terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Interessante...

Se você só pensa em sexo, aumente seu repertório com essas 9 curiosidades
Se você só pensa em sexo, aumente seu repertório com essas 9 curiosidades

É polêmico, todo mundo fala, todo mundo pensa, quase todo mundo faz. Saiba mais ainda a respeito de um dos assuntos preferidos de qualquer mesa de bar

Se você só pensa em sexo, aumente seu repertório com essas 9 curiosidades

Vamos ver se você é mesmo um sabichão e entende tudo quando o assunto é sexo – falar aquilo que todo mundo sabe é fácil. O tópico parece ser simples e, em alguns casos, até meio previsível, mas sempre tem uma coisinha ou outra que você pode descobrir a respeito do assunto mais popular do mundo. As informações a seguir só vão aumentar seu conhecimento a respeito de sexo e, convenhamos, isso sempre é uma coisa boa:

1 – Benefícios do sexo oral
Fonte da imagem: Reprodução/Bien

Você está cansado de saber que mulheres grávidas passam por um período bastante delicado no início da gestação, época em que costumam ter muitos enjoos, principalmente pela manhã. De acordo com o psicólogo Gordon Gallup, da Universidade do Estado de Nova York, em Albany, mulheres que ingerem o esperma de seus companheiros tendem a ter menos enjoo.

Gallup é especializado em competição reprodutiva e comportamento e acredita que as náuseas sentidas pela mãe podem significar que o corpo dela está tratando o material genético masculino como algo invasor. Segundo ele, ingerir o mesmo esperma que o corpo está negando seria uma forma de acabar com a rejeição. A prática do sexo oral pela manhã seria uma boa ideia às futuras mamães. Logicamente, a teoria de Gallup ainda não foi comprovada e novos testes precisam ser realizados. A escolha é de cada casal.

2 – Qual é a média?
Fonte da imagem: Reprodução/Shock-awe

Uma pesquisa realizada pela marca de preservativos Durex revelou que as pessoas fazem sexo em média 103 vezes por ano, o que equivale a 1,98 vezes por semana. A prática sexual tem muitos benefícios, incluindo aumento de energia e alívio no stress. O importante é usar métodos contraceptivos e preservativos caso você não esteja a fim de ter um filho ou, pior, contrair alguma doença sexualmente transmissível. Resolvendo essa questão e com camisinha em mãos, divirta-se!

3 – Adeus, desculpa da dor de cabeça
Fonte da imagem: Reprodução/Inside919

A dorzinha de cabeça sempre foi usada como desculpa por muitas pessoas por aí e, mesmo quando a dor era real, havia o medo de ela atrapalhar a relação. O fato é que o que ocorre é justamente o contrário: fazer sexo pode curar dores de cabeça, de acordo com o especialista Dr. Vincent Martin. Ele defende a ideia de que o aumento da serotonina, algo que ocorre durante a relação sexual, ajuda a diminuir as dores de cabeça.

Antes de sair por aí comemorando o fim das desculpas, é preciso que você saiba que essa não é uma regra. Nem todas as dores de cabeça são curadas com o aumento de serotonina – menos ainda se forem enxaquecas, que são as dores com mais intensidade. De qualquer forma, talvez você se divirta mais e gaste menos com a aspirina.

4 – Coceirinha tão boa quanto o sexo
Fonte da imagem: Reprodução/Telegraph

Você sabia que tem gente por aí dizendo que a sensação de tornozelos massageados é tão boa quanto a de fazer sexo? Bizarro, né? Mas tenha calma e, antes de começar a se coçar, continue a ler o texto, pois tem bastante coisa vindo por aí.

Pesquisadores da Carolina do Norte, nos EUA, usaram voluntários saudáveis que deveriam, primeiramente, coçar algumas partes do corpo: antebraço, tornozelo e costas. Para fazer isso, contudo, eles deveriam contar com uma planta alergênica conhecida como feijão-da-flórida. A intenção era justamente deixar a pele irritada.

As conclusões foram as de que o tornozelo foi a região com mais coceira e com maior prazer vindo por meio dessa coceira, mais ainda do que as costas, região mais bem conhecida por proporcionar prazer por pequenos arranhões.

5 – O comprimento do dedo
Fonte da imagem: Shutterstock

Você já reparou como as pessoas são engraçadas ou estranhas com relação às medidas e características de seus órgãos sexuais? No caso dos homens, então, é ainda pior: o tamanho do pé e a distância entre a ponta do dedo indicador e o polegar são frequentemente usados como referência nessa corrida maluca para ver quem tem o maior... Você sabe.

