quinta-feira, 21 de março de 2013

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Se essas são as únicas modalidades onde seu filho é campeão..."
"Se essas são as únicas modalidades onde seu filho é campeão..."

Essa frase ouvi em uma propaganda de televisão, veiculada há alguns anos. Qual a sua inadequação gramatical?

O problema da frase reside no uso do pronome "onde", que serve apenas como indicativo de "lugar". Por exemplo:
"A casa onde moro é aprazibilíssima";
"A fazenda onde estive pertence a seu amigo".

As frases que não apresentarem indicação de lugar, deverão ter o pronome "onde" substituído por "em que" ou "no qual", "na qual", "nos quais", "nas quais", dependendo do gênero (masculino ou feminino) e do número (singular ou plural) do elemento imediatamente anterior.

Na frase apresentada não há a indicação de lugar, por isso não se pode utilizar o pronome "onde". Em seu lugar deve-se usar "em que" ou "nas quais", já que o elemento imediatamente anterior é feminino, plural. A frase, então, deveria ser assim estruturada:

Se essas são as únicas modalidades em que (ou "nas quais") seu filho é campeão...
http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/se-essas-sao-as-unicas-modalidades-onde-seu-filho-e-campeao.jhtm

História...


Expressões linguísticas no Brasil
A expressão “motorista barbeiro” tem origem histórica europeia
Você já deve ter escutado alguém dizer que “jura de pés juntos” que tal situação é verdadeira. Ou mesmo ter ouvido, ao andar pelas ruas de alguma cidade, alguém gritar: “motorista barbeiro”! Estas expressões fazem parte da fraseologia brasileira e também europeia, tendo elas origem em alguma situação histórica, ou em hábitos de vida praticados pelas populações, e que talvez hoje tenham sido esquecidos.

Com o objetivo de relembrar essas origens serão apresentadas abaixo três expressões comuns no cotidiano de vida dos brasileiros.

Tirar o cavalo da chuva

Geralmente usa-se esta expressão para demover uma pessoa de alguma intenção que ela tenha e seja difícil de realizar. Porém, o uso antigamente era distinto. Segundo o linguista Reinaldo Pimenta, no livro A casa da Mãe Joana, a expressão “tirar o cavalo da chuva” estava relacionada a hábitos de locomoção e de recepção das pessoas nos ambientes domésticos. Como até o século XIX o cavalo era um dos meios de locomoção mais práticos, era com ele que as pessoas se deslocavam. Quando alguém iria visitar um amigo ou parente, o local utilizado para amarrar o cavalo indicava a intenção do tempo de permanência do visitante.

Colocar a montaria na frente da casa era indício de visita rápida. Por outro lado, se colocasse em local protegido da chuva era sinal de prosa demorada. Mas colocar o cavalo em local protegido sem autorização do dono da casa era indecoroso, sendo necessário esperar o aval do anfitrião para guardar adequadamente o animal. Em situação de conversa boa e animada, o anfitrião dizia: “pode tirar o cavalo da chuva”, indicando que o papo iria demorar, autorizando a acomodação do cavalo em local protegido.

Jurar de pés juntos

Esta expressão é de origem europeia e está ligada às práticas de torturas utilizadas pela Inquisição para conseguir obter confissões de acusados de heresia. A prática de tortura consistia em amarrar os suspeitos pelos pés e mãos, suspendê-los no teto pelos pés, ou mesmo pregá-los em postes de madeira, sempre com os pés juntos um ao outro. Assim, buscavam os inquisidores arrancar as confissões.

A promessa era dizerem sempre a verdade a qualquer das perguntas feitas. Em Portugal se fala “jurar a pés juntos” e “negar a pés juntos”, e na Espanha, o sentido da expressão é de acreditar cegamente em tudo, falando “crer com os pés juntos”.

Motorista Barbeiro

Esta expressão, também de origem europeia, está relacionada ao fato dos barbeiros realizarem muitas atividades, até o século XIX, além de cortar cabelos e barbas. Faziam sangrias utilizando sanguessugas, cortavam calos e extraiam dentes. Como não eram peritos nestas funções, era comum errarem e deixarem marcas permanentes nas pessoas.

Segundo o linguista José Augusto Carvalho, desde o século XV a expressão “coisa de barbeiro” servia para indicar a infelicidade cometida em algum serviço feito por uma pessoa que não era especialista na área. Esta expressão chegou ao Brasil através dos portugueses. Mas chamar um motorista de barbeiro é uma construção genuinamente brasileira.

Viva a sabedoria...


