terça-feira, 9 de abril de 2013

Em nome da bestialidade humana...


SP: garota era mantida em cárcere privado
Menor disse à polícia que suspeito a trouxe da Bahia; homem foi detido
Um homem foi preso na noite dessa segunda-feira, no bairro de Cidade Líder, zona leste de São Paulo, suspeito de sequestrar e manter uma menor de 14 anos em cárcere privado. A garota era mantida no quarto de uma casa.

Segundo a polícia, a menina conseguiu fugir do suspeito e pediu socorro em uma base da PM próxima. A menor disse aos oficiais que o homem a trouxe da Bahia.

O Conselho Tutelar foi acionado pelas autoridades. Já o caso foi encaminhado para o 53° Distrito Policial (Parque do Carmo).

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aproveitem...

Boa Semana

Só rindo...



Refletir...


 
“Você não fica rico com o que ganha fica rico com o que poupa!” (Provérbio Chinês)

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"As mulheres que os homens mais desejam são as recatadas"
As mulheres que os homens brasileiros mais desejam são as recatadas.

Lendo uma revista, defrontei-me com uma pesquisa sobre sexualidade, a qual apresentava o seguinte dado: mais de 40% dos homens brasileiros de 15 a 25 anos, apesar de gostarem de sair, de ficar com garotas desregradas, optariam por se casar com uma mulher casta. Na reportagem, havia a seguinte frase:

As mulheres que os homens brasileiros mais desejam são as recatadas.

Todos entendem essa frase sem qualquer problema, já que, na linguagem cotidiana, usamos sempre os termos da oração em ordem direta, ou seja, iniciamos a oração pelo sujeito, depois colocamos o verbo para, em seguida, acrescentarmos seu complemento (objeto direto ou objeto indireto) ou o predicativo do sujeito.

Está claro, então, que os homens brasileiros desejam mais as mulheres recatadas que as outras, não é mesmo? Não é bem assim, não.

O que ocorre é que nem sempre a oração é escrita em ordem direta, o que pode acarretar ambiguidade. Por exemplo, ao dizer Desejam as mulheres os homens, não há como saber 'quem deseja quem', pois a oração está em ordem inversa. Qual seria a ordem direta da frase?

As mulheres desejam os homens?

Ou Os homens desejam as mulheres?

Perceba que a oração iniciada pelo verbo desejar trouxe ambiguidade à frase. Não há clareza. O mesmo ocorreria se a frase fosse: As mulheres os homens desejam ou Os homens as mulheres desejam.

Na frase apresentada (As mulheres que os homens brasileiros mais desejam são as recatadas), há clareza quanto a 'quem deseja quem' porque obtivemos informações sobre a pesquisa antes de lê-la. Ela não está errada, portanto.

Há construções sintáticas, no entanto, sem informações anteriores esclarecedoras, e com os termos em ordem inversa, como vimos no parágrafo anterior, o que dificulta o entendimento geral da mensagem. Para evitar isso, podemos usar alguns elementos que nos auxiliam. Um deles é o pronome relativo.

Às vezes o pronome relativo que, usado na frase As mulheres que os homens brasileiros mais desejam são as recatadas também provoca duplo sentido.

Observe a frase, retirada de um jornal: A direção do hospital não deixou que o Presidente conversasse com os pacientes atendidos por enfermeiras inexperientes que acusavam o hospital de maus-tratos. A passagem ambígua é ...pacientes atendidos por enfermeiras inexperientes que acusavam o hospital... .

O pronome relativo que provoca a ambiguidade, pois, da maneira como o período foi construído, tem-se a impressão de que as enfermeiras acusavam o hospital, mas, segundo o jornal, os pacientes é que o acusavam de maus-tratos, praticados pelas enfermeiras. O que fazer, então, para evitar o duplo sentido? Vejamos a explicação:

O pronome relativo que pode SEMPRE ser substituído pelos também pronomes relativos o qual, a qual, os quais, as quais. O gênero e o número desses pronomes dependem do elemento substituído por eles. Se for feminino, singular, substitui-se por a qual; feminino, plural: as quais; masculino, singular: o qual; masculino, plural: os quais.

