sexta-feira, 15 de março de 2013

Atraso letárgico...


Treze estados não têm plano de direitos humanos, diz IBGE
Seis não têm sequer canais de denúncia sobre o tema
Dados constam na inédita Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2012

RIO - Quase metade das unidades da federação não tem plano de direitos humanos, e seis não têm sequer um canal para denunciar abusos e violações contra a pessoa. É o que mostra a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2012, estudo inédito divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Apesar disso, apenas o Amapá declarou não ter a estrutura de um órgão que fosse responsável pela política sobre o tema. Sergipe é o único estado com uma secretaria exclusiva de direitos humanos.
Acre, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio Grande do Sul, Paraíba, Goiás e Distrito Federal não têm planos estaduais de direitos humanos, ao contrário do que acontece em nível nacional, onde o governo tem um plano específico, que está na terceira revisão. A situação é ainda pior em Roraima, Rondônia, Ceará, Amapá e Amazonas, onde não há plano e tampouco canais para fazer denúncia. O Espírito Santo tem plano, mas não tem nenhum dispositivo para que a população denuncie. Como o estudo é inédito, ainda não há parâmetro para comparação.
“Cabe ressaltar que tal resultado (sobre a ausência dos planos estaduais) não impede que os estados tenham políticas, planos, programas ou ações para grupos vulneráveis específicos”, informa o estudo.
Apenas MA, MG e MT têm fundo específico
Onze estados (Rio, Pará, Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso) têm plano e previsão de recursos para o financiamento de políticas de direitos humanos. A coordenação da pesquisa diz que o fato de alguns estados não terem orçamento exclusivo para o tema não significa que a área não receba recursos de outras secretarias.
O levantamento, feito após os próprios estados responderem dois questionários enviados pelo IBGE, mostra que três unidades da federação constituíram um fundo estadual de direitos humanos: Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso.
“A instituição de um fundo público vinculado à implementação de políticas de direitos humanos é importante na mobilização e garantia de aplicação de recursos na área”, diz um trecho da pesquisa.
Telefone, o meio usual para as denúncias
O IBGE questionou os estados sobre os meios que eles disponibilizavam para as denúncias de violação dos direitos humanos e 18 deles responderam que recebiam os relatos por telefone, sete têm balcão de atendimento, 12 têm um canal em página na internet, 13 recebem por e-mail, e cinco, por correio.
Todas as assembleias legislativas têm uma comissão específica de direitos humanos. Seis estados (Rondônia, Roraima, Amapá, Sergipe, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) não têm um conselho estadual para tratar do assunto. Os conselhos concretizam a participação e o controle social, preconizados na Constituição Federal de 1988, e articulam participação, deliberação e controle do Estado.
“A ampliação no número dos conselhos estaduais, seu funcionamento mais qualificado, assim como a articulação com os programas setoriais das esferas municipal e estadual, poderão traduzir um modelo participativo e eficiente para as políticas sociais no Brasil”, diz a pesquisa sobre a importância dos conselhos.
Bahia e Rio têm conselhos com caráter apenas consultivo, ou seja, embora emitam pareceres, não deliberam. Nos conselhos deliberativos, há a capacidade de influenciar nas decisões.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/treze-estados-nao-tem-plano-de-direitos-humanos-diz-ibge-7843674#ixzz2NdltsKGf
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quinta-feira, 14 de março de 2013

Só rindo...


Refletir...


“Se houver um general forte, não haverá soldados fracos.” (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/2/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Cheguei tarde em casa"
Cheguei tarde em casa

Ninguém chega tarde em casa, pois o verbo chegar, ao indicar destino, não admite a preposição em.

Verbos que indicam movimento _ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se_ admitem três preposições:
DE: quando a circunstância apresentada for de procedência: Cheguei de São Paulo ontem.
 
A: quando a circunstância for de destino: Cheguei a Londrina ontem.
 
PARA: também quando a circunstância for de destino, porém na indicação de mudança definitiva. Então, quando digo Irei a São Paulo, significa que irei, mas voltarei em breve. Mas, quando digo Irei para São Paulo, significa que me mudarei para lá. Portanto a frase apresentada está errada.

Corrigindo-a, teremos:
Cheguei tarde a casa.

História...


Exército Zapatista de Libertação Nacional
A Revolução Mexicana de 1910 teve início principalmente em razão dos camponeses que reivindicavam a busca das origens indígenas, ou seja, a volta do se “sentir mexicano”. O principal objetivo da revolução era a distribuição de terras entre os camponeses que integravam grande parte da população. Essa necessidade de terras gerou o início da revolução.

Durante a revolução, destacou-se um líder camponês revolucionário, Emiliano Zapata(1873-1919). Descendente de índios e espanhóis, tornou-se o principal líder popular dos camponeses e a figura política de maior destaque no México. Suas principais reivindicações se configuraram na reforma agrária e na revalorização da cultura indígena, desgastada pelas ditaduras de Porfírio Díaz (1876 a 1880 e de 1884 a 1911) e Victoriano Huerta (1913 a 1914). Dentro do ideal camponês, a exploração dos recursos minerais e vegetais por estrangeiros seria devastadora para as camadas populares mexicanas.

