quinta-feira, 14 de março de 2013

História...


Exército Zapatista de Libertação Nacional
A Revolução Mexicana de 1910 teve início principalmente em razão dos camponeses que reivindicavam a busca das origens indígenas, ou seja, a volta do se “sentir mexicano”. O principal objetivo da revolução era a distribuição de terras entre os camponeses que integravam grande parte da população. Essa necessidade de terras gerou o início da revolução.

Durante a revolução, destacou-se um líder camponês revolucionário, Emiliano Zapata(1873-1919). Descendente de índios e espanhóis, tornou-se o principal líder popular dos camponeses e a figura política de maior destaque no México. Suas principais reivindicações se configuraram na reforma agrária e na revalorização da cultura indígena, desgastada pelas ditaduras de Porfírio Díaz (1876 a 1880 e de 1884 a 1911) e Victoriano Huerta (1913 a 1914). Dentro do ideal camponês, a exploração dos recursos minerais e vegetais por estrangeiros seria devastadora para as camadas populares mexicanas.

Zapata criou o Plano de Ayala, manifesto pela reforma agrária mexicana, que, posteriormente, foi adotado por vários movimentos sociais como símbolo de luta pela terra na América Latina.

No ano de 1919, Emiliano Zapata foi assassinado por um oficial do Exército Mexicano. Com a morte de Zapata, o movimento camponês sofreu uma baixa irreversível, acarretando a vitória da elite proprietária de terras e a implantação do liberalismo no México.

Porém, o carisma e a figura de líder de Zapata influenciaram, no ano de 1994, o povo camponês do estado de Chiapas, um dos mais pobres estados do México, a criar oExército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). O neozapatismo originou-se dasForças de Libertação Nacional (FLN).

O Exército Zapatista de Libertação Nacional, comandado pelo comitê clandestino revolucionário indígena, tem como principal líder o subcomandante Marcos. As principais ações do neozapatismo são a oposição à Nafta (acordo econômico entre México, Estados Unidos e Canadá), que representaria a continuação à submissão ao capital externo, e a reivindicação da reforma agrária e de maiores direitos aos indígenas de Chiapas, descendentes dos Maias.

No ano de 1997, o Exército Zapatista marchou para a capital do México, demonstrando ao mundo as mazelas sociais vividas pelas camadas populares. De forma violenta, o governo mexicano invadiu o estado de Chiapas e iniciou um conflito com os revolucionários. Durante o conflito, 45 zapatistas indígenas morreram, o que se tornou notícia em todo o mundo. Atualmente, o Exército Zapatista ainda tenta demonstrar ao mundo a situação de miséria dos camponeses mexicanos. 

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