quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Refletir...
“’Quando uma porta se fecha, outra se abre. Mas, muitas vezes, nós ficamos tanto tempo olhando, tristes, para a porta fechada que nem notamos que se abriu outra para nós.” (Alexander Graham Bell)
www.bilibio.com.brPensamentos...
"As três coisas mais difíceis são: guardar um segredo, esquecer uma injustiça e utilizar bem o lazer". Chilon, sábio, GRE, 560aC
Quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Anjo do dia: Anauel.
Dia de Santo Eusébio de Vercelli.
Dia Mundial do Folclore.
Dia do início da Lua Cheia.
1920 Formação da Corte Internacional de Justiça de Haia.
1964 Guerra EUA x Vietnã: acidente no Golfo de Tonquin - para obter apoio popular para a guerra, o Pentágono forja um acidente, no qual 2 navios norte-americanos teriam sido atacados por norte-vietnamitas enquanto patrulhavam o golfo (entre 2 e 4/8).
Mais tarde a verdade viria à tona: o ataque não aconteceu. Foi uma invenção para impedir a independência do Vietnã e manter o domínio norte-americanos na região.
2008 Cientistas alemães divulgam que localizaram o Hipódromo de Olímpia, na Grécia, sede das Olimpíadas na Antiguidade, a 10 metros de profundidade.
1932 Nascimento: Peter O'Toole, ator irlandês.
1942 Nascimento: Isabel Allende, escritora chilena, sobrinha de Salvador Allende, ex-presidente do Chile, deposto por militares para instalar uma ditadura.
www.farmaciadepensamentos.com
Sorrir...
Assaltando o presidente
Um assaltante abordou o Lula chegando de viagem (é, ele teve a sorte de encontrar o homem no Brasil!). Encostou um revólver
enorme na cabeça do presidente e ordenou:
-Passe todo o seu dinheiro, rápido, vamos!
-Mas assim não dá! - reclamou o presidente. - Você sabe com quem está falando?
-Não, senhor!
-Eu sou o Lula, o presidente deste país!
-Então, passe todo o MEU dinheiro! Rápido, vamos!!
http://www.humorbabaca.com/piadas/politicos/assaltando-o-presidente1
Curioso...
Foguete-cinto. Foi uma invenção que fez sucesso nos anos 60. Quem viu o filme Rockteer irá se lembrar. O piloto leva um foguete nas costas, amarrado por um cinto no seu corpo. Mas tudo não passa de ficção. O foguete-cinto de verdade nunca conseguiu voar mais que 28 segundos.
Fralda para periquitos. A ideia foi da americana Bertha Luigi, patenteada em 1959. Ela explicou que estava cansada de limpar a toda hora a gaiola de seus periquitos.
Garfo elétrico. Amante de uma boa macarronada, o americano Israel Robert Smuts bolou um garfo elétrico que facilitava o seu trabalho na hora de enrolar o espaguete.
Jangada de plástico. Surgiu nas praias pernambucanas nos anos 70. O industrial José Vítor de Araújo gostava de pescar, mas não conseguia levar uma jangada na kombi. Daí veio à ideia. Sua jangada de plástico tinha 5 metros de comprimento, pesava 70 quilos, contra os 400 de uma jangada tradicional.
Panela com colher mecanizada. A colher, acoplada a uma panela, mexe sozinha a comida. Se o telefone tocar, por exemplo, acaba aquele problema de ter de parar de mexer a comida.
Protetor de bigode. Ele vem preso à colher ou ao copo para manter o bigode seco quando se toma sopa ou se bebe alguma coisa. Invenção da americana Mary Evans, em 1899.
Roupa flutuante. A roupa idealizada por André Cateysson, registrada em 1904, era confeccionada em guarnições tubulares, pneumáticas ou cheias de pedacinhos de cortiça.
Sapatos flutuantes. Lembravam pequenas pranchas de surfe para encaixar nos pés e servem para andar em cima da água. Foram desenvolvidos pelos artistas plásticos mineiros Inimá José de Paula e Antônio Luís Araújo, mas nunca chegaram a ser fabricados.
Solado e salto de sapato removível. Em 1953, Giordano Bruno Bismarck inventou solados e saltos com orifícios e saliências para serem ajustáveis a uma base fixa no sapato. Com isso, aumentaria a durabilidade do calçado. Giordano acabou se desentendendo com a indústria que fabricava os sapatos e a parceria foi interrompida em 1959. Ele patenteou, em 1972, o pente-pincel - um pente com uma pequena esponja para a aplicação de tinturas no cabelo.
Trilhos para a mesa. O francês Gaston Menier instalou em 1880 em sua mesa de jantar trilhos que vinham da cozinha. Os pratos vinham num trem elétrico, a 3 km/h, controlado pelo anfitrião e conseguia transportar até 25 quilos de comida.
http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/3568/1/p-a-z.html
Viva a sabedoria...
Liberdade – Jonathan Franzen
Da adolescência de um casal em New York, a partir dos anos 70, até 2010, vamos acompanhar um cotidiano, um mosaico de nossa época nos EUA, sobretudo na pele de Patty e Walter. Das mágoas e dores, a família Berglund avança para a redenção de um novo mundo, o mundo digital, o mundo pós-contemporâneo. Este livro tem recebido restrições e apontamentos em torno da ingenuidade, pressa, escorregões literários de Franzen para bordões usuais do jargão literário, o que de fato parece ter acontecido. Ainda assim estamos diante de uma obra que merece notação por fotografar uma época na qual os EUA decidiram por Bush e o negaram, uma época na qual o mundo digital veio forte e atropelou comportamentos e momentos que marchavam para a frente olhando, muitas vezes, para os anos 70. Uma introdução à família e aos relacionamentos familiares por mais de trinta anos.
http://filosofia.com.br/vi_livro.php?id=41Rotina diária...
