sexta-feira, 22 de junho de 2012

Viva a sabedoria...


TRATADO SOBRE A TRINDADE - LIVRO X
"A alma vê, conhece e ama o esplendor e a utilidade desta beleza, e quem procura o significado das palavras que ignora, esforça-se quanto pode para aperfeiçoar-se nesta ciência. Porém, uma coisa é contemplar este ideal à luz da verdade, e outra desejar realizá-lo em si. Á luz da verdade contempla como é grande e como é bom entender e falar línguas de todos os povos, e não ouvir a ninguém como estrangeiro e como tal tembém não ser ouvido. Em seu pensamento percebe a beleza deste saber e, portanto, uma coisa conhecida e amada. Assim considerada, ela estimula o esforço dos que aprendem, de tal modo que movem ao redor dela e a desejam em todo o trabalho que empreendem para adquiri-la, a fim de abraçar na prática o que já conhecem pela razão".

Aurélio Agostinho (354-430). Após a conversão ao Cristianismo Agostinho estudou profundamente filosofia e escreveu várias obras que influenciaram muitos pensadores medievais, modernos e até contemporâneos.

Curioso...


Deu a louca no dinheiro
Alemanha
·         Uma pesquisa feita na Europa e divulgada no início de outubro de 2001 apontou que os alemães que guardavam dinheiro em casa preferiam mantê-lo dentro do congelador. Já os franceses e os holandeses escolhiam um local mais tradicional: o cofre fechado com chaves.
·         Um homem pediu uma xícara café e deu uma gorjeta de 25 mil marcos — 11 mil dólares, na época — ao garçom. Foram 250 notas de 100 marcos. Pensando que o dinheiro fosse roubado, o garçom chamou a polícia. Depois da investigação, descobriram que o dinheiro era da conta do próprio homem. Um tribunal decretou que ele sofre de alguma confusão mental e apreendeu o dinheiro.
·         Aos 56 anos, o alemão Christian Anders alugou sua mulher Jenna por um ano ao milionário Michael Leicher. O negócio foi fechado pelo equivalente a 650 mil reais, e celebrado com um brinde de champanhe entre os dois. A ideia surgiu depois que Leicher, com 34 anos, passou a assediar Jenna, 30 anos mais nova que o marido. O dinheiro seria usado para pagar suas dívidas.
Inglaterra
·         Em outubro de 2005, Ruby Dickens, de 79 anos, começou a distribuir notas de 5 libras (cerca de 20 reais) pelas ruas de Liverpool. A vovó inglesa disse que tinha recebido um dinheiro do qual não precisava e estava simplesmente "distribuindo alegria".
·         O inglês vendedor de móveis Michael Antonucci ganhou 2,8 milhões de libras (cerca de 11 milhões de reais) na loteria em 1995. Só que, em 2007, ele já havia perdido tudo, e teve que pedir seu antigo emprego de volta. O ex-milionário disse: "Você não quer morrer como um homem rico, quer? Você precisa gastar algum dinheiro e aproveitar". Entre os maiores gastos de Antonucci estão um casamento com uma modelo de 22 anos que durou 3 meses, e o lançamento de uma banda pop, que fracassou.
Estados Unidos
·         A notícia saiu no jornal "Seattle Times": o americano Sylvester Neal passou 40 anos guardando moedas no porão de sua casa, escondido da mulher. Em outubro de 2001, levou tudo para ser contado. Ele tinha cem mil moedas de um centavo, num total de mil dólares.
·         Em Nova York, o preso Michael Mathie tinha em 1999 uma renda bruta estimada em quase 900 mil dólares, além de investimentos em um imóvel e vários carros. Como ele fez fortuna? Por telefone. Ele afirmava que tinha conseguido negociar 8 milhões de dólares em ações na bolsa de valores. Ele realizava as propostas telefonando a cobrar para seu pai de um telefone público — mais de 10 vezes por dia quando o mercado estava mais agitado. Então seu pai realizava as transações pela Internet.
Nova Zelândia
·         O site da "BBC" publicou em 7 de março de 2005 que a neozelandesa Julz Thomson, que estava grávida, leiloou sua barriga como espaço publicitário. Um empresário de Auckland cuja companhia tem como slogan "The mailman always delivers" ("O carteiro sempre entrega") comprou o direito de uso por 470 reais. A quantia garantiu que Julz usasse uma camiseta com o mote da companhia até que seu bebê nascesse.
Rússia
·         Cerca de 400 funcionários de hospital da cidade de Nizhni Novgorod, na Rússia, receberam estrume com pagamento. Na Rússia, o pagamento com mercadorias não é exatamente novidade, mas antes esses funcionários recebiam carne e manteiga. Em 1994, trabalhadores foram pagos com absorventes íntimos.
Tibete
·         A agência de seguros britânica High/Wild criou um seguro de 1,5 milhão de dólares contra ataques do abominável homem das neves. O dono da empresa surgiu com a ideia porque diz ter visto, em 1978, pegadas do bicho na montanha Himal Chuli, a 6.333 metros de altitude.

