terça-feira, 4 de março de 2014
Refletindo...
"Não tenha medo de crescer lentamente, tenha medo de ficar parado."
(Provérbio Chinês)
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Preposição
Preposição é a classe de palavras que liga
palavras entre si; é invariável; e estabelece relação de vários sentidos entre
as palavras que liga.
Sintaticamente, as preposições não exercem
propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de
ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:
• Complementos verbais: Obedeço “aos meus
pais”.
• Complementos nominais: continuo obediente
“aos meus pais”.
• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de
caráter”.
• Locuções adverbiais: Naquele momento agi
“com cuidado”.
• Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi
abordado por dois ladrões.
As preposições podem ser de dois tipos:
1. Preposição essencial: sempre funciona
como preposição.
Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob,
até...
2. Preposição acidental: palavra que, além
de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante,
tirante, fora, malgrado...
Locução prepositiva
Chamamos de locução prepositiva o conjunto
de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra
dessas locuções é sempre uma preposição.
Exemplos: por causa de, ao lado de, em
virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...
As preposições podem combinar-se com outras
classes gramaticais.
Exemplos: do (de + artigo o)
no (em + artigo o)
daqui (de + advérbio aqui)
daquele (de + o pronome
demonstrativo aquele)
Emprego das preposições
- as preposições podem estabelecer variadas
relações entre os termos que ligam.
Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação
de instrumento)
Estive com José (relação de companhia)
A criança arrebentava de felicidade (relação de causa)
O carro de Paulo é novo (relação de posse)
- as preposições podem vir unidas a outras
palavras.
Temos combinação quando na junção da
preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético.
Temos contração quando na junção da
preposição com outra palavra houver perda fonética.
Contração Combinação
Do (de + o) Ao
(a +o)
Dum (de + um) Aos (a + os)
Desta (de + esta) Aonde (a + onde)
No (em + o) Neste (em + este)
- a preposição a pode se fundir com outro a.
Essa fusão é indicada pelo acento grave ( `) e recebe o nome de crase.
Ex.: Vou à escola (a+a)
Interessante...
33
curiosidades que você provavelmente não sabe sobre o Oscar
Será que você entende de cinema e conhece
bem a maior premiação da sétima arte? Fique por dentro de tudo o que acontece
na principal noite de gala do mundo cinematográfico
Fonte da imagem: Shutterstock - Helga
Esteb
Se você já havia conferido a lista dos
indicados e estava mais do que ansioso para saber quais produções levariam para
casa as mais do que desejadas estatuetas douradas, certamente você não
desgrudou os olhos da televisão na noite de ontem.
A maior premiação do cinema celebrou na
última noite sua 86ª edição e elegeu “Gravidade” e “12 Anos de Escravidão” como
os melhores filmes do ano, além de premiar atores e atrizes por suas
performances e reconhecer o trabalho de toda a equipe técnica sem a qual não é possível
produzir um filme.
Mas, apesar de saber quem são os grandes
vencedores da noite de gala do cinema, será que você sabe mais curiosidades
sobre os bastidores do maior prêmio da sétima arte? Não?! Então não deixe de
conferir esses fatos curiosos e divertidos sobre o Oscar.
As estrelas
1) George Clooney é um dos únicos artistas
que já concorreu em diferentes categorias, como atuação, roteiro, produção e
direção.
2) A atuação mais curta digna de um Oscar
pertence à atriz Beatrice Straight que esteve em cena por apenas 5 minutos e 40
segundos no filme “Rede de Intrigas” (1976).
3) Enquanto Meryl Streep coleciona
indicações (18, no total), Katherine Hepburn é a atriz que mais faturou
estatuetas, levando quatro Oscar para casa.
Fonte da imagem: Getty Images
4) Walt Disney é o grande vencedor do maior
prêmio do cinema, tendo levado 26 estatuetas para casa. O cineasta também
conseguiu o feito de ser indicado ao prêmio por 22 anos consecutivos.