O estado de violência
"Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem." A frase lapidar de Bertolt Brecht pode ser o ponto de partida para uma reflexão sobre a sensação de insegurança que, segundo recente relatório da ONU, é a maior do mundo e atinge 70% dos brasileiros. São Paulo, a maior metrópole do País, registra 1% dos homicídios do mundo, mesmo tendo só 0,17% da população global. Os indicadores do estado de violência na capital - assassinatos, estupros, roubos de cargas e de veículos, arrastões - aumentaram seguidamente nos últimos meses (homicídios, 47% em junho), expandindo as correntes de medo e comoção, que desaguaram no assassinato de Tomasso Lotto, italiano de 26 anos que escolhera o Brasil para morar e trabalhar. Lotto chegou na sexta e morreu no sábado, 21.
A constatação do secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, de que São Paulo vive uma "escalada de violência", devendo se encaixar o homicídio do jovem italiano na paisagem de eventos corriqueiros que ocorrem "em Cidade Tiradentes, em Itaquera e no Jardim Ângela", não responde à questão central: qual a razão do pico de violência no ciclo em que 30 milhões de brasileiros entram no andar da classe C? Ou, para seguir a pista oferecida pelo dramaturgo alemão, não teria havido descompressão das margens para aliviar a carga de violência do rio? Algo soa estranho. O Brasil do resgate social da era Lula, cantado em prosa e verso porque transformou sua pirâmide em losango com o adensamento das classes médias e o estreitamento das margens de pobreza, aponta para uma composição menos desigual, mais harmônica e, por isso mesmo, menos conflituosa.
Essa é a leitura apropriada de uma paisagem pintada com os traços da distribuição de renda e de menor desigualdade entre classes. A recíproca é verdadeira. Apregoa-se que a exclusão social desencadeia violência por transformar a indignação, a contrariedade de amplos contingentes, a fúria de grupamentos marginalizados em linguagem e arma contra a ordem estabelecida. Os excluídos da mesa social, explicam a sociologia e a psicologia, tendem a ultrapassar as fronteiras da sociabilidade e da civilidade, distanciando-se de práticas civilizatórias da modernidade e se aproximando da barbárie. Atos radicais contra pessoas e organizações constituiriam reflexo de tal condição. Como se pode aduzir, as hipóteses parecem lógicas. Mas não são as únicas que explicam a fenomenologia da insegurança e da harmonia social.
Observe-se, por exemplo, a aparente contradição entre a expansão do progresso social, aqui entendido como elevação dos padrões de vida de classes menos favorecidas, e o incremento da violência no País. Basta analisar as taxas de criminalidade que se expandem no Sudeste, região que detém o maior PIB nacional. Desde a década de 70, os homicídios quadruplicaram em São Paulo e triplicaram no Rio de Janeiro. Mais de cem pessoas morrem no Brasil todos os dias, vitimadas por armas de fogo. No Rio a taxa é maior que o dobro da média nacional. Os motivos são conhecidos. Ali, ao longo de décadas, travou-se uma luta renhida entre traficantes e forças policiais, dentro de uma complexa anatomia urbana, ocupada por favelas que, até há bem pouco, eram consideradas território imune ao império da lei. Hoje, o "país" informal dominado pela criminalidade cede lugar ao Estado formal, que desenvolve árdua tarefa de pacificação nas comunidades.
Já São Paulo, o maior aglomerado urbano do País, comporta uma população equivalente à de dez cidades de mais de 1 milhão de habitantes. Sua cadeia de problemas se deve ainda ao intenso processo de conurbação que liga a capital a 38 municípios no entorno, formando um agregado de cerca de 20 milhões de pessoas. Com tal gigantismo, não surpreende que a região seja abrigo das maiores carências nacionais, a começar da segurança pública. São Paulo e Rio contabilizam mais da metade dos crimes violentos do País. Chega-se, neste ponto, à indagação central: a elevação dos padrões de cidadania - pelo acesso de contingentes marginais ao mercado de consumo e aos direitos básicos dos cidadãos - contribui para a harmonia social? A considerar a planilha de expansão dos crimes, não. Ora, se a resposta é negativa, que fatores explicam o aumento da violência? O primeiro é, seguramente, a ausência do poder do Estado.
O descaso e a omissão dos governos nas frentes dos serviços públicos essenciais são responsáveis pela institucionalização da violência. Agrupam-se nesse vácuo falhas nas áreas de prevenção da segurança, deficiências dos sistemas de saúde, transportes, habitação, educação, etc. As carências abrem espaço a múltiplas formas de violência. Criminosos fazem do crime seu meio de vida. Bafejados por defasadas leis penais, entram em regime de progressão da pena, ganham indulto e liberdade condicional. E retornam ao mundo do crime. Veja-se mais um dado da desorganização: há 514 mil pessoas presas no País e cerca de 500 mil mandados de prisão aguardando cumprimento, 360 mil só no Sudeste. Que segurança se pode ter diante desse quadro?
Um tipo de violência leva a outro. O desarranjo decorrente da ausência dos braços do Estado induz parcelas sociais a descumprir obrigações, desrespeitar leis, fugir ao império da ordem, como se pode constatar nas violações no trânsito ou nas teias de corrupção que se multiplicam nos subterrâneos da administração pública. E o que dizer da violência do próprio aparato policial, cujas condições de vida digna deixam a desejar, a partir de uma miserável remuneração? A violência que viceja no seio das polícias decorre, pois, da violência institucionalizada, cujo responsável maior é o Estado. À guisa de conclusão, com um adendo à lição de Brecht: além das margens, ninguém diz violentas outras áreas que comprimem o rio.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-estado--de-violencia-,907404,0.htm
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