Xenófanes de Colofonte (Pré-socrático)
Xenófanes nasceu em 570 a.C. e morreu em avançada idade. Fugindo da invasão persa, abandonou a sua cidade  (Cólofon) aos vinte e cinco anos, e não se fixou em nenhum outro lugar, levando uma vida errante, recitando poemas, demorando-se, contudo, algum tempo em Eleia.
Tornou-se famoso pelos seus ataques a poetas e filósofos e também pelas suas doutrinas filosóficas.
Para este filósofo, o elemento primordial é a terra. Diz, num dos seus fragmentos, que os elementos que constituem a gênese do homem são a terra e a água.
Escreveu exclusivamente em verso.
http://www.eurosophia.com/filosofos/filosofos/xenofanes.htm

Cultura viva...


Folclore
Maracatu: uma das mais proeminentes manifestações do folclore brasileiro.
O folclore foi um termo criado por estudiosos interessados em pesquisar e analisar as manifestações culturais de origem popular. Cunhada especificamente no século XIX, essa palavra advém da junção feita entre duas expressões da língua inglesa: “folk”, que significa povo e “lore” que faz referência à ideia de conhecimento. Desse modo, a designação mais ampla de folclore envolve tudo aquilo que é tomado como sendo pertencente ao “conhecimento do povo”.

É importante notar que o interesse pelo conhecimento do povo não tem a sua origem calcada na ação de pessoas oriundas das próprias classes populares. A partir do século XVIII, o grande volume de transformações ocasionadas pela Revolução Industrial motivou uma volta à natureza, ao campo e, consequentemente, à população que pertencia a esse espaço. Em linhas gerais, podemos ver que o nascimento do folclore se liga a uma oposição ao processo de padronização advindo da sociedade industrial.

Com o passar do tempo, a formulação dos estudos folclóricos determinou o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às crenças, cerimônias, costumes, jogos, festas, mitos e provérbios ligados a uma produção anônima, tradicional e, ao mesmo tempo, reconhecida por uma coletividade. Sem dúvida, não podemos deixar de salientar que o gosto pelo folclore foi responsável por importantes ações que ampliaram os estudos de natureza cultural em diversas partes do mundo.

Entretanto, ao longo do tempo, vemos que a definição sobre aquilo que deveria ser considerado folclórico se transformou bastante. Atualmente, o folclore não mais representa um círculo fechado que privilegia as manifestações culturais provenientes das camadas populares e afastadas da produção cultural urbana. Ao longo do século XX, novos interessados pela temática cultural conseguiram apontar outras importantes significações e usos para o folclore.

Atualmente, se aceita a produção artística de autores específicos, não mais privilegiando apenas a produção de natureza anônima. Ao mesmo tempo, a distinção entre popular e erudito é quebrada em favor de uma produção folclórica oriunda da leitura e a influência realizada por dados capturados da erudição. Mais do que isso, o folclore hoje também abandona os sentidos estáticos que a tradição antes conferia às suas manifestações, aceitando a mudança e a inovação como situações de importante validade.

Entendendo...


Do que se trata a aculturação?
A aculturação se dá através do contato e interação de duas ou mais culturas, de forma impositiva ou natural, dando origem a uma nova cultura.

O contato de duas ou mais matrizes culturais causa o processo de aculturação

O processo de aculturação se dá pelo contato de duas ou mais matrizes culturais diferentes, isto é, pela interação social entre grupos de culturas diferentes, sendo que todos, ou um deles, sofrem mudanças, tendo como resultado uma nova cultura. Esta, por sua vez, terá como base elementos de suas matrizes culturais iniciais como no caso da formação da sociedade brasileira. Como se sabe, são indiscutíveis as influências que as culturas africana, europeia (principalmente ibérica) e indígena deram para a constituição da cultura nacional.

É possível afirmar que a aculturação seria uma forma de transformação cultural promovida por fatores externos (contato entre padrões culturais diversos) – oposta daquele processo permanente que ocorre no interior da própria cultura, isto é, dentro da própria sociedade ao longo da história. É importante que se diga que os valores e os costumes de um determinado povo podem se transformar segundo uma “dinâmica do próprio sistema cultural” (LARAIA, 2008, p. 96), embora de uma forma mais lenta e gradual.

O processo de aculturação pode ocorrer de forma menos branda, e de maneira mais impositiva, mais rápida, quando comparada ao outro processo mencionado, embora isso não caracterize uma regra. Numa relação de poder entre grupos (entre dominadores e dominados), como se viu nas formas de colonização das Américas portuguesa e espanhola, a aculturação pode ocasionar alguns traumas quando assume um caráter violento, principalmente quando o grupo dominado tem sua cultura vilipendiada pelo grupo dominador. Para ilustrar isso, basta pensar na forma como os europeus lidavam com índios e negros, bem como na maneira com que tentaram incutir nestes alguns costumes e valores, como o catolicismo enquanto religião.

