sábado, 4 de maio de 2013

De volta aos tempos do homem das cavernas...


Mulher é estuprada dentro de um micro-ônibus na Avenida Brasil
Veículo passava por Realengo quando homem armado anunciou assalto e violentou passageira em seguida
RIO — Uma mulher com cerca de 30 anos foi estuprada dentro de um micro-ônibus da linha 369 (Bangu — Carioca) na Avenida Brasil. O veículo passava por Realengo, perto das 17h30m desta sexta-feira, quando um homem armado entrou e anunciou um assalto. Após roubar alguns pertences das vítimas, ele pediu que elas fossem para a parte de trás do veículo e, em seguida, estuprou uma das passageiras. A vítima tem cerca de 30 anos, mas não teve sua identidade revelada pela polícia.
De acordo com o titular da 17ª DP, delegado Maurício Luciano, o motorista do veículo acionou a Polícia Militar e todos os passageiros foram encaminhados para prestar depoimento. A mulher vítima de estupro realizou coleta de material genético no Instituto Médico-Legal para futura verificação com o material do autor do crime. O delegado informou ainda que ela foi encaminhada a um hospital para tomar o coquetel antiaids.
A polícia pediu à empresa de ônibus responsável pela linha as imagens do interior do veículo com o objetivo de esclarecer a identidade do autor do crime. O delegado também pretende pedir imagens das câmeras da Prefeitura que possam mostrar o momento em que o homem entrou no ônibus e quando ele desceu, próximo ao Into. As vítimas afirmam que o autor aparentava ter cerca de 24 anos, é pardo, e tem o cabelo preto com o corte asa delta. Um retrato falado deve ser feito na próxima semana.
Americana foi estuprada dentro de van em março
O caso lembra o de uma turista que foi estuprada dentro de uma van quando seguia da Zona Sul para a Lapa. Quatro suspeitos participaram da ação, que aconteceu no dia 30 de março. A jovem, que é americana, estava com o namorado, um jovem francês. O casal ficou quase seis horas em poder de uma quadrilha, sendo torturados física e psicologicamente. Eles pegarem a van na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. A jovem foi estuprada seguidas vezes por três homens e um adolescente. O francês, na tentativa de defendê-la, foi atacado com uma barra de ferro. A jovem, em estado de choque, embarcou no dia seguinte de volta aos Estados Unidos. O namorado chegou a ficar no país por mais alguns dias para ajudar na identificação dos criminosos. Todos foram presos.
Em outro caso semelhante, ocorrido em 15 de fevereiro de 2012, uma menina de 12 anos foi vítima de um estupro dentro de um ônibus da linha 162 (Glória-Leblon), da Viação São Silvestre. O veículo passava pela Rua Jardim Botânico no momento da ação. Ela contou na 15a. DP (Gávea) que estava sentada no meio do coletivo quando um homem armado exigiu que fosse com ele para a parte traseira do veículo, onde o crime teria sido cometido. Na hora, só havia mais quatro passageiros: três mulheres e um homem.
Uma das passageiras contou que o homem ainda se sentou ao lado de uma outra mulher e tentou passar a mão na perna dela, mas ela gritou. Nesse momento, o motorista parou o coletivo e, de acordo com o delegado Fábio Barucke, da 15ª DP, o acusado desceu correndo e entrou em outro ônibus, que seguia pela Jardim Botânico no sentido São Conrado. O homem, de 43 anos, foi detido dez dias depois quando tentava assaltar duas jovens dentro de um coletivo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mulher-estuprada-dentro-de-um-micro-onibus-na-avenida-brasil-8293063#ixzz2SLzP0Zlf
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sábado, 27 de abril de 2013

Só rindo...



Refletir...


"Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje". (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/4/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Minha estadia em Itapoá foi ótima"
Minha estadia em Itapoá foi ótima.

Estadia é a permanência de um navio no porto, helicóptero ou avião no aeroporto ou hangar, automóvel, ônibus, caminhão ou motocicleta na garagem ou no estacionamento.

A permanência de uma pessoa em algum lugar deverá ser caracterizada pela palavra estada. Portanto, corrigindo a frase apresentada, teremos:

Minha estada em Itapoá foi ótima.

História...