Se para você tamanho ainda é documento e réguas não existem, vamos a mais uma maneira de saber qual é o tamanho do pênis de um homem: a mão deve ficar esticada e, se os dedos anular e indicador forem incompatíveis, o pênis deve ser mais longo do que o de homens com os dedos mais posicionados no mesmo nível. E aí, meninos, vocês já conferiram seus dedos hoje?

6 – A cabeça masculina
Fonte da imagem: Reprodução/twodaymag

Você já deve ter ouvido que homens pensam em sexo a cada sete segundos, não é mesmo? Alguns estudos recentes apontam, contudo, que homens jovens têm pensamentos sobre sexo 18 vezes durante o dia – as mulheres pensam 10 vezes. Mas mais ainda do que sexo, a mente masculina pensa muito em comer e dormir.

7 – A cura
Fonte da imagem: Reprodução/djspleen

Essa é bem interessante: você sabia que os vibradores, brinquedinhos sexuais bastante populares atualmente, foram inventados para fins medicinais no século 19? Os médicos induziam orgasmos em suas pacientes para que elas tivessem seus sintomas de histeria diminuídos e, consequentemente, ficassem mais relaxadas e felizes. Há até um filme que fala sobre o assunto — você pode assistir ao trailer aqui.

8 – Falando em orgasmo...
Fonte da imagem: Reprodução/louisvilleacupunctureclinic

Desmond Morris é autor de um livro polêmico no qual defende a teoria de que o orgasmo feminino faz parte da seleção natural, sugerindo que a função do prazer não é apenas provocar interesse sexual, mas também deixar a mulher exausta a ponto de permanecer deitada para melhor receber o esperma de seu parceiro. Será mesmo?

9 – Comprimidinho azul
Fonte da imagem: Reprodução/Nadlanu

Parece que não há mais como negar: o Viagra está cada vez mais comum entre os homens já não tão jovens assim. Depois dos 40, 5% afirmam precisar de um empurrãozinho na hora H. Após os 65 anos, o percentual aumenta para 15 e pode chegar a 25.

Outro fato a respeito do sexo entre os mais maduros que você: 46% dos cinquentões afirmam fazer sexo uma vez por semana e – meninos, prestem atenção – 86% dos homens com mais de 50 afirmam que o sexo já não é tão cheio de pressão. Aparentemente, como muita coisa na vida, o sexo fica melhor com a idade.
http://www.megacurioso.com.br/sexo/40636-se-voce-so-pensa-em-sexo-aumente-seu-repertorio-com-essas-9-curiosidades.htm

História...

Revoltas, Guerras, conflitos e movimentos sociais no Brasil

   

Guerras e conflitos ocorrem no mundo todo como resultado de confronto sujeito a interesses entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados.

No geral, as causas destes confrontos são complexas, são resultantes de um processo histórico, político, étnico ou religioso e cada vez mais culturais, e ocorrem normalmente por questões de invasão e ocupação de territórios ou questões envolvendo as riquezas e a   delimitação de fronteiras.

Atualmente, a maioria dos conflitos que ocorrem no mundo tem origem interna, ou seja, é decorrente de guerras civis ou da luta entre forças militares e movimentos rebelde ou separatistas.

Guerra dos Canudos



A chamada Guerra de Canudos, revolução de Canudos ou insurreição de Canudos, foi o confronto entre um movimento popular de fundo sócio-religioso e o Exército da República, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.


O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época, historicamente caracterizada pela presença de latifúndios improdutivos, situação essa agravada pela ocorrência de secas cíclicas, de desemprego crônico; pela crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.


Inicialmente, em Canudos, os sertanejos não contestavam o regime republicano recém-adotado no país; houve apenas mobilizações esporádicas contra a municipalização da cobrança de impostos. A imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com uma nova cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele novo local passaram a acusá-los disso, ganhando, desse modo, o apoio da opinião pública do país para justificar a guerra movida contra o arraial de Canudos e os seus habitantes.