5) Somente dois atores ganharam o Oscar por
interpretar o mesmo personagem e foram Marlon Brando e Robert De Niro pelo
papel de Vito Corleone em “O Poderoso Chefão” (1972) e “O Poderoso Chefão II”
(1974), respectivamente.
6) Woody Allen é o diretor que reúne mais
indicações ao prêmio: são 16 na categoria Melhor Roteiro Original, sendo que
ele levou para casa apenas três Oscar.
7) A estrela mais jovem a conquistar o Oscar
é a atriz Tatum O’Neal, que foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante no filme
“Lua de Papel” (1973) quando tinha apenas dez anos.
8) Nem todos os indicados ao Oscar realmente
existem! A história da premiação conta com sete indicados falsos, número que
inclui a dupla Joel e Ethan Coen, que dirigiu o filme “Onde os Fracos Não Tem
Vez” (2007) sob o pseudônimo de Roderick Jaynes.
9) Oscar Hammerstein II foi o único homem a
ganhar o prêmio com seu nome pela canção The Last Time I Saw Paris do filme “Se
Você Fosse Sincera” (1941).
10) Em 1972, Marlon Brando recusou o prêmio
de Melhor Ator por sua participação em “O Poderoso Chefão” (1972). E, para deixar
claro seu descontentamento, ele enviou a índia Sacheen Littlefeather à
cerimônia como um protesto à maneira que a televisão e o cinema retratavam a
figura indígena.
As produções
11) Para poder concorrer ao Oscar de Melhor
Filme do ano, a produção precisa cumprir algumas exigências: ter mais de 40
minutos de duração, ter sido exibida por pelo menos uma semana em Los Angeles e
ter uma resolução de projeção de 2048x1080 pixels.
12) Os filmes mais premiados da história do
Oscar são “Ben-Hur” (1959), “Titanic” (1997) e “O Senhor dos Anéis: O Retorno
do Rei” (2003). Cada uma das produções faturou 11 estatuetas, sendo que “O
Senhor dos Anéis” conquistou todas as categorias em que havia sido indicado.
13) Os animais também têm vez, e o último
filme com um cachorro a ser premiado foi “O Discurso do Rei” (2010).
14) A produção mais longa da história a
levar um Oscar é o clássico “Guerra e Paz” (1968), que foi premiado na
categoria Melhor Filme Estrangeiro e tem mais de sete horas de duração.
15) “Avatar” (2009) é o filme com maior
orçamento da história a ganhar um Oscar. O valor total investido na produção
não foi confirmado, mas estima-se que seja cerca de 230 milhões de dólares.
16) A Itália é o país que domina a categoria
Melhor Filme Estrangeiro, com onze produções premiadas. Entre eles estão os
clássicos “Noites de Cabíria” (1957), “8½” (1963) e “Amarcord” (1973), de
Federico Fellini.
A noite de gala
Fonte da imagem: Getty Images
17) O discurso certamente é um dos momentos
mais emocionantes para os vencedores do Oscar, e talvez essa seja a explicação
para a atriz Gwyneth Paltrow ter dito “obrigada” 11 vezes e ter chorado diante
da plateia depois de ter ganhado a estatueta de ouro de Melhor Atriz por
“Shakespeare Apaixonado” em 1999.
18) O discurso mais longo do Oscar foi da
atriz Greer Garson, que levou sete minutos para agradecer a todos pelo prêmio
de Melhor Atriz Coadjuvante de 1934.
19) Entre os discursos mais duvidosos, a
cantora Cher (“O Feitiço da Lua”, 1987) agradeceu seu cabeleireiro, Roberto
Benigni (“A Vida é Bela”, 1997) agradeceu à “pobreza infantil” e Maureen
Stapleton (“Reds”, 1981) agradeceu a “todas as pessoas que eu já conheci na
minha vida inteira”.