O Absolutismo na Europa Ocidental
O rei francês Luís XIV é a principal figura representativa do absolutismo.

Um dos temas e imagens constantes em filmes é a realeza e seus personagens, como princesas, rainhas, reis e príncipes. Mas você já pensou por que essas menções à realeza são tão recorrentes? Esta imagem está relacionada ao período do Absolutismo, uma época situada entre os séculos XV e XVIII, em que algumas linhagens de nobres se fortaleceram a ponto de centralizar o poder de Estado de todo um país nas mãos de uma única pessoa, o rei.

O Absolutismo foi o resultado da formação das monarquias nacionais desde os períodos finais da Idade Média e consistiu no fim da descentralização do poder detido pelos nobres dentro de seus feudos. Aos poucos, algumas linhagens reais passaram a controlar um poder cada vez maior sobre outros nobres, ampliando sua parte na arrecadação de impostos e sua dominação sobre os exércitos. Para realizar este processo foi necessário centralizar a administração dos reinos, para a cobrança destes impostos e controle militar, criando para isso estruturas jurídicas e administrativas.

Esta situação se consolidou entre os séculos XV e XVI, quando se formaram corpos de funcionários destinados especificamente ao trabalho administrativo e jurídico, submetidos a uma estrutura centralizada e hierarquizada em torno da autoridade única do rei. Uma forma de legitimar esta autoridade era encontrada na afirmação de que o poder do rei era uma vontade divina. A própria Igreja católica, a grande força religiosa da época, dizia que o poder real era concedido por Deus. Com isso, a Igreja fortalecia a imagem divina do rei e conseguia privilégios, como o controle de terras e a dominação religiosa sobre os súditos reais.

O apogeu do absolutismo se deu entre os séculos XVI e XVIII, quando a burocratização se fortaleceu com a racionalização dos processos administrativos e dos órgãos governamentais. Os monarcas se fortaleceram ainda mais, a ponto de o rei da França, Luís XIV, afirmar: “O Estado sou eu”. Este foi o ápice da centralização do poder de Estado nas mãos de uma única pessoa.

Além dos interesses dos reis em diminuir o poder dos nobres, havia também a disputa entre a burguesia e a nobreza. Os interesses da burguesia em desenvolver seus negócios precisavam de leis claras e que abrangessem toda a população, situação que tinha como obstáculo os privilégios dos nobres, cujo direito era baseado na tradição. A aproximação da burguesia com os reis, contra a nobreza, era necessária para o fortalecimento do Estado em razão da grande quantidade de impostos que era possível conseguir com o crescimento das trocas mercantis e com a produção manufatureira.

Os principais Estados Absolutistas da Europa Ocidental foram a França, a Inglaterra, a Espanha e em menor medida, Portugal.

Viva a sabedoria...


