sábado, 5 de janeiro de 2013

Presente funesto! Futuro, obscuro...


ANO NOVO
Morrer no primeiro dia do ano deve ser algo bem chato, não? Todo mundo comemorando a chegada do ano novo e o sujeito morrendo, dando trabalho pra família, deixando órfãos e viúvas. Certamente não é algo que alguém, em sã consciência, deseje.
Ocorreram dois casos no Rio que me chamaram atenção. Um homem morreu na capotagem de um carro na Avenida Brasil e um jovem foi morto a tiros num apartamento em Copacabana. Não foram apuradas as causas dessas mortes. Mas certamente não foi o destino. No caso do acidente, com certeza houve falha de alguém que dirigia o veículo que também poderia estar em alta velocidade. No caso do jovem assassinado foi uma briga dentro do apartamento onde ele estava.
A cada ano que passa as violências que mais nos ameaçam são a do trânsito e de homicídios. Uma é culposa (sem intenção) e a outra dolosa. O homem que puxou o gatilho provavelmente tinha a intenção de eliminar a vítima. As duas violências exigem de nós uma postura pró-ativa, para evitá-las ou reduzir seu impacto na sociedade, e não apenas esperar que o poder público faça alguma coisa. No caso do trânsito é mais óbvio. Se a gente não dirigir alcoolizado, usar o carro com mais cuidado -- respeitando a sinalização, os outros veículos e os pedestres -- estaremos sem dúvida ajudando muito a reduzir o número de acidentes. Isso requer uma disciplina e uma mudança de mentalidade, que vão na contramão da violência do trânsito hoje em dia, um dos espaços mais hostis da cidade.
No caso dos homicídios, também podemos fazer alguma coisa. Antes de nos envolvermos em alguma briga ou conflito, que possa vir a chegar a vias de fato, podemos contar até dez, como diz uma campanha em andamento na mídia. Podemos, não. DEVEMOS contar até dez. Pensar nas consequências que é deixar o sangue subir à cabeça e fazer uma besteira da qual venhamos a nos arrepender tarde demais.Outra colaboração nossa deve ser em favor de uma cultura de desarmamento. Quanto mais armas houver em circulação maior será o risco para todos. Quanto mais armas forem adquiridas legalmente mais chances haverá de essas mesmas armas entrarem no mercado clandestino, por meio do desvio, da corrupção ou do simples roubo. Para reduzir o número de armas em mãos de grupos armados e perigosos os governos precisam fazer um mutirão para que o Sinarm (Sistema Nacional de Armas) funcione de fato e que uma rede de informações acompanhe com rigor o nascimento e a morte de uma arma de fogo. Outro aspecto, sem dúvida, é o controle das fronteiras secas e dos portos, por onde há suspeitas que chegue muito armamento contrabandeado, em inocentes conteineres.
Quem defende o uso de armas de fogo alega sempre que armas não disparam sozinhas. Alguém puxa o gatilho. É verdade. Mas as mortes por arma de fogo são em número cada vez maior porque é um tipo de morte mais fácil e rápida. É a linha de montagem da morte, em que se mata em série, como se produz numa indústria.
Aproveito para desejar a todos um ano novo de paz e que Deus nos livre de mortes violentas. 
http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/

Caos mais que antigo...



A grávida Tatiane de Souza de Araújo e o marido Izaías de Souza Simão fazem uma peregrinação atrás de uma internação em um hospital público. O casal chegou a registrar queixa na 39ª DP
Foto: Gabriel de Paiva / O Globo
Grávida só consegue ser internada após obter liminar
Jovem ficou mais de 10 horas tentando ser hospitalizada de Souza de Araújo e o marido Izaías de Souza Simão fazem uma peregrinação atrás de uma internação em um hospital público. O casal chegou a registrar queixa na 39 DP. 
RIO - Grávida de 40 semanas, a dona de casa Tatiane de Souza de Araújo, de 25 anos, ficou mais de 10 horas tentando uma internação no Hospital Maternidade Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte. Na unidade, ela foi informada por funcionários que a prioridade seria para os casos mais graves, já que um dos médicos plantonistas havia faltado ao plantão.
A via-crúcis da dona de casa começou por volta das 14h desta sexta-feira. Mesmo com fortes dores no abdômen e perda de líquido amniótico, ela foi medicada e liberada.
– Perguntei ao médico se seria necessário eu ficar internada em observação para o caso de uma cirurgia de emergência. Ele disse que havia casos mais graves, e as cesarianas tinham um custo muito alto para o hospital – recorda.
De Acari, Tatiane seguiu para o Hospital Federal de Bonsucesso, onde foi informada pelos médicos da necessidade de internação. Entretanto, ela deveria ocorrer na unidade onde ela havia feito o pré-natal.
Por volta das 22h, a dona de casa e seu companheiro, o vigilante Izaías de Souza, 27, retornaram à Maternidade Ronaldo Gazolla e, novamente, não conseguiram a internação. Frustrados, eles resolveram registrar o caso na 39 DP (Pavuna). Na delegacia, o casal foi aconselhado a procurar o plantão judiciário e solicitar uma liminar que determinasse a internação imediata de Tatiana em uma unidade hospitalar.
Após conseguir o documento, por volta 5h da manhã de sábado, a dona de casa, finalmente, foi internada na Maternidade Alexander Fleming, em Marechal Hermes.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/gravida-so-consegue-ser-internada-apos-obter-liminar-7203789#ixzz2H6b4ymlj
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Ano novo, preço novo...


