Um baiano deitado na rede pergunta
pro amigo: Meu rei... tem aí remédio pra picada de cobra? Tem não, meu lindo.
Por que, você foi picado? Não, mas tem uma cobra vindo na minha direção.
domingo, 11 de maio de 2014
Devanear...
Encontrar um estranho pelos corredores
de um aeroporto nunca foi tão sexy. Pelo menos até esse momento...
Leia um trecho do livro "Um
Toque de Vermelho"
Ele zanzava de um lado para outro num
canto mais afastado da área de espera, com uma passada precisa e controlada,
demarcada pelas longas pernas vestidas num jeans claro. Os cabelos grossos e
escuros ligeiramente compridos, emoldurando seu rosto másculo. Uma camiseta
creme com gola em V escondia seus ombros fortes, um sinal de que as partes que
as roupas ocultavam faziam jus às que deixavam expostas.
Lindsay afastou da testa uma mecha
dos cabelos molhados para apreciar melhor os detalhes. Sex appeal da cabeça aos
pés, era o que aquele cara tinha. Do tipo que é impossível de fingir ou imitar
- do tipo que transformava a beleza física num simples bônus.
Ele se movia por
entre a multidão sem nem levantar os olhos, e mesmo assim foi capaz de se
desviar de um homem que cruzou seu caminho. Sua atenção estava toda concentrada
num BlackBerry, demonstrando tamanha habilidade na digitação que o ventre de
Lindsay se contraiu. Uma gota de chuva desceu por sua nuca. O contato suave com
água fria fez com que a experiência de observá-lo se tornasse fisicamente mais
intensa.
Atrás dele, os vidros transparentes revelavam o céu cinzento do fim da
tarde. A chuva escorria pelas janelas do terminal. Aquele mau tempo era
inesperado, e não apenas porque o relatório meteorológico não previa chuva. Ela
sempre tinha sido capaz de sentir a proximidade das chuvas com uma precisão
incomum, mas essa tempestade lhe havia passado despercebida. Fazia sol quando
ela aterrissou, e pouco depois o céu desabou.
Ela adorava chuva, e em outra ocasião
qualquer não se importaria de sair no meio do aguaceiro para pegar o ônibus que
a levaria até o avião. Naquele dia, porém, o mau tempo parecia carregar consigo
um mau agouro. Uma sensação de melancolia, ou de luto. E ela havia se deixado
levar por isso.
Desde que era capaz de se lembrar,
Lindsay sentia que o vento se comunicava com ela. Fosse gritando em meio a uma
tempestade ou sussurrando através de uma brisa, ela sempre conseguia decifrar a
mensagem. Não por meio de palavras, mas de sensações. Seu pai chamava isso de
sexto sentido e fez de tudo para demonstrar que era uma coisa exótica e
interessante, e não alguma espécie de aberração grotesca.
Esse radar interior era o que
direcionava seu olhar para aquele homem no portão de embarque, mais ainda que a
beleza dele. Em sua aparência, havia algo de melancólico que a fazia lembrar a
tempestade que tomava força atrás da janela. Era aquela qualidade que a
atraía... além da ausência de uma aliança no dedo dele.
Lindsay se virou, ficou de frente
para o homem e desejou que ele a olhasse. Ele ergueu a cabeça. Seus olhares se
encontraram. Foi como se ela tivesse recebido uma rajada de vento no rosto,
fazendo com que seus cabeços se arrepiassem. Mas a sensação não era de frieza,
e sim de um calor úmido e sedutor. Lindsay manteve os olhos fixos nele por um
instante que pareceu infinito, hipnotizada por seus olhos azuis cintilantes,
que demonstravam sintonia com a fúria ancestral da tempestade lá fora.
Ela respirou fundo e tomou o caminho
de uma lojinha de pretzels ali ao lado, dando a ele a oportunidade de retribuir
o óbvio interesse manifestado por ela... ou não. Meio que por instinto, ela
sabia que ele não era o tipo de homem que corria atrás de mulher. Lindsay foi
até o balcão e olhou o cardápio.
O cheiro da massa quentinha e macia e da
manteiga derretida era de dar água na boca. A última coisa de que ela precisava
antes de ficar sentada por mais uma hora num avião era uma bomba calórica como
um pretzel gigante. Por outro lado, talvez uma boa dose de serotonina fosse
capaz de acalmar seus nervos exaltados pela sensação de estar espremida numa
multidão.
