domingo, 10 de julho de 2016
Refletindo...
“Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é
preciso levar também a rede.”
(Provérbio
Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/
Língua afiada...
Pegadinha
gramatical
Crase
Cunha e
Cintra (2008, p.692) definem a crase como a fusão de duas vogais idênticas numa
só. Trata-se da junção da preposição “a” com o artigo “a” (s). A crase é
sinalizada pelo acento [`]. A ocorrência do “à” pode ser observada a seguir:
Lembrava-se
de ter ido à loja naquele dia.
Constate que
o verbo “ir” exige a preposição “a”, pois quem vai, vai a algum lugar e, pelo
fato de “loja” ser uma palavra feminina que admite o artigo “a”, formou-se a
fusão.
Empregos obrigatórios do sinal de crase
1. Em locuções adverbiais femininas
O culto
ecumênico será realizado às dezenove horas. (Indicação de tempo)
Fui à feira
de artesanato no domingo passado. (Indicação de lugar)
Naquele dia,
o escritório se encontrava às avessas. (Indicação de modo)
2. Em locuções prepositivas e conjuntivas
Entende-se
por “locução”, a junção de duas ou mais palavras que formam significado único:
Aquela
guerreira mãe estava à espera de um milagre que salvasse a vida de seu filho.
Note que a
locução prepositiva compõe-se de: à + palavra feminina + preposição “de”.
Foi
melhorando o seu desempenho escolar à proporção que o tempo passava.
Veja que a
locução conjuntiva compõe-se de: à + palavra feminina + conjunção “que”, cuja
finalidade é ligar as duas orações.
Casos em que a crase é proibida
1. Com
palavras masculinas, posto que não admitem o artigo feminino “a”
O convite foi
enviado a Fábio.
Aquela loja
vende a prazo.
2. Com
pronomes pessoais e demonstrativos, por não admitirem o acompanhamento do
artigo “a”:
a) Não
revelarei a ela o nosso segredo.
(Nesse
exemplo, “a” é preposição, pois quem revela, revela algo a alguém.).
b) Vim a esta
casa na semana passada.
(Nesse caso,
“a” também é preposição, pois quem vai, vai a algum lugar.).
3. No “a”, na
forma singular, antes de palavras no plural:
O artigo se
remete a ideias inovadoras.
4. Com
verbos:
Os alunos
foram chamados a rever os erros cometidos na prova.
5. Entre
palavras repetidas:
Os réus
estavam frente a frente.
6. Com a
palavra “terra” como antônima de “água”:
O navio
chegou a terra. (terra firme)
Admite-se a
crase, caso a referência seja feita à “Terra” (planeta) ou à terra (cidade
natal).
7. Com a
palavra “casa” e com nomes de cidade, quando não houver especificações:
a) Naquela
tarde, fomos a casa.
b) Iremos a
Florianópolis.
Note que não
se especificam/definem a casa a que fomos, nem a cidade, sobre a qual se fala.
Por isso, em ambos os casos, não se admite a presença do artigo definido “a”.
Ninguém diz, por exemplo, “A Florianópolis é a capital catarinense”. Mas, pode
dizer: “Iremos à belíssima Florianópolis.”.
Situações nas quais o uso da crase é opcional
1. Com nomes
femininos:
O convite foi
feito à Maria. / O convite foi feito a Maria.
2. Com
pronomes possessivos (que expressam a ideia de posse):
Ele agradeceu
à minha mãe. / Ele agradeceu a minha mãe.
3. Com a
palavra até:
Ela foi
dirigindo até à avenida. / Ela foi dirigindo até a avenida.
Para
encerrar: O acento indicativo de crase é formado pela fusão da preposição “a”
com o artigo definido “a”. Para certificar-se da existência do referido sinal,
antes de determinada palavra feminina, sugere-se a busca por um equivalente
masculino. Compare:
Ela vai à
fazenda no próximo fim de semana.
Ela vai ao
clube no próximo fim de semana.
