quarta-feira, 6 de março de 2013

Só rindo...






Refletir...


“A mente tem o passo ligeiro, mas o coração vai mais longe.”
(Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/2/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Camiseta em algodão"
"Camiseta em algodão"
"Bancos em couro"
"Homem vê castelo feito em gelo na China"

Não sei por qual razão as pessoas que elaboraram essas frases pensaram em usar a preposição "em", quando o adequado gramaticalmente seria usar a preposição "de". Seria uma tendência? Mais um vício com o qual teremos de conviver, como ocorre com o tal gerundismo?

A preposição "em" indica várias circunstâncias, mas não a de "matéria", que é indicada pela prep. "de": casa de madeira, sapato de pelica, terno de linho...

Veja as circunstâncias indicadas pela preposição "em":
Tempo: Em vida, passou todos os seus bens aos filhos.
Lugar: Estava em casa, quando ela chegou.
Estado: Fique em paz.
Finalidade: Em protesto, retirou-se do salão.
Equivalência e valor: Avaliamos a casa em cem mil reais.
Forma como se pratica uma ação: Fale em Português!
Conformidade: Em verdade vos digo.
Modo: O cortejo seguia em silêncio absoluto.
Causa: Em vista das circunstâncias, desistimos da compra.
Lugar: As crianças brincavam em torno da casa.
Condição: Em continuando a revolta, seremos mais duros.

Já a preposição "de" indica as seguintes circunstâncias:
 
Modo: Saiu de fininho da reunião.
Tempo: De manhã faremos a reunião.
Instrumento: Ferido de faca, foi socorrido pelos amigos.
Causa: Desmaiou de tanta fome que sentia.
Matéria: casa de madeira.
Assunto: Falava de política o tempo todo.
Lugar onde está o agente da ação: Telefonei-lhe de casa.
Origem: Chegou de São Paulo.
Posse: Voltou para a casa dos pais.
Autor de uma obra: Quincas Borba, de Machado de Assis.
Aquilo de que é parte: Maçaneta da porta.
Local: Os congressos de Curitiba.
Continente ou conteúdo: copo de pinga; a água da jarra.
Característica genérica ou particular: homem de posses.
Constituição: comissão de professores.
Dimensão: prédio de cinquenta metros de altura.
Valor: joia de dez mil reais.
Inclusão: sócio do clube.
Semelhança: escada de caracol.
Época em que acontece: chuvas de verão.
Finalidade: vestido de festa.

Claro está, então, que a preposição "em" não deve ser usada para indicar matéria. Em seu lugar, usa-se a prep. "de".

As frases apresentadas, então, deveriam ser assim escritas:

Camiseta de algodão
Bancos de couro
Homem vê castelo feito de gelo na China

História...


Cotidiano das crianças indígenas
Brincadeiras e diversões fazem parte do dia a dia das crianças indígenas
No presente texto analisaremos o cotidiano das crianças indígenas e ressaltaremos, sobretudo, o cotidiano das crianças da aldeia dos Kuikurus, etnia indígena do Alto Xingu, que se encontra nas confluências dos estados do Pará e do Mato Grosso.  
O cotidiano das crianças indígenas kuikurus diverge e muito do dia a dia das crianças que moram nas capitais brasileiras. No entanto, as crianças que vivem em pequenas cidades interioranas e em fazendas possuem atividades rotineiras parecidas com as crianças kuikurus.
As crianças kuikurus têm o costume de passar o dia no rio, onde tomam banho e brincam. Outra brincadeira bastante praticada entre os “pequenos” indígenas é a diversão com o arco e a flecha dentro das matas. Os indígenas adultos produzem arcos e flechas com tamanho reduzido e que não causam risco à vida das crianças. Dessa maneira, as crianças kuikurus vão se acostumando a lidar com essas ferramentas, para que, no momento em que se tornarem adultas, possam praticar a caça, principal fonte de alimentação dos povos indígenas.
Da mesma forma que acontece com as crianças da cidade, isto é, com as crianças não índias, que desobedecem a seus pais ou responsáveis, as crianças indígenas desobedientes também ficam de castigo, geralmente estipulado pelos pais.
Alguns índios adultos kuikuru castigam seus filhos desobedientes com uma espécie de pente (de pentear os cabelos) feito com dentes de macaco – os indígenas chamam esse objeto de “arranhador”. Os adultos utilizam esse objeto no corpo das crianças, ou seja, passam o arranhador nos seus braços e corpos, que sofrem bastante com esse castigo.
Além de ser uma prática punitiva, o arranhador dos kuikurus era bastante utilizado, segundo a tradição dessa etnia, como forma de fortalecer o sangue da criança. Porém, mesmo com a prática de arranhar as crianças, nenhum adulto kuikuru bate nas suas crianças. Segundo a tradição, o costume da aldeia não é bater, pois esses indígenas acreditam que a mãe que bate no filho não será cuidada por ele, quando este crescer.
Esse fato (de o filho abandonar os pais, por apanhar deles) é uma questão levada a sério pela etnia kuikuru. Na sociedade não indígena esse fato não é tão presente: geralmente, os pais batem nos filhos sem tais preocupações e os filhos abandonam os pais quando estes ficam velhos, mesmo sem terem apanhado deles quando crianças.
http://www.escolakids.com/cotidiano-das-criancas-indigenas.htm

Viva a sabedoria...