Ela fez o pedido. "Palitinhos de
pretzel, por favor. Com molho marinara e um refrigerante diet." A moça do
caixa informou o valor. Ela remexeu na bolsa em busca da carteira.
"Pode deixar."
Minha nossa... aquela voz.
Sedutoramente sonora. Lindsay tinha certeza de que era ele. Ele se inclinou em
sua direção, e ela sentiu o perfume exótico dele. Não era colônia. Era um
cheiro de homem. Natural e viril. Puro e límpido, como o ar depois de uma tempestade.
Ele fez a nota de vinte dólares deslizar pelo balcão. Ela sorriu e deixou que
ele pagasse.
Era uma pena que estivesse vestida
com um jeans velho, uma camiseta larga e coturnos. Nada poderia ser mais
confortável, mas para aquele homem ela preferia estar bonita e arrumada. Ele
evidentemente pertencia a um outro mundo, o que ficava claro pela beleza de
astro de cinema e pelo relógio Vacheron Constantin que ostentava no pulso. Ela
se virou e estendeu a mão para ele. "Obrigada, senhor...?"
"Adrian Mitchell." Ele
aceitou o cumprimento e aproveitou para acariciar seus dedos com os polegares.
Lindsay sentiu uma reação visceral ao toque dele. Ficou quase sem fôlego, e seu
coração disparou. Visto de perto, ele era irresistível. Ferozmente masculino e
terrivelmente lindo. Impecável. "Olá, Adrian Mitchell."
Ele se agachou e pegou a etiqueta da
mala dela com seus dedos longos e masculinos. "Prazer em conhecê-la,
Lindsay Gibson... de Raleigh? Ou está voltando de viagem?" "Estou
indo para o mesmo lugar que você. No mesmo avião." Os olhos dele tinham um
tom de azul muito pouco habitual. Como a coloração cerúlea que se vê no coração
das chamas. Combinados com a pele morena e emoldurados pelos cílios compridos,
eram simplesmente deslumbrantes.
E estavam concentrados nela como se
não houvesse mais nada no mundo para se ver.
Ele a observou da cabeça aos pés com
um olhar intenso. Lindsay se sentiu exposta e envergonhada, como se ele a
tivesse despido em pensamento. Seu corpo reagiu à provocação. Os seios incharam, a tensão nos músculos foi
se dissipando.
Qualquer mulher teria amolecido toda
diante dele, porque não havia nada naquele corpo que denunciasse um sinal
qualquer de insegurança. Dos ombros largos e os bíceps delineados até as
feições milimetricamente esculpidas do rosto, cada ângulo do corpo dele parecia
afiado e preciso.
Ele se inclinou sobre ela para pegar
o troco, movimentando-se de maneira ágil e naturalmente elegante. Aposto que
ele deve ser um animal na cama. Excitada pelo próprio pensamento, Lindsay apanhou
a mala pela alça. "Então você mora no Orange County? Ou está viajando a
negócios?"
"Estou indo para casa. Para
Anaheim. E você?"
Ela foi até o outro balcão, para
pegar seu pedido. Ele a seguiu com uma passada mais comedida, mas que não
escondia a determinação de ir atrás dela. Essa característica um tanto
predatória fez com que ela ficasse ansiosa. Sua sorte enfim havia mudado - seu
destino final também era Anaheim.
"O Orange County é o meu futuro
lar. Estou me mudando para lá, a trabalho." Ela preferiu não entrar em
detalhes, como a cidade em que ia morar. Sabia bem como se proteger quando era
necessário, mas não estava disposta a arrumar mais problemas além dos que já
tinha.
"É uma grande mudança. Para o
outro lado do país."
"Estava na hora de mudar."
Ele abriu um leve sorriso.
"Vamos jantar juntos."
O tom aveludado da voz dele fez o
interesse dela crescer ainda mais. Ele era carismático e tinha uma
personalidade magnética, duas qualidades capazes de produzir relacionamentos
memoráveis, ainda que de curta duração. Ela pegou o saquinho de papel e o refrigerante
que a atendente entregou.
"Você vai direto ao ponto. Eu
gosto disso."