Aos poucos, construiu-se em torno de Antônio Conselheiro e seus adeptos uma imagem equivocada de que todos eram "perigosos monarquistas" a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar no país o regime imperial, devido, entre outros ao fato de o Exército Brasileiro sair derrotado em três expedições, incluindo uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, também conhecido como "corta-cabeças" pela fama de ter mandado executar mais de cem pessoas na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina, expedição que contou com mais de mil homens. A derrota das tropas do Exército nas primeiras expedições contra o povoado apavorou o país, e deu legitimidade para a perpetração deste massacre que culminou com a morte de mais de seis mil sertanejos. Todas as casas foram queimadas e destruídas.


Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século 18 às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.


A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais, os quais, diante da incapacidade dos poderes constituídos em debelá-los, conduziram a um conflito de maiores proporções.


Povoação de Canudos, Bahia, Brasil.



A figura de Antônio Conselheiro

Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro", nascido em Quixeramobim (CE) a 13 de março de 1830, de tradicional família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, fora comerciante, professor e advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral. Após a sua esposa tê-lo abandonado em favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se líder do arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que era um enviado de Deus para acabar com as diferenças sociais e com a cobrança de tributos. Acreditava ainda que a "República" (então recém-implantada no país) era a materialização do reino do "Anti-Cristo" na Terra, uma vez que o governo laico seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de forma violenta, a celebração do casamento civil, a separação entre Igreja e Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do mundo".


A escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e pelas estradas e sertões, grupos de ex-escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos sertanejos, essa gente paupérrima agrupou-se em torno do discurso do peregrino "Bom Jesus" (outro apelido de Conselheiro), que sobrevivia de esmolas, e viajava pelo Sertão.
O governo da República, recém-instalado, queria dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia presente pela cobrança de impostos. Para Conselheiro e para a maioria das pessoas que viviam nesta área, o mundo estava próximo do fim. Com estas idéias em mente, Conselheiro reunia em torno de si um grande número de seguidores que acreditavam que ele realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida.

Campanha militar

A primeira reação oficial do governo da Bahia deu-se em outubro de 1896, quando as autoridades de Juazeiro apelaram para o governo estadual baiano em busca de uma solução. Este, em novembro, mandou contra o arraial um destacamento policial de cem praças, sob o comando do tenente Manuel da Silva Pires Ferreira. Os conselheiristas, vindo ao encontro dos atacantes, surpreenderam a tropa em Uauá, em 21 de novembro, obrigando-a a se retirar com vários mortos. Enquanto aguardavam uma nova investida do governo, os jagunços fortificavam os acessos ao arraial.


Comandada pelo major Febrônio de Brito, em janeiro de 1897, depois de atravessar a serra de Cambaio, uma segunda expedição militar contra Canudos foi atacada no dia 18 e repelida com pesadas baixas pelos jagunços, que se abasteciam com as armas abandonadas ou tomadas à tropa. Os sertanejos mostravam grande coragem e habilidade militar, enquanto Antônio Conselheiro ocupava-se da esfera civil e religiosa.


Na capital do país, o governo federal ante este fato e a pressão de políticos florianistas que viam em Canudos um perigoso foco monarquista, assumiu a repressão, preparando a primeira expedição regular, cujo comando confiou ao coronel Antônio Moreira César. A notícia da chegada de tropas militares à região atraiu para lá grande número de pessoas, que partiam de várias áreas do Nordeste e iam em defesa do "homem Santo". Em 2 de março, depois de ter sofrido pesadas baixas, causadas pela guerra de guerrilhas na travessia das serras, a força, que inicialmente se compunha de 1.300 homens, assaltou o arraial. Moreira César foi mortalmente ferido e passou o comando para o coronel Pedro Nunes Batista Ferreira Tamarindo. Abalada, a expedição foi obrigada a retroceder. Entre os chefes militares sertanejos destacaram-se Pajeú, Pedrão, que depois comandou os conselheiristas na travessia de Cocorobó, Joaquim Macambira e João Abade, braço direito de Antônio Conselheiro, que comandou os jagunços em Uauá.


No Rio de Janeiro, a repercussão da derrota foi enorme, principalmente porque se atribuía ao Conselheiro a intenção de restaurar a monarquia. Jornais monarquistas foram empastelados e Gentil José de Castro, gerente de dois deles, assassinado. Em abril de 1897 então, providenciou-se a quarta e última expedição, sob o comando do general Artur Oscar de Andrade Guimarães, composta de duas colunas, comandadas pelos generais João da Silva Barbosa e Cláudio do Amaral Savaget, ambas com mais de quatro mil soldados equipados com as mais modernas armas da época. No decorrer da luta, o próprio ministro da Guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt, seguiu para o sertão baiano e se instalou em Monte Santo, base das operações.


