Primeiro
bebê clonado vai nascer em Israel (imprensa)
14h11 - 10/03/2001
BERLIM, 10 mar (AFP) - O primeiro bebê
clonado deve nascer em Israel, onde o ginecologista italiano, Severino
Antinori, que há oito anos ajudou uma mulher de 62 anos a ter um filho, quer
executar seu projeto de clonar seres humanos, afirma a revista alemã Der
Spiegel em sua edição de segunda-feira.
Der Spiegel assegura que uma equipe de
cientistas já trabalha no projeto, na cidade costeira israelense de Caesera, ao
norte de Tel Aviv, onde a empresa Abaclon está sendo construída.
Segundo Antinori, que anunciou seu projeto de
clonar bebês para casais estéreis durante um colóquio sexta-feira em Roma, a
clonagem de seres humanos é admitida em Israel.
O médico israelense Avi Ben Abraham, um dos
impulsionadores do projeto, explicou à Der Spiegel que "a crença judaica
não exclui tão categoricamente a clonagem como a religião católica".
"Chegou a hora de superar a lei da
natureza", acrescentou.
CIÊNCIA
Criação de embrião humano clonado é alvo de
críticas e polêmica 26.Nov.2001
A revolucionária experiência foi anunciada
nese domingo por uma empresa americana. A Casa Branca divulgou ser contra a
clonagem humana e pediu ao Congresso que proíba novos testes. O Vaticano e a
comunidade científica também expressaram preocupação com as aplicações da nova
técnica. Como foi a pesquisa com embriões humanos clonados A descrição da
experiência pelos cientistas (em inglês) A opinião da comunidade científica,
políticos e líderes religiosos
Novas leis podem dificultar pesquisas
26.Nov.2001
A clonagem de embriões humanos foi rejeitada
por um comitê de especialistas da ONU e poderá ser alvo de proibições em vários
países. A americana ACT, que diz ter obtido o primeiro embrião clonado, foi
criada apenas para este tipo de pesquisa.
Italiano diz que teve idéia roubada
26.Nov.2001
Severino Antinori prometeu em agosto que
criaria o primeiro embrião de clone humano em novembro, mas foi atropelado pelo
anúncio dos americanos. 'Eu ensinei esta tecnologia a eles', afirma. O italiano
diz que irá criar um ser humano clonado em seis meses.
Entrevista de Antinori a VEJA em 29/8/2001
Reportagem de VEJA de 15/8/2001 sobre clonagem humana
Criação de embrião humano clonado é alvo de
críticas e polêmica 26.Nov.2001
O anúncio da criação do primeiro embrião
humano clonado provocou críticas, articulações políticas e pedidos de cautela
por parte de cientistas, líderes religiosos e governantes de todo o mundo. A
Casa Branca solicitou ao Congresso dos Estados Unidos que vote rapidamente a
proibição de qualquer outra experiência do tipo. O Vaticano expressou sua
preocupação, uma reação semelhante à de muitos cientistas diante da
experiência.
A divulgação da clonagem do embrião aconteceu
no domingo em duas publicações científicas (The Journal of Regenerative
Medicine e Scientific American). A empresa responsável foi a americana Advanced
Cell Technology (ACT). Apesar de desmentir que pretende levar adiante o
experimento e clonar um ser humano, a companhia virou alvo de intensa polêmica.
Alguns elogiaram a iniciativa, ressaltando os possíveis benefícios futuros do
projeto. Outros disseram que a ACT deve ser fiscalizada.
"A empresa está criando os embriãos
apenas para matá-los e cultivar suas células", disse Douglas Johnson, do
Comitê Nacional de Direito à Vida, em Washington. Johnson diz que o Congresso
deve proibir as experiências para evitar que as empresas do setor virem
"fazendas de embriões humanos". Glenn McGee, especialista em bioética
da Universidade da Pensilvânia, minimizou a importância da experiência - disse que
o anúncio foi precipitado.
Ainda no domingo, uma porta-voz da Casa
Branca disse que o presidente George W. Bush é "100% contra qualquer tipo
de clonagem humana." De acordo com ela, o presidente pediu a rápida
votação da proibição da clonagem humana no país no Senado - a Câmara já aprovou
o veto. "Ele apóia esta legislação", garantiu a porta-voz. A clonagem
humana já é proibida em vários países, e a União Européia também rejeita a
idéia.
