sábado, 6 de outubro de 2012

Refletir...


“Você só vive uma vez, mas se fizer tudo direito, uma é o suficiente.” (Jóe E. Lewis)

Vale a pena pensar...


Cinco atitudes que podem estragar o seu relacionamento
É comum ouvirmos falar de comidas e substâncias que consomem nossa saúde em silêncio. Porém, embora ninguém ouça falar nelas com a mesma frequência, existem ameaças parecidas que são perigosas para nossos relacionamentos. O quanto antes você identificar alguma dessas cinco coisas no seu relacionamento, maiores são as chances de salvá-lo.

1. Você critica seu parceiro mais do que o elogia. Pense um pouco sobre como você se sente quando seu parceiro, pai, amigo ou chefe foca em tudo que você não está fazendo ao invés de elogiar todos os esforços positivos que você tem feito. É horrível, não é? Você não quer ficar cada vez mais longe dessa pessoa? Talvez seu parceiro também queira...

2. Você se prende aos erros que seu parceiro cometeu no passado, embora esteja tentando não repeti-los. Existe um ditado que resume perfeitamente a futilidade de se prender a velhas mágoas e rancores: "Ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra".

Uma coisa é seu parceiro continuar cometendo o mesmo erro desrespeitoso uma vez após a outra. No entanto, se depois de um pedido de desculpas sincero, ele ou ela tem tomado medidas efetivas para mudar, deixe as mágoas de lado, porque o contrário não trará qualquer benefício para ambos.

Quando você se prende aos erros passados do seu parceiro e não aprecia seus esforços para crescer, você está punindo ele ou ela injustamente, e pode estar condenando seu relacionamento enquanto isso.

3. Você ou seu parceiro sofre de depressão, mas não busca ajuda. Por incrível que pareça, mais relacionamentos são destruídos por esse motivo do que por qualquer outro. Como os sintomas da depressão são invisíveis (insônia, fraqueza, tristeza, baixa autoestima, desespero e raiva)  nós os ignoramos ou negamos.

O estresse do trabalho, a perda do emprego ou de um ente querido, doenças e traumas, tudo isso pode ser perigoso. Não se engane: a depressão não tratada distorce nossa percepção, nosso senso de esperança e possibilidade, e nos faz agir e reagir de maneira altamente destrutiva.

Caso você ou seu parceiro tenha demonstrado sinais de depressão por mais de um mês, busque apoio imediatamente em sua comunidade local. Encontre um terapeuta, converse com um médico de confiança e não descarte a possibilidade de medicação se os sintomas persistirem.

4. Você age na defensiva e é teimosa quando seu parceiro faz críticas construtivas. A menos que o local esteja cheio de espelhos, você vê todo mundo menos a si mesmo ao entrar em uma sala. Quando seu parceiro lhe diz que algo que o irrita ou magoa, você geralmente leva a sério ou reage como um aluno do jardim de infância? Você diz coisas como "você também faz isso!" ou "eu não!"? Se sim, pare agora.

Em vez disso, respire fundo, veja se o que seu parceiro está dizendo é verdade e assuma a responsabilidade. Pare de fazer críticas se não pode aceitá-las, e faça mudanças de verdade.

5. Você espera que seu parceiro seja perfeito e não lembra que somos todos imperfeitos. Escolha suas implicâncias com sabedoria. Não podemos obter tudo de uma pessoa, nem darmos tudo a ela. Todos já estivemos ao lado de alguém que nunca está satisfeito conosco. “Pegue leve” quando puder, seja com você mesmo ou com seu parceiro, e somente isso já melhorará o clima em um relacionamento sufocado sob o peso de expectativas irrealistas. 
http://br.mulher.yahoo.com/atitudes-estragar-relacionamento.html

Viva o Brasil...


Condenado pelo STF se aposenta com R$ 43 mil por mês
Réu do caso do mensalão, Jacinto Lamas, receberá da Câmara aposentadoria no valor integral.
Brasília - Na semana em que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do extinto PL Jacinto Lamas se aposentou pela Câmara dos Deputados como analista legislativo. A aposentadoria dele será com proventos integrais. O salário de Lamas, considerando vantagens e gratificações, somou o valor bruto de R$ 43.183,36 no mês de setembro e o valor líquido de 25.792,94, já descontados os tributos obrigatórios e o abate-teto constitucional.
Lamas foi condenado na última segunda-feira pelos crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A autorização para a aposentadoria de Lamas foi assinada pelo presidente da Câmara, Marco Maia, e publicada hoje no Diário Oficial da União.
O ex-tesoureiro do PL, hoje Partido da República (PR), era analista legislativo na Casa desde 1976, de acordo com registro no contracheque do servidor. Lamas ainda exercia a função de chefe de gabinete da Liderança do PR, pela qual recebia R$ 7.622,59, além do salário de analista. Lamas também se afastará dessa função, conforme dispensa publicada no Diário Oficial da União.

