terça-feira, 26 de março de 2013

Viva a sabedoria...


A árvore cartesiana, os princípios metafísicos e Deus
René Descartes - Autor do "discurso do Método" e das "Meditações Metafísicas"

Matemático, físico e filósofo, autor do “Discurso do Método” e das “Meditações Metafísicas”, Descartes elaborou um novo método de conhecimento fundado sobre a razão, a única capaz de permitir ao homem alcançar um conhecimento perfeito das verdades mais elevadas. O famoso “Cogito ergo sum” (Penso, logo existo!) faz do pensamento o princípio da existência.

Tendo feito seus estudos clássicos com os jesuítas de La Fléche, Descartes logo se interessou pelas matemáticas como se fossem a causa da certeza e da evidência de suas razões. O sistema que elaborou é marcado pelo rigor. No prefácio dos Princípios da Filosofia, ele define o conhecimento (a Filosofia) semelhante a uma árvore. As raízes são constituídas pela Metafísica, indicando que todo saber do sistema se apoia sobre a existência de Deus, considerado como o revelador e criador das verdades. É, portanto, de Deus que o homem deve deduzir as regras indispensáveis para compreender o mundo. Nessa perspectiva, a Física é a aplicação dessa concepção de conhecimento, formando o tronco da árvore. E, enfim, os galhos são constituídos pelas outras ciências (Medicina, Mecânica) e a moral, que surgem como os resultados da pesquisa, sobre a qual o próprio Descartes esboça grandes tratados.

O método cartesiano resultante dessa concepção toma como ponto de partida a solução da “tábula rasa” que consiste em negar toda existência, todo dado. Mas negar supõe em si a existência de um pensamento, já que é preciso pensar para negar, evidenciando, assim, a existência de uma razão. Essa razão é suscetível de conhecer a verdade, porque Deus existe, ao mesmo tempo tendo criado o mundo e a ferramenta necessária para conhecê-lo. Essa ferramenta é o espírito humano.

Mas o homem é falível e para usar corretamente o método é preciso utilizar alguns princípios comuns. São eles:

- Saber que o bom senso é a coisa mais bem partilhada do mundo, como potência de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso. É a isto que denominamos bom senso ou Razão e que é igual em todos os homens;

- Necessidade de um método: não é o bastante ter o espírito bom, mas o principal é aplicá-lo bem. As grandes almas são capazes dos maiores vícios, bem como das maiores virtudes;

- Probidade intelectual: jamais receber alguma coisa por verdadeira sem que a tenha conhecido evidentemente, isto é, evitar a precipitação e a prevenção;

- Lealdade política e moderação: a primeira regra é obedecer às leis e aos costumes de meu país, observando constantemente a religião na qual Deus deu ao homem a graça de ser instruído desde a infância, devendo se autogovernar seguindo as opiniões mais moderadas e distantes dos excessos;

- Aceitação estoica do mundo: cuidar sempre de superar a si mesmo ao invés de querer mudar os outros;

- Primazia do pensamento e limite do ceticismo: notando que o Cogito é tão firme e seguro que nenhuma suposição extravagante dos céticos seria capaz de enfraquecê-lo, deve-se tê-lo pelo primeiro princípio da Filosofia.

Assim, ao compreender a realidade de forma evidente e, por isso, racional, pensada, podemos utilizar os princípios do método filosófico a fim de conservar nossa saúde, gerir melhor os negócios e também nos tornarmos melhores a nós próprios, afastando-nos da superstição e da presunção sem que com isso caiamos no ceticismo absoluto. Deus é, em última instância, a verdade que garante ao sujeito o poder de conhecer.
http://www.brasilescola.com/filosofia/a-arvore-cartesiana-os-principios-metafisicos-deus.htm

Cultura viva...


Cultura
É um fenômeno eterno: a ávida vontade vai sempre encontrar um meio de fixar as suas criaturas na vida através de uma ilusão espalhada sobre as coisas, forçando-as a continuar a viver. Este vê-se amarrado pelo prazer socrático do conhecimento e pela ilusão de poder, através do mesmo, curar a eterna ferida da existência; aquele vê-se envolvido pedo véu sedutor da arte ondeando diante dos seus olhos; aquele, por seu turno, pela consolação metafísica de que sob o remoinho dos fenômenos continua a fluir, imperturbável  a vida eterna: para não falar das ilusões mais comuns, e talvez mais vigorosas, que a vontade tem preparadas em qualquer instante. 
Aqueles três níveis de ilusão destinam-se apenas às naturezas mais nobremente apetrechadas, nas quais a carga e o peso da existência são em geral sentidos com um desagrado mais profundo e que podem ser ilusoriamente desviadas desse desagrado através de estimulantes selecionados. É nestes estimulantes que consiste tudo o que chamamos cultura. 

Friedrich Nietzsche, in 'O Nascimento da Tragédia'

Entendendo...


