“O amor é a força de maior intensidade que move o coração.
Todas as dores humanas tiveram por origem o amor, simbolicamente representado
pelo erro paradisíaco.” (Austregésilo de Athayde)
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Somos vistos pelo que fazemos
não pelo que parecemos
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Vivemos num tempo em que a moda é parecer ao
invés de ser. Os modismos estão por aí em todos os sítios. E
navega-se um pouco à espera que surja uma nova moda para que entremos nela.
Se a moda vigente é dizer palavrão, então temos todos que
dizer palavrão, é de bom tom, senão ainda nos vão
considerarcotas, velhos e antiquados; mas se a moda é o snobismo, há que
ser snobe e, como tal, temos que, custe o que custar, pertencer ao grupo
dos tios e das tias, senão não entramos na roda dos
mais in; mas se a moda é o espalhafato, porque não ser espalhafatoso?
Temos é que acompanhar a moda, que diabo!
Vive-se num tempo em que o que importa é parecer. Parecer
bem nas artes, na música (que também é uma arte), na discussão de todos os
assuntos, na política, etc. E, sobretudo, parecer aquilo que não somos. Temos
é que parecer qualquer coisa, de preferência parecer melhor do que o outro,
pelo menos aos nossos próprios olhos. É o que faltava não sermos o melhor,
que mais não seja na nossa imaginação! Ser melhor do que o outro é a
preocupação dominante. No entanto, quase sempre nos esquecemos que há sempre
alguém melhor do que nós, em algum aspecto da praxis humana.
Ninguém é em termos absolutos. Há sempre qualquer coisa que nos
falta. E é neste pormenor que reside a beleza e a complementaridade da vida.
E porque não é um ser absoluto, o homem é naturalmente um ser relativo,
porque limitado. Precisa, portanto, dos outros.
Aliás, ninguém pode viver, nem sequer sobreviver, sem o
outro. O outro é o alimento do eu. Esclareça-se que não há eu sem
que haja um tu. Esse tu é o outro, mas não um ele... Ele passa ao
lado, não conta na nossa aritmética, porque está fora do nosso cálculo
relacional.
A reflexão sobre o eu e o outro seria um exercício
interessante para todos aqueles que se julgam senhores de uma tal presença
que transborda da sua própria esfera. E é este egocentrismo que faz com que,
incapazes de se olhar, gente caia no mimetismo negativo, quase sem
dar por isso, uma vez que estão convencidos de que agem ética e esteticamente
de modo irrepreensível. É assim a natureza humana!
O espírito de observação e reflexão deveria conduzir-nos a
contrariar este modus vivendi. Porque não queremos ser tal como
somos? Porque queremos ocupar o lugar do outro? Por mais voltas que demos,
nós só somos vistos por aquilo que fazemos a apresentamos e não por aquilo
que imaginamos que os outros vêem em nós. Não raro, a diferença entre o ser
que somos e o ser que pensamos ser é abissal, sem que nos demos conta que
assim é. Isto porque somos pouco dados à reflexão e, sobretudo, porque
envaidecemos com o figurão que imaginamos fazer, sem nos apercebermos que
estamos a ser ridicularizados às nossa próprias mãos.
Ninguém pode ocupar o lugar do outro. Cada um ocupa apenas
o seu próprio espaço, o espaço que, na sua caminhada, cada um soube
construir. É este espaço que é sua pertença. «O seu a seu dono», diz o povo.
Convencionalmente, todos somos iguais; naturalmente, todos
somos diferentes. Há sempre qualquer coisa que nos diferencia e distingue do
outro. Até, neste aspecto, precisamos do outro. E é esta diferença específica
que dá encanto e caracteriza o ser humano. Decorre da presente reflexão que o
que importa não é parecer, mas sim ser; ser como somos, com os
nossos defeitos, com as nossas virtudes, com os nossos tiques, com a nossa
personalidade. A grandeza de cada ser humano decorre dos seus defeitos e
qualidades, da sua experiência e vivências, da sua existência enquanto ser
caminhante (António Pinela, Reflexões, Outubro de 2002).
