segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Refletir...














"Quanto mais longa a explicação, maior a mentira."(Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/7/

Língua afiada...












PEGADINHA GRAMATICAL
Numeral

O numeral integra uma das dez classes de palavras, constituído de funções e particularidades próprias.

Numeral se classifica como o termo que indica, entre outros fatores, um número exato de coisas, seres ou conceitos.


Uma, duas, três, enfim, diversas seções com as quais você tem a oportunidade de se deparar, que, enfatizando acerca de vários aspectos relacionados à língua, contribuem para que você se torne o triplo mais competente, em termos de competência linguística, do que possuía antes de clicar e conferir.

Você percebeu? Ora, NÚMEROS, eles mesmos! Somente em breves linhas conseguimos detectar a recorrência desta, que é considerada, entre as muitas outras, uma classe gramatical de significativa importância, e isso se deve ao fato de que além de assim se conceber, o numeral compartilha as diversas circunstâncias comunicativas que norteiam o nosso cotidiano linguístico.

Em face, pois, dessa recorrência, sejam cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários, multiplicativos, não importa. O importante é que por meio desta seção você terá a oportunidade de estabelecer um pouco mais de familiaridade com os aspectos que delineiam o numeral. Entre eles as flexões, tal como ocorre com as demais classes de palavras, ou classe gramaticais, como preferir.

Nesse sentido, acesse a primeira, a segunda, a terceira, ora, quantas seções forem necessárias. Assim, tenha certeza de que um  do seu conhecimento, ou talvez mais que isso, será efetivamente ampliado. Por isso, ocupe-se em “gastar” o seu precioso tempo clicando aqui, pois por meio desta seção você poderá conferir informações dupla, triplamente importantes que, com certeza, poderão fazer toda a diferença!!!

http://www.brasilescola.com/gramatica/numeral.htm

Interessante

4 acidentes bizarros e incríveis sobreviventes


Conheça a história de pessoas que passaram por situações mortais que parecem saídas de desenhos animados

4 acidentes bizarros e seus incríveis sobreviventes


Já aconteceu de você estar assistindo a um desenho animado — como o do Papa-Léguas, por exemplo — e se perguntar como seria se algum dos acidentes vividos pelos personagens acontecesse na vida real? Pois a seguir você vai conhecer a história de quatro pessoas que passaram por situações extraordinárias e — por incrível que pareça — sobreviveram para contar! Confira:

1 – Bebê voador
Fonte da imagem: Reprodução/BBC

Vai dizer que a seguinte cena não parece saída de um desenho: um bebê cai do sexto andar de um prédio, aterrissa sobre o toldo fofo de um café, de onde ele quica para cair nos braços de um médico que passava pela rua. Parece mentira, não é mesmo? Mas essa história aconteceu na França em 2010, e o médico-herói viu quando o garotinho de 18 meses se aproximou da janela e, intuindo uma desgraça, ficou a postos para salvar a criança.

2 – Queda livre
Tudo bem que as histórias de pessoas que saltam de paraquedas, se espatifam no chão e sobrevivem não são completamente inéditas, mas a que você vai “ver” agora parece mentira. O personagem foi um instrutor de paraquedismo britânico que, enquanto caia de uma altura de mais de 4 mil metros e a 160 quilômetros por hora e descobre que o paraquedas falhou, gravou toda a ação com a câmera presa ao capacete! Veja:



Imagine o pavor do pobre coitado, que inclusive diz para a câmera “Que droga! Estou morto. Adeus.” Enquanto vê o chão se aproximando! O salto ocorreu em 2007, e Michael Holmes — o paraquedista —, milagrosamente caiu sobre uns arbustos e foi hospitalizado com um tornozelo quebrado e um pulmão perfurado.

3 – Picolé humano
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph

Não é preciso ser muito entendido em esportes radicais para saber que atividades aéreas — como o balonismo ou a asa-delta — não devem ser praticadas quando existem tempestades por perto. Pois em 2007, a corajosa alemã Ewa Wisnerska decidiu saltar de paraglider mesmo sabendo que as condições meteorológicas não eram muito estáveis, e foi empurrada por uma corrente de ar ascendente a quase 10 mil metros de altura em apenas 15 minutos.