Editorial
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu, entre outros avanços, a participação da sociedade civil na elaboração de um projeto de cidadania, que vem se promovendo com muitos esforços em face dos inúmeros desafios por vencer.
A adoção e implementação de todo um conjunto de princípios e regras básicas para assegurar uma mais ampla compreensão do exercício da cidadania já vinha há muito tempo sendo praticada nos diversos foros internacionais.
A Carta Internacional dos Direitos do Homem inclui, entre outros: Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948); o Pacto Internacional Relativo aos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966); o Pacto Internacional Relativo aos Direitos Civis e Políticos (1966).
Além destes, nosso País participa de muitos outros instrumentos de proteção e defesa dos direitos humanos, destacando-se: Convenção para a Prevenção do Crime de Genocídio (1948); Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1966); Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José, 1969); Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (1979); Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas e Degradantes (1984); e a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), ponto de partida para a elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069 de 13/07/1990).
O exercício da verdadeira cidadania tem sido preocupação permanente dos governos ao redor do mundo e o Brasil, claro, não poderia se manter alheio aos avanços obtidos notadamente nas áreas social e econômica.
A Constituição de 1988 impulsionou a consolidação das ações de direitos humanos: no plano internacional o Brasil envolveu-se em diversos acordos e tratados; e no plano interno, por força daqueles acordos, um elenco de leis e medidas jurídicas com o espírito da “constituição cidadã” foi implementado, obrigando o governo brasileiro a se comprometer com a defesa e promoção desses direitos, buscando adequar-se às novas exigências internacionais. Diversos avanços e mecanismos institucionais de participação social, como a criação do Ministério Público e a implantação de políticas públicas de promoção da cidadania foram conquistados, traçando o percurso fundamental da sociedade na construção de um verdadeiro Estado Democrático de Direito.
Temos, sim, avançado e muito, pois dispomos de todo um conjunto de leis elaboradas com este objetivo. Reconhecemos, porém, as dificuldades enfrentadas pela população e pelos órgãos de governo, todos responsáveis pela implantação e consolidação desta nova ótica, através da qual possamos nos ver como artífices de uma promissora sociedade estruturada numa sólida base democrática. É este o objetivo. E o rumo já foi traçado.
Não sobrou espaço para idéias ou conceitos anacrônicos de pessoas que não conseguem enxergar a realidade nem perceber que a sociedade é um organismo vivo em permanente processo de mutação. A flor do Lótus só desabrocha após a haste cruzar a água do pântano e revelar-se à luz. O Ser humano (dado à luz) também deve projetar sua luz para que os rebentos - filhos(a) e netos(a) – desabrochem e, no esplendor do despertar, revelem a luz interior que lhes anima a existência acenando com promessas de novo e sereno despertar. A posteridade é a confirmação da perenidade. Agora é hora de trabalhar!
http://www.brasilescola.com/sociologia/editorial.htm

Curioso...


Dossiê
Dossiê - Uma coleção de documentos relativos a qualquer assunto
Um termo muito comum no mundo da política é o chamado “dossiê”. No entanto, um dossiê não está, necessariamente, relacionado com política. Indo direto à definição do termo, dossiê é uma coleção de documentos relativos a um processo, a um indivíduo e, por extensão, a qualquer assunto.
Um dossiê técnico, por exemplo, engloba diversos aspectos relacionados a um produto ou processo de uma forma profunda. Neste caso, seu conteúdo envolveria questões relacionadas à tecnologia empregada, matéria-prima utilizada, normas de segurança, entre outros aspectos.
O dossiê relacionado com o mundo da política, embora tenha algumas semelhanças com um dossiê técnico, possui significativas diferenças. A semelhança é que o dossiê “político” engloba de forma profunda uma série de dados relacionados a algo: um indivíduo dentro da política, no caso. A grande diferença é a finalidade desta coleção de dados, que na maioria das vezes é feita com o objetivo de obter vantagens dentro de uma disputa política.

Piada...


Por que os correios estão recolhendo a nova série de selos em homenagem aos advogados?
R. Eles traziam efígies de advogados... E as pessoas ficavam em dúvida sobre em qual lado do selo deveriam cuspir.
http://www.piada.com/busca_piadas.php?categoria=08&eof=1328&pg=9

Devanear...


À Espera dos Bárbaros - Konstantinos Kaváfis
O que esperamos na ágora reunidos? É que os bárbaros chegam hoje. Por que tanta apatia no senado? Os senadores não legislam mais? É que os bárbaros chegam hoje. Que leis hão de fazer os senadores? Os bárbaros que chegam as farão. Por que o imperador se ergueu tão cedo e de coroa solene se assentou em seu trono, à porta magna da cidade? É que os bárbaros chegam hoje. O nosso imperador conta saudar o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe um pergaminho no qual estão escritos muitos nomes e títulos. Por que hoje os dois cônsules e os pretores usam togas de púrpura, bordadas, e pulseiras com grandes ametistas e anéis com tais brilhantes e esmeraldas? Por que hoje empunham bastões tão preciosos de ouro e prata finamente cravejados? É que os bárbaros chegam hoje, tais coisas os deslumbram. Por que não vêm os dignos oradores derramar o seu verbo como sempre?
http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/melhores_poemas.htm

Do que o ser humano é capaz?