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10 febres adolescentes
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1. The Beatles
É provável que os Beatles tenham sido a maior febre adolescente de todos os tempos. A banda estourou nos anos 60, mas até hoje é considerada a mais influente do século XX. A popularidade dos garotos de Liverpool era tão alta que, em 1966, John Lennon chegou a declarar que sua banda era mais conhecida que Jesus Cristo.
2. Punk
As roupas tinham aparência agressiva, ornamentadas por itens sadomasoquistas, pregos, pinos, rasgos e retalhos. Mas, mais que um estilo de música e moda, foi um movimento social que surgiu na Inglaterra para questionar os valores sociais vigentes. Em 1975, surgiu a banda Sex Pistols, que usava roupas com suásticas nazistas, símbolos comunistas, acessórios sadomasoquistas, tudo ao mesmo tempo. A ideia era debochar mesmo da cultura e da política daquele momento. No Brasil, a primeira banda foi Restos de Nada, formada em 1978, que fazia músicas para protestar contra a ditadura militar. 3. Mullets O corte de cabelo curto na frente e comprido atrás era o último grito da moda nos anos 80. Surgiu com o roqueiro Ziggy Stardust (David Bowie) nos anos 70, mas ganhou força mesmo na década seguinte. 4. Clubbers Foi um movimento contrário ao Punk, pois não havia engajamento social. O objetivo era mesmo se divertir. Os clubbers eram os adeptos a música eletrônica (Techno, Trance, Trip-Hop, House, Jungle) e a vida noturna das festas rave. A aparência era extravagante: roupas coloridas, estampas de desenhos japoneses, acessórios com estrelas, brilhos, piercings e cabelos com cores diferentes, como roxo ou verde. 5. Emo O temo surgiu nos Estados Unidos para se referir a uma nova geração de bandas de “hardcore emocional” em meados dos anos 80. No Brasil, a moda começou a se espalhar por volta de 2003. As músicas das bandas consideradas emos, como NZ Zero e Fresno, são marcadas pelas letras tristes, melancólicas. E os adolescentes incorporaram essa onda. Os emos tinham franjas compridas, caídas sobre os olhos cheios de maquiagem preta. O cabelos eram coloridos. As roupas, pretas e/ou listradas. Para os pés, a moda era o tênis All-Star. 6. Happy Rock As franjas sobre o rosto ficaram, mas os emos pararam de chorar. O termo “happy rock” foi inventado pelos integrantes da banda Restart. Por isso, os adolescentes que seguiam a moda dos óculos enormes e roupas multicoloridas se auto-denominaram “família Restart”. Outras bandas do gênero são Cine e Replace. Também faz parte da moda fazer corações com as mãos: primeiro, é preciso unir os dedos correspondentes (indicador com indicador, médio com médio, etc). Depois, todos os dedos ficam curvados para baixo, exceto os polegares. 7. Menudos Nos anos 80, as meninas adolescentes só tinham um assunto: Menudos! Cada integrante da banda porto-riquenha tinha um fã clube oficial. Os rostos dos meninos estampavam broches, agendas, revistas e pôsteres. A banda influenciou o surgimento de outros sucessos como Polegar e Dominó.
8. Harry Potter
É uma das raras febres adolescentes que começaram com um livro, lido por milhões de jovens ao redor do mundo. Depois que chegou ao cinema, o bruxinho conquistou ainda mais fãs. O personagem leva as meninas à histeria do jeito que as boybands dos anos 90 faziam.
9. High School Musical
A série foi criada pelo canal Disney Channel, e rapidinho conquistou as crianças e adolescentes. Em 2008, o grupo veio ao Brasil. Os preços dos ingressos para os shows chegavam a 600 reais, mas nem isso desanimou o público: muitos fãs ficaram sem ingressos.
10. Crepúsculo
Assim como Harry Potter, esta febre adolescente começou com um livro. O enredo, que trata dos temas amor e medo, envolveu uma geração inteira. O primeiro filme da saga custou 37 milhões de dólares, mas em 3 semanas de exibição já tinha arrecadado 150 milhões. Nos cinemas, ouviam-se gritos histéricos todas as vezes que o vampiro interpretado por Robert Pattinson surgia nas telas. |