quinta-feira, 28 de março de 2013

Viva a sabedoria...


A concepção de felicidade na Ética aristotélica.

O homem bom e virtuoso é aquele que alia inteligência e força, que utiliza adequadamente sua riqueza para aperfeiçoar seu intelecto

A palavra ethos é de etimologia grega e significa comportamento, ação, atividade. É dela que deriva a palavra ética. A ética é, portanto, o estudo do comportamento, das ações, das escolhas e dos valores humanos. Mas no nosso cotidiano ocorre de percebermos que há uma série de modelos de “éticas” diferentes que postulam modos de vida e de ação, por vezes excludentes. Qual é o melhor tipo de vida (se é que há um)? O que é a felicidade? É melhor ser feliz ou fazer o bem ou o que é certo?

Perguntas como essas são feitas em todas as épocas da história humana. E desde a antiguidade clássica dos gregos, já havia muitos modelos de respostas para elas. Uma delas é a fornecida pelo filósofo Aristóteles, famoso por sua Metafísica. Vamos nos aprofundar um pouquinho mais no que ele tem a nos dizer.

Em seu livro “Ética a Nicômaco”, Aristóteles consagrou a tão famosa ética do meio-termo. Em meio a um período de efervescência cultural, o prazer e o estudo se confrontam para disputar o lugar de melhor meio de vida. No entanto, a sobriedade de nosso filósofo o fez optar por um caminho que condene ambos os extremos, sendo, pois, os causadores dos excessos e dos vícios.

A metrética (medida) que usa o estagirita (Aristóteles era chamado assim por ter nascido em Estagira) procurava o caminho do meio entre vícios e virtudes, a fim de equilibrar a conduta do homem com o seu desenvolvimento material e espiritual. Assim, entendido que a especificidade do homem é a de ser um animal racional, a felicidade só poderia se relacionar com o total desenvolvimento dessa capacidade. A felicidade é o estado de espírito a que aspira o homem e para isso é necessário tanto bens materiais como espirituais.

Aristóteles herda o conceito de virtude ou excelência de seus antecessores, Sócrates e Platão, para os quais um homem deve ser senhor de si, isto é, ter autocontrole (autarquia). Trata-se do modo de pensar que promove o homem como senhor e mestre dos seus desejos e não escravos destes. O homem bom e virtuoso é aquele que alia inteligência e força, que utiliza adequadamente sua riqueza para aperfeiçoar seu intelecto. Não é dado às pessoas simples nem inocentes, tampouco aos bravos, porém tolos. A excelência é obtida através da repetição do comportamento, isto é, do exercício habitual do caráter que se forma desde a infância.

Segundo Aristóteles, as qualidades do caráter podem ser dispostas de modo que identifiquemos os extremos e a justa medida. Por exemplo, entre a covardia e a audácia está a coragem; entre a belicosidade e a bajulação está a amizade; entre a indolência e a ganância está a ambição e etc. É interessante notar a consciência do filósofo ao elaborar a teoria do meio-termo. Conforme ele, aquele que for inconsciente de um dos extremos, sempre acusará o outro de vício. Por exemplo, na política, o liberal é chamado de conservador e radical por aqueles que são radicais e conservadores. Isso porque os extremistas não enxergam o meio-termo.

Portanto, seguindo o famoso lema grego “Nada em excesso”, Aristóteles formula a ética da virtude baseada na busca pela felicidade, mas felicidade humana, feita de bens materiais, riquezas que ajudam o homem a se desenvolver e não se tornar mesquinho, bem como bens espirituais, como a ação (política) e a contemplação (a filosofia e a metafísica).

http://www.brasilescola.com/filosofia/a-concepcao-felicidade-na-Etica-aristotelica.htm

Cultura viva...


A Cultura Deve Ser Uma Descoberta Individual de Cada um de Nós

Não se deve intervir, não nos devemos meter nos problemas que cada um tem com a leitura. Não devemos sofrer por causa das crianças que não leem  perder a paciência. Trata-se da descoberta do continente da leitura. Ninguém deve encorajar nem incitar outra pessoa a ir ver como ele é. Já existe excessiva informação no mundo acerca da cultura. Devemos partir sós para esse continente. Descobri-lo sozinhos. Operarmos sozinhos esse nascimento.

Por exemplo, em relação a Baudelaire, devemos ser os primeiros a descobrir o seu esplendor. E somos os primeiros. E, se não formos os primeiros, nunca seremos leitores de Baudelaire. Todas as obras-primas do mundo deveriam ser encontradas pelas crianças nos despejos públicos, e lidas às escondidas dos pais e dos mestres.

Por vezes, o facto de se ver alguém a ler um livro no metro, com grande atenção, pode provocar a compra desse livro. Mas não quanto aos romances populares. Aí, ninguém se engana quanto à natureza do livro. Os dois gêneros nunca estão juntos nas mesmas mãos. Os romances populares são impressos em milhões de exemplares. Com a mesma grelha aplicada, em princípio, há uns cinquenta anos, os romances populares desempenham a sua função de identificação sentimental ou erótica. Depois de os terem lido, as pessoas abandonam-nos nos bancos públicos, no metro, e serão apanhados por outras pessoas e novamente lidos. Isso será ler? Sim, penso que sim, é ler como se toma um remédio, mas é ler, é ir buscar a leitura ao exterior de si próprio e ingeri-la e fazê-la sua e dormir e cair no sono para, no dia seguinte, ir trabalhar, juntar-se a milhões de outras pessoas, a solidão matricular, o esmagamento. 