A chamada para o voo fez com que sua
atenção se voltasse para o portão de embarque. Na verdade era o anúncio de um
pequeno atraso, o que deixou os passageiros um tanto inquietos. Adrian não
tirava os olhos dela. Ele apontou para uma fileira de assentos logo adiante.
"Ainda temos tempo para nos conhecer melhor."
Lindsay o acompanhou até lá. Deu
outra espiada ao redor, e viu que não eram poucas as mulheres com os olhos
vidrados em Adrian. A sensação de que ele era como uma tempestade em pleno
curso não parecia mais tão intensa, e a chuva lá fora se tornou pouco mais que
uma garoa forte.
A correlação entre os dois eventos era intrigante A reação feroz que sentiu ao ver Adrian Mitchell
e aquela capacidade sem igual de despertar seu radar meteorológico interior
foram determinantes para a decisão de deixá-lo se aproximar. As anomalias de
sua vida sempre mereciam uma maior investigação.
Ele esperou que ela se sentasse antes
de perguntar: "Algum amigo vai buscar você no aeroporto? Ou algum
parente?." Não havia ninguém à espera dela, apenas uma van reservada para
levá-la ao hotel onde se hospedaria até encontrar um apartamento. "Não é
aconselhável fornecer esse tipo de informação a um estranho."
"Então vamos amenizar os
riscos." Ele se inclinou com um gesto fluido, levando a mão ao banco de
trás para pegar a carteira. Tirou um cartão de visita e entregou para ela.
"Ligue para quem estiver à sua espera e diga quem eu sou e como entrar em
contato comigo."
"Você é bastante
determinado." E claramente está acostumado a dar ordens. Ela não se
importou. Lindsay tinha a personalidade forte e, se não encontrasse
resistência, acabava ela mesma assumindo o comando. Homens dóceis e gentis eram
desejáveis em certas situações, mas não em sua vida pessoal.
"Sou mesmo", ele concordou,
sem hesitação.
Lindsay apanhou o cartão. Seus dedos
se tocaram, e a eletricidade subiu pelo braço dela.
Ele respirou fundo, pegou a mão dela
e acariciou a palma com os dedos. Parecia que estava mexendo entre suas pernas,
porque o nível de excitação foi o mesmo. Ele a olhava com um desejo sexual
quase palpável, intenso e implacável. Como se soubesse exatamente o que fazer
para deixá-la toda entregue... ou estivesse prestes a descobrir.
"Você está me parecendo encrenca
certa", ela murmurou, fechando a mão para que ele não tirasse os dedos.
"Vamos jantar. E conversar.
Prometo que vou me comportar." Sem largá-lo nem por um minuto, ela pegou o
cartão de visita com a outra mão. O sangue pulsava com força em suas veias por
causa daquela excitação tão imediata e imprevista. Mitchell Aeronáutica, ela leu. "E você está viajando
num voo regular."
"Eu tinha outros planos." O
tom de voz dele ficou sério. "Mas meu piloto me deixou na mão."
O piloto dele. Ela abriu um
sorrisinho. "Você não odeia quando isso acontece?"
"Geralmente, sim... Mas aí
apareceu você." Ele sacou o Black- Berry do bolso. "Use o meu
telefone, assim quem atender já vai ter o número."
Não sem alguma relutância, Lindsay o
soltou e pegou o celular, apesar de poder muito bem usar o seu. Deixou o
refrigerante no chão acarpetado e levantou. Adrian fez o mesmo. Ele era rico,
elegante, educado, solícito e lindo de morrer.
Apesar de parecer um sujeito
civilizado, havia um quê de perigo pairando sobre ele, algo que apelava para os
instintos mais elementares de uma mulher. Talvez o aeroporto lotado tivesse
aguçado seus sentidos. Ou talvez fosse o indicativo de uma química sexual
volátil entre os dois. Fosse o que fosse, ela não estava achando nada ruim.
Deixando o saquinho com os pretzels
no assento, ela se afastou um pouco e digitou o número da oficina mecânica de
seu pai. Enquanto isso, Adrian foi até o balcão do portão de embarque.
"Linds. Você já chegou?"
Ela ficou surpresa com o modo como
ele atendeu. "Como você sabia que era eu?"
"Eu vi o número que estava
ligando. O código é da Califórnia."
"Ainda estou em Phoenix, na
conexão. Estou ligando de um celular emprestado."
"O que aconteceu com o seu? E
por que ainda está em Phoenix?"
