7 lendas
urbanas brasileiras (em que você já acreditou)
É bem provável que você tenha escutado uma ou duas histórias de
terror na vizinhança – uma loira misteriosa (e assombrada) que vive no banheiro
da escola, aquele seu disco favorito que, na verdade, esconde uma mensagem do
diabo ou um homem assustador que leva embora criancinhas que se comportam mal.
Para você ficar mais tranquilo, a SUPER preparou uma lista com 7 lendas
urbanas brasileiras que não passam de histórias pra boi dormir – ou será
que não?
1. As facas escondidas nos bonecos do Fofão
Separados ao nascer?
Ninguém conseguia resistir ao charme das bochechas avantajadas
do (aparentemente) inocente alienígena vindo do planeta Fofolândia. Fofão,
personagem vivido na telinha por Orival Pessini, fez tanto sucesso ao lado da
turma do Balão Mágico, no início da década de 80, que ganhou seu próprio
programa na Rede Bandeirantes em 1986. Não muito tempo depois, ganhou
também um boneco feito à sua imagem e semelhança, que virou febre entre a
criançada – pelo menos, até inspirar uma lenda urbana pra lá de macabra.
Dizia-se por aí que o recheio do brinquedo não era tão fofinho assim: quem
abrisse sua barriga encontraria dentro do boneco uma faca negra. Pacto com o
diabo era a explicação mais popular – e até a semelhança entre Fofão e Chucky,
o brinquedo assassino, foi apontada. Quem já estripou o boneco garante que a
“coluna vertebral” do Fofão era mesmo feita com um objeto pontudo. Será?
2. Xuxa e seu pacto com o demo
Nada de “doce, doce, doce, a vida é um doce, vida é mel” –
dizia-se que “sangue, sangue, sangue” era o refrão lado B da canção Doce
Mel, um dos hits da rainha dos baixinhos. Na década de 80, teorias
conspiratórias ligavam Xuxa ao diabo (só isso explicaria sua ascensão
ao estrelato, aparentemente) e garantiam que seus discos escondiam mensagens
satânicas. Para ouvir o refrão “alternativo”, era só girar o LP do álbum Xou
da Xuxa no sentido anti-horário. Como se não bastassem as supostas
mensagens subliminares escondidas em suas músicas, as bonecas da Xuxa também
faziam parte da polêmica: reza a lenda que os brinquedos ganhavam vida durante
a noite e assassinavam suas donas.
3. Chupa-cabra
O vampiro das Américas não brilha no escuro (via)
Apesar de as histórias sobre esta temível criatura terem
começado em Porto Rico, não faltaram relatos para tornar a lenda popular (e
assustadora) no Brasil durante os anos 1990. Tudo começou em 1995,
quando foram descobertas oito cabras mortas com dentadas no pescoço e sangue
completamente drenado. Mais de 150 casos semelhantes foram registrados até
agosto daquele ano. Em dezembro, o número de animais mortos nestas
circunstâncias já ultrapassava a marca de 1 mil. Razão suficiente para dar
início à lenda sobre uma criatura semelhante a um morcego. Existem até testemunhas que
garantem já terem avistado esse tal vampiro das Américas.
4. A loira do banheiro
Até a turma do Limoeiro tem medo da Loira do Banheiro (via)
Uma lenda urbana com um fundinho de lição de moral. Você com
certeza já ouviu a história da loira do banheiro. Reza a lenda que uma jovem e
bela menina matava aulas no banheiro da escola e seu castigo foi mais do que
pegar recuperação. As versões sobre a sua morte divergem: alguns dizem que a
pobre garota escorregou e bateu a cabeça, outros afirmam que ela teria se
suicidado ou, até mesmo, sido assassinada. Inconformada com a morte prematura,
ela passou a assombrar os banheiros da escola, e não faltam relatos de
estudantes que juram ter visto uma versão brasileira da Murta que Geme
perambulando entre as privadas. Nada de matar aula no banheiro, crianças.
5. Homem do saco
Não, não estamos falando do bom velhinho
Nada melhor para educar filhos que contar uma história que vai
matá-los de medo, diz a sabedoria popular. E se a lição do dia é sobre
obediência, a história do homem do saco é uma boa pedida. Segundo a lenda, um
velho assustador que perambula pelas ruas sequestra crianças que saem de casa
sem a companhia de um adulto. Outra versão da história (ainda mais cruel com os
pequenos), é que o Homem do Saco faria o trabalho inverso ao do bom velhinho:
ao invés de visitar as crianças boazinhas e deixar presentes, como o Papai
Noel, o velho malvado visitaria apenas os desobedientes e os levaria embora
dentro de seu saco.
6. A Gangue do Palhaço
Tudo começou quando o Notícias Populares, jornal que circulou em
São Paulo entre os anos de 1963 e 2001, retomou na série “Crimes que abalaram o
mundo”, publicada na década de 1990, a história de um palhaço que assassinou
dezenas de criancinhas nos EUA nos anos 1960. Não demorou muito para que
tivesse início um boato sobre a chamada “Gangue do Palhaço”, atuante na região
metropolitana da maior capital brasileira. Como quem conta um ponto sempre
aumenta alguns pontinhos, logo a lenda se tornou tão detalhada que parecia até
verdade: dizia-se que o grupo de criminosos era liderado por um palhaço da
cidade de Osasco que roubava órgãos em uma Kombi azul.
7. Bebê-diabo
Novamente o Notícias Populares. No dia 11 de maio de 1975, a
capa do jornal estampava a manchete “Nasce o bebê diabo”. A lenda, um produto
do próprio jornalismo, surgiu despretensiosamente: o jornalista Marco Antônio
Montadon resolveu escrever uma crônica de horror inspirada no (nem um pouco
sobrenatural) nascimento de uma criança com um prolongamento no cóccix e duas
saliências na testa em um hospital do ABC paulista. A história fez tanto
sucesso que acabou virando uma série – ao longo de mais de um mês os
passos (verídicos ou não) do monstrinho apareceram no jornal.