segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pura loteria...


Comédia da vida alheia
Histórias reais, e surpreendentes, de brigas e discussões entre vizinhos
RIO — O galo cantava, mas como não tinha noção da hora, escolhia o meio da madrugada e irritava toda a vizinhança. A tal ponto que, quando a reclamação chegou ao Fórum de Paracambi, a juíza se declarou suspeita para julgar o caso: ela mesma perdia o sono por conta do galináceo e, como escreveu no despacho, se pudesse já o teria transformado em canja. O caso envolvendo uma juíza é extremo. Mas motivos para constrangimentos e desentendimentos não faltam e mostram como pode ser dura a vida de quem vive em comunidade. Em condomínios, vilas ou bairros com casas muito próximas umas das outras, parece haver, muitas vezes, uma tensão no ar capaz de transformar o mais cordial dos vizinhos em inimigo público número 1. A qualquer momento. Não à toa, há quem chame condomínios de condemônios! Separamos algumas dessas histórias que, de tão engraçadas, até parecem mentira. Mas poderiam acontecer logo aí, na porta ao lado.
Gato invasor
A moça mandou estofar um sofá de dois lugares, velho, para colocar na varanda, numa casa na Região Oceânica de Niterói. Como ela sai o dia inteiro, o gato da vizinha passa horas por lá. O estofado novo já está estragado, e é possível ver o caminho que o bichano fez pelo móvel, agora guardado num quartinho. Até porque, seu cheiro e pelos se entranharam na peça. A moça tentou conversar com a dona do gato e mandou recado pelos porteiros. Mas a resposta foi que não há como prender o bicho, que segue, dia sim, outro também, passeando pelas varandas vizinhas.
Juíza impedida
Galos cantam, como sabemos, ao raiar do dia. Mas, em Paracambi, havia um galo que preferia mostrar seu canto durante a madrugada. Talvez quisesse conquistar os insones, mas só o que conseguiu foi manter acordada toda a vizinhança, que em algumas noites incluía a juíza da cidade. Um dia, um vizinho mais irritado, resolveu entrar na Justiça contra o dono da ave. Ao receber a denúncia e ver o endereço do galináceo, a juíza Mônica Machado não teve dúvidas, só podia ser o mesmo animal que a perturbava. Honesta, ela se declarou suspeita para julgar o caso já que, por ela, tal ave já teria virado canja. O despacho da magistrada — que terminava com ela se oferecendo como testemunha caso a ação fosse adiante — ficou famoso e a história acabou com um final feliz. Em audiência de conciliação, o dono do galo aceitou transferir o animal para a área rural. A juíza nem precisou testemunhar. E os vizinhos dormiram felizes para sempre.
A manga é minha
A mangueira foi plantada na calçada a apenas 20 metros da propriedade ao lado, na Barra. Com o tempo, seus galhos foram crescendo em direção à casa do vizinho, que já teve o carro atingido, e amassado, pelas frutas, algumas vezes. O dono do carro, claro, reclamou. Mas ouviu como resposta que a culpa foi do vento e ficou por isso mesmo. Apesar disso, ele que não pense em comer uma das muitas mangas que caem do seu lado do terreno. O vizinho ranzinza passa o dia vigiando a árvore e não admite que ninguém pegue as mangas, nem mesmo quando as frutas estão no chão. Já chegou até a brigar com o jardineiro do vizinho que comeu uma fruta caída. Sua voracidade pelas mangas é tanta que, ao ver o pé carregado, ele colheu, uma a uma, mais de 100.
Barraco aquático