Só para que você tenha uma ideia, o Monte Everest mede pouco mais de 8,8 mil metros, e nessas altitudes o oxigênio é superescasso e as temperaturas congelantes, chagando a – 50 °C. Quando a alemã foi levada tão alto — a uma velocidade de 20 metros por segundo —, seu corpo ficou coberto de gelo e ela perdeu a consciência.

Por milagre, Ewa acordou cerca de 45 minutos mais tarde, quando já estava a 6.900 metros de altitude, pousando em segurança a 65 quilômetros do ponto de onde havia partido. Embora tenha sobrevivido — outro paraglider foi pego pela mesma tempestade e não teve a mesma sorte —, a alemã quase perdeu as orelhas e sofreu graves queimaduras por congelamento.

4 – Homem-bexiga
Fonte da imagem: Reprodução/3 News

Um caminhoneiro chamado Steven McCormack escorregou enquanto fazia a manutenção de seu veículo, caindo com a nádega esquerda sobre uma das válvulas de ar comprimido que fazia parte do mecanismo de freio de seu caminhão. Assim que caiu, o ar — comprimido a 100 libras por polegada quadrada — começou a ser injetado no corpo de McCormack.

O caminhoneiro foi inflando como se fosse uma bexiga, pois, com a grande quantidade de ar penetrando tão rapidamente o corpo de McCormack, a pressão foi separando a musculatura da gordura, e o homem ficou duas vezes maior do que o normal. Alguns colegas do caminhoneiro ouviram seus gritos e conseguiram cortar o fornecimento de ar, mas o acidente quase matou o homem, que teve seus órgãos internos pressionados durante o acidente.

A dor, como você deve imaginar, era terrível, mas, McCormack estava tão inchado que os paramédicos que o socorreram não conseguiram sequer aplicar qualquer injeção. O pobre homem demorou três dias para voltar ao tamanho normal, depois de ir expulsando o ar pelo traseiro. Este acidente é bem comum em desenhos animados, mas com humanos é provável que o caso de McCormack seja o único registrado na História!
http://www.megacurioso.com.br/Acidentes-Estranhos/41994-4-acidentes-bizarros-e-seus-incriveis-sobreviventes.htm

História...

Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul no século 19. Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o confronto, que destruiu a economia e a população paraguaias.

É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na Argentina e Uruguai e de Guerra Grande, no Paraguai.

A Batalha do Riachuelo, um dos mais sangrentos episódios da Guerra do Paraguai.- óleo de Vítor Meireles

A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início  em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 

Francisco Solano López, ditador do Paraguai.

Causas

Desde a independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López.

Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.

Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.


Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

As batalhas da Guerra do Paraguai

A guerra do Paraguai durou seis anos, período durante o qual travaram-se várias batalhas. As forças militares brasileiras, chefiadas pelo Almirante Barroso, venceram a batalha do Riachuelo, libertando o Rio Grande do Sul. Em maio de 1866, ocorreu a batalha de Tuiuti, que deixou um saldo de 10 mil mortos, com nova vitória das tropas brasileiras.

Em setembro, porém, os paraguaios derrotam as tropas brasileiras na batalha de Curupaiti. Desentendimentos entre os comandantes militares argentinos e brasileiros levaram o imperador Dom Pedro II a nomear Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias, para o comando geral das tropas brasileiras. Ainda assim, em 1867, a Argentina e o Uruguai se retiram da guerra. Ao lado de Caxias, outro militar brasileiro que se destacou na campanha do Paraguai foi o general Manuel Luís Osório.

Sob o comando supremo de Caxias, o exército brasileiro foi reorganizado, inclusive com a obtenção de armamentos e suprimentos, o que aumentou a eficiência das operações militares. Fortalecido e sob inteiro comando de Caxias, as tropas brasileiras venceram sucessivas batalhas, decisivas para a derrota do Paraguai. Destacam-se as de Humaitá, Itororó, Avaí, Angostura e Lomas Valentinas.

Vitória brasileira

No início de 1869, o exército brasileiro tomou Assunção, capital do Paraguai. A guerra chegou ao fim em março 1870, com a Campanha das Cordilheiras. Foi travada a batalha de Cerro Corá, ocasião em que o ditador Solano López foi perseguido e morto.