Eddie Gibson criou sozinho a filha
durante vinte anos, e era um pai superprotetor, o que não era de se estranhar
ao levar em conta as circunstâncias terríveis da morte de Regina Gibson.
"Não aconteceu nada com o meu, e
eu perdi a conexão. É que conheci uma pessoa." Lindsay explicou quem era
Adrian e passou as informações contidas no cartão de visita. "Não estou
com medo. É que ele é o tipo de cara que parece estar precisando de um freio.
Acho que não está acostumado a ouvir a palavra 'não' com muita
frequência."
"Acho que não mesmo. Mitchell é
uma espécie de Howard Hughes."
Ela levantou as sobrancelhas. "É
mesmo? Dinheiro, filmes, estrelas de cinema? Ele está metido com tudo
isso?"
Lindsay observou Adrian por trás,
aproveitando a chance de estudá-lo melhor enquanto estava distraído. Era tão
atraente como de frente, tinha as costas largas e um traseiro apetitoso.
"Se você conseguisse se
concentrar em alguma coisa por mais de cinco minutos, saberia disso",
respondeu seu pai.
De fato, ela não era capaz de se
lembrar da última vez que tinha lido uma revista, e havia desistido de assinar
a tevê a cabo fazia muitos anos. Alugava filmes e temporadas inteiras de
seriados, porque não queria perder tempo com os intervalos. "Não estou
conseguindo dar conta nem da minha vida, pai. Onde é que vou arrumar tempo para
cuidar da vida dos outros?"
"Da minha você está sempre
cuidando", ele provocou.
"Você eu conheço. E amo. Mas
celebridades? Não é a minha praia."
"Ele não é uma celebridade. Na
verdade sabe proteger muito bem sua privacidade. Vive numa propriedade enorme
no Orange County. Eu vi na tevê uma vez. É tipo uma maravilha da arquitetura.
Mitchell parece o Hughes porque é um zilionário recluso que adora aviões. A
mídia fica em cima dele porque o pessoal adora aviadores. Isso sempre foi
assim. E dizem que ele é bonitão também, mas isso eu não sei julgar."
E ela o havia distinguido no meio de
uma multidão. "Obrigada pela informação. Eu ligo quando chegar."
"Eu sei que você pode muito bem
se cuidar sozinha, mas juízo."
"Claro. E você, nada de porcaria
no jantar. Faça uma comida de verdade. Ou melhor, arrume uma gata para cozinhar
para você."
"Linds...", ele começou,
fingindo irritação.
Aos risos, ela encerrou a ligação,
depois acessou o histórico de chamadas do celular e apagou o número. Adrian
apareceu com um resto de sorriso ainda nos lábios. Seus movimentos eram tão
fluidos, demonstravam de tal forma sua força e sua confiança, que ela os
considerava ainda mais atraentes que sua aparência. "Tudo certo?"
"Certíssimo."
Ele estava segurando um cartão de
embarque. Lindsay viu seu nome nele e franziu a testa. "Eu tomei a
liberdade", ele explicou, "de pegar assentos vizinhos para nós."
Etapas nem sempre cronológicas...
Entre
a barbárie dos incendiários e a civilização
Diante dos acontecimentos dramáticos
que se sucedem no país desde junho de 2013, é preciso pacificar os ânimos e
recolocar a nação na trilha da tolerância e do respeito ao direito alheio
Ônibus incendiado em São Paulo
A cada dia que passa, fico mais
convencido de que há alguma coisa errada, muito errada com o Brasil de hoje.
Praticamente todos os dias, acontece um ato de violência social por aí – da
queima de ônibus na periferia a invasões de shopping centers; da transformação
do Ceagesp de São Paulo em praça de guerra a barricadas erguidas nas estradas
com pneus em chamas; de passeatas contra a Copa do Mundo a quebra-quebra
generalizado na hora do rush. Se, algum dia, o tal do “homem cordial”, de que
falava o historiador Sérgio Buarque de Holanda, realmente existiu, hoje ele não
passa de uma lenda.
Diante dos acontecimentos dramáticos
que se sucedem no país desde junho do ano passado, quando uma onda de
manifestações levou milhões de pessoas às ruas, a impressão é de que o Brasil
de hoje é um país em convulsão social, uma panela de pressão pronta para
explodir pelo menor motivo a cada momento. De repente, é como se o Brasil
precisasse de um grande movimento social para recolocar a Nação na trilha da
tolerância com a diferença, de convivência pacífica e democrática entre os
opostos.
