terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Curioso...


Cor de burro quando foge
Uma expressão nascida do uso equivocado de um termo mais antigo.
Como as pessoas se comunicarão daqui a algumas décadas? Essa é um pergunta bem difícil de responder quando temos a sensação de que a nossa língua foi sempre a mesma ou que as nossas formas de comunicação não precisam sofrer algum tipo de mudança. Contudo, a verdade é que muitas expressões do nosso cotidiano irão simplesmente desaparecer. Em outros casos, alguns de nossos termos serão alterados em sua forma, conteúdo e sentido.

Do ponto de vista histórico podemos ver que essas mudanças nem sempre são voluntárias, e que acontecem ao sabor de erros de difícil previsão. No caso do termo “cor de burro quando foge”, algumas pessoas acreditam que o termo tem uma significação quase que literal. Afinal de contas, a cor parda que um burro “pega”, após correr léguas e mais léguas por uma estrada de chão, pode lembrar bem aquele tom estranho de um carro, blusa ou cabelo que vemos por aí.

Mesmo sendo plausível, essa explicação nunca foi historicamente comprovada em algum livro de época, carta ou documento formal. De fato, a explicação mais aceitável desse mistério encontra-se na antiga expressão coloquial “corro de burro quando foge”. Registrada pelo gramático Antônio de Castro Lopes (1827 - 1901), o indício leva-nos a crer que o uso equivocado da expressão original acabou dando origem à “cor de burro quando foge”.

Apesar dos termos não terem nexo algum entre si, essa não é a primeira (e talvez nem a última!) que esse tipo de transformação pelo erro acontece. Investigando a origem de outros termos, veremos que a fala não se perpetua ao longo das gerações. Assim como os comportamentos, gostos e hábitos, as expressões populares assumem feições que estão ameaçadas pelo esquecimento ou pela reinvenção de alguém que escuta um dito da forma que bem entende.

Piada...


Qual a diferença entre um advogado e um abutre?
R. O advogado participa de programas de milhagem nas companhias aéreas.

Devanear...


Ou Isto Ou Aquilo - Cecília Meireles
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Realidade mais que cruel...


À espera de tratamento, pai acorrenta filho usuário de crack no RS
Jovem de 22 anos foi preso dentro de casa, em Passo Fundo.
Coordenadoria Regional de Saúde diz que vai resolver situação.
A demora para conseguir tratamento para um filho usuário de crack levou um pai a uma atitude extrema em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. A saída que ele encontrou para afastar o jovem de 22 anos das drogas foi acorrentá-lo dentro de casa. A família conseguiu autorização na Justiça para internação, mas há mais de um mês espera pela vaga, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo).
A corrente que prende o jovem tem cinco metros e três cadeados. Nos dois primeiros dias as mãos dele também foram amarradas, até ele se mostrar mais tranquilo. "Eu não tenho como ficar esperando mais. Agora estou com ele amarrado, está bem louco para ser solto, só que pelo menos ele está vivo", desabafou o pai, que não se identificou. "Isso não é certo, mas no momento era o que tinha de certo para fazer", completou.
À reportagem, o jovem, que também teve a identificação preservada, disse que começou a usar drogas aos 17 anos. Em resumo, ele contou em que se transformou sua vida. "Comecei com maconha, depois usei cola, pó e pedra também. Agora se transformou em cadeia, internação (...) Quero voltar a ter uma vida normal, porque todo o meu dia a dia é perigoso", salientou.
No hospital psiquiátrico de Passo Fundo a reportagem da RBS TV encontrou leitos disponíveis. O Hospital Bezerra de Menezes é referência na região no atendimento de dependentes químicos. "Possivelmente houve uma dificuldade na regulação desses leitos, porque o hospital está à disposição, aberto, com uma estrutura de tratamento adequada", afirmou o diretor técnico Rogério Riffel.
Os pedidos de internação feitos pela Justiça ou pelo município vão para a 6ª Coordenadoria Regional de Saúde. Depois os pacientes são encaminhados para um dos 122 leitos credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A média de tempo para abrir uma vaga é de uma semana.
"Me parece que ocorreu algum problema de encaminhamento. A documentação foi encaminhada para a 6ª coordenadoria no começo de fevereiro, e no mesmo dia reenviamos para a Secretaria Municipal de Saúde para as correções necessárias. Estamos aguardando o documento do município", garantiu o coordenador Luiz Fabrício Scheis.
Após a reportagem, a 6ª Coordenadoria Regional de Saúde confirmou que houve um erro no preenchimento da documentação, o que acabou atrasando o processo. Porém, segundo a mesma, o problema já foi resolvido e o jovem deve ser internado ainda nesta semana.

Regando e adubando o rebando...



Governo anuncia que todas as pessoas que recebem Bolsa Família sairão da extrema pobreza
Medida vai tirar da miséria 2,5 milhões de brasileiros
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff anuncia nesta terça-feira o que o governo vem chamando de “o fim da miséria', com a inclusão dos últimos 2,5 milhões de brasileiros beneficiários pelo Bolsa Família que ainda se encontravam na linha da pobreza extrema, em um plano de complementação da renda repassada mensalmente. As famílias cuja renda do trabalho mais a verba do Bolsa Família somem menos de R$ 70 por pessoa/mês - quem vive com menos está na miséria, segundo corte estabelecido pelo governo - vão receber o complemento para que alcance este valor.
Com isso, o governo afirma que terá tirado um total de 22 milhões de pessoas da miséria. No entanto, o próprio Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome estima que ainda restam 700 mil famílias “invisíveis”, que ainda não foram encontradas pelo governo para passarem a receber a ajuda social.
A partir de 18 de março, todos os que recebem o Bolsa Família receberão verba suficiente para que fiquem acima do limite de R$ 70 por pessoa. A complementação de renda para esses 2,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família vai custar R$ 773 milhões apenas este ano. O valor gasto com o Bolsa Família tem aumentado no governo Dilma. Em 2010, último ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, R$ 14 bilhões foram destinados ao programa. A previsão para este ano é de R$ 23 bilhões.
- O Bolsa Família se tornou a grande porta de entrada para a população pobre – afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campello, lembrando que o grande “gênio” que criou o programa foi o ex-presidente Lula.
A ministra explicou que o pagamento do benefício vai variar de acordo com a “severidade” da pobreza. Até agora, o fato de a pessoa receber o Bolsa Família não era garantia de que ela estava livre da miséria. A ampliação do programa anunciada nesta terça-feira foi criada para resolver o problema e atender “aos mais pobres entre os pobres”.
O plano de superação da extrema pobreza faz parte do programa Brasil Sem Miséria, e o Bolsa Família é uma das estratégias do programa. Segundo o governo, o desafio continua sendo identificar e incluir nos programas sociais brasileiros pobres e miseráveis “invisíveis” que ainda não constam no cadastro usado para o pagamento dos benefícios. Lançado em junho de 2011, o Brasil sem Miséria já localizou, de acordo com o Desenvolvimento Social, 791 mil famílias, que se enquadram no perfil de quem carece da ajuda social da governo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/governo-anuncia-que-todas-as-pessoas-que-recebem-bolsa-familia-sairao-da-extrema-pobreza-7615725#ixzz2LNNorU8l
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Mais uma etapa superada...