Vale lembrar que, a essa altura, Caxias considerava a continuidade da ofensiva brasileira uma carnificina e demitiu-se do comando do exército, que passou ao conde d'Eu, marido da princesa Isabel. A ele coube conduzir as últimas operações.

Conseqüências da guerra

Para o Paraguai, a derrota na guerra foi desastrosa. O conflito havia levado à morte cerca de 80% da população do país, na sua maioria homens. A indústria nascente foi arrasada e, com isso, o país voltou a dedicar-se quase que exclusivamente à produção agrícola.

A guerra também gerou um custoso endividamento do Paraguai com o Brasil. Essa dívida foi perdoada por Getúlio Vargas, quase meio século depois. Mas os encargos da guerra e as necessidades de recursos financeiros levaram o país à dependência de capitais estrangeiros.

A Guerra do Paraguai também afetou o Brasil. Economicamente, o conflito gerou muitos encargos e dívidas que só puderam ser sanados com empréstimos estrangeiros, o que fez aumentar nossa dependência em relação às grandes potências da época (principalmente a Inglaterra) e a dívida externa. Não obstante, o conflito armado provocou a modernização e o fortalecimento institucional do Exército brasileiro.

Com a maioria de seus oficiais comandantes provenientes da classe média urbana, e seus soldados recrutados entre a população pobre e os escravos, o exército brasileiro tornou-se uma força política importante, apoiando os movimentos republicanos e abolicionistas que levaram ao fim do regime monárquico no Brasil.

http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerraparaguai/p1.php

Viva a sabedoria...

Os Gêneros Supremos e o entrelaçamento das Ideias no Sofista de Platão

Em O Sofista, de Platão, o autor discute temas como os gêneros supremos e o entrelaçamento das ideias.

Os gêneros supremos e o entrelaçamento das ideias, são temas retratados no Sofista de Platão 

A alma, como dýnamis ativa, tem uma relação puramente lógica e não implica uma alteração real. O estado ontológico das Ideias é o repouso, mas não um repouso que exclua essa relação lógica com a inteligência.

Há, pois, o ser como totalidade e, distinto do movimento e do repouso, inclui os dois, aliando o aspecto estático ao dinâmico do real numa síntese superior e, desse modo, salvando a possibilidade da ciência e a unidade de seu objeto. Resta agora inserir o não ser e o erro no discurso e fazer emergir o objeto da ciência, isto é, o Verdadeiro que se distingue da arte ilusionista do sofista.

Se não há nem mobilismo nem imobilismo universais, é preciso estabelecer se é possível a comunhão das Ideias para que a predicação permita uma forma diferente da tautológica. Há, portanto, três hipóteses:

- Em primeiro lugar, se é impossível que as Ideias se associem, então nada possui com nada, possibilidade alguma de comunhão sob qualquer relação e, assim, o movimento e repouso não existiriam porque não poderiam participar do ser.

- Em segundo lugar, se tudo se associa com tudo então o próprio movimento se tornaria repouso e vice-versa.

Mas se há algo que se presta à mútua associação e algo que não se presta, significa que há uma razão ou ordenamento que permita ou regule tais associações. Por exemplo, as letras. Entre elas há acordo e desacordo. As vogais, que são diferentes das consoantes, são como um vínculo entre todas, impedindo que as consoantes se combinem sem elas. 

Também os tons, graves e agudos, têm que ter uma lei que permita a combinação harmoniosa. No caso das letras, quem tem a ciência e pode transmiti-la àqueles ainda afastados da verdade é o gramático. Para os tons, o músico. Em ambos, há uma competência técnica. Quem não tem tal conhecimento é leigo e incompetente.

Entretanto, a lei que permite as associações foi extraída da própria noção de participação comum do movimento e do repouso no âmbito do ser. Enquanto que cada uma dessas Ideias, em si mesma, se identifica, ao mesmo tempo, se diversifica com relação às outras duas. Surgem, pois, novas determinações ideais que expressam a identidade e a alteridade. É o aparecimento do “mesmo” e do “outro” como ideias (juntamente com o “ser”, como lei da mútua participação), que revelará a estrutura das proposições afirmativas e negativas.