O Vaticano reagiu ao anúncio expressando
preocupação. "Ainda não sabemos exatamente qual é o processo e se pode ser
definido como uma verdadeira clonagem humana", disse, cauteloso, o cardeal
Tarcisio Bertone. "Se foi uma verdadeira clonagem humana, deve ser
condenada, pois um embrião foi criado e depois destruído em laboratório",
disse Bertone. "Mas se os cientistas conseguiram tudo isso utilizando
células-mães não embrionárias, então se trataria de uma verdadeira conquista
científica."
Clonagem de humanos pode ser mais 'fácil' que
a de outros animais 15.Ago.2001
Um estudo realizado por cientistas americanos
surpreendeu o mundo nesta terça-feira: revela que a clonagem de humanos poderá
ser mais fácil e eficaz do que em animais. Ao contrário do que se acreditava, é
possível que a criação de embriões humanos clonados tenha menor incidência de
falhas no DNA e doenças.
De acordo com pesquisadores da universidade
de Duke, na Carolina do Norte, a causa dos problemas genéticos nos clones pode
ser um defeito no gene IGF2R, que controlam o crescimento das células. Quando
este gene não age normalmente, as células podem se desenvolver de maneira
desordenada, causando tumores e defeitos congênitos. Um exemplo: a famosa
Dolly, primeiro animal clonado de um animal adulto, tem envelhecimento precoce.
Numa reprodução convencional, através de
relação sexual, esse tipo de gene é duplicado e transmitido automaticamente.
Porém, vários animais têm falhas nesse processo - e um dos genes responsáveis
por essa função é "desligado". No processo de clonagem, o gene
remanescente é afetado - e as falhas são inevitáveis.
A falha acontece com ovelhas, porcos, vacas e
camundongos, mas não com os humanos. Nos homens, as duas cópias do gene IGF2R
são transmitidas e funcionam normalmente. Portanto, ao menos um deles
funcionaria, e isso mesmo que a clonagem danificasse o outro. Assim, é provável
- em teoria, vale ressaltar - que o problema das deformidades fetais e defeitos
genéticos não ocorra com os humanos e que a clonagem seja muito mais segura do
que em outros animais.
Pioneirismo - "São os primeiros dados
genéticos concretos mostrando que o processo de clonagem pode ser menos
complicado em seres humanos do que em ovelhas", disse Keith Killian, de
Duke, ao jornal The Independent. O autor da pesquisa, publicada nesta terça na
publicação científica Human Molecular Genetics, acredita que os humanos
clonados não teriam supercrescimento fetal, mas ressalta que sua pesquisa tem
apenas fundamentação teórica - na prática, outros problemas poderiam ocorrer.
A clonagem humana, alvo de intensa polêmica
desde o surgimento da ovelha Dolly, em 1997, voltou a ser discutida
internacionalmente com o anúncio de que um médico italiano já está tentando
clonar um embrião. Na semana passada, Severino Antinori divulgou que vai criar
o primeiro embrião clonado de um humano até o fim do ano, e que já tem 200
casais inférteis dispostos a participar da experiência. França, Alemanha, Japão
e Estados Unidos estudam a proibição à experiência, que já é ilegal na
Inglaterra.
Médico italiano quer clonar ser humano em
novembro 06.Ago.2001
O médico italiano Severino Antinori é
daqueles profissionais polêmicos, que disputam espaço na mídia internacional
sem se preocupar com sua reputação junto à comunidade científica. Na contramão
do que pregam seus colegas mais renomados, amparados por leis, Antinori disse que
começa suas experiência com clonagem humana em novembro.
Em entrevista ao jornal britânico Sunday
Times, neste domingo, o especialista garante que já está pronto para iniciar
experimentos com 200 mulheres, voluntárias de vários países. Ninguém sabe onde a
experiência será realizada, já que a maioria dos países proíbe esse tipo de
pesquisa. O trabalho mais controverso da história da ciência deverá
transcorrer, segundo o próprio Antinori, em um laboratório secreto no Leste
Europeu ou até a bordo de um navio ancorado em águas internacionais.
