Coronel
dono de Porsche vai acionar Justiça para ser liberado de Lei Seca
Advogado acusa o governo de divulgação ilegal
do caso.
Ele quer permitir que coronel recuse bafômetro sem ser punido.
O advogado do coronel Fernando Príncipe,
Rodrigo Roca, disse nesta sexta-feira (5) que vai processar o governo do estado
pela divulgação do caso, como mostrou o RJTV. O coronel fugiu de uma blitz da
Lei Seca e se recusou, por duas vezes, a fazer o teste do bafômetro.
Na próxima semana, o advogado pretende entrar
na Justiça com um mandado de segurança preventivo, que permite que o coronel se
recuse a fazer o teste do bafômetro sem ser punido por isso. “A ideia é que ele
possa ser parado, mas que ele possa também possa exercer seu direito
constitucional de não produzir prova contra si, sem que daí advenha qualquer
consequência, seja uma multa, seja a apreensão da carteira”, afirmou o
advogado.
A polícia militar abriu uma sindicância para
apurar a conduta do coronel. Foi a terceira vez, em 15 dias, que Fernando
Príncipe foi parado na operação. A última vez foi no último domingo (3), no
Leblon, na Zona Sul da cidade.
Segundo agentes, ele se recusou a entregar a
carteira de motorista e o documento do carro, e foi embora sem autorização. Nos
dois episódios, ele dirigia um Porsche - avaliado em R$ 650 mil.
A corregedoria da PM abriu uma sindicância
para investigar em que condições o veículo de luxo foi comprado. Todas as
infrações cometidas pelo policial são consideradas gravíssimas com perda de 26
pontos na carteira. As multas chegam a quase R$ 1.500,00.
O comandante da PM, Erir Ribeiro, condenou a
atitude do coronel. “Ele é um gestor público, um agente público, um coronel da
PM que tem que dar exemplo para cerca de 45 mil homens, então ele tem que ter
comportamento diferenciado”, afirmou.
A Secretaria Estadual de Governo, responsável
pela Lei Seca, informou que quem não fizer o teste do bafômetro está sujeito a
multa de R$ 957,70, perda de sete pontos na carteira, além da apreensão do
documento.
A Polícia Militar informou que apenas um
carro da PM dava apoio à operação a qual o coronel Príncipe fugiu e que o
veículo não foi usado em uma perseguição para não comprometer a segurança da
equipe e dos próprios motoristas.