Ainda que o mesmo e o outro sejam predicados, do movimento ou do repouso, não se identificam com eles. Também se distinguem do ser porque se o ser fosse identidade não haveria a distinção entre movimento e repouso; e se fosse pura alteridade, que é essencialmente relação, o ser compreenderia em si o absoluto (identidade consigo mesmo) e o relativo. 

Elas são, assim, Ideias distintas e subsistentes. Todas as Ideias participam da Ideia do “mesmo”, enquanto são idênticas a si mesmas. Por outro lado, a Ideia do “outro” invade todas as Ideias, estabelecendo entre elas a relação fundamental de alteridade, pela qual se distinguem.

O “ser”, o “mesmo” e o “outro” apresentam-se, então, como determinações ideais, necessárias e suficientes, que definem o estatuto ontológico de toda a Ideia. Juntos, eles formam a primeira e mais fundamental articulação da realidade inteligível, uma primeira conexão que qualquer Ideia implica, quando afirmada como substância ou enquanto participa da ordem do ser. 

No movimento há a participação à Ideia de ser e o ser do movimento desdobra-se numa nova relação de participação, que é a identidade consigo mesmo; mas porque essa identidade não é uma identidade com o ser como tal, implica, para o movimento, uma distinção de ser entre os seres. Enquanto distinto, cada ser (e, no caso, o movimento) é “outro” com respeito a todos os seres, dos quais distingue e é essa relação de alteridade, afirma Platão, que é uma relação real de “não ser”. 

Ela estabelece uma infinidade de não seres em relação ao ser, porém elimina o não ser como contrário do ser, que seria o nada eleático, o indizível, o impensável e se mostra como o “outro” do ser, de modo que o ser total apresenta-se como uma pluralidade ordenada e não como unidade indistinta. E a dialética, como ciência suprema, tem por objeto a comunhão ordenada das Ideias, discernindo no mundo ideal as unidades superiores e suas articulações naturais, de modo a conservar a cada forma sua identidade no interior das relações. Ela consiste na arte de bem dividir as unidades ideais complexas em simples, não tomando uma por outra, expressando essa relação num Lógos.

Se o lógos é a transcrição racional das Ideias, sua unidade é sempre, para Platão, uma unidade sintética. O lógos é proposição, é a relação mesma dos termos da proposição, que exprime a estrutura do real da forma e o dialético é o único capaz de divisar os nexos reais de inclusão, exclusão e dependência, que fazem do mundo das Ideias um mundo ordenado. 

Há dois processos para a realização da determinação da conexão, um ascendente e outro descendente. O primeiro refere-se à reunião e compreende “uma Ideia estendida completamente através de muitas outras, das quais cada uma permanece em si mesma isolada, e muitas outras que, distintas entre si, são envolvidas do exterior por uma Ideia única”. O segundo é a divisão que apreende “uma Ideia que, concentrada, embora em sua unidade, se estende por muitas totalidades, e uma pluralidade de Ideias totalmente isoladas”.

São esses os tipos de entrelaçamentos que a dialética deve discernir no mundo ideal e exprimir no discurso. O próprio fato da comunhão das Ideias, que se opõe à rígida unidade do ser eleático, é que torna possível o discurso. É ele que exprime um vínculo inteligível entre termos reais. Contudo, o lógos participa também do não ser, da relação de alteridade e o modo dessa participação pode distinguir nitidamente o discurso falso.

O lógos nada mais é do que a expressão oral do discurso ou diálogo interior da alma consigo mesma, isto é, o pensamento. Este procede sempre pela expressão de uma relação entre as ideias, quer seja pela afirmação, quer seja pela negação, que constituem a qualidade própria do ato judicativo, da opinião. 

Assim, o discurso refere-se sempre à realidade das Ideias e, nesse sentido, exprime sempre uma “significação acerca do ser” e os elementos que, como signos do pensamento, mostram no discurso a comunhão das Ideias são os signos verbais que devem estar presentes em toda proposição: o nome e o verbo. O primeiro designa um sujeito; o segundo exprime uma ação, sempre qualificada do sujeito.