20) Na festa que ocorre após a premiação –
que recebe o nome de Governors Ball –, são servidas 1,2 mil garrafas de
champagne, mil lagostas, 1,2 mil ostras e 18 quilos de caviar.
21) O responsável pelas sobremesas servidas
no baile usa 7 quilos de ouro comestível em pó para decorar as quatro mil
miniaturas de estatuetas de chocolate que são oferecidas anualmente na festa.
Um pouco de história
22) A primeira edição do Academy Awards –
que somente recentemente ganhou o nome de The Oscars – aconteceu em 16 de maio
de 1929.
23) Naquele ano, a entrada para a cerimônia,
que aconteceu no Hollywood Roosevelt Hotel, custava 5 dólares, o que
equivaleria a 65 dólares atualmente.
Fonte da imagem: Shutterstock - 360b
24) Na 61ª edição da premiação, que
aconteceu em 1989, a Academia decidiu alterar a expressão “E o vencedor é ...”
pela frase “E o Oscar vai para ...”.
25) Durante a Segunda Guerra Mundial, a
falta de fontes de metal fez com que as estatuetas entregues durante a
premiação fossem feitas de gesso. Anos depois, os Oscar foram substituídos
pelas tradicionais peças metálicas.
Os números do Oscar
26) Estima-se que cerca de 700 milhões de
pessoas tenham assistido à cerimônia de entrega do Oscar que aconteceu ontem
nos Estados Unidos.
27) O tapete vermelho estendido na entrada
do Dolby Theatre media mais de 150 metros de comprimento e 10 metros de
largura.
28) Cada estatueta entregue na noite de gala
tem um custo de fabricação de 500 dólares. Elas medem 34 centímetros e pesam
pouco mais de três quilos. 2.809 Oscars já foram entregues desde 1929.
29) Além de dar entrevistas e tirar centenas
de fotos, todos os vencedores do Oscar precisam assinar um termo para levar a
estátua para casa. Com isso, eles se comprometem a nunca vender a estatueta sem
antes oferecê-la de volta a Academia pela bagatela de um dólar! Se um artista
perder o prêmio, ele pode ser substituído por uma estatueta nova.
Fonte da imagem: Getty Images
30) Esse acordo vale somente para os prêmios
entregues depois de 1950. Um exemplo disso foi o ator Harold Russell que vendeu
em 1992 o Oscar conquistado em 1947 por sua atuação em “Os Melhores Anos de
Nossa Vida” (1946). Ele arrecadou 60,5 mil dólares para cobrir as despesas
médicas de sua esposa.
31) Das 55 estatuetas roubadas pelo
motorista Lawrence Ladente em 2000, 52 foram devolvidas pelo seu cúmplice, uma
foi recuperada em uma batida policial feita em Miami em 2003 e duas continuam
desaparecidas.
32) É preciso cerca de um mês para finalizar
as estatuetas que são entregues na noite da cerimônia. Os homens dourados são
moldados, polidos e finalizados pela Chicago’s R.S. Owens & Company.
33) A eleição dos melhores do ano é feita em
duas partes: primeiramente os membros da Academia votam de acordo com sua
especialidade, escolhendo cinco opções em ordem, além de eleger aquele que
consideram o melhor filme do ano. Na segunda etapa, os participantes votam em
todas as categorias a partir de cédulas que são enviadas pelo correio.
História...
Segunda
Guerra Mundial
Soldados
da Segunda Guerra
A Segunda Guerra Mundial, iniciada em
setembro de 1939, foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua
longa história. Envolveu setenta e duas nações e foi travada em todos os
continentes, de forma direta ou indiretamente. O número de mortos superou os
cinquenta milhões havendo ainda uns vinte e oito milhões de mutilados.