O consenso da grande maioria dos cientistas,
até daqueles que aplicam a técnica em animais, é que a clonagem,
independentemente de questões éticas ou religiosas, é perigosa demais para ser
testada em seres humanos. Desde a clonagem da ovelha Dolly, em fevereiro de
1997, cientistas já conseguiram clonar vacas, porcos, cabras e camundongos. Mas
não ratos, nem coelhos, cachorros, gatos e muito menos macacos. E sempre a um
custo de vida elevado.
Segundo o pesquisador Harry Griffin,
diretor-assistente do Instituto Roslin, que criou Dolly, apenas cerca de 1% dos
embriões clonados resultam em um nascimento vivo e sadio. Os outros 99% acabam
em abortos ou animais deformados que morrem pouco após o parto. Este fracasso é
aceitável em pesquisas com animais, dizem os especialistas, mas não em seres
humanos.
O professor Ian Wilmut, também do Instituto
Roslin, disse à BBC que a possibilidade da clonagem humana o preocupa. "O
mais provável resultado de qualquer tentativa de produzir uma pessoa clonada
hoje seria aborto, o nascimento de crianças mortas ou, talvez pior, o
nascimento de crianças anormais." Antinori, no entanto, parece não se
preocupar. "Garanto, com 99% de chance, que não produzirei nenhum
monstro", afirmou.
Ele admite, entretanto, que não sabe estimar
a porcentagem de "anomalias" que poderão estar presentes nos clones.
"Poderá ser 10%, ou 50%. Os embriões que estiverem OK serão usados para
fecundação, os outros serão jogados fora. Não há nada de chocante nisso; é o
mesmo que ocorre na fertilização in vitro."
Antinori, dono de uma clínica de fertilidade,
ganhou fama em 1994, quando ajudou um mulher de 62 anos a ter um filho. Dois
anos depois, foi criticado por amadurecer espermatozóides de homens estéreis em
tecidos de rato.
NY times Polêmica Especialistas acham que
tentativa de clonagem humana não funcionou
Gina Kolata e Andrew Pollack
Quando a Advanced Cell Technology, uma
pequena empresa de biotecnologia de Massachusetts, anunciou no domingo que
tinha dado os primeiros passos na produção de embriões humanos por meio de
clonagem, ela não pôde relatar um sucesso duradouro. Todos os embriões que
criou morreram.
Ela nem poderia alegar a utilização técnicas
inovadoras. Seus métodos já foram empregados em animais. Alguns cientistas até
mesmo sugeriram que o que a empresa fez nem mesmo podia ser considerado
clonagem.
Mas se há um futuro para a clonagem humana,
tanto para fins reprodutivos como para a criação de linhagens de células para
uso no tratamento de doenças, as pessoas poderão dizer um dia que ela teve
início em Worcester.
A grande quantidade de protestos provocados
pelo anúncio da empresa não incomoda a Advanced Cell Technology. Seu
presidente, Michael D. West, reconheceu que o desejo de ser o primeiro a
reivindicar a clonagem de um embrião humano foi um dos motivos que levaram a
empresa a decidir divulgar seus resultados.
Seja qual for a importância científica do
anúncio de West, sua importância política foi enorme.
O presidente Bush denunciou o trabalho como
imoral e houve fortes pedidos no Congresso para tornar o trabalho ilegal.
Pairando sobre a agora violenta disputa sobre
se tal trabalho deve ser ou não proibido se encontra uma importante questão
científica: a tentativa de clonagem humana foi um marco ou um erro esquecível?
A resposta, dizem os especialistas em clonagem, é que é impossível saber. O
trabalho com animais mostrou que a clonagem é como uma arte. Não há regras ou
fórmulas. O sucesso, quando ocorre, pode ser imprevisível e quase inexplicável.
Pode ser que a clonagem humana seja
extraordinariamente difícil e que sejam necessários anos e milhares de
tentativas para que funcione. Ou pode ser que uma simples mudança no
procedimento laboratorial transforme fracasso em sucesso. Esta tem sido a
experiência dos cientistas que trabalham na clonagem de animais.
Mas para a Advanced Cell Technology, tais
incertezas têm maior peso. A empresa está apostando que pode aperfeiçoar a
clonagem humana, criando embriões não para fins reprodutivos, mas como fonte de
células-tronco. As células-tronco embrionárias humanas podem, em teoria, se
transformar em qualquer um dos tecidos e órgãos do corpo, e a empresa deseja
fornecê-las como células substitutas para pacientes com uma ampla variedade de
doenças.
