tanto o poder de operar combinações entre as ideias simples formando ideias complexas, como o de separar as ideias umas das outras formando ideias gerais.

São três os tipos de ideias complexas:

1. Ideias de modo, que são afecções da substância;

2. Ideias de substância, nascidas do costume de se supor um substrato em que subsistem algumas ideias simples, e

3. Ideias de relações, que surgem do confronto que o intelecto institui entre as ideias.

Locke admite também a ideia geral de substância, obtida por abstração e não nega a existência de substâncias, mas sim a capacidade humana de ter ideias claras e distintas. Conforme Locke, a essência real seria a estrutura das coisas, mas nós conhecemos apenas a essência nominal, que consiste no conjunto de qualidades que deve ter para ser chamada com determinado nome. Assim, a abstração (que nos antigos era o meio pelo qual se alcançava a essência do ser) torna-se, em Locke, uma parcialização de outras ideias complexas: o geral e o universal não pertencem à existência das coisas, mas são invenções do próprio intelecto que se referem apenas aos sinais das coisas, sejam palavras ou ideias.

O conhecimento, então, consiste na percepção da conexão ou acordo (ou do desacordo e do contraste) entre nossas ideias.

Mais uma etapa superada...