Telefonia fixa deve ter reajuste de 0,56% este mês
Anatel está analisando índices. Assinatura mensal não muda
BRASÍLIA — Após mais de um ano sem alteração, o custo do minuto de ligação do telefone fixo deverá subir, em média, 0,56% este mês. Os índices estão sendo estudados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A área técnica já apresentou a proposta à procuradoria da agência e o preço da assinatura mensal não sofrerá aumento.
O reajuste valerá para as concessionárias Oi, Vivo (Telefônica), Sercomtel, CTBC e Embratel. No cálculo será utilizado o Índice de Serviços de Telecomunicações (IST) entre 14 meses (de julho de 2011 a outubro do ano passado) e 15 meses (de agosto de 2011 a outubro de 2012), que ficou em 5,5%, abaixo do IGP-DI (9,31%) e do IPCA (6,85%) do mesmo período.
O número de usuários de telefonia fixa chegou a 44 milhões no fim do ano passado, alta de 2,3% frente a 2011, segundo informações do Sinditelebrasil, associação que reúne as empresas de telefonia fixa e móvel. Em dezembro de 2011, a cesta básica (assinatura mensal, minutos e habilitação) da Oi e as ligações interurbanas da Embratel subiram 1,969%. E as tarifas da Vivo, CTBC (Triângulo Mineiro) e Sercomtel (Paraná), 1,954%.
Antes de aprovar o reajuste, é sorteado um conselheiro relator que estuda a proposta, que depois será votada pela diretoria. Para calcular o aumento das ligações fixas, será utilizado o IST em 15 meses. Um técnico explicou que as empresas não vão perder, porque a partir de agora o aumento será concedido a cada 12 meses, sendo regularizado em outubro deste ano.
O IST é composto, principalmente, por IPCA (47,96%), INPC (3,7%) e IGP-M (6,82%). Mas o reajuste é sempre menor. A fórmula prevê a aplicação do fator X (índice de produtividade), que reduz a tarifa, este ano em 4,7%.
O minuto da ligação local, com impostos, custa R$ 0,10797 na Oi; R$ 0,10423 na Vivo; R$ 0,13811 na Sercomtel; e R$ 0,13358 na CTBC. Já a assinatura mensal custa R$ 43,78 na Oi; R$ 41,38 na Vivo; R$ 42,46 na Sercomtel; e R$ 40,29 na CTBC.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/telefonia-fixa-deve-ter-reajuste-de-056-este-mes-7203757#ixzz2H6asBNak
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Foco no momento...


Tire a mente do 'piloto automático' e volte-se para a atenção plena
Atenção plena - "Em vez de focar em uma coisa só, a pessoa se concentra no que está acontecendo. Sem julgar, ou seja, curiosa. É uma apreciação profunda do momento, e de tudo que surge nele. É a plena consciência da presença da mente e do corpo. Por exemplo: se você está tomando chá, está tomando chá, percebendo todas as sensações desse ato, de seu corpo, nesse momento"
Sempre estamos em um dos dois estados básicos. O habitual que podemos chamar de ‘piloto automático’ e o do 'plenamente presente'.
No 'piloto automático' ficamos remoendo ou prevendo situações, imaginando circunstâncias desagradáveis antes que elas aconteçam. E pagamos um preço alto por isso. Nem é uma questão técnica, mas de vida. Lembra-se de Shakespeare: ‘Ser ou não ser?’.
Se você está permanentemente no piloto automático, com impulsos de rejeitar problemas, pode passar a ter pânico, tensão muscular, insônia. Tudo piora.
O “piloto automático” é o primeiro estado e o segundo é aquele do ‘plenamente presente’ – de Atenção Plena. Se deixa vir o problema, o incômodo, a dor, sabendo que o desagradável faz parte da vida, pode diminuir os efeitos secundários. A aceitação profunda já melhora o drama. Com a atenção plena, trabalhamos com o que está realmente acontecendo, sempre visando a melhorar a qualidade de vida.
Atenção plena é um estado humano. É uma maneira específica de SÓ prestar atenção, diferente de tipos de atenção comuns que permeiam o nosso dia a dia.
Atenção plena não é estar alerta, não é policiar pensamento. É sutil. Por causa disso é melhor cultivá-la, em primeiro lugar, numa prática mais silenciosa, como a meditação. Melhor ainda aprender num curso de dois meses. Em atenção plena a pessoa fica completamente aberta, aos poucos, para o que está acontecendo. É ter qualidade de consciência, sem levar tão a sério os conceitos de “certo” e “errado”. É gentileza profunda, sem julgamentos. É ser carinhoso consigo mesmo, com o que vamos experimentando até mesmo dentro do corpo.
Claro, tudo isso não é fácil aprender. Porém, realmente vale a pena.
Em vez de focar em uma coisa só, a pessoa se concentra no que está acontecendo. Sem julgar, ou seja, curiosa. É uma apreciação profunda do momento, e de tudo que surge nele. É a plena consciência da presença da mente e do corpo. Por exemplo: se você está tomando chá, está tomando chá, percebendo todas as sensações desse ato, de seu corpo, nesse momento. 