Perceba que o
verbo “vai” exige o acompanhamento da preposição “a”, pois quem vai, vai a
algum lugar. Por isso, a forma “ao” (preposição + artigo definido “o”) antecede
“clube”.
Nesse contexto, pode-se concluir que, quando a palavra masculina foi
precedida de “ao”, significa que a equivalente feminina será precedida do sinal
de crase “à”.
http://www.infoescola.com/portugues/crase/
Interessante...
Tarja Preta:
os segredos que os médicos não contam
Eles vendem
remédio como quem vende parafuso. Conheça um pouco dos indigestos bastidores da
indústria farmacêutica neste trecho do novo livro da SUPER.
"Nós não
podemos esperar que os médicos perguntem, temos de chegar lá e dizer na frente
deles. Jantares, programas de educação médica continuada, consultoria- tudo
isso funciona muito bem, mas não se esqueçam do cara a cara. É aí que
precisamos estar, segurando a mão deles e sussurrando em seus ouvidos."
"Nada
deixa um médico mais interessado num remédio do que um estudo. Use o poder do
estudo para abrir portas, mas não perca muito tempo com isso e não diga que
você pode conseguir um estudo para ele. Nós não temos muito dinheiro
sobrando."
"Se
algum deles perguntar por dados adicionais, diga que estamos reunindo tudo,
depois sugira que o médico coloque alguns pacientes em tratamento com a
droga."
Os diálogos
que você acabou de ler estão no depoimento
que o cientista David P. Franklin deu à Justiça americana sobre como os
promotores de venda e consultores médicos da farmacêutica Parke-Davis, comprada
depois pela Pfizer, eram orientados a falar com os profissionais da saúde.
Franklin
entrou na empresa em abril de 1996 e pediu demissão menos de três meses depois,
principalmente por não concordar com práticas de promoção do remédio Neurontin.
Ele gravou e registrou várias conversas e e-mails para comprovar as denúncias.
O Neurontin
foi lançado em 1994 como medicamento coadjuvante contra crises de convulsão em
pacientes epiléticos que não respondiam bem a outros tratamentos. Era um
mercado relativamente pequeno.
Acontece que as vendas anuais do medicamento
passaram de 97,5 milhões de dólares em 1995 para 2,7 bilhões de dólares em
2003- um crescimento de 2.700%. E não foi exatamente porque tivesse aumentado o
número de doentes com esse quadro tão específico.
Segundo
Franklin, a companhia contratava consultores médicos para atuar exclusivamente
como representantes de venda e oferecer dinheiro a quem receitasse o
medicamento e conseguisse influenciar o maior número de colegas a fazer o
mesmo. Os consultores eram orientados também a dizer que estavam
"envolvidos em pesquisas", para passar maior credibilidade, quando na
verdade só estavam envolvidos mesmo em engordar suas contas bancárias. Não
havia estudos relevantes nem dados comprovados para divulgar.
No mundo
ideal, consultores médicos trabalham em funções médicas, científicas, sem
nenhum vínculo com departamentos de vendas. No mundo ideal, eles são treinados
para oferecer informações técnicas (e verdadeiras) sobre os produtos da empresa
para onde trabalham, de modo a ajudar os médicos nos consultórios.
Mas o mundo
real pode ser diferente. De acordo com o depoimento, a farmacêutica fornecia
informações falsas sobre o medicamento, plantava pessoas na plateia de
congressos para fazer perguntas sobre os benefícios do remédio, promovia
medicamentos para usos não aprovados, dava dinheiro para que médicos
permitissem a presença de representantes do laboratório nas consultas e ainda
distribuía uns trocados para aqueles que fornecessem gravações de conversas com
pacientes que estavam em tratamento com a droga.
Eram US$ 50 por cabeça mais
pagamentos de despesas gerais. Teve médico que mandou mais de 300 áudios, diz
Franklin, embolsando US$ 15 mil na brincadeira. Segundo ele, essas gravações
não serviram, na época, para compor nenhum estudo clínico. O negócio ali era
incentivar os participantes a colocar mais pacientes em tratamento contínuo com
o remédio. A conclusão da Justiça é que essas práticas tiveram potencial de
induzir erro ou abuso nas prescrições.
