sábado, 27 de abril de 2013

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Minha estadia em Itapoá foi ótima"
Minha estadia em Itapoá foi ótima.

Estadia é a permanência de um navio no porto, helicóptero ou avião no aeroporto ou hangar, automóvel, ônibus, caminhão ou motocicleta na garagem ou no estacionamento.

A permanência de uma pessoa em algum lugar deverá ser caracterizada pela palavra estada. Portanto, corrigindo a frase apresentada, teremos:

Minha estada em Itapoá foi ótima.

História...


O Absolutismo na Europa Ocidental
O rei francês Luís XIV é a principal figura representativa do absolutismo.

Um dos temas e imagens constantes em filmes é a realeza e seus personagens, como princesas, rainhas, reis e príncipes. Mas você já pensou por que essas menções à realeza são tão recorrentes? Esta imagem está relacionada ao período do Absolutismo, uma época situada entre os séculos XV e XVIII, em que algumas linhagens de nobres se fortaleceram a ponto de centralizar o poder de Estado de todo um país nas mãos de uma única pessoa, o rei.

O Absolutismo foi o resultado da formação das monarquias nacionais desde os períodos finais da Idade Média e consistiu no fim da descentralização do poder detido pelos nobres dentro de seus feudos. Aos poucos, algumas linhagens reais passaram a controlar um poder cada vez maior sobre outros nobres, ampliando sua parte na arrecadação de impostos e sua dominação sobre os exércitos. Para realizar este processo foi necessário centralizar a administração dos reinos, para a cobrança destes impostos e controle militar, criando para isso estruturas jurídicas e administrativas.

Esta situação se consolidou entre os séculos XV e XVI, quando se formaram corpos de funcionários destinados especificamente ao trabalho administrativo e jurídico, submetidos a uma estrutura centralizada e hierarquizada em torno da autoridade única do rei. Uma forma de legitimar esta autoridade era encontrada na afirmação de que o poder do rei era uma vontade divina. A própria Igreja católica, a grande força religiosa da época, dizia que o poder real era concedido por Deus. Com isso, a Igreja fortalecia a imagem divina do rei e conseguia privilégios, como o controle de terras e a dominação religiosa sobre os súditos reais.

O apogeu do absolutismo se deu entre os séculos XVI e XVIII, quando a burocratização se fortaleceu com a racionalização dos processos administrativos e dos órgãos governamentais. Os monarcas se fortaleceram ainda mais, a ponto de o rei da França, Luís XIV, afirmar: “O Estado sou eu”. Este foi o ápice da centralização do poder de Estado nas mãos de uma única pessoa.

Além dos interesses dos reis em diminuir o poder dos nobres, havia também a disputa entre a burguesia e a nobreza. Os interesses da burguesia em desenvolver seus negócios precisavam de leis claras e que abrangessem toda a população, situação que tinha como obstáculo os privilégios dos nobres, cujo direito era baseado na tradição. A aproximação da burguesia com os reis, contra a nobreza, era necessária para o fortalecimento do Estado em razão da grande quantidade de impostos que era possível conseguir com o crescimento das trocas mercantis e com a produção manufatureira.

Os principais Estados Absolutistas da Europa Ocidental foram a França, a Inglaterra, a Espanha e em menor medida, Portugal.

Viva a sabedoria...