Hoje, tudo, absolutamente tudo,
torna-se alvo de contestação e violência, principalmente por parte de grupelhos
de ativistas radicais e de revolucionários intolerantes, quase todos de
orientação marxista-leninista, que se dedicam dia e noite à causa. O pior é
que, muitas vezes, contam com apoio de políticos de extrema esquerda e até
mesmo com patrocínio oficial, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra
(MST), conhecido por invadir fazendas legitimamente registradas em cartório e
pregar o fim da propriedade privada no país.
Se a blogueira cubana, Yoani Sánchez
vem ao Brasil para dar uma palestra, um grupo de xiitas pró-Cuba a impede de
falar. Se a prefeitura do Rio de Janeiro aumenta as passagens de ônibus, mesmo
que bem abaixo da inflação, logo surge um bando – o mesmo de sempre – para
bagunçar o coreto.
Ontem, em São Paulo, a atriz espanhola Angélica Liddell teve
de interromper a sua performance, porque meia dúzia de ativistas subiu ao palco
para protestar contra o uso de um cavalo na peça, embora o animal não fosse
alvo, aparentemente, de maus-tratos.
Será que o próximo passo será defender o fim do Jóquei Clube, por
realizar corridas de cavalo?
Muita gente pode achar que tudo isso
é normal, que é resultado da democracia que se instaurou no país com o fim do
regime militar, em 1985. Eu não. Acredito que só uma sociedade doente,
profundamente dividida em relação aos rumos do país, pode viver num ambiente
assim. Só uma sociedade atordoada, que perdeu as referências de quais são os
limites da civilização, do que é certo e errado, pode acreditar que isso é
normal.
Hoje, a vida nas grandes cidades do Brasil está se tornando cada vez
mais perigosa e arriscada – e não só por causa do trânsito enlouquecido e da
violência da bandidagem. Já não se pode sair de casa sem ouvir o noticiário
para saber onde vai ser a "guerrilha urbana" do dia, para tentar não
cruzar com ela. Preocupados com o
noticiário, pais e mães ligam para seus filhos no meio do dia para saber se
está tudo bem. A família do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da Band,
morto depois de ter sido atingido por um rojão num protesto, sabe o que isso
significa melhor do que ninguém.
Não sei onde tudo isso vai dar, mas
acredito que, se esse acirramento de ânimos continuar, dificilmente vai acabar
bem. Do jeito que a coisa vai, desconfio que logo, logo, esse embate ganhará
novos contornos. Em vez de os grupelhos de extrema esquerda resistirem à
polícia, quando ela dá o ar de sua graça para proteger a população e o
patrimônio público e privado do vandalismo, eles vão acabar enfrentando grupos
rivais igualmente radicais, como acontecia nos anos 1930, quando comunistas e
integralistas lutavam entre si, sem dar a mínima para a democracia -- e todos nós
sabemos onde isso costuma acabar.
Sinceramente, espero estar enganado. Ficarei
até feliz com isso. Estou certo, porém, de que esse Brasil, marcado pelo
radicalismo e pela violência social, não é o Brasil que sonhamos para nós, para
os nossos filhos e para os nossos pais.
Pensem bem antes de responder...
Você é Hipócrita?
Sobre a Essência da Educação
Um Suborno para Seu Professor
Um professor estava dando um teste
aos seus alunos. Entregou todos os testes e voltou à sua mesa para esperar.
Quando o teste terminou, todos os alunos o entregaram de volta. O professor
notou que um dos alunos tinha colocado uma nota de $100 presa ao teste, com um
bilhete dizendo: “Um dólar por ponto.”
Na aula seguinte o professor entregou
os testes de volta. Aquele aluno recebeu o seu teste e $56 de troco.
Um Coração
O Talmud relata o seguinte episódio:
Quando nosso pai Jacob estava no
leito de morte, cercado por todos os seus filhos, de repente sentiu a Divina
Presença, a Shechiná, se afastar dele. Foi dominado pelo medo de que alguns dos
seus filhos ali presentes estivesse levando uma vida imoral, e que por isso a
Shechiná o tivesse deixado. O velho pai confrontou seus filhos, perguntando se
talvez algum deles tinha se corrompido, traindo os valores que ele, Jacob,
tinha tentado inculcar dentro deles.