A pequena empresa possui um histórico de
feitos no mundo da clonagem de animais. Alguns dos principais pesquisadores de
clonagem estão em sua folha de pagamento. Mas ela também tem um histórico de
jogadas astutas na imprensa. Em entrevistas, West reconheceu que os cientistas
da empresa de capital fechado publicaram seus resultados em uma publicação
online pouco conhecida, "The Journal of Regenerative Medicine",
porque faria a publicação coincidir com artigos em duas revistas, a
"Scientific American" e a "U.S. News and World Report".
Como muitas outras pequenas empresas de
biotecnologia, ela atrai os investidores com promessas, não lucros.
"Nós necessitaremos de centenas de
milhões em investimentos antes de nos tornarmos lucrativos", disse West.
Mas dizer que todas as suas tentativas
falharam até agora não é o mesmo que dizer que todas as tentativas falharão.
Os cientistas da empresa, liderados por Jose
Cibelli, utilizaram uma técnica padrão que envolve a retirada do material
genético de um óvulo não fertilizado e a inserção em seu lugar do DNA de uma
célula adulta. Na teoria, o óvulo passaria a utilizar os genes da célula adulta
para direcionar seu desenvolvimento, criando um embrião que é uma cópia
genética exata do doador da célula adulta.
A empresa tentou clonar dois tipos de células
adultas células de pele e células cumulus, que são células que cercam os
óvulos e contêm nutrientes. Os pesquisadores acrescentaram as células de pele a
11 óvulos; nenhum se dividiu. Eles acrescentaram células cumulus a oito óvulos;
três se dividiram uma ou duas vezes, as outras nenhuma vez.
As células-tronco aparecem apenas após o
embrião crescer por cerca de cinco dias e, mais importante, formar um
blastocisto, uma esfera de células com uma bola de células-tronco dentro dele.
Os embriões da Advanced Cell Technology que foram criados pelo processo de
clonagem não chegaram nem perto deste estágio de desenvolvimento.
Ronald M. Green, um professor de Dartmouth
que chefia o comitê de ética da empresa, disse que prefere nem mesmo se referir
às células como embriões. Ele disse que prefere chamá-las de "óvulos
divididos".
De fato, dizem os cientistas, os óvulos podem
se dividir algumas vezes sem que se possa fazer qualquer uso de seus genes,
assim o fato de que alguns poucos óvulos se dividiram algumas poucas vezes não
significa que a meta da experiência acrescentar um novo conjunto de genes
funcionais a um óvulo tenha sido atingida. Mas fracassos de clonagem podem
repentinamente se transformar em sucesso, como atestam aqueles que clonaram
outras espécies.
Esta foi a experiência de Randall Prather, um
especialista em clonagem da Universidade do Missouri, em anos de esforços para
clonar porcos. Por inúmeras vezes ele iniciou o processo de clonagem e então as
células, assim como as do estudo da Advanced Cell Technology, simplesmente
morriam.
Agora, ele e outros podem clonar porcos, mas
ele não sabe que mudanças em seus procedimentos laboratoriais fizeram a
diferença. Tudo o que pode dizer, disse Prather, é: "Sim, agora funciona".
A clonagem também depende da perícia do
cientista, disseram os especialistas.
Tony Perry, que participou de experiências de
clonagem de ratos na Universidade do Havaí, disse que um número sem fim de
horas de prática foi necessário para a realização das delicadas manipulações
das células microscópicas envolvidas na clonagem. Algumas pessoas desenvolvem
um "tato" para o trabalho enquanto outras, independente de quanto se
esforcem, nunca são boas o bastante.
"Ele exige um tipo de coordenação
olho-mão" e prática constante, disse Perry, lembrando dos meses de
prática, sete dias por semana, 10 horas por dia. "Se você relaxar na
prática por duas semanas, você não volta para a estaca zero, mas fica um pouco
enferrujado", disse Perry.
Também há enigmáticas e imprevisíveis
diferenças entre as espécies. Ryuzo Yanagimachi, que clonou ratos juntamente
com Teruhiko Wakayama, disse que cerca de 2 a 3% das tentativas de clonar gado
resultou no nascimento de animais vivos. A maior parte do restante morreu nos
primeiros instantes de vida: apenas cerca de 20% dos embriões clonados chegaram
ao estágio de blastocisto.