É difícil de calcular quantos outros milhões
saíram do conflito vivos, mas completamente inutilizados devido aos
traumatismos psíquicos a que foram submetidos (bombardeios aéreos, torturas,
fome e medo permanente). Outra de suas características, talvez a mais brutal,
foi a supressão da diferença entre aqueles que combatem no fronte e a população
civil na retaguarda. Essa guerra foi total. Nenhum dos envolvidos selecionou
seus objetivos militares excluindo os civis.
Atacar a retaguarda do inimigo, suas
cidades, suas indústrias, suas mulheres, crianças e velhos passou a fazer parte
daquilo que os estrategistas eufemisticamente classificavam como "guerra
psicológica" ou "guerra de desgaste". Naturalmente que a
evolução da aviação e das armas autopropulsadas permitiu-lhes que a antiga
separação entre linha de frente e retaguarda fosse suprimida.
Se a Primeira Guerra Mundial provocou um
custo de 208 bilhões de dólares, esta atingiu a impressionante cifra de 1
trilhão e 500 bilhões de dólares, quantia que, se investida no combate da
miséria humana a teria suprimido da face da terra. Aproximadamente 110 milhões
de homens e mulheres foram mobilizados, dos quais apenas 30% não sofreram morte
ou ferimento.
Como em nenhuma outra, o engenho humano foi
mobilizado integralmente para criar instrumentos cada vez mais mortíferos, sendo
empregados a bomba de fósforo, a napalm e finalmente a bomba política de
genocídio em massa, construindo-se campos especiais para tal fim. Com disse o
historiador R.A.C. Parker: "O conceito que a humanidade tinha de si mesmo,
nunca voltará a ser o mesmo".
Enfim a Liga das Nações, órgão instituído
para manter a paz entre as nações, não conseguiu cumprir o seu papel, e
esfacelou mediante a corrida militarista preparada pelas nações inconformadas
pela hegemonia política e militar exercida pelos vencedores da Primeira Guerra
Mundial. Sem possuir uma única razão, essa guerra foi consequência do
exacerbado desenvolvimento industrial das nações europeias. De certa forma,
levando em consideração suas especificidades, a Segunda Guerra parecia uma
continuidade dos problemas da Primeira Guerra.
Desta forma, a Segunda Guerra é considerada
como uma verdadeira guerra mundial, sendo uma consequência de um conjunto de
continuidades e questões mal resolvidas pelos tratados de paz estabelecidos
após a Primeira Guerra Mundial. Os confrontos foram divididos entre duas
grandes coalizões militares: os Aliados, liderados por Estados Unidos,
Inglaterra, França e União Soviética; e o Eixo, composto pela Itália, Alemanha
e Japão. Em consequência de suas maiores dimensões, os conflitos foram
desenvolvidos na Europa, Norte da África e países do Oceano Pacífico.
As guerras localizadas
As hostilidades começaram na Europa em 1º de
setembro de 1939, quando divisões nazistas entraram no território polonês. No
dia 3, a França e a Inglaterra declararam
guerra à Alemanha.
Utilizando-se de uma estratégia nova – a
blitzkrieg, “guerra-relâmpago” - , os alemães não tiveram dificuldade em vencer
os poloneses. Ao fim de duas semanas, a Polônia já estava derrotada. Em
seguida, os nazistas caminharam em direção à França, que foi dominada
rapidamente. Nesse meio tempo, caíram em poder dos alemães a Dinamarca, a
Bélgica, a Holanda e a Noruega.
Grande parte da França ficou sob domínio
alemão durante o conflito. Uma parcela da população resistiu aos nazistas,
principalmente os membros do partido Comunista Francês, no que ficou conhecido
como Resistência francesa.
Do território francês, a aviação alemã
começou a bombardear os ingleses,
causando sérios prejuízos materiais e humanos. A Força A[érea Britânica (RAF),
no entanto, conseguiu enfrentar os aviões nazistas e impediu que o território
inglês fosse invadido e ocupado.
A Itália tentou invadir a Grécia, mas suas
tropas foram derrotadas, obrigando o Exército alemão a enviar algumas divisões
para ajudar os fascistas.