Bertrand Russell

Filósofo, matemático, sociólogo e moralista inglês (1872-1970). É um dos fundadores da lógica moderna. Escreveu ensaios filosóficos, sociais e políticos, tendo sido galardoado, em 1950, com o Prêmio Nobel da Literatura. A sua vida decorreu entre o estudo, as conferências e a docência universitária (ensinou em Cambridge  e a atividade política. Mas nunca conseguiu um dos objetivos políticos: o referendo político institucional, por não conseguir ser eleito nas três vezes que foi candidato ao Parlamento. Morreu em 1970, quase centenário.
Militante da causa pacifista, foi preso duas vezes, uma em 1918, outra em 1961, com a idade de oitenta e nove anos, devido a uma campanha em favor do desarmamento nuclear. O seu inconformismo leva-o a pôr em causa todas as certezas estabelecidas e todos os totalitarismos. 
Intelectual de profunda agudeza de espírito, tornou-se um dos mais populares e divulgados pensadores do seu tempo. Tornou-se célebre devido (de entre outros) ao seu importante trabalho, em colaboração com A. N. Whitehead, sobre a fundamentação da lógica e da matemática.
Deixou-nos, entre outras, as seguintes obras: Princípios da Matemática (1903); Principia Mathematica (1910-1913); Os Princípios da Filosofia (1912); Os Problemas da Filosofia (1912); O Nosso Conhecimento do Mundo Externo (1914); A Filosofia do Atomismo (1918); Introdução à Filosofia Matemática (1919); A Análise da Mente (1921); A Análise da Matéria (1927); Ensaios Cépticos (1928); O Casamento e a Moral 1929); A Conquista da Felicidade (1930); Contos (1932); Educação e Ordem Social (1932); História da Filosofia Ocidental (1946); Porque não sou Cristão (1957).

Cultura viva...


Pop Art
A Pop Art é um movimento interessado na desconstrução dos ícones reconhecidos pela sociedade industrial.
O lugar da arte sempre foi um tema extensamente debatido entre críticos, apreciadores, pesquisadores e os próprios artistas. Durante um bom tempo, o mundo da arte foi pensado como uma esfera autônoma, regida por seus próprios códigos e fruto de uma criatividade centrada na individualidade do artista. Contudo, principalmente a partir do século XX, notamos que essa separação entre a arte e o mundo veio perdendo força na medida em que movimentos diversos buscaram quebrar tais limites.
Na década de 1950, observamos a formulação de um movimento chamado de “pop art”. Essa expressão, oriunda do inglês, significa “arte popular”. Ao contrário do que parece, essa arte popular que define tal movimento não tem nada a ver com uma arte produzida pelas camadas populares ou com as noções folcloristas de arte. O “pop art” enquanto movimento abraça as diversas manifestações da cultura de massa, da cultura feita para as multidões e produzida pelos grandes veículos de comunicação.
Ao envolver elementos gerados pela sociedade industrial, a “pop art” realiza um duplo movimento capaz de nos revelar a riqueza de sua própria existência. Por um lado, ela expõe traços de uma sociedade marcada pela industrialização, pela repetição e a criação de ícones instantâneos. Por outro, questiona os limites do fazer artístico ao evitar um pensamento autonomista e abranger os fenômenos de seu tempo para então conceber suas criações próprias.
O movimento “pop art” apareceu em um momento histórico marcado pelo reerguimento das grandes sociedades industriais outrora afetadas pelos efeitos da Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, adotou os grandes centros urbanos norte-americanos e britânicos como o ambiente para que seus primeiros representantes tomassem de inspiração para criar as suas obras. Peças publicitárias, imagens de celebridades, logomarcas e quadrinhos são algumas dessas inspirações.
Os integrantes da “pop art” conseguiram chamar a atenção do grande público ao se inspirar por elementos que em tese não eram reconhecidos como arte, ao levar em conta que o consumo era marca vigente desses tempos. Grandes estrelas do cinema, revistas em quadrinhos, automóveis modernos, aparelhos eletrônicos ou produtos enlatados foram desconstruídos para que as impressões e ideias desses artistas assinalassem o poder de reprodução e a efemeridade daquilo que é oferecido pela era industrial.
Entre outros representantes desse movimento, podemos destacar a figura de Andy Warhol, conhecido pelas múltiplas versões multicoloridas de “Marilyn Monroe”, produzida no ano de 1967. Outro exemplo de “pop art” pode ser reconhecido na obra “No Carro”, em que Roy Lichenstein utiliza a linguagem dos quadrinhos para explorar situações urbanas. Ainda hoje, diversos artistas empregam as referências da “pop art” para conceber quadros, esculturas e outras instalações.
http://www.brasilescola.com/artes/pop-art.htm

Entendendo...