O primeiro combate verificou-se em Cocorobó, em 25 de junho, com a coluna Savaget. No dia 27, depois de sofrerem perdas consideráveis, os atacantes chegaram a Canudos. Após várias batalhas, a tropa conseguiu dominar os jagunços, apertando o cerco sobre o arraial. Depois da morte de Conselheiro (supõe-se que em decorrência da desinteria), em 22 de setembro, parte da população de mulheres, crianças e idosos foi colocada à disposição das tropas federais, enquanto um último reduto resistia na praça central do povoado.


Em tal momento de rendição, há relatos de que foi instituída, suspeitadamente por oficiais de baixa patente do exército, o que se denominou de pena da "gravata vermelha" - execução sumária de prisioneiros já subjugados, que eram posicionados de joelhos e degolados. Estima-se que parte da população civil rendida, que ainda não havia sido dizimada pela fome e pelas doenças no arraial, e não somente os prisioneiros combatentes, tenha sido executada dessa forma por tropas federais, o que constituiu num dos maiores crimes já praticados em território brasileiro.


O arraial resistiu até 5 de outubro de 1897, quando morreram os quatro derradeiros defensores. O cadáver de Antônio Conselheiro foi exumado e a cabeça decepada a faca. No dia 6, quando o arraial foi arrasado e incendiado, o Exército registrou ter contado 5.200 casebres.


Consequências da Guerra dos Canudos

Antônio Conselheiro morto, na única foto conhecida.

O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação.

População sobrevivente do conflito em Canudos

Dica de filme e livro:  A Guerra de Canudos foi imortalizada por Euclides da Cunha na sua obra Os Sertões, publicada em 1902, e que inspirou Mario Vargas Llosa a escrever seu romance "A Guerra do Fim do Mundo", 1980. Além disso, a guerra inspirou muitos filmes, entre eles o de longa-metragem Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende, 1997.
http://www.sohistoria.com.br/ef2/canudos/p1.php

Viva a sabedoria...

Os Estoicos
   
Imperador Marco Aurélio - Um dos responsáveis pelo desenvolvimento do novo estoicismo 

O estoicismo tira seu nome do Pórtico (Stoa), local de Atenas em que se reuniam seus adeptos. Diferentemente do epicurismo, o estoicismo não está ligado a uma autoridade incontestável de um fundador. A doutrina estoica se constitui progressivamente pelas contribuições sucessivas dos três primeiros chefes da escola: Zenão de Cício (322 a.C. – 262 a.C.), que depois de ter sido discípulo de Crates, fundou a escola cerca de 300 a.C.; Cleanto de Assos (312-232) e Crisipo (227-204 a.C.). 

O estoicismo médio é representado essencialmente por Panécio (180-110) e Possidônio (135-51), que tiveram o grande mérito histórico de introduzir o estoicismo em Roma. O novo estoicismo se desenvolveu em Roma sob o império e está ligado a três grandes nomes: Sêneca (0-65 d.C.), Epitecto, um escravo, (50-125 d.C.) e o imperador Marco Aurélio (121-180).

A filosofia estoica é a primeira da história a considerar-se “sistemática”. A palavra sistema designava em grego a constituição de um organismo ou de uma cidade e foram os estoicos que a aplicaram pela primeira vez à filosofia, querendo significar que a sabedoria é um todo. Sua divisão em partes somente era possível fazer didaticamente, segundo as necessidades do ensino, mas com a condição de compreender que cada parte é solidária às outras e que o abandono de uma só delas provoca a ruína do conjunto.

Para o estoico, é preciso estar em consonância com a natureza para atingir a sabedoria. Assim, faz-se necessário entender que o único bem que existe é a retidão da vontade e o único mal, o vício. O que não é nem virtude nem vício é indiferente. Assim, a doença, a morte, a pobreza, a escravidão, por exemplo, não são males, são indiferentes porque o sábio é, por definição, feliz, mesmo no sofrimento. 

O mau é sempre infeliz, uma vez que aflige a si próprio, pelo seu vício. A experiência estoica consiste na tomada de consciência da situação trágica do homem condicionado pelo destino. Assim, não estamos absolutamente entregues e sem defesa aos acidentes da vida, aos revezes da fortuna, nem à doença e à morte, mas temos, e nada nos pode tirar isso, a vontade de fazer o bem, a vontade de agir de acordo com a razão.