A obsolescência da psicanálise e as suas consequências para a noção de indivíduo em Hebert Marcuse
A psicanálise tenta explicar como se dá a formação da personalidade do indivíduo e sua relação com o seu interior e também com o exterior. Veja o que Freud e Marcuse dizem a respeito.
A psicanálise tenta explicar como se dá a formação da personalidade do individuo
A teoria psicanalítica de Freud foi desenvolvida para explicar os processos psíquicos que caracterizavam os padrões de comportamento do indivíduo inserido em uma sociedade em que prevaleciam os valores burgueses consolidados e que, embora surgisse em época e local determinados, pretendia-se universal.
Tal teoria esboçava os vínculos libidinais que proporcionavam a existência da civilização num período sub-histórico. Cada indivíduo possui um princípio que tende a ser satisfeito, que é o princípio de prazer ou pulsão de Eros. Há também outro princípio que busca retornar ao estado de vida inorgânica ou de repouso absoluto. É o chamado princípio de morte ou pulsão de Thânatos. Ambas são pulsões do inconsciente ou ID e caracterizam-se por serem associais, amorfas, etc.
A psicanálise tenta explicar como se dá a formação da personalidade do individuo ou EGO e qual a relação entre este e o seu interior (ID) e também com o exterior ou SUPEREGO. Este último caracteriza-se por apresentar-se sob o princípio de realidade que se impõe ao indivíduo de forma repressiva (necessária e mínima para que exista a vida orgânica). No desenvolvimento da teoria, este princípio de realidade é apresentado como o “pai” que subjuga os filhos, impõe-lhes a abstinência sexual (devido ao desejo incestuoso para com a mãe) e determina os padrões a serem seguidos. Porém, o princípio de prazer ou a energia erótica destes “filhos” não admitem, num primeiro momento, a autoridade e a imposição paterna, e então, ocorre o parricídio (ação que já busca a liberdade – fruição das pulsões). Mas sem orientação, porque lhes falta autonomia suficiente (a necessidade do “pai”), os filhos assassinos reestabelecem a moral paterna.
A obsolescência desta teoria se deve por causa das modernas formas de vida nas sociedades industriais avançadas: o pai (ou a família dominada por ele) já não é mais o núcleo transmissor do princípio de realidade que antes submetia, sob coação física, o sujeito, tornando-o obediente a tal agente. Nestas sociedades, os filhos saem mais cedo de casa, podem escolher seus postos de trabalho (não herdando os do pai) e há muita “liberdade” sexual. Já não há mais o pai, o que torna a teoria insustentável.
Entretanto, Marcuse, apesar de evidenciar que a teoria tornou-se obsoleta, ultrapassada no sentido individual, explicita sua verdade de forma ainda mais necessária ao nível social. Enquanto que ao nível do indivíduo e voltada para a terapia (adequando o indivíduo à ordem), esta teoria parece inadequada; pode ela servir apenas para auxiliar na compreensão dos processos psíquicos individuais nas sociedades industriais avançadas. Isto porque nestas sociedades, onde já não existe a figura do pai, constitui-se um modelo heterônomo em relação ao indivíduo. Nas sociedades de massas, o sujeito histórico foi substituído pela produtividade. Esta é a verdadeira fonte de dominação que, uma vez posta em movimento, atingiu um estágio no qual se movimenta a si mesma. É ela que determina os valores sociais a serem seguidos porque estabelece uma relação com os indivíduos. Visando satisfazer as necessidades básicas dos seres humanos, com o tempo criou-se necessidades supérfluas que precisam ser consumidas e que tal consumo se apresenta como satisfação compensatória das energias pulsionais eróticas, fazendo-se acreditar que se é livre por poder obter bens (basta ver as propagandas da Honda, Coca-cola, Volksvagem, por exemplo, em que se associa a ideia de liberdade apenas adquirindo tal produto!).
Portanto, não há sujeito dominante. Há sim uma massa amorfa que oscila entre produtos fungíveis que necessita de líderes e estes, de forma secundária (já que dominante é o sistema produtivo) são também fungíveis e supérfluos. Estes líderes ou grupos aos quais pertencem certa massa coletiva estabelecem vínculos sentimentais com seus indivíduos e a identificação do EGO com o pai é substituída pela identificação com o EGO coletivo. O problema consiste no desequilíbrio entre as duas pulsões. Se se altera a pulsão de Eros, sobrecarrega-se a de Thânatos, o que gera uma grande quantidade de energia agressiva destrutiva acumulada que é redirecionada para um inimigo arquetipicamente construído. É o risco da irracionalidade que forma as sociedades afluentes onde a manutenção do sistema alienado de produção se dá pela repressão camuflada que ocasiona o estado beligerante de caráter permanente e em que outros agentes sociais são formadores de comportamento.

Cultura viva...


Os Germes da Natureza
Numa floresta, as árvores, justamente pelo facto de que uma tenta arrebatar da outra o ar e o sol, esforçam-se à porfia por se ultrapassarem umas às outras e, portanto, crescem belas e erectas. Porém, pelo contrário, as que lançam em liberdade os seus ramos segundo a sua vontade, afastadas de outras árvores, crescem mirradas, contorcidas e curvadas. Toda a cultura, toda a arte, que ornamentam a humanidade, assim como a ordem social mais bela, são frutos da falta de sociabilidade, que é forçada por si mesma a disciplinar-se e a desabrochar com isso por completo, impondo-se tal artifício, os germes da natureza.

Emmanuel Kant, in 'Ideia de uma História Universal de um Ponto de Vista Cosmopolita'
http://www.citador.pt/textos/os-germes-da-natureza-emmanuel-kant

Mais uma etapa superada...