Zapata criou o Plano de Ayala, manifesto pela reforma agrária mexicana, que, posteriormente, foi adotado por vários movimentos sociais como símbolo de luta pela terra na América Latina.

No ano de 1919, Emiliano Zapata foi assassinado por um oficial do Exército Mexicano. Com a morte de Zapata, o movimento camponês sofreu uma baixa irreversível, acarretando a vitória da elite proprietária de terras e a implantação do liberalismo no México.

Porém, o carisma e a figura de líder de Zapata influenciaram, no ano de 1994, o povo camponês do estado de Chiapas, um dos mais pobres estados do México, a criar oExército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). O neozapatismo originou-se dasForças de Libertação Nacional (FLN).

O Exército Zapatista de Libertação Nacional, comandado pelo comitê clandestino revolucionário indígena, tem como principal líder o subcomandante Marcos. As principais ações do neozapatismo são a oposição à Nafta (acordo econômico entre México, Estados Unidos e Canadá), que representaria a continuação à submissão ao capital externo, e a reivindicação da reforma agrária e de maiores direitos aos indígenas de Chiapas, descendentes dos Maias.

No ano de 1997, o Exército Zapatista marchou para a capital do México, demonstrando ao mundo as mazelas sociais vividas pelas camadas populares. De forma violenta, o governo mexicano invadiu o estado de Chiapas e iniciou um conflito com os revolucionários. Durante o conflito, 45 zapatistas indígenas morreram, o que se tornou notícia em todo o mundo. Atualmente, o Exército Zapatista ainda tenta demonstrar ao mundo a situação de miséria dos camponeses mexicanos. 

Viva a sabedoria...

 

Peter Strawson

Filósofo inglês (n. 1919), procura estudar as relações entre a lógica e a linguagem vulgar, assim como alguns problemas clássicos da filosofia, como a indução, a justificação, os universais, a relação mente-corpo.
Obras: Logical Theory, Individuals, Logico-Linguistic Papers, "Freedom and Resentment" and Other Essays.

Cultura viva...


 

Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer
A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer, possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo.
Para Adorno e Horkheimer a indústria cultural possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consum
Apesar de a Indústria Cultural ser um fator primordial na formação de consciência coletiva nas sociedades massificadas, nem de longe seus produtos são artísticos. Isso porque esses produtos não mais representam um tipo de classe (superior ou inferior, dominantes e dominados), mas são exclusivamente dependentes do mercado.
Essa visão permite compreender de que forma age a Indústria Cultural. Oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos, ela impõe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos (já que seus produtos são adquiridos consensualmente).
Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente.
Englobando a sociedade como um todo, com um pequeno número de evasão, é quase impossível romper com tal sistema produtivo. Aqueles que se submetem a esse modelo de indústria nada mais fazem que falar de modo diferente a mesma coisa. Porém, uma certa crítica ainda pode ser vista naqueles que fomentam um tipo de arte que produz efeitos estéticos fora da padronização oferecida pela indústria. Mesmo assim, é uma tentativa que fica à margem do sistema porque não agrada àquelas consciências acostumadas com um modelo estandardizado.
O próprio Adorno, como um dos integrantes da Escola de Frankfurt, onde foi desenvolvida a Teoria Crítica, construiu um tipo de música calculada nos moldes das músicas clássicas e eruditas, mas com uma melodia aparentemente horripilante aos ouvidos acostumados aos acordes da música clássica tradicional (leia-se burguesa). Sua pretensão é justamente desacostumar a percepção daquela noção tradicional de ordem e harmonia (já que sua música só parece desarmônica, mas na verdade é totalmente ordenada e arranjada – dodecafônica) prevalecente na cultura burguesa vigente à época.
Para Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural distingue-se de cultura de massa. Esta é oriunda do povo, das suas regionalizações, costumes e sem a pretensão de ser comercializada, enquanto que aquela possui padrões que sempre se repetem com a finalidade de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. E embora a arte clássica, erudita, também pudesse ser distinta da popular e da comercial, sua origem não tem uma primeira intenção de ser comercializada e nem surge espontaneamente, mas é trabalhada tecnicamente e possui uma originalidade incomum – depois pode ser estandardizada, reproduzida e comercializada segundo os interesses da Indústria Cultural.
Assim, segundo a visão desses autores, é praticamente impossível fugir desse modelo, mas deveríamos buscar fontes alternativas de arte e de produção cultural, que, ainda que sejam utilizadas pela indústria, promovessem o mínimo de conscientização possível.
http://www.brasilescola.com/cultura/industria-cultural.htm

Mais uma etapa superada...