Marguerite Duras, in "Mundo Exterior "
http://www.citador.pt/textos/a-cultura-deve-ser-uma-descoberta-individual-de-cada-um-de-nos-marguerite-duras

Entendendo...


Em nome da Mãe
O Alcorão possui toda uma Surata sobre a Virgem Maria exaltando sua figura como mãe do Profeta Jesus. Diz o Anjo Gabriel à Maria:

“Sou mensageiro do Teu Senhor. E Teu Senhor disse que te dar um filho sem relacionar-te com homem é facílimo para Ele (DEUS), que diz: - Faremos dele (do menino) um Sinal e Uma Graça Divina”.

Assim encerrou-se o diálogo entre o “Espírito Santo” e a Virgem Maria. "Os anjos disseram: Ó Maria, Deus elegeu-te e purificou-te e elevou-te sobre as mulheres do mundo. Ó Maria consagra-te a Teu Senhor, inclina-te e prostra-te com os orantes." Alcorão 3:42,43 23.

“Maria concebeu Jesus com sopro Divino. Assim o diz o Sagrado Alcorão: Maria era pura (casta), Nós (Deus) sopramos nela de Nosso Espírito”. Alcorão 66: 12 32. Então Deus infundiu em Maria um alento de Seu Espírito.

Os muçulmanos prestam uma grande devoção à Virgem Maria, inclusive chamando-a de “Imaculada”. O Anjo Gabriel, mensageiro de Allah, pela voz do Profeta Maomé (Muhammad), reveste a Imaculada Mãe de Jesus com as peculiaridades de santidade. Aliás, foi Ela a única mulher, nomeada no Alcorão, trinta e quatro vezes. A Virgem Maria é considerada a mulher mais perfeita, o exemplo perfeito do papel de mulher. O Islamismo aceita que engravidou virgem e que Jesus foi concebido por intercessão divina.

Islamismo e Cristianismo estão ligados pela grande devoção à Virgem Maria, expresso no próprio Alcorão (Máriam-19ª Surata). O Jesus Corânico é Seyydna Isa Ibn Máriam, que quer dizer, Jesus, filho de Maria. Os anjos disseram: - “ó Maria! Deus te anunciou um Verbo, emanado d’Ele, cujo nome é o Messias, Jesus, filho de Maria; será ilustre nesta vida e na outra, e contará entre os diletos de Deus. Ele falará aos homens no berço, assim como, na maturidade, e estará entre os virtuosos”. (AAL’IMRAN – 3ª Surata- 45, 46). 

A Virgem Maria é considerada, por alguns sufis (muçulmanos que mantém comunhão perfeita com Allah), a Mãe-Sabedoria, a mãe da Profecia e de todos os Profetas; por isso o Islã a chama de siddigah (a sincera), identificando-a com a Sabedoria, com a Santidade, com a Sinceridade e com a total concordância à Verdade.

Máriam é a pureza inviolável e fecundação divina; abundância de graças, e personifica de maneira irrefutável a feminilidade, a pureza, a beleza e a misericórdia celestiais, Ela é mencionada na Sura dos profetas (ALAN-BIYÁ- 21a. Surata, aya 91), junto com outros Mensageiros-Sayyaidatã Maryam sua dignidade profética.

O Islamismo associa intrinsecamente Jesus à Virgem Maria e torna-se Jesus à Virgem Maria e torna-se clara essa associação pela maneira que o Alcorão a apresenta, dizendo que Jesus foi a Mensagem da Virgem Abençoada. No Corão, Jesus é citado vinte e cinco vezes, seja como filho de Maria, ou o Messias Jesus, filho de Maria. Mas, o Messias filho de Maria, é apenas um Profeta (Corão 5,75), entre os demais, é um enviado de Deus (3,49), é um servo de Deus. Maria, mãe de Jesus, é a única mulher que o Corão chama pelo nome. Nenhuma mulher, entre todas, é citada pelo nome, no Livro Sagrado dos muçulmanos, exceto Maria, mãe de Jesus! Nem a mãe de Maomé, nem a esposa ou as filhas dele, são nominadas no Alcorão, e, entretanto, a mãe de Jesus Cristo é citada mais de trinta (30) vezes!

Entre os preceitos do Islã, que os muçulmanos ainda observam fervorosamente até os dias atuais, é o tratamento atencioso para com as mães. A honra que as mães muçulmanas recebem de seus filhos e filhas é exemplar. As relações afetuosas entre as mães muçulmanas e seus filhos, e o profundo respeito com que os homens se aproximam de suas mães, é algo admirável e sagrado.
http://www.brasilescola.com/sociologia/em-nome-mae.htm



Curioso...