Segundo o estoicismo, há uma oposição radical entre o que depende de nós e pode ser bom ou mau, porque objeto de nossa decisão, e o que não depende de nós, mas de causas exteriores, do destino, e é indiferente. Isto significa que:

É na conformação ao destino que está nossa liberdade e onde se pode exercer a escolha moral;
Na vontade de fazer o bem é que se encontra a nossa liberdade, a independência, a invulnerabilidade, o valor eminentemente estoico, a coerência consigo mesmo.

Não há diferença entre viver segundo a razão e segundo o destino, pois a mesma coisa não pode ser universal e constantemente agradar senão o que é moralmente direito.

A frase de Epiteto “não deseja que o que acontece aconteça como queres, mas queiras que o que acontece aconteça como acontece e serás feliz”. Isto significa que:

Não quer dizer que há um inconformismo indiferente, uma vez que tudo é determinado pelo destino;
Quer dizer que há uma indiferença que consiste em não fazer diferença, mas em querer, em amar mesmo, de modo igual, tudo o que é determinado pelo destino;
Não quer dizer que o estoico é indiferente porque não se pode saber se uma coisa é boa ou má;

Não quer dizer que há aí uma moral da indiferença.
Por isso, instituíram a teoria dos deveres, entendendo que:

É preciso agir segundo uma ação apropriada que em parte depende de nós, pois supõe uma intenção moral e em parte não depende;
O que importa no agir é a intenção moral e não o resultado;
A vida política e as demais atividades são apropriadas à natureza humana e têm um valor;

O filósofo deve orientar-se na incerteza da vida cotidiana ao propor-lhes escolhas razoáveis.

Quanto à física, os estoicos propõem:

Uma física da continuidade;
Há um princípio ativo que atua no universo (o pneuma = o sopro vital) que penetra o universo inteiro, tanto nas suas regiões sublunares como as celestes;
O pneuma age à maneira de um campo de forças que mantém juntas as partes do universo e que impede a sua dissipação no vazio infinito, assegurando de igual modo a individualidade de cada ser à sua maneira de uma alma;
Este pneuma, princípio de organização, quando encarado na sua realidade física, é o próprio Lógos universal;
O mundo não é governado por Deus, mas é ele próprio deus e o destino, que liga entre si os acontecimentos do universo, outro nome para Providência;
Nada acontece na natureza que seja contra a razão: a monstruosidade, a doença, o sofrimento, a morte, só aparentemente são males. O filósofo, capaz de unir o particular ao todo, reconhece que eles se inscrevem na ordem universal;
A física culmina com a teologia do deus cósmico;
A física tem um fundo ideológico: foi concebida em nome das necessidades de uma causa político-moral;

Não há nenhum outro mundo para além daquele em que vivemos. Só existe a realidade que se dá aos nossos olhos.
Assim, a física estoica concebe a ação física a partir da ação de um corpo que penetra em outro em sua plenitude, constituindo uma espécie de materialismo espiritual. O pneuma atravessa a matéria para animá-la e converte-se, no momento mesmo em que a atravessa, em puro espírito.
http://www.brasilescola.com/filosofia/os-estoicos.htm

Cultura...

Contra o pessimismo

Emir Sader

A crítica radical do mundo tem uma ampla avenida pela frente, mas isso também implica em riscos. Nunca a humanidade dispôs de tantos avanços técnicos e científicos para transformar o mundo conforme os sonhos humanistas, mas nunca se sentiu tão impotente diante de um mundo que parece funcionar por uma lógica absolutamente autônoma.

Entra governo, sai governo, as leis do mercado parecem dominar irreversivelmente o mundo, o estilo de vida norte-americano devasta espaços nunca antes alcançados – seja na China ou na periferia das grandes metrópoles do sul do mundo –, a Europa consolida uma hegemonia conservadora, parece não surgir um bloco de forças que se enfrente aos poder imperial dos EUA.

Tudo parece empurrar-nos para o pessimismo. A crise da URSS não deu lugar a um socialismo superador dos problemas desse modelo e, ao contrário, disseminou o neoliberalismo nas terras de Lênin. O capitalismo abandonou seu modelo keynesiano por um modelo de extensão inaudita da mercantilização de todos os rincões do mundo. Podemos perguntar-nos se vivemos um período de derrotas e retrocessos tão grandes como o que se viveu a partir dos anos 20, caracterizado por contra-revoluções de massas e por derrotas estratégicas dos projetos revolucionários.