Em 1941, ocorreu aquele que, para muitos historiadores, foi o grande erro
de Hitler: sem que a Inglaterra estivesse dominada, ele deu ordens para ativar
a Operação Barbarrossa, por meio da qual invadiria a União Soviética. Estava
rompido o pacto estabelecido com Stálin dois anos antes.
Enquanto os alemães conseguiam importantes
vitórias na Europa, na Ásia o Japão dava prosseguimento ao seu projeto
expansionista, invadindo a China e outras regiões no Pacífico. As rivalidades
imperialistas dos japoneses com os norte-americanos, que já vinham de longa
data, explodiram com intensidade. Em
dezembro de 1941, a base naval de Pearl Harbour, no Havaí, foi atacada pelos
japoneses, determinando a entrada dos Estados Unidos no conflito.
O Bombardeio à base de Pearl Harbor
ocasionou a entrada americana na II Guerra. O USS Arizona ardeu durante dois dias após o
ataque. Sobre os destroços, atualmente submersos em Pearl Harbor, foi
construído um memorial.
A Guerra Mundial 1941 – 1945
Com a entrada da União Soviética e dos
Estados Unidos e com a consolidação do Eixo Roma-Berlim-Tóquio, as duas guerras
localizadas fundiram-se em um só conflito, de caráter realmente mundial.
Em 1942, os países do Eixo conseguiram
vitórias expressivas. Lembre-se que eles já vinham se organizando há muito para
este conflito, enquanto Estados Unidos e a União Soviética ainda teriam que
dispor de tempo para se preparar adequadamente. Os japoneses continuaram sua
expansão vitoriosa, dominando a Indochina, a Malásia e atacando as Filipinas e
várias outras ilhas do Pacífico. Na União Soviética, a invasão alemã causou um
prejuízo violento. Tropas nazistas chegaram próximo a Moscou.
Em 1943, a sorte do Eixo começou a mudar. Os
Estados Unidos conseguiram as primeiras vitórias contra o Japão, enquanto a
União Soviética conseguia deter o avanço alemão em Stalingrado. A partir daí, o
Exército soviético passou a esmagar os nazistas, empurrando-os de volta a
Alemanha.
Em 1944, apesar de toda a violência dos
combates, já estava claro que o Eixo chegava ao seu limite máximo de
resistência e que teria cada vez mais dificuldades para continuar no conflito.
Ainda mais que, em junho desse mesmo ano, os norte-americanos e os ingleses
desembarcaram na França, e a Alemanha teve que dividir suas tropas em duas
frentes. Essa invasão foi considerada o Dia D, isto é, o dia decisivo da
guerra. De fato, trata-se mais de um mito do que uma verdade histórica, pois a
Alemanha sofreu suas grandes derrotas no lado oriental, ou seja, o maior
responsável pela vitória sobre o nazismo foi, o Exército soviético.
Desembarque das tropas aliadas na Normandia,
em junho de 1944, o chamado “Dia D”.
O
Brasil na Segunda Guerra
Neste ano também, o governo brasileiro enviou um corpo de soldados para lutar na
Itália contra os fascistas. Era a Força Expedicionária Brasileira (FEB) que,
apesar de pequena, deu sua colaboração para a vitória aliada. Em agosto de
1942, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália e a decisão de enviar as
tropas em 1944, além de atender a um pedido dos estados Unidos, deveu-se ao
torpedeamento de alguns navios brasileiros supostamente por submarinos alemães.
Em 1945, finalmente, a guerra terminou, com
a derrota do Eixo. Já no ano anterior a Itália se retirara do conflito.
Mussolini fora preso, mas os alemães conseguiram libertá-lo e ele tentou
reorganizar o governo. Em 1945, foi novamente preso e dessa vez fuzilado. Em
abril, a ocupação de Berlim levou Hitler e alguns de seus auxiliares a se
suicidarem. A Alemanha, em maio de 1945, estava invadida e ocupada pelos
soviéticos e pelos norte-americanos. Terminava definitivamente o conflito na
Europa.