Embolia de ar
O que pode acontecer se houver grandes bolhas de ar no sistema venoso?

Quando uma injeção é aplicada em um indivíduo ou quando esse está tomando soro na veia as enfermeiras a todo o momento verificam se há bolhas no sistema venoso, você sabe por quê? 

A embolia de ar é a obstrução de um vaso sanguíneo ocorrida por meio de bolhas de ar que pode existir por meio dos exemplos citados acima e ainda em mergulhadores quando há extensão de ar nos pulmões resultante da diminuição da pressão. Independente da forma com que as bolhas de ar aparecem, essas conseguem impedir a circulação do sangue fazendo com que o mesmo não chegue ao cérebro. 

Normalmente quando ocorre, o indivíduo sente falta de ar, dor no peito, pode perder a consciência e ter ou não reações convulsivas. Se o indivíduo não for socorrido imediatamente ele poderá ir a óbito, pois o cérebro perde sua oxigenação.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/embolia-ar.htm

Piada...



Como saber a diferença entre a dona de casa, o contador, um engenheiro e o advogado?
R. É só perguntar quanto é dois mais dois.
http://www.piada.com/busca_piadas.php?categoria=08&eof=1328&pg=10

Devanear...


A Eternidade - Arthur Rimbaud
De novo me invade. Quem? – A Eternidade. É o mar que se vai Como o sol que cai.  Alma sentinela, Ensina-me o jogo Da noite que gela E do dia em fogo.  Das lides humanas, Das palmas e vaias, Já te desenganas E no ar te espraias.  De outra nenhuma, Brasas de cetim, O Dever se esfuma Sem dizer: enfim.  Lá não há esperança E não há futuro. Ciência e paciência, Suplício seguro.  De novo me invade. Quem? – A Eternidade. É o mar que se vai Com o sol que cai.

http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/melhores_poetas.htm

Brincalhão...


Justiça mantém condenação de homem que queria comprar carro por R$ 0,0113

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de um consumidor que entrou na Justiça alegando danos morais após uma loja se negar a vender um carro por R$ 0,01. Em agosto, um juiz tinha negado o pedido e multado o cliente por agir de má fé.

O advogado do cliente afirmou que já está se preparando para levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça.

Cláudio Ferreira de Almeida Junior afirmou à Justiça que foi atraído à concessionária Nova Chevrolet Tatuapé, na zona Leste de São Paulo, ao ver uma faixa que dizia "Deu a louca no gerente. Veículos a preço de banana". Segundo Junior, um veículo Agile, modelo LT, ano 2011, da Chevrolet, estava anunciado por apenas R$ 0,01, mas na hora da compra foi oferecido por R$ 34,5 mil.

Após ter sido informado do verdadeiro preço por uma vendedora, ele diz ter procurado o gerente da loja. Ainda segundo Junior, o gerente lhe informou que o anúncio servia apenas para atrair consumidores, e que o carro não poderia ser vendido por R$ 0,01.

O cliente alegou à Justiça que o episódio lhe causou grande frustração e pediu que a concessionária fosse condenada a pagar indenização por danos morais.

A loja alegou que o cartaz nunca existiu e disse que, ainda que existisse, seu texto deveria ter sido interpretado de forma "figurativa". A loja alegou à Justiça que o consumidor agiu de má fé e que sua ação é "sem pé nem cabeça".
Nem carro de brinquedo custa R$ 0,01
A condenação foi mantida porque, assim como na primeira instância, o TJSP também entendeu que Junior agiu de má-fé, pois "qualquer pessoa dotada de médio discernimento poderia chegar à compreensão inarredável de que a propaganda era simbólica".

Os desembargadores entenderam que dizer que determinado produto está "a preço de banana" é uma prática comum para indicar que determinada mercadoria está sendo vendida por um preço baixo. "Contudo, isso não significa que o produto esteja sendo comercializado pelo preço da fruta em questão. Tampouco um veículo Chevrolet Ágile, cujo valor de mercado supera R$ 30 mil", afirmou o relator do processo, desembargador Mendes Pereira.

Ele ainda reafirmou o entendimento do juiz de primeira instância, que havia dito que "é público e notório que nenhum veículo, nem mesmo de brinquedo, de plástico, é vendido por R$ 0,01, nada há no mercado que se negocie por tal valor".

Consumidor foi condenado a multa de R$ 345
O juiz entendeu que Cláudio Ferreira de Almeida Junior teve má fé e que "a forma como agiu causa desprestígio à Justiça".

De acordo com a sentença, Junior foi condenado a pagar os custos do processo e os honorários do advogado da concessionária (estabelecidos em R$ 1.000), além de pagar uma multa de R$ 345.

Por não ter condição financeira, ele recebeu da Justiça um benefício que o desobriga do pagamento dos outros valores e terá que pagar apenas a multa.

A defesa do consumidor informou que vai recorrer da decisão.
http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/03/28/justica-mantem-condenacao-de-homem-que-queria-comprar-carro-por-r-001.htm

Mais uma etapa superada...