Nos anos 20, diante da ascensão fulminante do fascismo e do nazismo e da consolidação do stalinismo nos partidos comunistas, Adorno e seus companheiros da Escola de Frankfurt aderiram a um pessimismo melancólico. Aprofundaram suas análises sobre as raízes da virada conservadora no mundo, dando especial destaque às tendências autoritárias na personalidade das pessoas. Wilhelm Reich concentrava essa tendência na impotência da pequena burguesia, enquanto Lênin havia apontado para a aparição e consolidação de uma aristocracia operária no seio da classe trabalhadora dos países centrais do capitalismo.

A diferença entre a crítica realista das condições concretas que a esquerda tinha de enfrentar, bloqueada melancolicamente pelo pessimismo e a responsabilidade de buscar alternativas, de decifrar os espaços de acumulação de forças que pudessem reverter, é o que diferencia os enfoque de Adorno e de Gramsci.

Este notabilizou-se pela frase “pessimismo da razão, otimismo da vontade”. Mas não se tratava apenas de agregar um estado de espírito de esperança – de “otimismo” – a uma situação sem saída, em que o bloqueio interno à esquerda – do stalinismo – e externo – dos fascismos – condenava a esquerda à imobilidade ou às visões de denúncia e de testemunha.

Assumindo-se não como intelectual revolucionário – ao estilo dos que seriam chamados de “marxistas ocidentais” –, mas com a responsabilidade de dirigente revolucionário ao estilo das gerações anteriores dele, que necessariamente envolviam a capacidade intelectual de elaboração (Nova: Ver: Anderson, Perry, “Considerações sobre o marxismo ocidental”, Boitempo Editorial, São Paulo, 2004). Responsabilidade que obrigava a captar a realidade concreta, incluindo suas contradições, essenciais para definir os elos mais fortes e mais fracos de cada campo, para poder desembocar nos espaços mais favoráveis à acumulação de forças a fim de reverter as condições desfavoráveis.

As análises que não desembocam nessa direção terão deixado de captar as contradições vivas da realidade, tendendo a se manter em visões descritivas, com os riscos do funcionalismo. Costumam destacar aspectos da realidade e absolutizá-los, ou pelo menos tirá-los de contexto e, principalmente, não dando conta da totalidade do fenômeno, com a contradição como seu motor.

A crítica, simplesmente, não remete à prática, resigna-se a uma visão externa ao objeto analisado. A crítica sempre foi, para o marxismo, para a dialética, uma forma de limpeza de campo de concepções que refletem de forma parcial ou completamente equivocada a realidade, não para deter-se aí, mas para incorporar seus elementos de verdade, negá-los nas suas inverdades e poder, assim, estar em condições de superá-las.

A crítica sem a prática superadora correspondente leva à inação, ao pessimismo, à desmobilização e, no limite, à desmoralização.
 http://www.outrobrasil.net/

Entendendo...

União Homoafetiva em debate no Brasil
A aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo, união homoafetiva, é uma conquista importante no sentido de ampliar as garantias patrimoniais entre os homossexuais que vivem em união estável; uma vez que cabe ao sistema jurídico garantir a igualdade de direitos entre os cidadãos sem fazer ac
  
A união homoafetiva já é uma realidade no Brasil

Recentemente no Brasil, o Supremo Tribunal Federal aprovou a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Várias polêmicas vieram à tona transcendendo a discussão sobre casamento homossexual e preconceito, convidando também à reflexão sobre liberdade de expressão religiosa. 

Segundo dados do IBGE, no Brasil existem mais de 60 mil casais homossexuais, número este considerável e que pode ser muito maior ao se considerar aqueles que omitiram sua orientação sexual em razão do preconceito que enfrentam no dia a dia. 

Dessa forma, do ponto de vista jurídico, esta lei vem ao encontro dos interesses de um grupo social, o qual tem sua representatividade na sociedade e por isso deve ter suas demandas e direitos assegurados pela lei. Afinal de contas, como se sabe, cabe ao sistema jurídico, pelo menos em tese, garantir a igualdade de direitos entre os cidadãos sem fazer acepção de quaisquer características ou peculiaridades existentes e, neste caso, sem se considerar a sexualidade.

