segunda-feira, 11 de março de 2013

Qual o grau da bestialidade?


Motorista que atingiu ciclista comprou vodca, diz polícia
Segundo a casa noturna Josephine, jovem gastou R$ 96.
Vídeo pode confirmar se foi o próprio motorista mesmo que pagou a conta.
A comanda de consumo de Alex Siwek,  paga na casa noturna de onde ele saiu antes de atropelar um ciclista na Avenida Paulista, na manhã deste domingo (10), registra três doses de vodca e um energético, segundo a delegada Priscila de Oliveira Rodrigues, que investiga o caso. Siwek, que é estudante de psicologia  se entregou à polícia após jogar em um córrego da Avenida Dr. Ricardo Jafet, na Zona Sul de São Paulo, o braço da vítima, o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos - que foi amputado no acidente e ficou preso nos estilhaços do vidro frontal do carro.
O horário que a comanda individual de consumo foi fechada, às 6h, porém, é posterior ao horário do acidente, ocorrido às 5h30. A Polícia Civil espera agora imagens da casa noturna Josephine, no Itaim Bibi, na Zona Sul, para confirmar se foi mesmo Siwek, de 22 anos, quem pagou a conta.
Ao G1, a gerência da casa noturna Josephine, localizada na rua Dr. Mário Ferraz, no Itaim Bibi, confirmou que na comanda individual que marca o consumo do jovem havia as três vodcas e o energético. A comanda foi aberta quando o estudante de psicologia entrou na boate, às 2h14 de domingo, e fechada às 6h pontualmente. O preço final: R$ 96.
Tanto a gerência da boate quanto os investigadores querem saber se foi o Siwek mesmo quem pagou sua comanda ou se saiu antes e deixou o valor para alguém pagar. Uma cópia da comanda será enviada por e-mail para a delegada Priscila de Oliveira Rodrigues,  do 5º Distrito Policial, na Aclimação, para ser anexada ao inquérito.
O amigo de Siwek que estava com ele no carro na hora do acidente, Diego de Luna Daio, disse em depoimento à polícia que cada um deles bebeu "três ou quatro latinhas de cerveja na festa ", conforme a delegada. Nenhum deles falou em outro tipo de bebida.
Siwek foi indiciado por tentativa de homicídio e mais três crimes do Código Brasileiro de Trânsito - embriaguez ao volante, fuga de local de acidente e inovar artificiosamente no caso de acidente. O estudante está preso no 2º Distrito Policial e será transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP) ainda nesta segunda-feira, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
Segundo o advogado do motorista, Paulo Naves Testoni, a defesa entrará nesta segunda com um pedido de liberdade para Siwek, mediante fiança ou não. A intenção dos advogados é transformar a prisão em flagrante em uma medida cautelar. O acusado não prestou depoimento. Ele falará apenas em juízo, segundo a defesa.
"O estudante é réu primário, tem residência fixa, trabalha, estuda. Vamos apresentar ao juiz a documentação da faculdade de psicologia, mostrando que ele estava matriculado, frequentava, é uma pessoa correta, para que a Justiça decida se cabe uma fiança ou a prisão com base numa medida cautelar, que pode ser tanto a proibição que ele saía à noite, que ele viaje, ou dirija durante o processo", afirmou Testoni.
Investigações
A Polícia Civil pediu à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a condomínios da região da Avenida Paulista as imagens gravadas por câmeras de segurança que podem ter registrado o atropelamento.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Silveira Martins, titular do 5º Distrito Policial, na Aclimação, que assumiu o caso, os investigadores irão percorrer nesta segunda-feira  diversos prédios das avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio em busca de imagens. A polícia investiga também se o motorista Alex Siwek, de 22 anos, que fugiu do local sem prestar socorro e se entregou à polícia horas depois, recebeu alguma multa por excesso de velocidade no dia do acidente.
Treze testemunhas já foram ouvidas, segundo a delegada. Na noite deste domingo, um corretor de imóveis que afirma ter sido a primeira pessoa a chegar ao local da colisão prestou depoimento. O corretor saiu do Metrô Brigadeiro e testemunhou o acidente. Ele contou à polícia ter visto Siwek em zigue-zague na Avenida Paulista até atropelar o ciclista. O corretor disse que ajudou a socorrer David e que um bombeiro que estava próximo prestou os primeiros socorros e estancou o sangue até a ambulância chegar. Este bombeiro ainda não foi localizado pela polícia, informou a delegada.
Quadro estável
Segundo o Hospital das Clínicas de São Paulo, o quadro de saúde do ciclista David Santos de Souza, era considerado estável nesta manhã. A vítima continuava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por volta das 9h depois de passar por uma cirurgia para saturar o local em que o braço foi amputado. De acordo com o hospital, o jovem estava consciente e respirava sem a ajuda de aparelhos. Ainda não há previsão de quando o ciclista irá para o quarto ou receberá alta hospitalar.
A empregada doméstica Antônia Ferreira dos Santos, de 51 anos, mãe do ciclista, disse que ouviu do filho a afirmação de que ele estava na ciclofaixa quando foi atingido pelo automóvel. No horário em que ocorreu o acidente, a ciclofaixa de lazer ainda estava desativada. A mãe contou que o rapaz, que trabalha como limpador de vidros, saiu de Diadema, na Grande São Paulo, e se dirigia ao trabalho, em um prédio próximo ao Hospital das Clínicas.
O acidente
Na descrição da polícia, o motorista Alex Siwek, de 22 anos, estava dentro de um Honda Fit ao lado de um amigo quando o acidente ocorreu, por volta das 5h30. O ciclista foi atropelado por trás e lançado sobre a frente do veículo. O braço direito do ciclista foi amputado por estilhaços de vidro do pára-brisa e permaneceu preso ao veículo.
O motorista fugiu do local, deixou o amigo em casa e depois foi à Avenida Doutor Ricardo Jafet, de onde lançou o braço amputado da vítima em um córrego. Depois, voltou à própria casa, guardou o carro na garagem e dirigiu-se a pé à unidade policial para se entregar.
Segundo o delegado, testemunhas disseram que o motorista dirigia em velocidade incompatível com o local, em zigue-zague, entrando e saindo da faixa reservada ao tráfego de bicicletas.
Defesa
O advogado de Siwek, Cássio Paoletti, disse que seu cliente não prestou socorro à vítima porque temeu a reação de pessoas que estavam próximas ao local do acidente.
"Segundo ele, ele temia pela conduta dos que estavam ali presentes", disse o advogado, sobre o fato de o motorista não ter prestado socorro à vítima. Questionado sobre o motivo de o jovem ter se desfeito do braço da vítima, ele disse estar chocado e que não entende o motivo.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/03/motorista-que-atingiu-ciclista-comprou-vodca-e-energetico-diz-boate.html