A obsolescência da psicanálise e as suas consequências para a noção de indivíduo em Hebert Marcuse
A psicanálise tenta explicar como se dá a formação da personalidade do indivíduo e sua relação com o seu interior e também com o exterior. Veja o que Freud e Marcuse dizem a respeito.
A psicanálise tenta explicar como se dá a formação da personalidade do individuo
A teoria psicanalítica de Freud foi desenvolvida para explicar os processos psíquicos que caracterizavam os padrões de comportamento do indivíduo inserido em uma sociedade em que prevaleciam os valores burgueses consolidados e que, embora surgisse em época e local determinados, pretendia-se universal.
Tal teoria esboçava os vínculos libidinais que proporcionavam a existência da civilização num período sub-histórico. Cada indivíduo possui um princípio que tende a ser satisfeito, que é o princípio de prazer ou pulsão de Eros. Há também outro princípio que busca retornar ao estado de vida inorgânica ou de repouso absoluto. É o chamado princípio de morte ou pulsão de Thânatos. Ambas são pulsões do inconsciente ou ID e caracterizam-se por serem associais, amorfas, etc.
A psicanálise tenta explicar como se dá a formação da personalidade do individuo ou EGO e qual a relação entre este e o seu interior (ID) e também com o exterior ou SUPEREGO. Este último caracteriza-se por apresentar-se sob o princípio de realidade que se impõe ao indivíduo de forma repressiva (necessária e mínima para que exista a vida orgânica). No desenvolvimento da teoria, este princípio de realidade é apresentado como o “pai” que subjuga os filhos, impõe-lhes a abstinência sexual (devido ao desejo incestuoso para com a mãe) e determina os padrões a serem seguidos. Porém, o princípio de prazer ou a energia erótica destes “filhos” não admitem, num primeiro momento, a autoridade e a imposição paterna, e então, ocorre o parricídio (ação que já busca a liberdade – fruição das pulsões). Mas sem orientação, porque lhes falta autonomia suficiente (a necessidade do “pai”), os filhos assassinos reestabelecem a moral paterna.
A obsolescência desta teoria se deve por causa das modernas formas de vida nas sociedades industriais avançadas: o pai (ou a família dominada por ele) já não é mais o núcleo transmissor do princípio de realidade que antes submetia, sob coação física, o sujeito, tornando-o obediente a tal agente. Nestas sociedades, os filhos saem mais cedo de casa, podem escolher seus postos de trabalho (não herdando os do pai) e há muita “liberdade” sexual. Já não há mais o pai, o que torna a teoria insustentável.
Entretanto, Marcuse, apesar de evidenciar que a teoria tornou-se obsoleta, ultrapassada no sentido individual, explicita sua verdade de forma ainda mais necessária ao nível social. Enquanto que ao nível do indivíduo e voltada para a terapia (adequando o indivíduo à ordem), esta teoria parece inadequada; pode ela servir apenas para auxiliar na compreensão dos processos psíquicos individuais nas sociedades industriais avançadas. Isto porque nestas sociedades, onde já não existe a figura do pai, constitui-se um modelo heterônomo em relação ao indivíduo. Nas sociedades de massas, o sujeito histórico foi substituído pela produtividade. Esta é a verdadeira fonte de dominação que, uma vez posta em movimento, atingiu um estágio no qual se movimenta a si mesma. É ela que determina os valores sociais a serem seguidos porque estabelece uma relação com os indivíduos. Visando satisfazer as necessidades básicas dos seres humanos, com o tempo criou-se necessidades supérfluas que precisam ser consumidas e que tal consumo se apresenta como satisfação compensatória das energias pulsionais eróticas, fazendo-se acreditar que se é livre por poder obter bens (basta ver as propagandas da Honda, Coca-cola, Volksvagem, por exemplo, em que se associa a ideia de liberdade apenas adquirindo tal produto!).
Portanto, não há sujeito dominante. Há sim uma massa amorfa que oscila entre produtos fungíveis que necessita de líderes e estes, de forma secundária (já que dominante é o sistema produtivo) são também fungíveis e supérfluos. Estes líderes ou grupos aos quais pertencem certa massa coletiva estabelecem vínculos sentimentais com seus indivíduos e a identificação do EGO com o pai é substituída pela identificação com o EGO coletivo. O problema consiste no desequilíbrio entre as duas pulsões. Se se altera a pulsão de Eros, sobrecarrega-se a de Thânatos, o que gera uma grande quantidade de energia agressiva destrutiva acumulada que é redirecionada para um inimigo arquetipicamente construído. É o risco da irracionalidade que forma as sociedades afluentes onde a manutenção do sistema alienado de produção se dá pela repressão camuflada que ocasiona o estado beligerante de caráter permanente e em que outros agentes sociais são formadores de comportamento.

Cultura viva...


Os Germes da Natureza
Numa floresta, as árvores, justamente pelo facto de que uma tenta arrebatar da outra o ar e o sol, esforçam-se à porfia por se ultrapassarem umas às outras e, portanto, crescem belas e erectas. Porém, pelo contrário, as que lançam em liberdade os seus ramos segundo a sua vontade, afastadas de outras árvores, crescem mirradas, contorcidas e curvadas. Toda a cultura, toda a arte, que ornamentam a humanidade, assim como a ordem social mais bela, são frutos da falta de sociabilidade, que é forçada por si mesma a disciplinar-se e a desabrochar com isso por completo, impondo-se tal artifício, os germes da natureza.

Emmanuel Kant, in 'Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita'
http://www.citador.pt/textos/os-germes-da-natureza-emmanuel-kant

Entendendo...