Restava o Japão, cujo governo continuava a
estimular uma resistência que causava significativas baixas entre as tropas
norte-americanas. A resistência japonesa, a não aceitação de uma rendição
incondicional e o temor, por parte dos norte-americanos, de uma possível
participação soviética na derrota final do Japão levaram o governo Truman a apressar o
desfecho da guerra.
Nesse contexto, explica-se o lançamento de duas bombas
atômicas nos dias 6 e 9 de agosto, respectivamente nas cidades de Hiroshima e
Nagasaki. Seguiu-se a rendição incondicional do Japão, e o armistício foi
assinado em 1945. A guerra terminara, deixando um saldo terrível de cerca de 50
milhões de mortos, países completamente devastados e cidades “varridas” do
mapa.
Explosão da Bomba Atômica "Little
Boy" em 6 de Agosto de 1945, jogada
sobre Hiroshima. A primeira imagem registrada da explosão foi o “cogumelo atômico”.
Milhares de civis, crianças, jovens e idosos morreram instantaneamente.
A Europa, que já havia ficado enfraquecida
com a Primeira Guerra, viu sua situação se agravar, pois quem passava a deter a
hegemonia no mundo eram os Estados Unidos e a União Soviética.
Nos meses finais do conflito, já prevendo a
vitória, Roosevelt dos estados unidos, Churchill da Inglaterra e Stálin da
União Soviética começaram a discutir os rumos da política e da economia
mundiais.
As principais reuniões celebradas entre os
três líderes durante o conflito foram:
A Conferência de Teerã, em 1943. Os três se
comprometeram a continuar a luta até a derrota definitiva do Eixo; decidiu-se
que haveria a abertura de uma nova frente, a ocidente, para obrigar os alemães
a dividirem suas forças.
A Conferência de Yalta, em 1945. Novamente
os três líderes se reuniram para traçar as áreas de influencia de cada um. Por
sugestão de Churchill, acatada por Stálin, a Europa Oriental seria considerada
área de influencia da união Soviética.
A Conferência de Potsdam, em 1945.
Decidiu-se pela ocupação da Alemanha e sua divisão em quatro áreas, situação
que deveria se manter até a completa desnazificação do país. Nessa conferência,
o presidente dos estados Unidos já era Truman, em virtude do falecimento de
Roosevelt.
O fim da Segunda Guerra Mundial
Quando a guerra terminou, o mundo estava
dividido: de um lado os países capitalistas e, de outro, os socialistas. Era a
chamada Guerra Fria. Até os últimos dias
da década de 1980, ainda vivíamos sob a ameaça de um outro conflito entre as
potências; e desta vez com armas atômicas, o que significaria a destruição do
mundo. Hoje, isso parece ser um filme de ficção científica. A derrocada do
império soviético colocou um fim na polarização militar mundial.
Viva a sabedoria...
Os
Sofistas
Górgias - Juntamente com Protágoras foi um
dos maiores sofistas de todos os tempos
Após o surgimento da democracia na Grécia
antiga, vários transformações ocorreram na sociedade, exigindo novas formas de
se relacionar. A democracia era o sistema de governo que pressupunha a escolha
periódica de executores e elaboradores das leis. E para isso, não havia nenhum
critério.
Neste período, em que já estão avançadas as
questões cosmológicas, a busca pelo ser das coisas deixa de ser o foco
principal das questões filosóficas, que agora se ocupa com o homem e suas
potencialidades. Era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas
assembleias. Surgem, então, os famosos oradores denominados Sofistas, palavra
que significa sábio em grego.