Quando um
remédio consegue registro no órgão regulador (Anvisa, no Brasil; FDA, nos EUA),
o fabricante só tem permissão para promover a medicação para o tratamento
indicado na bula. Mas o médico pode prescrever, por conta e risco, para uso
off-label (fora da bula, em tradução livre), para qualquer condição, se
analisar as evidências disponíveis e julgar adequado.
É que uma
substância química costuma ter várias ações no organismo, boas e ruins. De
repente, uma droga contra um tipo de câncer funciona para outro, um
antidepressivo pode curar ejaculação precoce, um comprimido para tratar
epilepsia se mostra eficiente para ataques de pânico.
Acontece com
a bupropiona, o princípio ativo de antidepressivos que promovem a circulação de
dopamina no cérebro. Ela é receitada para combater a perda de libido causada
por outra classe de antidepressivos, a dos serotoninérgicos, que bombam a
serotonina. Estes últimos são os mais populares, tendo o Prozac (fluoxetina) e
o Lexapro (escitalopram) na família.
Já os próprios serotoninérgicos são muitas
vezes receitados contra ejaculação precoce. O efeito deles na redução da libido
pode ser benéfico para quem se afoba demais na cama, promovendo relações
sexuais mais duradouras, desde que administrados na dose exata para evitar
broxadas.
O caso mais
famoso de remédio em que o efeito colateral passou a ser visto como o principal
é o do Viagra. Os pesquisadores faziam testes com o princípio ativo da droga, a
sildenafila, para tratar uma doença cardiovascular e perceberam que os
voluntários relatavam ereções frequentes e duradouras, mesmo aqueles com
impotência sexual crônica. Então os estudos caminharam nessa direção e a
companhia entrou com pedido de aprovação no FDA para o tratamento de disfunção
erétil.
Nos casos em
que a droga já está no mercado, aprovada para outro fim, o laboratório precisa
voltar uma casa e fazer testes específicos de eficácia e segurança das novas
utilizações se quiser tirar proveito comercial delas. O processo leva tempo,
custa dinheiro e nem sempre termina bem.
Acontece, por exemplo, de os estudos
mostrarem que o remédio não faz efeito para outros males ou, pior, que aumenta
o risco de morte em determinados grupos de pacientes. Pode ser também que o
trâmite da aprovação demore e saia quando a patente do produto estiver para
expirar.
Por conta
disso, a indústria às vezes tenta pegar atalhos e aumentar, ela própria, o
número de consumidores de seus comprimidos vendendo-os pelo efeito colateral.
Escondida.
Receitar
essas alquimias não tem nada de ilegal, como já dissemos. É parte da função de
um médico. Esse poder que os doutores têm, por outro lado, atiça os
laboratórios a dar-lhes mais agrados, começando o círculo vicioso.
http://super.abril.com.br/cotidiano/tarja-preta-os-segredos-que-os-medicos-nao-contam
História...
A Idade Média era a Idade das Trevas?
Com certeza
você já ouviu falar da Idade Média como sendo uma época dominada culturalmente
pela religião, criando uma sombra sobre as artes e as ciências, impedindo-as de
florescer livremente. Essa ideia considerava a Idade Média como a Idade das
Trevas. Mas você sabe o porquê deste período da História ter sido denominado
assim?
A palavra
média indica algo que está em uma posição intermediária. Para os pensadores do
século XVIII, conhecidos como iluministas, esse período da história se
localizava entre a Antiguidade Clássica, encerrada com a conquista de Roma
pelos hérulos, em 476, e a Idade Moderna, da qual eles faziam parte, iniciada
com a conquista da cidade de Constantinopla pelos turcos-otomanos, em 1453.
Essa era uma
forma de ver o mundo tendo como base a história europeia, desconsiderando as
demais regiões do planeta. Esse tipo de pensamento foi denominado de
eurocentrismo, pois colocou o continente europeu como o centro das análises.
Esses pensadores do século XVIII desconsideravam o que havia ocorrido em outras
regiões do planeta como no Império Islâmico, nas Américas ou mesmo na China.