O ar-condicionado da moradora do segundo andar, que acabara de se mudar para o prédio em Santa Teresa, pingava. E atingia a varanda aberta da moradora do primeiro piso. Após algumas reclamações, a moça parou de ligar o aparelho, em pleno verão, enquanto tentava que a assistência técnica resolvesse o problema. Quando os técnicos apareceram, ela pôde enfim voltar a se refrescar e, durante duas semanas, não ouviu qualquer reclamação. Um dia, a vizinha do primeiro andar bateu em sua porta, dizendo, aos gritos, que se o ar continuasse pingando recolheria a água num balde e jogaria dentro da sua casa. A moça ainda tentou se desculpar, dizendo que não sabia que o aparelho continuava com problemas, mas a vizinha seguiu berrando corredor adentro.
Cão homônimo
Na província de Jilang, na China, Wang Sun e Hu Lin tornaram-se inimigos íntimos há seis anos, por causa de um pedaço de terreno na divisa de suas casas, do qual ambos julgavam ser proprietários. Um certo dia, Hu Lin comprou um cãozinho e deu a ele o nome de Wang. Sua diversão era xingar o cão, chamando-o pelo nome, sempre que o Wang humano estava por perto. O vizinho não gostou, nem aceitou a brincadeira e levou o caso à Justiça. Hu Lin acabou condenada e teve que pagar cerca de R$ 1.500 de indenização. A Justiça chinesa considerou que ela provocou “angústia mental” ao vizinho.
Árvore denunciada
Em Portland, nos Estados Unidos, no terreno de uma senhora de 83 anos, há uma grande árvore, que avança para o jardim de um jovem casal que mora ao lado. O casal, na verdade, não se importa. Pelo contrário, gosta da árvore. Algum vizinho, contudo, reclamou da árvore ao órgão municipal, que está recomendando que ela seja cortada. A vizinha acha que foi o casal que fez a denúncia e não perdoa os dois. Não desculpou nem mesmo depois de uma carta e um buquê de flores enviados por eles para tentar resolver a situação. O casal ainda tenta descobrir quem fez a tal denúncia. Espera, assim, recuperar a amizade da vizinha.
O ofurô é meu
Num prédio em fim de construção na Barra, um dos proprietários pediu a instalação de um ofurô. A construtora se enganou e fez a obra no apartamento ao lado. O vizinho beneficiado gostou da ideia e se recusou a devolver a peça. O outro exigiu. “Eu paguei, quero meu ofurô”. No fim, a construtora instalou a peça nos dois apartamentos e amargou o prejuízo pelo seu erro.
Síndico perpétuo
Há 53 anos (isso mesmo, 53!), o síndico comandava o condomínio em Petrópolis. Quando uma instituição social comprou parte do complexo e passou a ter direito a 60% dos votos (como previsto na convenção), quis impor uma nova síndica. Os outros condôminos brigaram e depois de cinco horas de assembleia, o síndico manteve o mandato. Um ano depois, contudo, foram derrotados na Justiça, e o síndico perdeu sua coroa.
Aleluia, condôminos!
Os condôminos tinham uma antipatia quase unânime pelo síndico do condomínio na Barra. Ele era até um bom gestor, mas a assembleia foi marcada para votar sua destituição. Quando terminou a contagem dos votos e a saída do síndico foi confirmada, duas condôminas se ajoelharam e agradeceram a Deus pela “graça”. O agora ex-síndico deixou a reunião cabisbaixo. Foi aplaudido.
Empatia, palavra-chave nas relações
Mas a questão é: vizinhos encrenqueiros, ranzinzas, intolerantes; como lidar com eles? E, ainda, como resolver essas questões sem chegar à Justiça, além de garantir a velha política da boa vizinhança?
Para Cristiane Salles, gerente da Protel Administradora, é preciso manter o bom senso:
— Respeito mútuo também é imprescindível para salvaguardar a harmonia da comunidade nos condomínios.
Já o advogado Hamilton Quirino defende a mediação como solução intermediária entre o bom senso perdido e a possibilidade de ação na Justiça. O trabalho é geralmente feito por um profissional, mas uma atitude simples pode até dispensar essa ajuda — a empatia:
— A base de qualquer conciliação é a empatia, é fazer um se colocar no lugar do outro. Quando isso é possível, o final quase sempre é feliz.