Os filhos responderam com a famosa
declaração judaica: “Shema Israel Hashem Elokenu Hashem Echad. Ouça Israel - o
nome de Jacob era Israel - o Eterno é Nosso D'us, o Eterno é Um. Assim como em
seu coração há somente Um, em NOSSO coração também há somente Um.”
Naquele momento Jacob respondeu:
“Baruch Shem Kevod Malcuto Le’olam Vaed. Bendito seja o honorável nome de Seu
reino para todo o sempre.” (Talmud Pessachim 56 a)
Sua resposta levanta uma questão.
Ouçamos cuidadosamente suas palavras: “Assim como no SEU coração há somente Um,
também em NOSSO coração há somente Um.” A primeira metade da declaração parece
supérflua. Sabemos que no coração de Jacob havia somente um D'us. Isso não
estava em discussão; ninguém suspeitava do coração e da fé de Jacob. A questão
era o que estava se passando no coração DELES. Tudo que precisavam dizer era:
“Ouça, pai, em NOSSO coração há somente Um!’”?
Um Espelho
A resposta é que nessa mesma
expressão eles resumiram um dos maiores temas da educação. A primeira metade da
frase não era supérflua. Os filhos de Jacob estavam explicando por que o pai
não precisava temer sobre o destino moral dos filhos. “Jacob, nosso pai, se há
apenas Um em seu coração,” os filhos disseram, “pode ter certeza de que em
nossos corações, também, há somente Um.” Como em seu coração havia um, nosso
coração também está saturado com o único D'us vivo.”
Com frequência, os pais pensam que
podem transmitir valores aos filhos sem interiorizá-los na vida diária. Ensinam
aos filhos sobre integridade, fé, amor e disciplina, mas não necessariamente
incorporam esses princípios. Rezam a um D'us, mas aquele único D'us não os
desafia em sua vida pessoal. Eles falam contra raiva, animosidade, inveja e
egoísmo, mas eles próprios são presas desses traços.
Isso geralmente não resolve. Os
filhos não reagem tanto àquilo que os pais dizem quanto àquilo que são. Valores
são como resfriados: são apanhados, não ensinados. Se em seu coração há Um - em
seus corações também haverá Um. Quando seus filhos sentem consciente e
inconscientemente sua pureza e integridade, é provável que os valores que
moldaram os pais continuem na vida dos filhos. Pode levar alguns anos ou
décadas, mas as sementes plantadas pelo seu coração no coração de seus filhos
irá produzir os resultados.
Os cientistas políticos há muito
descobriram que quatro em cada cinco pessoas com preferência por um partido
cresceram votando como os pais. Na verdade, enquanto muitas pessoas passam por
uma rejeição temporária da política dos pais na juventude, praticamente nada é
mais previsível da sua ideologia política que aquela de seus pais - é um fator
mais determinante que renda, educação ou qualquer outro campo social.
Hipocrisia
Quando indagado sobre os maiores
desafios que enfrenta hoje, o diretor de uma das maiores escolas judaicas nos
Estados Unidos disse: pais gastam milhares de dólares por ano em mensalidades
escolares para enviar os filhos para nossa escola onde, junto com matemática e
química, devemos ensinar algumas éticas básicas. Então, no domingo, os pais
levam os filhos ao parque de diversões e mentem sobre sua idade para economizar
5 dólares no ingresso. Para economizar cinco pratas eles destroem uma educação
de $15.000.
A maior parte dos pais e professores
entende que valores e perspectivas devem ser plantados pelo exemplo pessoal. No
entanto, na prática às vezes tentamos inculcar em nossos filhos e alunos
rotinas de comportamento que ainda não dominamos pessoalmente. Insistimos para
que nossos filhso comam corretamente, embora sobrevivamos de café e bolinhos.
Insistimos para que não fiquem horas sentados na frente da TV, enquanto não
correspondemos a essa expectativa. Em resumo, achamos mais fácil educar nossos
filhos que a nós mesmos, e à vezes é isso que fazemos.