Esses homens, portadores de uma eloquência
incomum, propunham ensinar qualquer coisa aos cidadãos que almejassem os cargos
públicos ou simplesmente que se defenderiam em um caso litigioso. No entanto,
suas técnicas nada mais eram do que ensinar a persuadir convencendo seu interlocutor
em um debate, seja pela emoção, seja pela passividade deste. Ardilosos
oradores, os sofistas fascinavam àqueles que ouviam suas palestras, ensinando
como transformar um argumento fraco em um argumento forte e vice-versa.
Para
eles, fácil era convencer conforme seus interesses, por isso conseguiam provar
que uma coisa ora era branca, ora preta. O importante era convencer a qualquer
custo. Mediante salários (ou seja, cobravam pelo ensino), eles ensinavam a quem
pudesse pagar, sobre qualquer coisa, dizendo serem portadores de um saber
universal. Mas na prática, ensinavam como refutar o seu adversário, não se
preocupando com a relação que as palavras tinham com as coisas, articulando-as
segundo as necessidades do debate para convencer e derrotar seu oponente.
São famosos e numerosos os sofistas que
atuaram na Grécia antiga, em especial em Atenas, onde a cultura floresceu com
mais evidência. Híppias, Pródico, Antístenes, Trasímaco são apenas alguns
exemplos históricos destes que inventaram um certo modo de viver numa política
que pressupunha a isonomia (leis iguais para todos os cidadãos). No entanto,
podemos destacar especialmente dois dos maiores sofistas de todos os tempos:
Górgias e Protágoras.
Protágoras é conhecido como o primeiro
sofista. Sua fama se estendia por todas as colônias e era um homem culto e bem
sucedido. Aliás, a estima do público, a vaidade e o reconhecimento era algo de
que todos os sofistas se valiam, pois para eles o que importa é o momento e
jamais o que se tem depois de morto. Questões espirituais eram descartadas,
gerando algumas acusações de impiedade, das quais o próprio Protágoras
conseguiu escapar.
Este eminente orador vivia uma forma de
absoluto subjetivismo relativista. Sua máxima “o homem é a medida de todas as
coisas” ilustra bem o modo de pensar das diferentes pessoas. Isto quer dizer
que cada pessoa, pensa, deseja e busca algo para si, de tal forma única que
impossibilita que exista uma verdade absoluta.
A verdade, segundo Protágoras,
depende de cada um, depende de como cada coisa aparece para cada um em seu
juízo. O que pode ser verdade para um, pode não o ser para outro. Com esse
relativismo moral, ele rejeita toda verdade universal. Se algo te parece bom,
faça. Se isso traz benefício a você e prejuízo aos outros, faça assim mesmo.
Com isso, Protágoras também desacreditava
dos deuses. Seu pragmatismo imediatista afirmava que se você nada pode saber
dos deuses, eles não servem para nada e, assim, você pode ser indiferente a
eles. Esse foi um dos motivos pelos quais ele foi acusado de impiedade.
Outro ilustre sofista e não menos importante
foi Górgias. Descartando qualquer noção de moral ou virtude, ele determinou a
persuasão como algo essencial ao homem. Segundo ele, o domínio dessa técnica
permite ao homem conhecer todas as coisas e, com isso, ser feliz.
Górgias redigiu um tratado sobre o Não Ser,
em resposta ao filósofo Parmênides, em que consta o resumo de seu modo Niilista
de pensar. Para ele, nada existe de real; e se nada existe, o homem não pode
conhecer verdadeiramente nada; e mesmo que algo exista e possa a ser conhecido,
seria impossível comunicar aos outros este conhecimento.
Desse modo, Górgias acentua o seu ceticismo,
evidenciando a impossibilidade de um conhecimento definitivo e propiciando um
ambiente em que o mundo só tem o valor daquilo que o homem confere, consciente
de sua efemeridade, ou seja, que o homem é um ser passageiro e que age apenas
para satisfazer seus interesses pessoais.
Cultura...