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A maioria da população mundial é racista...


Estudo encontra discriminação racial em anúncios no Google
Pesquisa de Harvard mostra que buscas por nomes mais comuns entre negros têm probabilidade 25% maior de gerar publicidade que presume que pessoas batizadas daquela forma já foram presas
RIO — Estudo da Universidade Harvard encontrou indícios de discriminação racial em anúncios relacionados a buscas no Google.
De acordo com a pesquisa de Latanya Sweeney, cientista da computação que dá aulas na instituição, buscas por nomes mais comuns entre negros têm probabilidade 25% maior de gerar publicidade que presume que pessoas batizadas daquela forma já foram presas. A estudiosa comparou o resultado com nomes mais usados por brancos.
Os links para anúncios no Google são exibidos de acordo com as palavras buscadas, e os anunciantes participam de um leilão on-line para garantir o direito de associar suas propagandas a elas. A Google também oferece tecnologia que associa anúncios ao conteúdo de outros sites.
A pesquisadora realizou buscas com dezenas de nomes frequentemente associados a cada uma das duas raças. O banco de nomes foi obtido por meio de estudo anterior que analisou a discriminação nos locais de trabalho.
O trabalho concluiu que buscas por nomes predominantemente negros, como Leroy, Kareem e Keisha, resultavam em anúncios que diziam “Preso?”, com link que redireciona para um site especializado em informar histórico criminal. A estudiosa foi surpreendida pela mesma propaganda quando pesquisou seu próprio nome na ferramenta de buscas — Latanya é nome comum entre negros nos EUA, e a pesquisadora é afrodescendente.
Quando a pesquisa era feita com nomes mais usados para batizar brancos, porém, os anúncios gerados promoviam sites de busca de contatos.
O anunciante é um site Instant Checkmate, que oferece informações sobre o passado criminal das pessoas, além de dados sobre histórico de estado civil e de contribuições à caridade. As informações, a página alega, são públicas e disponibilizadas por órgãos do governo.
“Há discriminação na veiculação desses anúncios”, conclui o estudo, acrescentando que a probabilidade de que a associação de nomes mais usados por negros a esses anúncios seja apenas coincidência é inferior a 1%. “Ao lado de notícias sobre atletas colegiais e crianças pode haver um anúncio com o nome do jovem sugerindo que ele já esteve preso.”
A pesquisadora disse ainda que o estudo não pode concluir quem é o culpado pela situação, se a Google, a anunciante ou a própria sociedade.
Em resposta à BBC, a Google disse que a escolha das palavras-chave associadas às propagandas são de escolha dos anunciantes e que a política da companhia combate a veiculação de propagandas com potencial de ofender pessoas, grupos e outras empresas. O Instant Checkmate ainda não se pronunciou publicamente sobre a pesquisa.
O estudo completo pode ser lido neste link (em inglês).


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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Só rindo...














Refletir...


“Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam.”
http://pensador.uol.com.br/proverbios_chineses/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
Os significados de uma ofensa

Toda ofensa representa uma injúria.

Um ex-aluno disse-me ter lido uma explicação sobre a palavra ofensa, que atenuava o significado dela. Pediu-me que lhe explicasse se isso é possível. Uso este espaço para lhe dar a resposta:

Caro ex-aluno, o substantivo ofensa tem vários significados. Quase todos parecidos uns com os outros. Há, porém, alguns que nos levam a sentidos completamente diversos. Vejamos:

O primeiro significado da palavra apresentada é injúria, que é o ato de injuriar. Injuriar, por sua vez, significa ofender por ação ou dito infamante, adjetivo que nos remete à acepção de dar má fama a alguém. Ou seja, haverá a injúria quando o sujeito da ação tiver a intenção de tornar público algo - inverídico - que não seja conhecido por todos.

Por exemplo, se chamarmos de corrupto um cidadão honesto, haverá a injúria. Essa é a acepção de ofensa que usamos costumeiramente em nosso país e que pode, inclusive, ser objeto de processo jurídico (advogados e estudantes de direito, não sei se esses são os termos adequados para isso - só me quis fazer entender).

Outro significado de ofensa, porém, é afronta, que nos remete ao sentido de afrontar, confrontar, enfrentar. Muitas vezes, quando há o confronto, quando há o enfrentamento, palavras pesadas são usadas.