Essa hipocrisia tem resultados
desastrosos: muitos filhos veem seus pais e professores como insinceros. O
desrespeito desabrocha lentamente até que, entre os 12-15 anos, prejudica o
relacionamento entre pais e filhos ou entre professor e aluno. Então os filhos
rejeitam a autoridade moral dos adultos em sua vida. Isolam-se emocionalmente
dos pais e professores, começam a tomar as próprias decisões (muitas vezes
autodestrutivas).
Num famoso estudo sobre a transmissão
de valores de pais aos filhos foi feita a seguinte pergunta a muitas crianças:
o que seus pais querem que você seja quando crescer - rico, inteligente, famoso
ou bom? A maioria das crianças, de variados setores demográficos e culturais -
disse rico, inteligente ou famoso como mais importante. E a característica de
menor valor foi “bom”. Ironicamente, os pais dos mesmos setores responderam que
preferiam “bom” como característica para seu filho.
Por que então houve essa desconexão
entre o desejo dos pais e a percepção dos filhos?
A resposta pode ser que ensinar e
transmitir valores aos filhos exige uma prática paralela por parte dos pais. A
verdadeira bondade não é ensinada em livros, é transmitida pelo exemplo vivo.
Os pais podem dizer aos filhos que desejam que eles sejam bons acima de tudo,
mas o que os filhos estão sentindo por parte dos pais? Eles estão - os pais -
colocando a bondade acima de todos os outros confortos?
Se você deseja tocar o coração de seu
filho, assegure que seu próprio coração foi tocado. E trabalhe não apenas na
sua identidade consciente, mas também na inconsciente. Os filhos muitas vezes
reagem ao inconsciente dos pais ainda mais que ao consciente.
Essa foi a mensagem dos filhos de
Jacob ao pai: o motivo pelo qual há apenas Um em nosso coração é porque nossos
corações refletem e espelham o SEU coração, e em seu coração há apenas Um. Isso
é verdadeiro a respeito de todo pai e professor.
Atentar-se às recomendações antes de praticar...
Oito
coisas que elas odeiam que ele faça na cama
Elas não querem transar toda hora,
demoram mais para chegar lá e são, digamos, mais delicadas durante o sexo. Como
já é difícil envolver uma mulher o suficiente pra pintar um clima, a última
coisa que um homem quer é ser desagradável e grosseiro na hora H.
Assim como eles reclamam delas na
cama — principalmente durante a masturbação e o sexo oral — muitas vezes elas
também estão insatisfeitas e nem sabemos. Veja o que as mulheres mais
desaprovam e abominam durante a relação sexual.
1) Quando o cara quer reproduzir a
posição do filme pornô
Elas odeiam quando o cara tenta
imitar posições que obviamente ele viu num vídeo pornô. Tudo porque, além de
acabar praticamente de ponta cabeça, a mulher ainda têm que ouvir seu
comentário: “Você está curtindo, né, amor?”
2) Quando pedimos para ela colocar a
camisinha
Raciocine: por melhor que ela seja na
tarefa, muito dificilmente será melhor do que você — que teve que fazer isso a
vida inteira. Se for a primeira vez que você está transando com a garota é
melhor evitar fazer esse tipo de pedido. Dá a impressão de que temos preguiça
de colocar.
3) Quando ele se empolga e quase
espanca a garota
Ainda mais nas primeiras relações
sexuais com determinada pessoa, se você ficar dando muito showzinho vai parecer
um cara grosseiro e que não se importa com o bem-estar dela. É melhor maneirar
nos tapinhas e deixar eles para quando vocês tiverem mais intimidade. A não ser
que esteja tudo muito claro que vocês sentem apenas atração física, e que será
uma noite e nada mais.
4) Quando a sufocamos durante o sexo
oral
Essa é uma coisa que deve ser bem
desconfortável — e só elas sabem o quanto. A mulher quer passar longe da sua
cama se você for do tipo que a sufoca fazendo movimentos bruscos durante o sexo
oral. É de vomitar mesmo!
5) Quando eles veem coisas na
internet e querem fazer igual
Cubos de gelo podem ser eficientes
pra baixar a temperatura de muita gente, porém nem toda mulher acha divertido
esfregá-los em suas partes íntimas. Se não dá pra ser original no fetiche,
escolha pelo menos um onde ambos poderão se sentir excitados.