Na frase retirada do jornal, por exemplo, a substituição impediria a ambiguidade, uma vez que o substantivo pacientes seria substituído por os quais, e enfermeiras por as quais. A frase ficaria assim: A direção do hospital não deixou que o Presidente conversasse com os pacientes atendidos por enfermeiras inexperientes os quais acusavam o hospital de maus-tratos.

Pronto. Acabou-se o problema; os quais, pronome relativo masculino, plural, só pode referir-se a pacientes: os pacientes eram atendidos por enfermeiras inexperientes; os pacientes acusavam o hospital de maus-tratos.

Na nossa frase, porém, o problema continuaria, pois, ao realizarmos a substituição, formaríamos a seguinte frase: As mulheres as quais os homens brasileiros mais desejam são as recatadas. A ambiguidade permanece. Continuamos sem saber 'quem deseja quem', porque a ambiguidade existente na frase é sintática: que ou as quais podem exercer a função de sujeito, se as mulheres desejarem os homens, ou de objeto direto, se as mulheres forem desejadas pelos homens.

Há outro pronome relativo que também substitui o que: é o pronome quem.

Esse pronome nunca exerce a função de sujeito e, quando exercer a de objeto direto, será antecedido pela preposição a obrigatoriamente, transformando-se em objeto direto preposicionado.

Pode-se, então, substituir que por a quem: As mulheres a quem os homens brasileiros mais desejam são as recatadas. Agora, sim, temos uma frase adequada ao Português padrão, sem duplo sentido, quase perfeita.

Existem, portanto, três maneiras de estruturar a frase da revista: com que, com as quais e comquem:

As mulheres que os homens brasileiros mais desejam são as recatadas.

 As mulheres as quais os homens brasileiros mais desejam são as recatadas.

 As mulheres a quem os homens brasileiros mais desejam são as recatadas.

Nas duas primeiras, o pronome relativo exerce a função de objeto direto. Na última, a de objeto direto preposicionado. A melhor de todas é a última, uma vez que, como vimos, é a única que não carrega duplo sentido.

História...