Suspeita confessa ter ajudado mãe a procurar criança morta no RJ
Manicure frequentava a casa da família há dois anos.
Escola admite que houve falha na segurança.
A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, suspeita de matar João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, nesta segunda-feira (25), em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, chegou a consolar a mãe da criança depois de cometer o crime. Mesmo sabendo que a criança não estaria na escola, Suzana chegou a acompanhar a mãe do menino até o local. “Eu fui na escola”, afirmou ao G1.
A criança foi encontrada morta dentro de uma mala na casa da manicure após desaparecer na tarde de segunda. Ela foi presa em flagrante e indiciada por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver. Suzana, segundo a polícia, ligou para o colégio, se passou pela mãe de João Felipe e pediu para liberar o menino para ir ao médico.
Ao G1, a advogada do Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira, Tânia Maria Ferreira Moraes, admitiu falha na segurança da escola ao entregar o menino, mas alegou que a história foi muito bem planejada. “Até na escola com a mãe ela (manicure) veio. Não vamos dizer que não houve falha, houve. Mas era uma riqueza muito grande de detalhes sobre o menino e a família dele. Ela arquitetou tudo muito bem”, afirmou Tânia.
De acordo com Tânia, Suzana ligou para a escola, se identificou como a mãe da criança, deu o nome completo do menino, da professora e a turma em que ele estudava. “Ela disse que a babá havia esquecido que ele tinha médico marcado e que a Manuela (madrinha) passaria de táxi para buscá-lo”.

Ainda segundo a advogada, 20 minutos depois da primeira ligação, a manicure teria ligado novamente perguntando se o menino já estava pronto, pois o táxi estava chegando. Apesar de afirmar que o fato é isolado, a direção da escola garantiu que vai tomar algumas providências e que pretende instalar câmeras de segurança no colégio. Na manhã desta terça a escola colocou um tecido preto pendurado no portão como forma de luto. As aulas foram suspensas.
Criança foi enterrada nesta manhã
O crime chocou os moradores do município de pouco menos de 100 mil habitantes do interior do Rio de Janeiro. O corpo da vítima foi encontrado em uma mala na casa de Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, que era manicure da mãe do menino, na noite de segunda (25). Ela confessou ter cometido o crime.
A mulher foi presa em flagrante e indiciada por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver.
O enterro foi realizado na manhã desta terça no Cemitério Recanto da Paz, no Centro da cidade, e o sentimento era de muita revolta e indignação. A avó materna de João Felipe, identificada apenas como Tereza, saiu do local amparada por outros familiares. Inconsolável, ela chorava muito e gritava "por que meu Deus?".
Muito abalada, a mãe do menino, Aline Bichara, era consolada por parentes e amigos na saída do cemitério. “Ela destruiu ele”, gritava.
Confissão
Na manhã desta terça, Suzana disse ao G1 que teve um relacionamento amoroso com o pai da criança. Ela não quis dizer por quanto tempo. A manicure contou que comentou com o amigo Rafael, taxista, que queria dar um susto no pai do menino para que ele parasse de “ficar atrás dela”. “Ele não era do tipo que sabia ouvir um não”, disse a manicure sobre o pai da criança. A polícia afirma que ela deu cinco versões diferentes para o crime. O G1 não conseguiu falar com a família do garoto sobre as versões apresentadas pela suspeita.
O taxista teria, então, sempre na versão de Suzana, chamado um outro homem para participar do “susto”. Segundo ela, este homem, cujo nome ela não informou, teria dito o que ela deveria fazer, o que teria que dizer quando ligasse para a escola.
Embora Suzana tenha dito que não cometeu o crime sozinha, as investigações indicam que ela não teve ajuda de ninguém. O caso é investigado na 88ª DP (Barra do Piraí).

Suzana confessou que pegou a toalha molhada e asfixiou o menino, sob ameaça dos outros dois. Segundo ela, o recepcionista do hotel seria conivente com o crime. A criminosa disse que o combinado com os outros dois era de que o corpo da criança seria levado para sua casa e, posteriormente, Rafael e o comparsa iriam buscá-lo.

O delegado José Mário Romena, contudo, descarta esta versão, bem como o envolvimento de outras pessoas no caso, porque, segundo ele, o recepcionista identificou o menino, através do movimento feito pelos pais nas redes sociais, entrou em contato com o taxista, que teria ido até a delegacia. Segundo o delegado, o crime foi passional. José Mário Romena disse que Suzana planejou o crime, já que conhecia a rotina da família e o executou sozinha.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/03/suspeita-confessa-ter-ajudado-mae-procurar-crianca-morta-no-rj.html

Mais uma etapa superada...