Motorista que atingiu ciclista comprou vodca, diz polícia
Segundo a casa noturna Josephine, jovem gastou R$ 96.
Vídeo pode confirmar se foi o próprio motorista mesmo que pagou a conta.
A comanda de consumo de Alex Siwek,  paga na casa noturna de onde ele saiu antes de atropelar um ciclista na Avenida Paulista, na manhã deste domingo (10), registra três doses de vodca e um energético, segundo a delegada Priscila de Oliveira Rodrigues, que investiga o caso. Siwek, que é estudante de psciologia, se entregou à polícia após jogar em um córrego da Avenida Dr. Ricardo Jafet, na Zona Sul de São Paulo, o braço da vítima, o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos - que foi amputado no acidente e ficou preso nos estilhaços do vidro frontal do carro.
O horário que a comanda indivual de consumo foi fechada, às 6h, porém, é posterior ao horário do acidente, ocorrido às 5h30. A Polícia Civil espera agora imagens da casa noturna Josephine, no Itaim Bibi, na Zona Sul, para confirmar se foi mesmo Siwek, de 22 anos, quem pagou a conta.
Ao G1, a gerência da casa noturna Josephine, localizada na rua Dr. Mário Ferraz, no Itaim Bibi, confirmou que na comanda individual que marca o consumo do jovem havia as três vodcas e o energético. A comanda foi aberta quando o estudante de psicologia entrou na boate, às 2h14 de domingo, e fechada às 6h pontualmente. O preço final: R$ 96.
Tanto a gerência da boate quanto os investigadores querem saber se foi o Siwek mesmo quem pagou sua comanda ou se saiu antes e deixou o valor para alguém pagar. Uma cópia da comanda será enviada por e-mail para a delegada Priscila de Oliveira Rodrigues,  do 5º Distrito Policial, na Aclimação, para ser anexada ao inquérito.
O amigo de Siwek que estava com ele no carro na hora do acidente, Diego de Luna Daio, disse em depoimento à polícia que cada um deles bebeu "três ou quatro latinhas de cerveja na festa ", conforme a delegada. Nenhum deles falou em outro tipo de bebida.
Siwek foi indiciado por tentativa de homicídio e mais três crimes do Código Brasileiro de Trânsito - embriaguez ao volante, fuga de local de acidente e inovar artificiosamente no caso de acidente. O estudante está preso no 2º Distrito Policial e será transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP) ainda nesta segunda-feira, segundo a Secretaria de Segurança Pública.
Segundo o advogado do motorista, Paulo Naves Testoni, a defesa entrará nesta segunda com um pedido de liberdade para Siwek, mediante fiança ou não. A intenção dos advogados é transformar a prisão em flagrante em uma medida cautelar. O acusado não prestou depoimento. Ele falará apenas em juízo, segundo a defesa.
"O estudante é réu primário, tem residência fixa, trabalha, estuda. Vamos apresentar ao juiz a documentação da faculdade de psicologia, mostrando que ele estava matriculado, frequentava, é uma pessoa correta, para que a Justiça decida se cabe uma fiança ou a prisão com base numa medida cautelar, que pode ser tanto a proibição que ele saía à noite, que ele viaje, ou dirija durante o processo", afirmou Testoni.
Investigações