Estas, no entanto, podem ser um rechaço, ou seja, a tentativa de o sujeito fazer seu oponente retroceder, opondo resistência a ele por meio de palavras supostamente ofensivas, uma vez que tenha sido vexado por ele. Seria uma espécie de autodefesa, a fim de levar seu adversário ao esgotamento. Este é o significado tênue de ofensa.

Por exemplo, se chamarmos de ignorante, em um confrontamento, um cidadão comprovadamente falto de inteligência, haverá a afronta, mas não haverá a injúria. São duas acepções bem diferentes.

O cidadão ofendido, nesse segundo caso, não pode se sentir injustiçado, posto que o que foi dito está conforme a realidade. Ele deve, sim, procurar saber qual a intenção da pessoa que supostamente o ofendeu e também analisar o que praticou antes de ser ofendido.

Aí está a explicação. Espero que tenha sido clara.

A frase apresentada, portanto, está inadequada. Corrigindo-a:
Nem toda ofensa representa uma injúria.

http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/os-significados-de-uma-ofensa.jhtm

História...


Alimentação nas Grandes Navegações Marítimas europeias
Durante as Grandes Navegações Marítimas Europeias (principalmente nos séculos XV e XVI), as embarcações eram feitas principalmente nos portos de Portugal e na região da Andaluzia, na Espanha. As caravelas mediam cerca de 20 metros de comprimento e pesavam até 80 toneladas. Nessas embarcações, comprimiam-se durante meses de viagem cerca de 60 homens e mais os animais destinados à alimentação, além de armas, munições, alimentos, entre outros. 
O cotidiano dos navegadores não era nada fácil. Além dos medos imaginários, presentes nos pensamentos desses navegadores (como a crença de que o oceano era povoado por monstros e dragões), também existiam os medos reais, as dificuldades de navegar em mar aberto, as tempestades e chuvas intensas, as doenças e a péssima alimentação. 
Neste texto iremos aprender um pouco sobre o cotidiano das Grandes Navegações. Conheceremos mais sobre a alimentação dos navegadores dentro das Caravelas, ou seja, sobre a dieta de bordo dos navegadores. 
As viagens marítimas nos séculos XV e XVI eram cheias de imprevistos (que ainda hoje ocorrem). Quando a viagem transcorria de forma normal, sem imprevistos, a comida a bordo supria precariamente as necessidades dos tripulantes, mas se ocorresse algum imprevisto, como tempestades, danos físicos nas embarcações ou alguma imperícia do piloto, os tripulantes sofriam com a falta de alimentos.
Nas embarcações, principalmente durante os séculos XV e XVI, o principal alimento era o biscoito. De acordo com o clima e sob certas circunstâncias (invasão de água na embarcação), essa alimentação passava por algumas alterações, ou seja, encontrava-se em péssimas condições para a alimentação (por causa do mofo e da umidade). Geralmente cada tripulante recebia diariamente cerca de quatrocentos gramas de biscoito para sua refeição. 
O vinho tinha presença obrigatória nas embarcações. A água utilizada para beber e para cozinhar era guardada em grandes tonéis ou tanques, inapropriados. Assim, quase sempre a água estava infectada por bactérias, o que sempre provocou infecções e diarreias nos tripulantes. 
Os alimentos sempre eram distribuídos pelo capitão da embarcação e por um ajudante. Essa distribuição dos alimentos era estabelecida em regimentos (porções) e somente o capitão e o ajudante tinham a chave dos estoques de alimentos. A segurança era rigorosa para vigiar os alimentos, pois a sua falta poderia comprometer toda a viagem e causar mortes tanto pela fome, tanto por conflitos entre os tripulantes por causa do alimento.
Juntamente com a tripulação, existia a presença de ratos e baratas, sempre comprometendo a qualidade dos alimentos. Outro fator que contribuía para a falta de higiene era a ausência de banheiros na embarcação – geralmente os tripulantes faziam suas necessidades em recipientes e as lançavam ao mar. Esses fatores contribuíram bastante para a proliferação de doenças e mortes nas embarcações.

Mais uma etapa superada...