Piadas...


O tatu

Um tatu subiu num poste 20 metros e escorregou 10.
Quantos metros ele subiu?
Resp: Nenhum tatu não sobe em poste.
http://www.humorbabaca.com/piadas/charadas/o-tatu

Devanear...


SUAVE MARI MAGNO – MACHADO DE ASSIS

Lembra-me que, em certo dia,
Na rua, ao sol de verão,
Envenenado morria
Um pobre cão.

Arfava, espumava e ria,
De um riso espúrio e bufão,
Ventre e pernas sacudia
Na convulsão.

Nenhum, nenhum curioso
Passava, sem se deter,
Silencioso,

Junto ao cão que ia morrer,
Como se lhe desse gozo
Ver padecer.

Pensamentos...


F A R M Á C I A D E P E N S A M E N T O S
“Só quando já não se tiver finalidades na vida é que se é realmente livre”. Erich-Maria Remarque, escritor, ALE, 1898-1970
Sexta-feira, 22 de junho de 2012
Anjo do dia: Ieialel.
Dia de São João Fischer.
Dia do Aeroviário, em homenagem à data de promulgação do decreto 1.232, em 1962, que regulamentou a atividade.
Dia do Orquidófilo.

1633 Julgamento de Galileo Galilei pela
inquisição, por contrariar o Papa afirmando que a
Terra não era o centro do Universo.
1976 Protesto pacífico realizado por 10 mil
estudantes contra a política racista do governo
da África do Sul, conhecido como Levante de
Solweto, é reprimida com violência pela polícia,
e provoca 140 mortes e deixa 1.128 feridos (16/7 em outra versão).
1992 Nelson Mandela solicita a intervenção da ONU na África do Sul.
2000 Nasa confirma sinal de água em Marte.
2008 The Economist, revista inglesa: “Com seus
vários defeitos, em muitos sentidos o Brasil está
começando a se comportar como um país sério”.

1898 Nascimento: Erich Maria Remarque, escritor alemão.
1936 Nascimento: Hermeto Pascoal, músico e compositor.
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Do mal...


O império da bandidagem

A última estarrecedora novidade no circo de horrores em que se transformou o caso Cachoeira é a decisão do juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável por processos criminais que resultaram da Operação Monte Carlo, de solicitar afastamento do caso à Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), sob a alegação de que ele próprio e a família têm sofrido ameaças de morte, presumivelmente por parte de policiais envolvidos no escândalo. A medida do impacto negativo dessa decisão pode ser avaliada pela manifestação do presidente do STF, ministro Ayres Britto: "É um caso de gravidade incomum". A pergunta que cabe: o aparato governamental não tem condições de garantir segurança a seus agentes, para que possam se dedicar incólumes ao pleno exercício de suas funções?

No pedido de afastamento, documento a que o Estado teve acesso, o magistrado goiano afirma encontrar-se em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do Estado de Goiás" e explica que, apesar de se submeter a um rígido esquema de segurança recomendado pela Polícia Federal (PF), as ameaças que recebe são constantes: "Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram".

De acordo com o juiz, "pelo que se tem de informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da quadrilha". É compreensível, embora lamentável, portanto, a decisão do magistrado de, para proteger a família e a si próprio, abandonar o caso e, ainda por medida de precaução, passar um tempo no exterior.

A Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro do ano passado pela Polícia Federal para investigar a atuação de organizações criminosas envolvidas na exploração do jogo em Goiás e no Distrito Federal, resultou em duas ações penais na Justiça Federal em Goiás, sob a responsabilidade do juiz Moreira Lima, e também em processos que correm no STF, envolvendo réus com foro privilegiado. No âmbito do TRF1 o processo foi desmembrado por iniciativa de Moreira Lima, para agilizar sua tramitação: um é relativo aos oito réus que estão presos, entre eles Carlinhos Cachoeira. No outro estão os 73 réus que estão soltos, entre eles 35 policiais civis, militares e federais. A pergunta inevitável: não seria uma cautela elementar manter presos também os réus que são policiais?

Essa seria a melhor decisão, se também nesse caso prevalecesse o argumento do desembargador Sergio Bittencourt, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), que na semana passada rejeitou o habeas corpus impetrado pela revogação da prisão de Cachoeira. Afirma o magistrado em seu despacho: "Não se pode olvidar o fato de as investigações mostrarem ser o paciente o líder de uma organização criminosa com complexas relações ilícitas, que envolvem autoridades de grande influência em Poderes da República, o que justifica a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública". Ora, se Cachoeira deve continuar preso para que não exerça sua influência perniciosa, no caso, sobre "os Poderes de República", o mesmo deveria valer para os policiais suspeitos que ameaçam a integridade física de quem deve julgá-los.