A Polícia Civil pediu à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a condomínios da região da Avenida Paulista as imagens gravadas por câmeras de segurança que podem ter registrado o atropelamento.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Silveira Martins, titular do 5º Distrito Policial, na Aclimação, que assumiu o caso, os investigadores irão percorrer nesta segunda-feira  diversos prédios das avenidas Paulista e Brigadeiro Luís Antônio em busca de imagens. A polícia investiga também se o motorista Alex Siwek, de 22 anos, que fugiu do local sem prestar socorro e se entregou à polícia horas depois, recebeu alguma multa por excesso de velocidade no dia do acidente.
Treze testemunhas já foram ouvidas, segundo a delegada. Na noite deste domingo, um corretor de imóveis que afirma ter sido a primeira pessoa a chegar ao local da colisão prestou depoimento. O corretor saiu do Metrô Brigadeiro e testemunhou o acidente. Ele contou à polícia ter visto Siwek em zigue-zague na Avenida Paulista até atropelar o ciclista. O corretor disse que ajudou a socorrer David e que um bombeiro que estava próximo prestou os primeiros socorros e estancou o sangue até a ambulância chegar. Este bombeiro ainda não foi localizado pela polícia, informou a delegada.
Quadro estável
Segundo o Hospital das Clínicas de São Paulo, o quadro de saúde do ciclista David Santos de Souza, era considerado estável nesta manhã. A vítima continuava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por volta das 9h depois de passar por uma cirurgia para saturar o local em que o braço foi amputado. De acordo com o hospital, o jovem estava consciente e respirava sem a ajuda de aparelhos. Ainda não há previsão de quando o ciclista irá para o quarto ou receberá alta hospitalar.
A empregada doméstica Antônia Ferreira dos Santos, de 51 anos, mãe do ciclista, disse que ouviu do filho a afirmação de que ele estava na ciclofaixa quando foi atingido pelo automóvel. No horário em que ocorreu o acidente, a ciclofaixa de lazer ainda estava desativada. A mãe contou que o rapaz, que trabalha como limpador de vidros, saiu de Diadema, na Grande São Paulo, e se dirigia ao trabalho, em um prédio próximo ao Hospital das Clínicas.
O acidente
Na descrição da polícia, o motorista Alex Siwek, de 22 anos, estava dentro de um Honda Fit ao lado de um amigo quando o acidente ocorreu, por volta das 5h30. O ciclista foi atropelado por trás e lançado sobre a frente do veículo. O braço direito do ciclista foi amputado por estilhaços de vidro do pára-brisa e permaneceu preso ao veículo.
O motorista fugiu do local, deixou o amigo em casa e depois foi à Avenida Doutor Ricardo Jafet, de onde lançou o braço amputado da vítima em um córrego. Depois, voltou à própria casa, guardou o carro na garagem e dirigiu-se a pé à unidade policial para se entregar.
Segundo o delegado, testemunhas disseram que o motorista dirigia em velocidade incompatível com o local, em zigue-zague, entrando e saindo da faixa reservada ao tráfego de bicicletas.
Defesa
O advogado de Siwek, Cássio Paoletti, disse que seu cliente não prestou socorro à vítima porque temeu a reação de pessoas que estavam próximas ao local do acidente.
"Segundo ele, ele temia pela conduta dos que estavam ali presentes", disse o advogado, sobre o fato de o motorista não ter prestado socorro à vítima. Questionado sobre o motivo de o jovem ter se desfeito do braço da vítima, ele disse estar chocado e que não entende o motivo.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/03/motorista-que-atingiu-ciclista-comprou-vodca-e-energetico-diz-boate.html