Com os ratos, disse Yanagimachi, cerca de 50
a 60% dos embriões clonados chegaram ao estágio de blastocisto. Só que muitos
mais morreram em seguida. No final, disse ele, o percentual de sucesso na
clonagem de ratos foi o mesmo obtido com gado 2% a 3%.
Considerando que o trabalho de clonagem
humana resultou em fracasso, algumas pessoas, como Steen Willadsen, um pioneiro
da clonagem de Windermere, Flórida, perguntou por que a Advanced Cell
Technology se deu ao trabalho de publicar seus resultados, orquestrando ao
mesmo tempo uma blitz na mídia.
Na teoria, disse Willadsen, a publicação
ofereceria a outros pesquisadores dicas sobre "o que não fazer". Mas,
ele acrescentou, o detalhe crucial que condenou a tentativa pode não ser tão
óbvio, e pode até mesmo não estar presente na documentação da experiência.
"Pode haver algo trivial atrapalhando o avanço deles", disse ele.
"Tudo o que se pode dizer é que não
funcionou desta vez", disse Willadsen.
Tradução: George El Khouri Andolfato
27/12/2002 - 08h00 Nasce o primeiro clone
humano, segundo cientista da seita Raeliana da France Presse, em Miami (EUA)
O primeiro clone humano nasceu ontem, revelou
a cientista francesa e integrante da seita Raeliana Brigitte Boisselier.
Segundo Boisselier, presidente do laboratório
de clonagem humana Clonaid, uma menina teria nascido de cesariana e tudo
corrido bem.
Os esforços dos raelianos para clonar um ser
humano foram realizados em completo segredo, o que não permite confirmar a
veracidade da informação divulgada por Boisselier.
Os raelianos, que garantem ter 55 mil
seguidores em todo o mundo, acreditam que o homem foi introduzido na Terra por
viajantes extraterrestres há 25 mil anos, e que os humanos foram criados por
clonagem.
A cientista se negou a dar qualquer detalhe,
incluindo o local de nascimento da criança, mas revelou que uma entrevista
coletiva sobre o caso será concedida hoje, na Flórida.
Em 27 de novembro passado, Boisselier disse
que uma criança clonada nasceria nos Estados Unidos como cópia genética de sua
mãe.
A química Brigitte Boisselier, de 46 anos,
iniciou em 1997 um polêmico projeto de clonagem humana à frente da Clonaid, um
laboratório especializado em clonagem com sede em Las Vegas.
O movimento dos raelianos, criado pelo
ex-jornalista francês Claude Vorilhon, afirma que a clonagem permitirá ao ser
humano obter a vida eterna.
Em novembro passado, o médico italiano
Severino Antinori anunciou em Roma que o primeiro clone humano nasceria no
início de 2003.
A clonagem humana é proibida em cerca de 30
países, mas alguns Estados admitem sua utilização para fins terapêuticos.
27/12/2002 - 08h08 Geneticista francês acha
improvável o nascimento do clone humano da France Presse, em Paris (França)
O geneticista Axel Kahn afirmou hoje, depois
do anúncio da seita raelina feito ontem, sobre o nascimento de um bebê clonado,
que não existe "rigorosamente nenhuma prova" do feito e que
"enquanto não for apresentada, trata-se de pura propaganda".
Entrevistado pela rádio privada Europa 1,
Axel Kahn avaliou "que é necessário que cientistas façam o mapa genético
do bebê clonado e o mapa genético da pessoa de quem ele seria clone para provar
que são idênticos".
Kahn afirmou que a técnica "até agora
não funciona nem com os macacos nem nos humanos. "Seriam os raelianos os
primeiros a fazê-la funcinar? Não há nenhuma razão para acreditar nisso",
acrescentou.
Ontem, a cientista francesa e membro da seita
dos raelianos, Brigitte Boisselier, disse ter trazido ao mundo o primeiro bebê
clonado. Os esforços dos raelianos na experiência têm sido realizados em
completo segredo, motivo pelo qual não foi possível confirmar com fonte
independente do meio científico a informação.
Questionada sobre as circunstâncias do
nascimento, Boisselier, presidente do projeto de clonagem humana Clonaid,
integrante da seita religiosa, negou-se a dar mais detalhes, especialmente
sobre o local do nascimento.
http://profileonline.com.br/textos_filosoficos_09.htm