Por outro lado, o processo de aculturação não tem apenas esse aspecto negativo ou radical, mas pode ocorrer de outra forma, o que significa a existência de uma assimilação de aspectos culturais entre os povos não de forma impositiva, mas sim natural. Mesmo porque, como aponta Roque Laraia (2008), não existe um sistema cultural que seja afetado apenas pelo que aqui se convencionou chamar de mudanças internas à cultura, principalmente ao se considerar a remota possibilidade do isolamento total de uma sociedade.

A forte presença de imigrantes (italianos, alemães, japoneses, poloneses, árabes, entre outros) no Brasil, principalmente a partir do século XIX, é um exemplo muito significativo, bastando considerar a influência dada por suas culturas em aspectos como a culinária e a linguagem hoje presentes na cultura brasileira. Da mesma forma, ao se avaliar e refletir a respeito dos desdobramentos da globalização econômica, nota-se que paralelamente a ela ocorre o que se entende por uma globalização cultural. Essa última, promovida por este avanço do capitalismo e pelo desenvolvimento dos meios de comunicação como a internet, representa também o que se pode chamar de ocidentalização do mundo, uma vez que os valores e costumes ocidentais estão cada vez mais presentes em todas as sociedades, em todos os continentes. Um cantor pop nos dias de hoje, por exemplo, pode ter uma legião de fãs nos quatro cantos do mundo, uma vez que os gêneros musicais que agradam os jovens brasileiros também agradam jovens japoneses, americanos, mexicanos, ingleses, entre outros. Da mesma forma, isso se dá com relação às tendências da moda, com os modelos da programação de TV (como as versões de reality show), e com as produções de cinema.

Isso não significa que as identidades nacionais ou culturais irão se perder, nem que podem ser extintas, mas que é importante, porém, pensar-se nos limites de uma massificação cultural. Dessa forma, se a assimilação de expressões em inglês pode facilitar no desenvolvimento cotidiano do trabalho, considerando-se as inúmeras expressões e jargões técnicos existentes, é preciso refletir sobre o que está por trás dessa invasão de termos de uma língua estrangeira. Assim, fica a pergunta: haveria apenas a dominação de forma truculenta, pela força e pela violência, ou pode haver uma que se dê de maneira velada, implícita? Se refletir sobre essa questão parece algo interessante, não se pode perder de vista a dominação ideológica que grupos ou países podem exercer sobre outros.

Curioso...


Discutindo o sexo dos anjos
Uma expressão que remonta a autoridade exercida pela Igreja nos tempos medievais.

Ao longo do período medieval, o processo de organização da Igreja Católica determinou a formação de uma complexa hierarquia normatizadora das atribuições delegadas a cada um dos membros de tal instituição. A criação das ordens religiosas determinava a formação de um clero que tinha como função primordial estabelecer o espalhamento do cristianismo em todo o continente europeu.

Nesse processo, a Igreja acabou por ocupar não só a posição de mais importante e influente instituição dos tempos medievais. A formação oferecida pelos membros do clero traçava um enorme contraste junto a uma população que, em sua maioria, vivia no ambiente rural e estava afastada do universo letrado. Por serem os poucos a terem acesso à leitura e a escrita, os padres, monges, bispos e cardeais da Igreja passaram também a ocupar o lugar da elite intelectual daqueles tempos.

Uma grande parte das concepções e explicações oferecidas à população era fruto daquilo que os membros da Igreja determinavam como sendo verdadeiro. Os dogmas ou as tais “verdades eternas” eram abraçados pelos fieis na condição de uma explicação segura sob os mais diversos aspectos da vida. Toda vez que uma nova questão aparecia, os clérigos de maior expressão se reuniam nos chamados concílios.

Nessa situação, o poder e o respaldo da Igreja se alargaram a tal ponto que os membros desta passaram a discutir questões, no mínimo, estranhas. No século XV, por exemplo, uma reunião de autoridades clericais acontecia na cidade de Constantinopla. Enquanto debatiam diversos temas de ordem teológica e religiosa, os turco-otomanos empreenderam os violentos ataques que determinaram a perda daqueles territórios controlados por reinos cristãos.

Em uma situação destas, muitos poderiam imaginar que os clérigos estavam ali enclausurados para decidir questões de grande urgência e relevância. Contudo, os documentos da época revelaram que, entre outras coisas, os religiosos ali presentes discutiam se os anjos tinham ou não tinham um sexo. Ao fim do embate, ninguém conseguiu chegar a uma conclusão segura. Não por acaso, a expressão “discutir o sexo dos anjos” ainda é bastante empregada para definir aquelas discussões que parecem nunca chegar a um fim!
http://www.brasilescola.com/curiosidades/discutindo-sexo-dos-anjos.htm

Piada...


O menino tinha 03 cachorros. uma se chamava Caguei, outra Bolinha e a Preta.
As 3 fugiram e ele começou a chamar:
- Caguei Bolinha Preta, Caguei Bolinha Preta!!
http://www.piada.com/busca_piadas.php?categoria=08&eof=1328&pg=9

Mais uma etapa superada...