Mais uma falácia da qual tantos se vangloriam...


Pobreza recua no Brasil, mas fim da miséria é questionável
Segundo especialistas, erradicar pobreza extrema e tornar o Brasil um país de classe média será mais complexo do que indica o governo
Apesar de expressivos avanços no combate à extrema pobreza, erradicar a miséria do Brasil e transformá-lo num país de classe média será mais complexo e demorado do que o discurso do governo sugere, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.
Há duas semanas, à frente de uma placa com o slogan "O fim da miséria é só um começo" – provável lema de sua campanha à reeleição –, a presidente Dilma Rousseff anunciou a ampliação das transferências de renda às famílias mais pobres que constam do Cadastro Único do governo.
Com a mudança, os mais pobres receberão repasse complementar para que a renda per capita de suas famílias alcance ao menos R$ 70 ao mês – patamar abaixo do qual são consideradas extremamente pobres pelo governo. A alteração, diz o governo, permitirá que 2,5 milhões de brasileiros se somem a 22 milhões de beneficiários do Bolsa Família que ultrapassaram a linha da pobreza extrema nos últimos dois anos.
Para que o programa seja de fato universalizado, porém, o governo estima que falte registrar 2,2 milhões de brasileiros miseráveis ainda à margem das políticas de transferência de renda, o que pretende realizar até 2014. Especialistas em políticas antipobreza ouvidos pela BBC Brasil aprovaram a expansão do programa, mas fazem ressalvas quanto à promessa do governo de erradicar a miséria.
Para Otaviano Canuto, vice-presidente da Rede de Redução da Pobreza e Gerenciamento Econômico do Banco Mundial, o Bolsa Família – carro-chefe dos programas de transferência de renda do governo – é bastante eficiente e tem um custo relativamente baixo (0,5% do PIB nacional).
Canuto diz que o plano e outros programas de transferência de renda ajudam a explicar a melhora nos índices de pobreza e desigualdade no Brasil na última década, ainda que, somados, tenham tido peso menor do que a universalização da educação – "processo que vem de antes do governo Lula" – e a evolução do mercado de trabalho, com baixo desemprego e salários reais crescentes.
Apesar do progresso, estudiosos dizem que, mesmo que o Cadastro Único passe a cobrir todos os brasileiros que hoje vivem na pobreza, sempre haverá novas famílias que se tornarão miseráveis.
Há, ainda, questionamentos sobre o critério do governo para definir a pobreza extrema – renda familiar per capita inferior a R$ 70, baseado em conceito do Banco Mundial que define como miserável quem vive com menos de US$ 1,25 por dia.
Adotado em junho de 2011 pelo governo, quando foi lançado o plano Brasil Sem Miséria (guarda-chuva das políticas federais voltadas aos mais pobres), o valor jamais foi reajustado. Se tivesse acompanhado a inflação, hoje valeria R$ 76,58.
Em onze das 18 capitais monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), R$ 70 não garantem sequer a compra da parte de uma cesta básica destinada a uma pessoa. Em São Paulo, seriam necessários R$ 95,41 para a aquisição.
Em 2009, o então economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, defendeu em artigo que a linha de miséria no país fosse de R$ 144 por pessoa. Essa linha, segundo o autor, que hoje preside o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado à Presidência), atende necessidades alimentares mínimas fixadas pela Organização Mundial da Saúde.
O economista Francisco Ferreira, também do Banco Mundial, considera positivo que o Brasil tenha definido uma linha de pobreza, mas afirma que o valor deveria ser ajustado ao menos de acordo com a inflação e que está "muito baixo" para o país.
Segundo Ferreira, o Banco Mundial estabeleceu a linha de miséria em US$ 1,25 ao dia para uniformizar seus estudos, mas cada país deveria definir próprios critérios. "Não me parece adequado que o Brasil adote a mesma linha aplicável a um país como o Haiti, por exemplo."