Vinícius
em verso e prosa
Musical
revisita obra de Vinicius de Moraes, mas evita biografia do artista
Maria Eugênia de Menezes
À primeira vista, o espetáculo Vinicius de
Vida, Amor e Morte, com estreia prevista para sexta, se assemelha a outros da
atual safra de musicais brasileiros. Para aqueles que resolveram dar as costas
à Broadway e investir em produções nacionais, as biografias de artistas da MPB
têm sido a principal fonte de inspiração. O movimento começou em 1998, quando o
musical Somos Irmãs investigava a vida e as canções das irmãs Linda e Dircinha
Batista, e se estende com força até hoje: o sucesso recente de Elis, a Musical,
que chega a São Paulo em março, é evidência da longevidade do gênero.
A música popular, no entanto, pode se
prestar a outro tipo de uso no teatro. E é isso que o diretor Dagoberto Feliz e
a cia. Coisas Nossas resolvem testar em Vinicius. Nessa homenagem ao poeta e
compositor, os dados biográficos ficam de lado. Ocupa o primeiro plano o
processo criativo do autor. A gênese de sua poesia. Sua maneira de se
relacionar com a arte, com o mundo e, especialmente, com as mulheres.
No cenário, a montagem já oferece ao público
uma chave para a compreensão de sua proposta. Na cena inicial, que acontece
fora da sala de teatro, os atores convidam os espectadores a adentrar em uma
"casa", sem portas, janelas ou paredes. "Um espaço
onírico", na definição do encenador. Lá, será possível confrontar-se com
as muitas facetas de Vinicius: o romântico, o boêmio, o criador. Existe um
lugar para o violão. A escrivaninha repleta de papéis e com uma garrafa de
uísque sempre aberta. Um banco de praça para os encontros amorosos. Uma
banheira – alusão ao lugar onde o escritor foi encontrado morto, em 1980.
Esse é o segundo espetáculo do grupo. Antes,
também sob a direção de Dagoberto Feliz, eles lançaram Noel, o Poeta da Vila e
Seus Amores. À ocasião, o texto era assinado por Plínio Marcos e vinha pontuado
por 28 canções do compositor carioca. Personagens essenciais à trajetória de
Noel despontavam no palco, entre eles Aracy de Almeida – sua grande intérprete
– e o desafeto Wilson Batista. Naquela obra, a cenografia remetia a um cabaré e
os episódios mais marcantes da trajetória do sambista iam sendo desfiados.
Na peça pela qual a cia. se aventura agora,
o processo criativo foi distinto. Além de abandonar o viés biográfico, a obra
não partiu de uma dramaturgia prévia, mas de um texto construído pelos próprios
intérpretes. "É um espetáculo mais de sensações do que dados biográficos.
Tem esse lado do delírio, do sonho", comenta Dagoberto, reconhecido
principalmente por seu trabalho no grupo Folias D’Arte. O roteiro elege uma
seleta de canções: das onipresentes Chega de Saudade e Minha Namorada até temas
menos conhecidos como O Astronauta. Também lança mão de poemas e crônicas.
Assim, quase tudo o que é dito durante a encenação foi escrito pelo próprio
poetinha. Uma maneira de torná-lo uma presença constante em cena, ainda que
nenhum ator encarne sua figura.
Passados apenas alguns meses do centenário
de nascimento de Vinicius, o tom de celebração é inevitável. O que não
necessariamente quer dizer reverência. Curiosamente, as situações políticas
abordadas não destoam tanto do contexto contemporâneo. Versos que fazem menções
às mulheres, porém, podem provocar estranhamento. E são, por isso mesmo,
tratados com ironia. Afinal, não se concebe hoje que alguém diga que uma mulher
deve ser "feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor/ E para ser só
perdão". Para Dagoberto, esse tratamento "crítico" dispensado à
obra do escritor não quer dizer que "a poesia dele tenha perdido força com
o tempo". "Mas alguns dos temas nos quais ele toca são percebidos
hoje de maneira diferente."
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