Dessa forma, o lógos, participando do ser, obedece à lei geral que faz o ser participar do “não ser” como “outro”. O seu ser é a expressão do ser real ou um ser de significação. Ele tem, na ordem da significação, a mesma amplitude que o ser real tem na ordem da existência. E dentro do âmbito do ser, o não ser de um determinado discurso não será qualquer outro ser real, mas deve ser necessariamente um “não ser de significação”, ou significação de um outro ser ─ outro discurso exprimindo um entrelaçamento diverso. 

O problema consiste em discernir na extensão do lógos o ser de significação, que é o objetivo da dialética, pondo em evidência o não ser de significação que caracteriza o discurso falso.

A verdade e a falsidade são qualidades de um lógos com relação a um entrelaçamento entre Ideias que ele exprime que, porém, têm valências ontológicas diferentes. O lógos verdadeiro é signo da dialética, isto é, da expressão intelectual do ser, ou seja, da Ideia, que sempre aparece inserida numa trama de relações reais, segundo os esquemas de classificação e divisão. 

É a Ideia do ser que, implicada em toda proposição dialética, lhe confere a “forma” e opera, assim, a unidade da ciência. E o filósofo é aquele que em seus raciocínios aplica continuamente a Ideia do ser, que participa de todas as Ideias e essa participação implica necessariamente uma relação de alteridade. É assim que a dialética afirma, ao mesmo tempo, o ser e o não ser em suas proposições. 

Tal é o discurso verdadeiro: o ser como ele é, isto é, traduz no discurso a densidade de ser e não ser, de identidade e alteridade, que define a estrutura real de cada ideia. Cada discurso determinado (cada proposição) exprime determinado ser numa conexão determinada. A posição do ser implica sempre as relações de identidade e alteridade, ou é regida sempre pelos princípios de permanência e distinção. O juízo que a exprime pode assumir tanto a forma positiva como a negativa. 

Esta exprime o não ser (alteridade) da coisa, e não o “não ser” do lógos porque seu ser é propriamente um ser de significação e o que constitui propriamente a essência do erro é que o “não ser de significação” é afirmado como ser. O discurso falso quer dar ao “outro” a significação do idêntico, e ao não ser a significação do ser. O não ser não está nos termos da proposição falsa; ele está no nexo, na conjunção arbitrária de dois termos e, desse modo, só o juízo pode ser falso.
http://www.brasilescola.com/filosofia/os-generos-supremos-entrelacamento-das-ideias-no-sofista-platao.htm

Cultura...

A Outra América
Recém encerrado, o Fórum da Esquerda, que anualmente reúne nos EUA intelectuais e ativistas progressistas para discutir os problemas da atualidade política mundial, é a manifestação eloquente de uma América que procura aprender com o resto do mundo.

Boaventura de Sousa Santos

Acabo de participar em Nova York do Fórum da Esquerda, uma organização com longa tradição nos EUA e que anualmente reúne centenas de intelectuais e ativistas progressistas para discutir temas e problemas da atualidade política do país e do mundo. O que se discute em dois dias de intensos debates dá-nos uma imagem dos EUA muito diferente daquela que é veiculada pelos veículos de mídia internacionais.

Em vez da América arrogante e belicista, a América solidária e pacifista, apostada em pôr termo à guerra no Iraque e a todas as outras que os falcões de Washington estão já a preparar (incluindo a guerra nuclear). Em vez da América que dá lições de democracia ao mundo, a América ansiosa por aprender com as lutas que, noutras regiões do mundo, sobretudo na Europa, vão resistindo contra o aumento da desigualdade, a degradação e a privatização dos serviços públicos de saúde, educação e segurança social. Daí a forte presença de uma delegação dos sindicatos italianos, confiantes na vitória contra as alterações da idade de reforma e do regime de pensões propostas pelo Governo Prodi.

Em vez da América rica e viciada no consumo ostentatório, a América de mais de 40 milhões de pobres, a maior parte deles trabalhadores cujos salários de miséria não lhes permite viver acima da linha da pobreza, nem dispor de um seguro médico. E a América de muitos outros milhões para quem um acidente, uma doença ou a ameaça de desemprego os põe em risco permanente de deixar de poder pagar as hipotecas das casas e suportar os custos elevadíssimos dos seguros médicos privados (uma vez que a maioria dos novos empregos não inclui seguro médico).