De qualquer modo, a Justiça, por decisão da 3.ª Turma do TRF1, deu outra boa notícia ao rejeitar o argumento da defesa do contraventor, de que seriam ilegais as escutas telefônicas com base nas quais a PF desenvolveu a Operação Monte Carlo. A justificativa apresentada era de que o inquérito é ilegal porque baseado em denúncias anônimas. O relator, juiz federal Tourinho Neto, havia acolhido esse argumento, que não foi aceito pelos dois outros magistrados da 3.ª Turma. Tourinho Neto, aliás, é o mesmo juiz que, na semana passada, havia mandado libertar Cachoeira. Isso só não aconteceu porque o contraventor tem o rabo preso em mais de um processo.

Vale tudo?

Assalto ao trem pagador

Quanto vale um político? Roga-se ao leitor que leve a pergunta a sério, embora ele tenha montanhas de motivos para pensar numa resposta que seria impublicável. Na esfera privada, o mercado avalia mais ou menos a paga a que um profissional pode aspirar. Ela espelha, também com variados graus de fidelidade, a importância de sua atividade para o sistema econômico e social. Exprime ainda a relação entre a abundância ou a escassez dos produtores de bens e prestadores de serviços e o tamanho da demanda por eles. E reflete, evidentemente, as diferentes aptidões individuais, a experiência e outros atributos valorizados pelas empresas ou pessoas que os requisitam. Como, porém, mensurar o que seria o "salário justo" de um político?

A resposta será sempre imprecisa, à falta de um valor de mercado que resulte daquelas e de outras variáveis, no âmbito da sociedade civil (por oposição à sociedade política, integrada pelos detentores de cargos em todos os nichos dos Três Poderes). Ainda assim, três aspectos devem ser lembrados. Um é que a democracia é um brinquedo caro e que vale o quanto pesa no bolso do contribuinte, ao menos enquanto as instituições democráticas e os seus ocupantes não se tornem disfuncionais para além de qualquer reparo - o que não se verifica no Brasil. O segundo aspecto é o ganho médio da população assalariada ou auto empregada em atividades que requeiram um mínimo de formação e especialização. E o terceiro é a proporção do gasto com os representantes eleitos nos orçamentos do setor público, municipais, estaduais e federais.

Por esses critérios de avaliação, os políticos brasileiros não são nem mais nem menos bem pagos que seus pares dos países comparáveis ao Brasil. Deve-se enfatizar esse ponto para denunciar, com base na argumentação objetiva que o precedeu - e não apenas a partir da indignação cívica -, o assalto ao trem pagador que se planeja no Congresso Nacional. Trata-se da emenda constitucional aprovada em questão de meia hora numa comissão especial da Câmara, que acaba em todos os níveis da Federação com o teto salarial dos servidores. Hoje este não pode superar os R$ 26.723,13 dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da República perde para o Legislativo o poder exclusivo de fixar o maior salário na área pública. A paga básica dos parlamentares acompanhará a dos magistrados.

O golpe é transparente - para perverter o termo usado no contexto do aperfeiçoamento democrático. A vingar o assalto, os políticos se livrarão do desgaste de aprovar aumentos salariais em benefício próprio: bastará majorar os vencimentos dos titulares do Supremo e o cofre do Congresso se abrirá automaticamente na mesma medida. Por via das dúvidas, os parlamentares pretendem desde logo elevar para R$ 32.147,90 a paga dos ministros. Os aumentos no STF, como se sabe, produzem efeito cascata de alto a baixo no Judiciário. Para que não se acuse de egoísmo os seus autores e apoiadores, a manobra favorecerá também a cúpula do Executivo. O impacto da lambança nas contas públicas ainda não foi estimado. O certo é que diminuirá o controle do presidente, governadores e prefeitos sobre seus orçamentos.

É bom não esquecer de que o bolo que os políticos rateiam entre si já leva a cobertura indecorosa das "verbas indenizatórias", que incluem as despesas com a manutenção de escritórios em seus Estados, cujos funcionários são, sem tirar nem pôr, cabos eleitorais pagos pelo público - já não bastassem as pencas de servidores e apaniguados nos seus gabinetes parlamentares.

No Senado, os gastos dos políticos com a sua saúde e a da família imediata - quaisquer que tenham sido e onde quer que tenham ocorrido - são reembolsados. Com seis meses de exercício do mandato, o senador adquire a prerrogativa que não só é vitalícia, mas também hereditária: estende-se ao cônjuge até a sua morte. Em um único mês de 2007, um senador apresentou uma conta de R$ 740 mil.

A desfaçatez campeia. No Amapá, as verbas indenizatórias dos seus 24 deputados - R$ 50 mil mensais - são as mais altas do País. No ano passado, só com diárias de viagem, cada um gastou, em média, R$ 125 mil.

Mais uma etapa superada...