Hooligans
Confronto entre torcidas.
São grupos de torcedores europeus, em especial os de times de futebol, eles vão aos estádios preparados para brigar, fazendo do futebol uma desculpa para os atos de violência. Em diversos países a entrada desses torcedores é barrada, principalmente se tem um grande evento marcado para aquela data. Pois os Hooligans sentem prazer ao entrar em confronto com torcedores de outro time, seria uma forma de tentar medir o poder, disputando qual deles seria o mais forte. Os casos mais freqüentes de confronto entre esses torcedores ocorrem na Inglaterra. Por ser um dos países europeus que possui grandes clubes de alto nível, conseqüentemente essas equipes acabam ganhando inúmeros torcedores, alguns deles ultrapassam o amor pelo time concretizando um sentimento de fanatismo pela equipe.
A maioria dos Hooligans é jovem e de nível econômico alto que sentem ódio pela torcida do time adversário, principalmente se o time adversário vencer a partida. A polícia local das cidades, onde ocorrem os eventos futebolísticos, prepara um forte esquema para inibir a violência antes, durante e depois da partida, porém os Hooligans encontram formas de se confrontarem e caso a polícia apareça eles se dispersam para dificultar a prisão. Além da violência entre torcidas, os Hooligans também promovem o vandalismo pela cidade, destruindo tudo o que vê pela frente. Por se mostrarem tão agressivos e ao mesmo tempo apaixonados pelo seu clube de coração é que os Hooligans acabaram tornando-se temas de diversos filmes, onde é tratada toda a sua história desde como uma pessoa passa a fazer parte do grupo até as conseqüências dos confrontos.
http://www.brasilescola.com/sociologia/hooligans.htm

Curioso...


Fazer vaquinha
A expressão que nasceu entre os primórdios do futebol e o jogo do bicho.
Quando falamos sobre o futebol contemporâneo, muitos, logo deslocam o assunto do jogo em si para abordarem as altas cifras que circundam os jogadores e times que compõem esse universo. São vários os jovens que hoje praticam o futebol, tendo a expectativa de um dia, usufruírem do conforto e de todas as regalias oferecidas às estrelas desse esporte. Contudo, quem sabe um pouco mais sobre futebol, se lembra de que as coisas não foram sempre assim.

No início, os ganhos financeiros de alguns times e clubes eram tão pequenos que, para contornar essa situação, era preciso contar com o apoio da torcida. Só para se ter uma ideia, lá pelas primeiras décadas do século XX, o Clube de Regatas Vasco da Gama era uma das poucas agremiações que conseguiam oferecer um salário para os seus jogadores de futebol. É nesse contexto de precariedade e improviso que temos não só um capítulo da história do futebol, mas a origem da expressão “fazer uma vaquinha”.

Mesmo sem tantos recursos, o futebol conseguiu rapidamente aglomerar uma legião de fanáticos torcedores que acompanhavam de perto as vitórias e tropeços do seu time de coração. Dessa proximidade, observava-se que muitos torcedores tomavam conhecimento da situação precária vivida pelos jogadores que defendiam as cores do seu time. Foi daí que surgiu a ideia da própria torcida realizar uma arrecadação de fundos para felicitar os jogadores a cada vitória do time.

Nessa época, para quantificar o valor levantado, os envolvidos nessa ação nomeavam o prêmio de acordo com os animais que representavam cada número do jogo do bicho. Desse modo, ao conseguirem juntar cinco mil-réis (moeda da época) a torcida oferecia “um cachorro” ao time, já que esse animal simbolizava o número cinco no jogo do bicho. Quando a arrecadação era boa, diziam que conseguiram “fazer uma vaca”, ou seja, juntar um valor de vinte e cinco mil-réis, que era o prêmio máximo da época.

Com o passar do tempo, a expressão “fazer uma vaquinha” começou a ser utilizada sempre que um grupo de amigos se unia para organizar uma festa ou comprar algo. Se olharmos para o futebol contemporâneo, vemos que alguns jogadores de futebol nem se preocupam mais em “fazer vaquinhas”, já que “recebem” várias “vaquinhas” para jogarem pelos grandes times do Brasil e do mundo. 
http://www.brasilescola.com/curiosidades/fazer-vaquinha.htm

Piada...


Um dia, enquanto galopava, um Bom Homem encontrou um índio cavalgando.
Ao seu lado iam um cachorro e uma cabrita.
O Bom Homem começou então um diálogo com o índio:
- Olá, belo cão você tem aí. Se importa se eu falar com ele
Índio: - Cão não falar.
- Olá cão, com vai?
Cão: - Bem obrigado!
O índio fica absolutamente chocado... E o Bom Homem continua...
- Esse cara é o seu dono?
Cão: - Sim!
- E como ele te trata?
Cão: - Muito bem. Todo dia ele me deixa correr livremente, me dá uma boa semana...
O índio fica totalmente boquiaberto...
O Bom Homem então diz:
- Se importa se eu falar com seu cavalo?
Índio: - Cavalo não falar.
- Oi cavalo, como vai você?
Cavalo: - Muito bem!
- Esse aí é o seu dono?
Cavalo: - Sim...
Homem: - E como ele te trata?
Cavalo: - Muitíssimo bem. Cavalgamos regularmente, ele me escova sempre e me mantém sob uma árvore para me proteger da chuva e do sol.
O índio fica simplesmente abobalhado...
E o Bom Homem continua...
Se importa se eu falar com sua cabrita?
Índio: - Melhor não. Cabrita fala, mas é muito mentirosa!

Mais uma etapa superada...