6) Quando exploramos tudo ao mesmo
tempo
Não precisa cair em cima com tanto
desespero porque ela não vai fugir de você. Vá com calma, rapaz! E nem pense em
sair enfiando o dedo em tudo quanto é buraco, como se estivesse tocando um
instrumento, elas detestam isso. Por mais difícil que seja, tente ser delicado
ao tocá-la, mesmo que sua “pegada” seja forte.
7) Quando eles tentam o anal sem
avisar
Acho que essa é a pior das piores.
Não há nada mais grosseiro do que o casal estar lá no ato e de repente o machão
escorregar o seu membro no ânus dela. Deve ser uma dor incrível, ainda mais sem
ter sido estimulada antes. E obviamente isso jamais deve ser feito de surpresa.
8) Quando você fica em cima durante o
69
Precisa dizer mais alguma coisa ou já
dá pra imaginar por que é desconfortável? Se você estiver em cima se mexendo
como um cavalo, vai acabar sufocando a coitada lá embaixo. Se for fazer 69,
sempre faça a gentileza de deixá-la ficar em cima e controlar a velocidade.
Elas preferem e se sentem mais confortáveis.
Heróis vivos...
Dois
bombeiros belgas morrem ao tentar salvar um cisne
Cisne e seus filhotes em lago na
Itália
Dois bombeiros belgas morreram
tentando resgatar um cisne, preso em uma área de fortes correntezas no rio
Ourthe, perto de Liege (sudeste), indicou neste sábado as autoridades belgas.
Um morador local que viu o cisne em
apuros sem conseguir sair da água na sexta-feira, chamou os bombeiros.
Um primeiro mergulhador entrou na
água para tentar salvar o animal, mas foi pego pelo redemoinho formado pelas
correntezas. O mesmo aconteceu com um segundo mergulhador.
Um terceiro bombeiro finalmente
conseguiu tirá-los da água, mas ambos não resistiram e morreram, provavelmente
em decorrência de uma parada cardíaca, segundo a ministra do Interior belga,
Joelle Milquet.
Alerta...
Redução
de seis fatores de risco poderia evitar a morte de 37 milhões em 15 anos
Estudo analisou impacto de redução do
uso do tabaco, consumo de álcool, ingestão de sal, pressão arterial, nível de
açúcar no sangue e obesidade em todo o mundo
Reduzir ou restringir apenas seis
fatores de risco - como o uso do tabaco, de álcool, ingestão de sal, a pressão
arterial, o nível de açúcar no sangue e a obesidade - poderia evitar mais de 37
milhões de mortes prematuras no período de 15 anos. Isto porque isso reduziria
a incidência de doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas,
câncer e diabetes - quatro das principais doenças não transmissíveis que mais
matam no mundo.
Prevenção de doenças crônicas pode
fazer crianças viverem 100 anos
Os dados são preocupantes. Em 2010,
28,3 milhões de pessoas morreram dessas doenças no mundo. Logo, a diminuição de
37 milhões de mortes equivale a uma extinção de quase um ano e meio de mortes.
Este é o primeiro estudo que analisou
o impacto que a redução fatores de risco globalmente para reduzir as mortes
prematuras por doenças não transmissíveis .Usando dados nacionais sobre as
mortes e os fatores de risco e modelos epidemiológicos, pesquisadores do
Imperial College London, Reino Unido, calcularam que a carga de cada um dos
seis fatores de risco.
No estudo foi calculado os resultados
da redução de 30% (e uma redução mais ambiciosa de 50%) do fumo, 10% do consumo
de álcool, 30% da ingestão de sal, redução de 25% da pressão arterial elevada
além de travar o travar o aumento da prevalência de obesidade e diabetes.
No geral, os resultados sugerem que o
cumprimento das metas para redução dos seis fatores de risco diminuiria a morte
prematura por quatro das principais doenças não transmissíveis em 22% em homens
e 19% para as mulheres em 2025 em comparação ao que eram em 2010. A redução
ocorreria em todo o mundo, retardando pelo menos a morte de 16 milhões de pessoas
com 30 anos de idade e 21 milhões naqueles com 70 ou mais.
Os autores do estudo preveem que os
maiores benefícios virão pela redução da pressão arterial e do tabagismo. Eles
calculam que uma redução mais ambiciosa de 50% na prevalência do tabagismo em 2025,
mais do que a meta atual de 30%, reduziria o risco de morrer prematuramente por
mais de 24% em homens e em 20% nas mulheres.
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