Nesse estado, os pensamentos - no que vai fazer daqui a pouco, ou no ano que vem – ainda sugem. Porém, na prática de atenção plena aprendemos como deixar o pensamento vir e fluir, sempre retornando a nossa atenção gentilmente ao presente. Com o tempo, a tendência daqueles pensamentos e humores automáticos de dominar a nossa mente fica mais tranquila.
Seja diante de estresse ou dor crônica, ainda assim é ‘deixar vir’, perceber o que está acontecendo e não julgar. A atenção plena nos ensina a sentir a existência, com gentileza e paciência. E se cultivo essa qualidade de atenção focada em mim, gradualmente passo a enxergar melhor o outro também. Num texto anterior falei sobre o simples exemplo de olhar uma lagartixa que se move na parede -clique aqui e leia. Outro exemplo de se voltar para si é simplesmente prestar atenção no ar que sai e entra no seu corpo.
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/viverbem.htm


Até a nossa capacidade. Nada mais!


Somente o necessário: Excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas
Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Embora as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem, existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que possuímos em excesso.

Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.
Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.

Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.

Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.

Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.

Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!

Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...

Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.

Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta deles, não se reconhecem.

Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.

Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio...
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/atitudes.htm

No limite físico...


Estresse do dia a dia dificulta desejo sexual espontâneo
A vida profissional, a competitividade e a necessidade pessoal de ser bem-sucedido, impõem uma rotina intensa e exigente, tanto na jornada de trabalho, como na qualidade e agilidade de sua execução.
Nessas condições, o trabalho passa a ser mais do que um meio de subsistência e satisfação profissional e torna-se uma fonte de obsessão, provocadora de um alto grau de estresse e desgaste emocional.

Sem contar as diversas solicitações (ou estímulos) que nos obrigam a manter um status quo legitimado socialmente, mesmo que não seja nossa “escolha ou desejo”. Isso envolve o desempenho de diversas atividades, como por exemplo: a academia, o MBA, o inglês/espanhol/alemão/francês/mandarim,  atividades com colegas ou amigos... Enfim, atividades básicas, mas essenciais para se sentir inserido no mundo.

Todo esse contexto dificulta a própria convivência, no sentido de tempo e oportunidade de se estar junto daquele (a) com quem se decidiu  compartilhar a vida.

Como é possível conciliar o relacionamento com todas essas atividades?

E quando surgem divergências no relacionamento? Como resolver essas dificuldades que certamente exigirão atenção, esforço e dedicação para serem superadas?

É evidente que magicamente nada se soluciona. Portanto, o casal precisa arregaçar as mangas e entrar nessas questões para que os conflitos ou o clima entre ambos não piore ainda mais.

Seria querer demais que ainda assim a presença do desejo sexual ou a sua manifestação fosse a coisa mais tranquila ou espontânea do mundo.

Não quero aqui dar a ideia de que o desejo sexual só possa existir ou ser manifestado em condições totalmente favoráveis, mas é preciso um mínimo de condições internas e externas para que esse possa vir à tona.

Gostaria de deixar claro que se não tivermos uma atenção e dedicação para com a nossa sexualidade, ela pode facilmente não se manifestar ou deixar de ser vivida.

Portanto, cabe a cada um observar o quanto ela é importante em sua vida e o quanto faz falta para si ou para o relacionamento.

Muitas vezes espera-se que o desejo espontâneo faça a sua parte para que o sexo possa acontecer, mas deixa-se de observar o quanto ele está impedido o sexo de acontecer, e aí  esperar por isso pode ser eterno.

Em se tratando de sexo, nem sempre tudo acontece assim tão naturalmente (espontaneamente). Por vezes, precisamos nos esforçar e forçar situações para que situações agradáveis e prazerosas possam acontecer.