Em vez da América opulenta da 5ª Avenida, as cidades devastadas pelo encerramento das fábricas, um furacão tão devastador em Flint, Michigan, quanto o Katrina em Nova Orleans. Em vez da América da igualdade de oportunidades, a América onde um quarto da população negra jovem está encarcerada e onde a discriminação racial continua a marcar a vida de milhões de negros e latinos.


Dada a hegemonia que, embora em declínio, os EUA ainda detêm no mundo contemporâneo, o Fórum da Esquerda é um sinal de esperança. Em primeiro lugar, porque, ao revelar-nos uma América plena de contradições, nos previne contra leituras simplistas, positivas ou negativas, deste grande país. Em segundo lugar, porque nos dá conta do fermento das lutas que estão a ser travadas para pôr termo à vertigem imperialista e belicista que tem dominado a Casa Branca nos últimos anos e aumentado a insegurança no mundo. E é animador verificar que essas lutas têm agora melhores condições de êxito do que antes.


É hoje evidente que a aliança entre o partido republicano e a direita radical religiosa (evangélica) está a colapsar, com o que se abrem novos espaços para as forças democráticas. Enquanto muitos não desistem de pressionar o partido democrático a abandonar o centrismo paralisante, outros continuam a lutar pela criação de um novo partido que represente os muitos milhões de cidadãos que se não revêem em qualquer dos dois partidos.


Outros ainda preferem centrar as suas energias nas lutas locais, nas cidades e nos bairros onde é possível construir formas mais transparentes e participativas da democracia e onde o orçamento participativo das cidades latino-americanas e europeias vai ganhando adeptos. O Fórum da Esquerda é a manifestação eloquente de uma América que deixou de ter confiança nas suas soluções e no seu excepcionalismo e procura agora, e a muito custo, aprender com o resto do mundo.

 http://www.outrobrasil.net/

Entendendo...

Videogames Violentos não Criam Assassinos

Os videogames matam? Será que a culpa da violência dos jovens na atualidade é por causa da excessiva quantidade de jogos eletrônicos violentos? Não está determinado ainda se videogames violentos conduzem crianças a comportamento sanguinário, mas um novo estudo concluiu que jogos de tiro não transformam garotos em assassinos. 

Karen Sterheimer, socióloga da Universidade de Southern Califórnia que pesquisa este assunto desde 1999, disse que culpar os videogames pela violência dos jovens é algo muito relevante e deixa de considerar outros fatores importantes que podem claramente influenciar no comportamento do jovem. 

"Uma sinfonia de eventos controla a violência", disse Sterheimer, que começou sua pesquisa depois que alguns especialistas atribuíram ao game "Doom" a culpa pelo ataque a tiros contra a Columbine High School, no Colorado, durante o qual dois alunos mataram 13 pessoas e depois se suicidaram no mesmo local, uma cena que chamou a atenção do mundo inteiro, e mais ainda ao saber que tais jovens eram viciados em jogos eletrônicos violentos. 

O artigo de Sterheimer, "Videogames matam?", será publicado pela revista Context, da Associação Sociológica Americana, no momento em que a União Européia vem estudando proibir certos jogos violentos e harmonizar as penalidades impostas por seus países membros a varejistas apanhados vendendo esses produtos a menores de idade. 

A pesquisa de Sterheimer, que envolve análise da cobertura jornalística e de estatísticas do FBI com relação ao crime juvenil, constatou que nos 10 anos posteriores ao lançamento de "Doom" - e muitos outros títulos de nome violento-, o índice de prisão de menores de idade por homicídios caiu 77 por cento nos Estados Unidos. 

"Se desejamos compreender por que os jovens se tornam homicidas, precisamos observar mais do que os jogos que eles jogam... (ou) perderemos algumas das mais importantes peças do quebra-cabeça", disse ela, mencionando violência na família e na comunidade, a alienação causada pela vida nos subúrbios e o menor envolvimento dos pais como outros possíveis fatores. 

Sterheimer disse que culpar os videogames inocenta o ambiente em que a criança foi criada e também remove a culpa dos criminosos. "O problema é complicado e merece mais que uma solução simples", afirmou. 
http://www.brasilescola.com/sociologia/videogames-violentos-nao-criam-assassinos.htm

Mais uma etapa superada...