Além disso,
durante o Renascimento, convencionou-se chamar a Idade Média de Idade das
Trevas pelo fato de os renascentistas se colocarem como herdeiros do pensamento
e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos, fazendo renascer a cultura da
Antiguidade.
Para os renascentistas, durante a Idade Média, as artes e as
ciências, se comparadas à Antiguidade, haviam declinado. A responsabilidade
disso seria em boa parte da Igreja Católica, que dominou política, econômica e
culturalmente a Europa no período. A dominação religiosa teria impedido o
desenvolvimento da razão, criando uma era de atraso e primitivismo.
Para os
iluminados do Renascimento, a Idade Média era o tempo da escuridão, das
sombras, era a Idade das Trevas.
Mas a partir
do século XIX, essa forma de entender o período foi se alterando, principalmente
com o movimento artístico conhecido como Romantismo, que revalorizava elementos
medievais. Depois, alguns historiadores, como Henri Pirenne e Marc Bloch,
passaram a estudar o período e produzir trabalhos históricos que mostravam
haver durante a Idade Média desenvolvimento tecnológico na agricultura e no
artesanato, bem como a criação de uma arquitetura própria e o estímulo à
difusão do conhecimento através da criação das escolas e das universidades.
Construção
gótica em Praga, na República Tcheca. Ao contrário do que afirmavam seus
detratores, a Idade Média desenvolveu uma arquitetura de qualidade
Nesse caso o
eurocentrismo também impediu os renascentistas de perceberem o desenvolvimento
da matemática e da astronomia realizado pelos islâmicos, que inclusive
possibilitou a realização das grandes navegações europeias.
Em relação às
sociedades americanas que se desenvolveram antes da chegada de Colombo ao
continente, como os maias, astecas e incas, havia grandes construções urbanas
que impressionaram os conquistadores, bem como a utilização de hábitos de
higiene desconhecidos pelos europeus e muito mais saudáveis que os praticados
por eles.
Os termos
Idade das Trevas e até mesmo Idade Média são carregados de preconceitos
históricos. O primeiro é possível de não ser mais utilizado. Já o termo Idade
Média, devido à sua grande difusão, é ainda utilizado por quase todos os
historiadores, sendo assim atual o seu uso.
http://escolakids.uol.com.br/a-idade-media-era-a-idade-das-trevas.htm
Viva a sabedoria...
DOGMATISMO
Filosofia
Dogmatismo é
um termo usado pela filosofia e pela religião.
Dogmatismo é toda doutrina que
afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível. Na
religião, corresponde ao conjunto de dogmas e na filosofia é o pensamento
contrário à corrente do ceticismo que contesta a possibilidade de conhecimento
total da verdade.
É uma espécie de fundamentalismo intelectual onde expressa
verdades que não são sujeitas a revisão ou crítica.
Assim como o
realismo, o dogmatismo é a atitude natural do homem face ao mundo onde a
percepção de um objeto o leva a crer na existência do mesmo, sem dúvida.
O
dogmatismo corresponde à atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios
para atingir a verdade não se confrontando com a dúvida e não problematizando o
conhecimento. Ao longo da história o desenvolvimento de dogmas e doutrinas tem
afetado as tradições, instituições e práticas religiosas.
Na antiguidade, o
termo dogma de origem grega significava aparência e expressava uma opinião,
crença ou algo que parecia ser, mas, já existiam filósofos dogmáticos como
Parmênides, Platão e Aristóteles que se recusam a crer nas verdades
estabelecidas.
O dogmatismo
filosófico pode ser entendido como a possibilidade de conhecer a verdade, a
confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento.
No século XVIII, o dogmatismo racionalista prega confiança na razão a fim de se
chegar a verdades. Em crítica à razão, o filósofo Immanuel Kant faz oposição
entre o criticismo, o dogmatismo e o empirismo que se diferencia por reduzir o
conhecimento à experiência. Para ele o dogmatismo é toda atitude de
conhecimento.
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/dogmatismo.htm
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