Não se justifica ficar na esperança do espontâneo sem que as condições cotidianas ou relacionais assim o permitam. Portanto, iniciativas, mesmo que sem desejo, podem sim, no decorrer da situação, despertar o desejo sexual; e a partir daí ela ser muito prazerosa e satisfatória.

Não dependa apenas do espontâneo, se ele não acontecer e quiser ter uma vivência agradável e prazerosa com o seu par, não hesite em ter iniciativas e buscar essas situações. Viva e faça acontecer. Não fique esperando...
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/amor.htm

Se bem delimitada, pode ser saudável demais...


Relação entre avós e netos no mundo de hoje
Os avós são parte importante do que se chama família extensa, mas seu papel em relação aos netos se alterou consideravelmente na atualidade.
Nas histórias infantis, nos contos de fada, os avós são retratados como aqueles velhinhos, de cabelos brancos, óculos no nariz, encurvadinhos, que agradam as crianças de infinitas maneiras, que contam histórias, que as mimam com balas, doces e bolos.

As avós tinham o conhecimento de como cuidar de bebês e cabia a elas orientar às jovens mães, suas filhas. Quando as mães começaram a entrar no mercado de trabalho, coube a muitas avós, a tarefa de se encarregarem dos cuidados e mesmo da educação de seus netos. Entretanto, as mudanças ainda continuaram.

Os avós, na atualidade, são muito diferentes. Sua aparência, dados os avanços da medicina e os ditames da moda, é muito distinta da de épocas passadas. Muitos estão ativos no mercado de trabalho, outros possuem papéis de destaque nas sociedades das quais fazem parte, outros têm uma vida pessoal enriquecida com atividades que lhes são nutridoras. Estão em um momento, na trajetória de suas vidas, que possui objetivos e sentidos próprios.

A relação avós-netos é hoje uma relação diferente, porém permanece uma relação privilegiada. O neto é ainda tido como “o filho com açúcar”, que permite avós uma vivência estruturante em termos de suas próprias personalidades.

Que fazem as avós, os avôs com seus netos nos dias de hoje?

O diálogo avós e netos é muito mais constante agora do que antes. As crianças da contemporaneidade, são abertas ao novo, como foram as crianças em todas as épocas, mas, graças ao avanço incrível das tecnologias da comunicação, as novas crianças são seres precoces na construção do próprio conhecimento. São, portanto, interlocutores muito atraentes para os mais velhos. Avós aprendem com seus netos e netos aprendem com seus avós.

A relação avós-netos produz trocas afetivas e cognitivas muito interessantes. Com o pulo de uma geração, mas, no nosso tempo, um pulo enorme, avós e muitas vezes mesmo os bisavós, que são testemunhas vivas das raízes das crianças, descrevem a elas o mundo tão diferente de muitos anos atrás, contam como eram e o que faziam os pais quando crianças. Os netos se espantam ao ouvir falar de um mundo sem internet, sem TV, etc.. Avós dão para a criança a noção da continuidade da existência e netos trazem para eles a antecipação do futuro. Avós se surpreendem com a habilidade do pequenos nos jogos eletrônicos.

 A prática de atividades físicas e de esportes nas últimas décadas, tão propagada para todas as idades, fez com que as pessoas mais velhas, muitas delas pelo menos,  se tornassem atualmente pessoas fortes fisicamente, ágeis e com disposição para acompanhar seus netos em corridas, peladas de futebol, ciclismo, natação, tênis, etc..

Hoje, como sempre assim foi, avós não podem interferir nas regras estabelecidas pelos pais, com o risco de, retirando-lhes o poder e reduzindo a autoridade deles como pais, torná-los irmãos de seus próprios filhos. Isso acarreta uma desorganização na hierarquia do sistema familiar com perdas para todos. 

Limites, normas, proibições são instrumentos de educação que pertencem aos pais. Seus princípios e seus valores, a ética com a qual conduzem sua vida, é que nortearão a vida de seus filhos.

As crianças precisam valorizar e respeitar seus pais e esses pais devem ser respeitados pelos avós. Isso porque, durante a infância os pais precisam ser valorizados e mesmo idealizados pelos filhos.  Cumpre depois,  aos filhos adolescentes, desidealizar seus pais, para que possam adquirir a possibilidade da própria identidade, mas o respeito e a valorização devem continuar sempre existindo. 

Nos dias de hoje, a família funciona como uma empresa, a ser gerenciada de forma otimizada. Dra. Iraci Galiás, psiquiatra e terapeuta de família, em São Paulo,  costuma dizer que na família-empresa, os pais compõem a diretoria executiva e os avós o conselho. Os avós possuem uma posição privilegiada na família, a posição de quem adquiriu senioridade no aprendizado da vida e, mantendo-se bem ativos e, quiça, mais sábios, podem colaborar com sua experiência para o incremento na qualidade de vida de todos.

Mais uma etapa superada...