Será mesmo?


Brasil é o país onde as pessoas mais gostam de ir para o trabalho, segundo pesquisa
O Brasil é o país onde as pessoas mais gostam de ir para o trabalho, segundo pesquisa recente realizada pelo Institute Leadership BPI Group.
De acordo com o levantamento, 96% dos profissionais brasileiros entrevistados se sentem motivados para ir ao local de trabalho.
O Brasil ocupa a primeira posição no ranking seguido por Marrocos (93%), Suíça (92%), Finlândia (90%), Itália (89%) e Bélgica (87%).
Vale ressaltar que o estudo só levou em conta os 16 países onde o BPI Group está presente e que gostar de ir para o local de trabalho não é necessariamente apreciá-lo.

Mais uma piada...


Coronel dono de Porsche vai acionar Justiça para ser liberado de Lei Seca
Advogado acusa o governo de divulgação ilegal do caso.
Ele quer permitir que coronel recuse bafômetro sem ser punido.
O advogado do coronel Fernando Príncipe, Rodrigo Roca, disse nesta sexta-feira (5) que vai processar o governo do estado pela divulgação do caso, como mostrou o RJTV. O coronel fugiu de uma blitz da Lei Seca e se recusou, por duas vezes, a fazer o teste do bafômetro.
Na próxima semana, o advogado pretende entrar na Justiça com um mandado de segurança preventivo, que permite que o coronel se recuse a fazer o teste do bafômetro sem ser punido por isso. “A ideia é que ele possa ser parado, mas que ele possa também possa exercer seu direito constitucional de não produzir prova contra si, sem que daí advenha qualquer consequência, seja uma multa, seja a apreensão da carteira”, afirmou o advogado.
A polícia militar abriu uma sindicância para apurar a conduta do coronel. Foi a terceira vez, em 15 dias, que Fernando Príncipe foi parado na operação. A última vez foi no último domingo (3), no Leblon, na Zona Sul da cidade.
Segundo agentes, ele se recusou a entregar a carteira de motorista e o documento do carro, e foi embora sem autorização. Nos dois episódios, ele dirigia um Porsche - avaliado em R$ 650 mil.
A corregedoria da PM abriu uma sindicância para investigar em que condições o veículo de luxo foi comprado. Todas as infrações cometidas pelo policial são consideradas gravíssimas com perda de 26 pontos na carteira. As multas chegam a quase R$ 1.500,00.
O comandante da PM, Erir Ribeiro, condenou a atitude do coronel. “Ele é um gestor público, um agente público, um coronel da PM que tem que dar exemplo para cerca de 45 mil homens, então ele tem que ter comportamento diferenciado”, afirmou.
A Secretaria Estadual de Governo, responsável pela Lei Seca, informou que quem não fizer o teste do bafômetro está sujeito a multa de R$ 957,70, perda de sete pontos na carteira, além da apreensão do documento.
A Polícia Militar informou que apenas um carro da PM dava apoio à operação a qual o coronel Príncipe fugiu e que o veículo não foi usado em uma perseguição para não comprometer a segurança da equipe e dos próprios motoristas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Só rindo...


Viva a sabedoria...


O ESTUDO DA FILOSOFIA
«A Filosofia é (...) a atividade mais natural do homem e o inquérito filosófico o mais caracteristicamente humano».
Rafael Gambra
Ao longo do estudo da Filosofia, aperceber-se-á que esta disciplina deverá ser vivida, isto é, deverá ser estudada, e não memorizada ou «cabulada». A vivência da Filosofia faz-se em contato com os textos dos filósofos – do professor da disciplina, os textos que integram os manuais e as obras recomendadas.

Pouco vale memorizar meia dúzia de conceitos para impressionar o seu interlocutor – professor, amigo, colega ou familiar – para mostrar que já sabe!

O saber constrói-se passo-a-passo, ouvindo, lendo, refletindo, experienciando, debatendo, explicando, pondo à prova. Porquanto, para sedimentar e aprofundar os seus conhecimentos, nesta disciplina, leia os textos e as obras recomendadas pelo seu professor, indicadas nos manuais ou em outras obras.