Da democracia direta (participativa) à democracia indireta (representativa)
Na democracia direta, os próprios cidadãos eram responsáveis pelo destino da sua cidade; enquanto que na democracia indireta, elegem-se representantes para tal.
Na democracia direta, os próprios cidadãos eram responsáveis pelo destino da sua cidade
Dentre as mais relevantes e importantes “invenções” dos gregos está a democracia. Palavra de origem grega, demo significa povo, enquanto que craciavem de kratos, que significa governo, poder. Logo, democracia significa condição na qual o poder é do povo porque todos são iguais.
A despeito da democracia enquanto instituição ter nascido na cultura grega, mais especificamente em Atenas, vale a ressalva de que a participação política não era de fato tão democrática, mas restringia-se a um grupo – mais especificamente ao grupo dos homens. Dessa forma, não apenas as mulheres estariam excluídas dos debates e discussões, mas também uma enorme fatia da população composta por escravos, libertos e estrangeiros.
Para os gregos havia três tipos de regimes políticos: monarquia, república e democracia, sendo que o que os diferenciava era o número de indivíduos que detinha o poder. Segundo Renato Janine Ribeiro (2012, s/p.), em site que leva seu nome, “Monarquia é o poder (no caso, arquia) de um só (mono). Aristocracia é o poder dos melhores, os aristoi, excelentes. São quem tem aretê, a excelência do herói. Assim, a democracia não se distingue apenas do poder de um só, mas também do poder dos melhores, que se destacam por sua qualidade. A democracia é o regime do povo comum, em que todos são iguais”.
Dessa forma, ao que consta, Atenas praticava o que se chama de democracia direta (participativa), pois os próprios cidadãos eram responsáveis pelos destinos da cidade. A democracia direta só era possível porque o exercício da cidadania era restrito, logo era possível ouvir e contar os votos de cada cidadão em cada consulta pública. O significado descritivo do termo não se alterou ao longo dos séculos desde sua criação pelos gregos – o poder emana do povo e ele tem esse direito. No entanto, conforme aponta Norberto Bobbio (1995), o que mudou foi a maneira de se exercer esse direito.
Através da história percebemos como as sociedades (principalmente as ligadas à cultura ocidental) tornaram-se mais complexas, a exemplo da sociedade industrial que surgiria no século XIX. Parte da explicação dessa complexalização estaria no desenvolvimento do capitalismo (alavancado pela Revolução Industrial) e da valorização da liberdade enquanto direito universal dos homens em todos os sentidos, ou seja, da liberdade de expressão, religiosa e principalmente política (enquanto desdobramentos da Revolução Francesa). Assim, diferentemente das cidades-estado gregas, as sociedades urbanas e industriais seriam compostas por milhares de pessoas (cidadãos) e as relações sociais (assentadas sobre uma sociedade de classes) se dariam sob outra lógica, requerendo um outro tipo de organização política. Assim, a democracia direta ou participativa enquanto instrumento para decisões e debate político se tornaria impossível.
Dessa forma, a democracia representativa seria uma alternativa para melhor se deliberar em Estados muito grandes, com muitos indivíduos, os quais estariam, de forma desorganizada, dispostos a lutar por uma infinidade de interesses particulares. Na democracia representativa, o dever de fazer leis não cabe a todo o povo, mas a um grupo restrito de representantes eleitos (vereadores, deputados, senadores) pelo próprio povo, do qual recebem os direitos políticos para defender e governar a sociedade. Logo, a responsabilidade dos políticos enquanto representantes estaria em zelar e lutar pelas reivindicações de toda a sociedade e não apenas de um grupo ou de um indivíduo.
Daí a importância da participação da sociedade civil na política, bem como do entendimento do voto como um dos principais mecanismos para isso. Infelizmente, na política brasileira, além da apatia e desinteresse de grande parte da população com assuntos políticos, não raramente alguns representantes investidos de seus cargos públicos envolvem-se em casos de corrupção, desvirtuando o sentido da representação do povo.

Mais uma etapa superada...