Essa decisão é uma conquista importante no sentido de ampliar as garantias patrimoniais entre os homossexuais que vivem em união estável, os quais, em caso de morte do companheiro ou companheira, poderão, com a aprovação desta lei, usufruir legalmente de sua herança, assim como já ocorre com todos os casais heterossexuais desde sempre. 

Dessa forma, colocando a questão dos direitos sobre patrimônio como o ponto central da discussão em torno desta lei, pode-se falar que a decisão do STF não proporciona uma mudança radical na organização da sociedade brasileira, pois não há restrições legais para que pessoas do mesmo sexo não tenham um relacionamento afetivo, nem mesmo para que não morem juntas. 

A constituição destas uniões já existe. Em outras palavras, esta decisão do poder judiciário não traz a união homoafetiva como algo novo, mas sim garante sua legalização e direitos outrora cerceados aos casais homossexuais brasileiros.

Em todas as sociedades e ao longo de toda a história da humanidade a relação homoafetiva esteve presente, variando, obviamente, conforme o nível de aceitação social do ponto de vista da cultura, tornando-se algo público ou não. É preciso considerar que os códigos morais e valores são construídos histórica e socialmente, e que por isso se a homossexualidade sempre existiu, por outro lado nem sempre foi tratada da mesma forma. 

Ainda que se esteja nas primeiras décadas do século XXI e que progressos tenham ocorrido em relação à defesa da integridade humana, a questão da tolerância com relação às minorias (mulheres, negros, homossexuais, entre outros grupos) parece não estar resolvida, fato que se comprova nas ocorrências relatas pelo noticiário, como as agressões contra homossexuais em locais públicos, como na famosa Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. 

No Brasil, ao mesmo tempo em que se aprova uma lei para defesa da mulher, como a lei “Maria da Penha”, também se faz presente um forte preconceito e violência contra homossexuais. Dessa forma, em uma sociedade tão repleta de contradições, não se poderia esperar outra situação do que uma forte divisão entre opiniões “contra” ou a “favor” da discussão suscitada pelo STF.

Considerando-se o estigma que a homossexualidade carrega na sociedade brasileira, não houve consenso na opinião pública com relação a tal lei. Além disso, considerando-se também que esta questão toca a fronteira da religiosidade das pessoas, reverberam-se discursos diversos, os quais, em nome de outros valores que consideram “morais”, esvaziam a defesa da igualdade e da liberdade (fundamentais na moral ocidental) entre os indivíduos, independentemente de sua sexualidade. 

Dessa forma, pode-se entender que é dever do Estado criar mecanismos para preservação da dignidade humana, a qual não diz respeito apenas a gênero ou orientação sexual, mas sim ao homem enquanto ser autônomo e emancipado.

Na esteira do debate sobre a legalização da união homoafetiva, tem-se também discutido a criminalização da homofobia, isto é, tornar-se crime a manifestação de preconceito contra homossexual. 

Mas se a intenção em promover a discussão é boa, por outro lado, a forma como vem sendo colocada e defendida por aqueles que se dizem favoráveis à criminalização da homofobia parece embocar numa contradição que também tem levantado polêmicas. 

Em nome da defesa da diversidade sexual, cogita-se em tornar crime, por exemplo, a fala e a manifestação pública de religiosos que pregam a inconformidade do homossexualismo com suas convicções religiosas e doutrinárias. Em outras palavras, religiões como o cristianismo (evangélicos, católicos, entre outros) teriam seus líderes e fiéis cometendo crime ao mencionarem que reprovam a homossexualidade e atos como casamentos homoafetivos conforme suas fundamentações, que consideram sagradas.

Intelectuais, a mídia, e a opinião pública de maneira geral, apontam que esta seria uma das maiores polêmicas, pois, em nome de uma liberdade (da opção sexual), estar-se-ia, num primeiro momento, cerceando-se outra (a da liberdade religiosa). 

Assim, se por um lado a legalização da união homoafetiva e a criminalização da homofobia podem ser um avanço numa sociedade que busca construir uma tolerância com a diversidade (no sentido mais amplo da palavra), por outro pode desencadear (mesmo que esta não seja a intenção) um retrocesso no tocante às garantias de liberdade de expressão e de escolha religiosa. Se a pluralidade das escolhas sexuais deve ser respeitada, não de outro modo devem ser consideradas as expressões religiosas. Impedir que pastores, padres ou quaisquer religiosos confessem sua fé conforme os ensinamentos de sua doutrina parece indicar ser também uma forma de afrontar a liberdade, mais especificamente a liberdade de expressão religiosa.