Com efeito, Todo o Homem enquanto homem filosofa.
Mas a coerência conceptual do que esta afirmação implica não se alcança de modo algum num rápido relance. O pensamento filosófico sistemático requer estudo. (Karl Jaspers, Iniciação filosófica, Lisboa, Guimarães & C.ª Editores, 1976).

Como estudar Filosofia?
Como deverá, então, iniciar-se o estudo da Filosofia? Deverá o aluno estudar as ideias e concepções filosóficas dos grandes fi­lósofos e considerá-las como suas? Deverá, antes, aprender (memorizar) concei­tos e mostrar que os sabe quando solicitado? Ou, pelo contrário, deverá o iniciado no estudo desta disciplina tentar compreender e apreender os grandes temas que preocuparam e preocupam os filósofos, refletindo sobre eles, a fim de lhe apreender o sentido?

Ao aprendiz de filósofo [ao jovem aprendiz, pretendo eu dizer, e na mi­nha qualidade de aprendiz mais velho rogo que se não apresse a adoptar solu­ções, que não leia obras de uma só escola ou tendência, que procure conhecer as argumentações de todas, e que queira tomar como primário escopo a singela façanha de compreender os problemas: de compreendê-los bem, de compreendê-los a fundo, habituando-se a ver as dificuldades reais que se deparam nas coisas que se afiguram fáceis ao simplismo e à superficialidade do que se chama senso-comum [a filosofia é, em não pequena parte, a luta do bom-senso contra o «senso-comum.

(...) Deverá, pois a iniciação filosófica assumir um carácter essencialmente crítico, e consistir num debate dos problemas básicos que não seja dominado pelo intuito dogmático de cerrar as portas às discussões ulteriores; e um bom professor do lidar filosófico é como um indivíduo que nos leciona ginástica procedendo ele próprio como um bom ginasta, e obrigando-nos a nós a fazer ginástica; é quem nos ministra um trabalho crítico, um modelo da faina de elucidação dos problemas (...). Repito: seja a filosofia para o aprendiz de filósofo, não uma pilha de conclusões adop­tadas, e sim uma atividade de elucidação dos problemas. É esta atividade o que realmente importa, e não o aceitar e propagandear conclusões. (…) Pode ser muito útil para a vida prática o simples co­nhecimento do enunciado de uns tantos teoremas de matemática: porém, não há nisso sombra de valor cultural: só possui de facto valor cultural o perfeito en­tendimento dos raciocínios que nos dão as provas dos enunciados.

Por isso mesmo, ao lermos um filósofo de genuíno mérito de dois erros opostos nos cumprirá guardar-nos: o primeiro, o de nos mantermos aí eterna­mente passivos e de tudo aceitarmos como se fossem dogmas, de que depois tentaremos convencer o próximo; o segundo, o de criticarmos demasiado cedo, antes de chegarmos à compreensão do texto. Para evitar o escolho do segundo erro, a atitude inicial do aprendiz de filósofo deverá ser receptiva e de todo humilde. Se achar uma ideia no texto de um Mestre que lhe pareça de fácil refu­tação, – conclua (...) que o pensar do autor deverá ser mais fino, mais meandros o, mais facetado, mais verrumante, do que ao primeiro relance se lhe afigu­rou: e que se lhe impõe, portanto uma atenção maior [nada há no mundo de ta­manha rúpia como o tom com que julga refutar um Mestre um pedaço de asno que o não entende; e o melhor processo, nessa primeira fase, é talvez o de refa­zermos por iniciativa nossa, com exemplos familiares da nossa própria expe­riência, a doutrina exposta pelo autor que estudamos, até que a tenhamos como coisa nossa, porque feita de matéria verdadeiramente nossa, e reconstruída pelo nosso espírito. Quem sabe reproduzir uma teoria genérica, em elocução abs­trata, mas não sabe reconstruí-la com a familiar experiência, não percebe real­mente o que está dizendo. (António Sérgio, in Problemas da Filosofia de Bertrand Russell, Coimbra, Arménio Amado-Editor, 1974, pp. 7-10).
Em linhas gerais, como poderemos resumir a lição de António Sérgio? Compare as suas conclusões, se as tirou com os quatro tópicos seguintes, e discuta-os:
Tema dominante: Conselhos ao aprendiz de filósofo. Igual à aprendizagem da Filosofia, dizendo que:
A Filosofia é uma atividade crítica:
A Filosofia centra-se na discussão e elucidação de problemas [não é um conjunto de respostas dadas].
Definição e valor da Filosofia [2.º parágrafo]: Começa por introduzir uma definição de Filosofia e o valor que ela assume para a cultura do espírito, explicitando deste modo o sentido e a importância dos conselhos dados no 1.º parágrafo.
Atitude crítica e atitude natural
A definição de Filosofia, no final do 1.º parágrafo [dada entre parênteses], estabelece uma diferença entre atitude crítica [Filosofia] e atitude natural [senso comum].
O significado de dois erros que é preciso evitar [3.º parágrafo], a saber, o dogmatismo [aceitar tudo como dogmas] e o cepticismo [rejeitar tudo antes de tentar a sua compreensão]. 