Império Bizantino e o legado
O Império Bizantino foi uma continuidade do Império Romano do Oriente, que perdurou até o século XV, quando a capital Constantinopla (ou Bizâncio para os gregos, e hoje Istambul) foi conquistada pelos turcos-otomanos, em 1453. O legado deixado pelo Império Bizantino é amplo, influenciando desde as rotas comerciais entre Ocidente e Oriente até os códigos civis contemporâneos.
A cidade de Constantinopla, uma antiga aldeia de pescadores gregos, foi urbanizada por volta de 330 D.C. por orientação do imperador romano Constantino. Inicialmente conhecida como Nova Roma, Constantinopla se transformou na capital do Império Romano do Oriente e em um grande centro comercial devido à sua localização geográfica privilegiada, no estreito de Bósforo, em um ponto de junção entre o mundo ocidental e oriental.
O principal imperador bizantino foi Justiniano (527-565), que durante seu reinado expandiu o Império aos seus limites máximos na região mediterrânica, chegando inclusive a reconquistar a cidade de Roma e a Península Itálica dos povos germânicos. Foi durante o governo de Justiniano que foram compiladas as leis romanas, criando o Corpus Juris Civilis (Corpo do Direito Civil). Esse código jurídico romano organizado pelos bizantinos influenciou a constituição de diversos códigos civis em países da época contemporânea.
Entretanto, após a morte de Justiniano, o Império Bizantino entrou em um lento processo de decadência, que iria se arrastar até a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453.
Justiniano também financiou a construção de grandes obras públicas, das quais se pode destacar a Catedral de Santa Sofia, que até hoje existe na cidade de Istambul. O imperador governava ainda com poderes absolutos, considerando-se o representante de Deus na Terra, o que o tornava também o chefe da Igreja. Isso acabou diferenciando a própria Igreja, já que no Ocidente, o bispo de Roma passou a ser o chefe da Igreja a partir de 455, transformando-se no papa Leão I.
Outro ponto de diferenciação com o cristianismo católico ocidental pode ser encontrado com o movimento dos iconoclastas, que, orientados pela não veneração de imagens (ícones), passaram a destruí-las. Entretanto, a produção de mosaicos e pinturas era incentivada, dentro de parâmetros preestabelecidos pelos teólogos, como a retratação das figuras sempre de frente.
Essa diferenciação entre as práticas religiosas da Igreja Romana e do Império Bizantino, aliada às disputas políticas e econômicas entre o papa e os imperadores bizantinos, levou à separação das duas igrejas. O episódio ficou conhecido como Cisma do Oriente, ou Grande Cisma, dando origem a duas igrejas católicas: a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica do Oriente, mais conhecida no Brasil como Igreja Ortodoxa.
Constantinopla foi considerada o maior centro cultural do mundo cristão durante a Idade Média, principalmente pela preservação de uma grande quantidade de obras de artistas e pensadores da Antiguidade, em especial dos gregos e dos romanos. As atividades dos monges copistas proporcionou que os pensadores do Renascimento pudessem entrar em contato com os clássicos da Antiguidade. Inclusive a influência grega sobre o Império Bizantino foi enorme, a ponto de substituírem o uso do latim pelo grego nas cerimônias religiosas e nos documentos oficiais.
Foram os bizantinos que difundiram o cristianismo no oriente europeu, a ponto de dois monges bizantinos, Cirilo e Metódio, terem criado um alfabeto, baseado no alfabeto grego, para converter os povos eslavos. O alfabeto cirílico, como foi batizado, é hoje utilizado em diversos países, como na Rússia e na Ucrânia.

Viva a sabedoria...



A educação no “Emílio” de Rousseau
Em 1762, Jean-Jacques Rousseau publicou Emilio ou Da Educação. Este tratado, de uma total novidade para a época, encontrou grande sucesso, revolucionando a pedagogia e serviu de ponto de partida para as teorias de todos os grandes educadores dos séculos XIX e XX. Trata-se de um romance pedagógico que conta a educação de um órfão nobre e rico, Emilio, de seu nascimento até seu casamento.
Fiel a seu princípio, segundo o qual o homem nasce naturalmente bom, Rousseau estima que é preciso partir dos instintos naturais da criança para desenvolvê-los. A educação negativa (essa que propõe o filósofo), na qual o papel do preceptor (professor) é, sobretudo, o de preservar a criança, deveria substituir a educação positiva que forma a inteligência prematuramente e impensadamente. O ciclo completo desta nova educação comporta quatro períodos:
1. O primeiro período vai de 0 a 5 (zero a cinco) anos, correspondendo a uma vida puramente física, apta a fortificar o corpo sem forçá-lo; período espontâneo e orientado graças, notadamente, ao aleitamento materno;
2. O segundo período vai de 5 aos 12 (cinco a doze) anos e é aquele no qual a criança desenvolve seu corpo e seu caráter no contato com as realidades naturais, sem intervenção ativa de seu preceptor;

3. O preceptor intervém mais diretamente no terceiro período que vai de 12 a 15 (doze a quinze) anos, período no qual o jovem se inicia, essencialmente pela experiência, à geografia e à física, ao mesmo tempo em que aprende uma profissão manual ou ofício;
4. Dos 15 aos 20 (quinze aos vinte) anos compreende-se o quarto período em que o homem floresce para a vida moral, religiosa e social.
Este é, pois, o modelo básico de educação proposto por Rousseau para substituir a educação tradicional que, em nome da civilização e do progresso, obriga os homens a desenvolverem na criança a formação apenas do intelecto em detrimento da educação física, do caráter moral e da natureza própria de cada individuo.

Mais uma etapa superada...