Tiago Falcão, secretário de Superação da Pobreza Extrema do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), reconhece que mesmo que o Bolsa Família chegue a todos os brasileiros pobres sempre haverá novas famílias que cairão abaixo da linha da miséria.
"Buscamos a superação da miséria do ponto de vista estrutural, para que não existam brasileiros que não sejam atendidos por nenhuma política pública. E estamos tentando encurtar o prazo de resgate dos extremamente pobres."
Falcão diz que a linha de R$ 70 responde a compromisso internacional do governo assumido com as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), que previam a redução à metade da pobreza extrema no país até 2015. Tendo como referência a linha do Banco Mundial, diz Falcão, o governo se "propôs um desafio muito mais complexo, que é a superação da extrema pobreza".
"Era uma meta ambiciosa para o Brasil e, por outro lado, factível. Hoje consideramos que acertamos ao definir a linha de R$ 70". O secretário diz, no entanto, que se trata de um piso de "carências básicas" que, uma vez definido, poderá ser aumentado levando em conta as disparidades regionais e o quão solidária a sociedade quer ser com os mais pobres.
Para Alexandre Barbosa, professor de história econômica do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, o governo deveria levar em conta outros critérios além da renda em sua definição de miséria. Em 2011, Barbosa coordenou um estudo do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) intitulado "O Brasil Real: a desigualdade para além dos indicadores".
O estudo, que contou com apoio da ONG britânica Christian Aid, afirma que as políticas de transferência de renda melhoraram a vida dos mais pobres, mas não alteraram a estrutura social brasileira. Barbosa é especialmente crítico à ideia de que, com a redução na pobreza, o Brasil está se tornando um país de classe média, tese defendida pela presidente.
"Considerar classe média alguém que recebe entre um e dois salários mínimos, que mora em zona urbana sem acesso a bens culturais nem moradia decente, que leva três horas para se deslocar ao trabalho? Essa é a classe trabalhadora que está sendo redefinida."
Para o professor, a transferência de renda deveria integrar um conjunto mais amplo de ações do governo com foco na redução da desigualdade. Entre as políticas que defende estão reduzir os impostos indiretos sobre os mais pobres, fortalecer cooperativas e agregar valor à produção industrial, para que os salários acompanhem os ganhos em eficiência.
Falcão, do MDS, diz que o governo já tem atacado a pobreza por vários ângulos. Segundo ele, o Cadastro Único – "uma inovação em termos de política social ainda pouco compreendida no Brasil" – revolucionou a formulação de políticas públicas para os mais pobres.
O cadastro hoje inclui 23 milhões de famílias (ou cerca de 100 milhões de pessoas, quase metade da população) e é atualizado a cada dois anos com informações sobre sua situação socioeconômica. Segundo o secretário, o cadastro tem orientado programas federais de expansão do ensino integral, fortalecimento da agricultura familiar e qualificação profissional, que passaram a atender prioritariamente beneficiários do Bolsa Família.
Para Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, manter o Brasil numa trajetória de melhoria dos indicadores sociais não dependerá apenas de políticas voltadas aos mais pobres. Ele diz que o "modelo ultra exitoso" que permitiu a redução da pobreza na última década, baseado no aumento do consumo doméstico e da massa salarial, está próximo do limite.
De agora em diante, afirma Canuto, os avanços terão que se amparar em maiores níveis de investimentos, que reduzam o custo de produzir no Brasil. "É preciso pensar no que é necessário para que, daqui a uma geração, os benefícios de transferência condicionada de renda não sejam mais necessários. Para isso, o foco tem que ser em boa educação, acesso à saúde, emprego de qualidade, melhoria da infraestrutura e espaço para o desenvolvimento do talento empresarial."
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-03-11/pobreza-recua-no-brasil-mas-fim-da-miseria-e-questionavel.html