Conclusão: O ensino da Filosofia não deverá ser a «pura transmissão de respostas precisas» e a aprendizagem não deverá ser a pura assimilação daquelas respostas.

Para uma boa aprendizagem da Filosofia, os conselhos dos filósofos António Sérgio e Karl Jaspers deverão ser considerados. Se seguir estas orientações, verificará que, ao contrário do que é vulgarmente dito, a Filosofia não é uma disciplina difícil de estudar.

Todas as disciplinas têm as suas dificuldades próprias, e nenhuma se aprende se não for estudada. O que dizemos é que a Filosofia não se memoriza como se faz com um número de telefone, uma fórmula química, um poema de Camões ou uma receita de culinária. A Filosofia estuda-se refletindo sobre as ideias, as concepções, os princípios propostos pelos filósofos, pelos professores, pelas circunstâncias da vida, compreendendo e elucidando o seu sentido e amplitude.

Por isso, “Deve destruir-se o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo de muito difícil pelo facto de ser a atividade intelectual própria de uma deter­minada categoria de especialistas ou de filósofos profissionais e sistemáticos. Por conseguinte, deve começar-se por demonstrar que todos os homens são «filósofos», definindo-se os limites e as características desta «filosofia espontâ­nea», própria de «toda a gente», ou seja, da filosofia contida: a) na própria lin­guagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não só de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; b) no senso comum e no bom senso; c) na religião popular e, portanto, em todo o sistema de crenças, superstições, opiniões, formas de ver e de atuar que se incluam no que em geral se chama «folclore.»” (A. Gramsci, Introdução à Filosofia da Praxis, Lisboa, Edições Antídoto, 1978, p. 8).

Quem são os filósofos?

Todos somos filósofos, diz Gramsci. No entanto, temos que distinguir o «filósofo» que todos somos que ocasionalmente filosofa espontaneamente, do filósofo que sabe do ofício, o filósofo intencional, que concebe uma visão do mundo e da vida, que incessantemente está no encalce da verdade e na busca de fundamentos para as suas ideias, princípios e concepções.

O filósofo também se distingue do sábio. Este é o que melhor responde aquele o que mais pergunta [ver texto de Romeu de Melo, a seguir]. Enfim, o filósofo é aquele profissional que luta contra os preconceitos, o que está estabelecido, os dogmatismos e cepticismos, o laxismo e o facilitismo, e procura elucidar, por meio da reflexão, não só aqueles estados de espírito, como o conhecimento e o ser.

«Talvez possa dizer-se, esquematicamente, que o filósofo é aquele que mais pergunta, enquanto o sábio é o que mais e melhor sabe responder. Trata-se de dois perfis, não raramente coincidentes, mas que demarcam duas posturas ou posições que não devem confundir-se. Nos seus respectivos limites, o pri­meiro levar-nos-á ao ponto Ómega e aos confins do universo, enquanto o segun­do nos conduzirá à supermecanização e automatização da vida e da sociedade.» (Romeu de Melo, In Diário de Notícias, de 26/12/87).

Pelo que está dito, e como observaremos adiante, a Filosofia não é uma amálgama de teses sem relação, um conjunto de ideias desarticuladas. A Filosofia é um estado de alma, um produto da inteligência humana. Se a Filosofia é um estado da alma humana, o filósofo é aquele que se bate contra os preconceitos, pela autonomia da razão; é aquele que, pela reflexão crítica, esclarece o seu pensamento e toma posição perante o mundo e a vida, procurando incessantemente o caminho da verdade.

António Pinela, Apontamentos de Filosofia dos 10.º e 11.º Anos       (1990)

Mais uma etapa superada...