Neste debate é preciso levar em conta ser consenso que a apologia à agressão física ou psicológica como expressões da homofobia, assim como ao preconceito por si só, devem ser expressamente repudiados. É preciso considerar que a própria essência de religiões como o cristianismo parte do princípio da defesa da vida, do homem, do acolhimento, da tolerância e da paz e, dessa forma, aquele que se considera cristão estaria em contradição com sua própria fé ao defender a violência contra o homossexual. 

Dessa forma, seria preciso deixar clara a fronteira entre discursos homofóbicos que defendam a violência (física ou psíquica) e outros que apenas desconsideram, embasados em sua religião, a naturalidade da homossexualidade.

Se existe o entendimento da necessidade de um Estado laico para garantir a democracia e o direito, a interferência do sistema jurídico na esfera religiosa parece ser uma ideia fora do lugar. Se a liberdade à escolha da sexualidade, bem como a integridade daquele que se reconhece como homossexual, devem ser garantidas, da mesma forma as liberdades de expressão e de religião devem ser asseguradas por lei.

A discussão, a polêmica e o debate propriamente dito fazem parte da vida em sociedade e, além disso, são positivos quando objetivam buscar consensos em nome da tolerância da coesão social. Por outro lado, a imposição de ideias e posicionamentos (em uma ou outra direção), ainda que sejam em nome de uma “causa nobre”, seguem na contramão das liberdades e da construção de um tecido social democrático e tolerante com as diversidades, sejam sexual ou religiosa.
http://www.brasilescola.com/sociologia/uniao-homoafetiva-debate-no-brasil.htm

Curiosidade...

Por que gagos conseguem cantar sem gaguejar?

A gagueira pode se manifestar tanto em meninos como em meninas

Inúmeras pessoas são gagas e sentem certa dificuldade em se comunicar verbalmente. As brincadeiras feitas em cima dessa falha são diversas, muitas chegam a constranger o indivíduo.

A medicina trata a gagueira como uma disfemia (alteração da pronúncia das palavras sem lesões do aparelho fonador). Sua característica principal é a de fazer com que o indivíduo repita sílabas e/ou de que faça longas pausas ao pronunciar palavras. Fato que normalmente não acontece quando um gago canta, já que nosso cérebro processa a fala e o canto de maneiras diferentes. 

O processo da fala envolve a tradução de pensamento lingüístico dentro do tempo ótimo de rapidez lingüística, cuja linguagem oral se faz necessária para que as praxias envolvidas na articulação da linguagem ocorram de forma sincrônica e apropriada. Essa habilidade do processamento de segmentação temporal no cérebro do gago é afetada. A definição da gagueira não é tão simples, pois são diversas as teorias que tentam explicá-la, entre elas se destaca a de Bloodstein; a gagueira é o resultado da reação de luta interior do indivíduo que fala.

Existem três tipos de gagueira: Hereditária, Afásica, Bilíngüe, Tônica do Atraso de Linguagem e a Esquizóide. O gago pode cantar sem quaisquer dificuldades devido ao canto não possuir uma fala auto-expressiva (aquela que não precisa ser trabalhada antes de pronunciada), pois o ritmo e a letra da música já existem, restando apenas a interpretação para o gago, assim ele não terá que processar a fala para cantar.

A gagueira é tratada de diferentes formas na fonoaudiologia, dessa forma, dar sustos ou qualquer outra coisa do gênero em uma pessoa gaga não irá curá-la. Somente um profissional pode ministrar tratamentos para a gagueira, pois ele é capacitado a ajudar a controlar e até mesmo a curar a gagueira, dependendo do caso.

Existem muitos gagos que são famosos, dentre eles destacamos: Aristóteles, Charles Darwin, Marylin Monroe, Napoleão Bonaparte, Nelson Gonçalves, Machado de Assis.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/por-que-gagos-conseguem-cantar-sem-gaguejar.htm

Piada...

Dois amigos se encontram depois de muitos anos. Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens. E as crianças? O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu. Então ficaram com a mãe? Não, ficaram com nosso advogado.
http://www.piadasnet.com/piadas-curtas.htm

Mais uma etapa superada...