quarta-feira, 6 de março de 2013

Só rindo...






Refletir...


“A mente tem o passo ligeiro, mas o coração vai mais longe.”
(Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/2/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Camiseta em algodão"
"Camiseta em algodão"
"Bancos em couro"
"Homem vê castelo feito em gelo na China"

Não sei por qual razão as pessoas que elaboraram essas frases pensaram em usar a preposição "em", quando o adequado gramaticalmente seria usar a preposição "de". Seria uma tendência? Mais um vício com o qual teremos de conviver, como ocorre com o tal gerundismo?

A preposição "em" indica várias circunstâncias, mas não a de "matéria", que é indicada pela prep. "de": casa de madeira, sapato de pelica, terno de linho...

Veja as circunstâncias indicadas pela preposição "em":
Tempo: Em vida, passou todos os seus bens aos filhos.
Lugar: Estava em casa, quando ela chegou.
Estado: Fique em paz.
Finalidade: Em protesto, retirou-se do salão.
Equivalência e valor: Avaliamos a casa em cem mil reais.
Forma como se pratica uma ação: Fale em Português!
Conformidade: Em verdade vos digo.
Modo: O cortejo seguia em silêncio absoluto.
Causa: Em vista das circunstâncias, desistimos da compra.
Lugar: As crianças brincavam em torno da casa.
Condição: Em continuando a revolta, seremos mais duros.

Já a preposição "de" indica as seguintes circunstâncias:
 
Modo: Saiu de fininho da reunião.
Tempo: De manhã faremos a reunião.
Instrumento: Ferido de faca, foi socorrido pelos amigos.
Causa: Desmaiou de tanta fome que sentia.
Matéria: casa de madeira.
Assunto: Falava de política o tempo todo.
Lugar onde está o agente da ação: Telefonei-lhe de casa.
Origem: Chegou de São Paulo.
Posse: Voltou para a casa dos pais.
Autor de uma obra: Quincas Borba, de Machado de Assis.
Aquilo de que é parte: Maçaneta da porta.
Local: Os congressos de Curitiba.
Continente ou conteúdo: copo de pinga; a água da jarra.
Característica genérica ou particular: homem de posses.
Constituição: comissão de professores.
Dimensão: prédio de cinquenta metros de altura.
Valor: joia de dez mil reais.
Inclusão: sócio do clube.
Semelhança: escada de caracol.
Época em que acontece: chuvas de verão.
Finalidade: vestido de festa.

Claro está, então, que a preposição "em" não deve ser usada para indicar matéria. Em seu lugar, usa-se a prep. "de".

As frases apresentadas, então, deveriam ser assim escritas:

Camiseta de algodão
Bancos de couro
Homem vê castelo feito de gelo na China

História...


Cotidiano das crianças indígenas
Brincadeiras e diversões fazem parte do dia a dia das crianças indígenas
No presente texto analisaremos o cotidiano das crianças indígenas e ressaltaremos, sobretudo, o cotidiano das crianças da aldeia dos Kuikurus, etnia indígena do Alto Xingu, que se encontra nas confluências dos estados do Pará e do Mato Grosso.  
O cotidiano das crianças indígenas kuikurus diverge e muito do dia a dia das crianças que moram nas capitais brasileiras. No entanto, as crianças que vivem em pequenas cidades interioranas e em fazendas possuem atividades rotineiras parecidas com as crianças kuikurus.
As crianças kuikurus têm o costume de passar o dia no rio, onde tomam banho e brincam. Outra brincadeira bastante praticada entre os “pequenos” indígenas é a diversão com o arco e a flecha dentro das matas. Os indígenas adultos produzem arcos e flechas com tamanho reduzido e que não causam risco à vida das crianças. Dessa maneira, as crianças kuikurus vão se acostumando a lidar com essas ferramentas, para que, no momento em que se tornarem adultas, possam praticar a caça, principal fonte de alimentação dos povos indígenas.
Da mesma forma que acontece com as crianças da cidade, isto é, com as crianças não índias, que desobedecem a seus pais ou responsáveis, as crianças indígenas desobedientes também ficam de castigo, geralmente estipulado pelos pais.
Alguns índios adultos kuikuru castigam seus filhos desobedientes com uma espécie de pente (de pentear os cabelos) feito com dentes de macaco – os indígenas chamam esse objeto de “arranhador”. Os adultos utilizam esse objeto no corpo das crianças, ou seja, passam o arranhador nos seus braços e corpos, que sofrem bastante com esse castigo.
Além de ser uma prática punitiva, o arranhador dos kuikurus era bastante utilizado, segundo a tradição dessa etnia, como forma de fortalecer o sangue da criança. Porém, mesmo com a prática de arranhar as crianças, nenhum adulto kuikuru bate nas suas crianças. Segundo a tradição, o costume da aldeia não é bater, pois esses indígenas acreditam que a mãe que bate no filho não será cuidada por ele, quando este crescer.
Esse fato (de o filho abandonar os pais, por apanhar deles) é uma questão levada a sério pela etnia kuikuru. Na sociedade não indígena esse fato não é tão presente: geralmente, os pais batem nos filhos sem tais preocupações e os filhos abandonam os pais quando estes ficam velhos, mesmo sem terem apanhado deles quando crianças.
http://www.escolakids.com/cotidiano-das-criancas-indigenas.htm

Mais uma etapa superada...