terça-feira, 4 de junho de 2013

Disfarce...

Como a culpa sabota os relacionamentos e a vida
Atendi uma cliente que se sentia muito culpada por ter acabado um relacionamento há alguns anos. Vamos chamá-la de Sônia (nome fictício). Sentia na época que realmente não gostava do rapaz e que essa era a melhor decisão a ser tomada. Entretanto, por se tratar de uma pessoa muito boa e que gostava bastante dela, Sônia sentia culpa pelo sofrimento causado ao ex-namorado. Ao terminar o namoro, em tom de mágoa, o rapaz falou que ela nunca conseguiria ser feliz com ninguém.

A mãe dela também gostava muito do rapaz e ficou com raiva e decepcionada com a filha pelo término do relacionamento. Também afirmou, por várias vezes, que Sônia nunca seria feliz com ninguém. Como consequência, surgiu uma intensa culpa: culpa por ter causado sofrimento ao rapaz, culpa por ter decepcionado a mãe e também ter lhe causado sofrimento.

Sônia desejava casar e ter filhos. Cinco anos se passaram. Entrou em três relacionamentos que não deram certo. Estranhamente, sentia que escolhia pessoas que ela no fundo sabia que não ia dar em nada a relação. Isso gerava frustração por não conseguir realizar o seu desejo. E a cada relacionamento desfeito, sua mãe reforçava: "Está vendo? você nunca vai ser feliz com ninguém, não deu valor aquele rapaz que era tão bom, olha aí o resultado, você está pagando agora".

Sônia sentia como se realmente estivesse pagando por algo e se perguntava até quando duraria aquele castigo. Enquanto isso, o rapaz já havia se casado e construído uma família.

Essas escolhas equivocadas de Sônia faziam parte de um processo de autopunição. A culpa a fazia sentir como se fosse uma pessoa muito má. Surgiu então o sentimento de que ela realmente jamais seria feliz com alguém, pois no fundo achava que não merecia. Essa força negativa inconsciente influenciava suas escolhas de uma forma profunda.

Quando nos sentimos culpados, de forma inconsciente, vamos buscar maneiras de punir a nós mesmos através de processos de autossabotagem. O castigo parace que vem de fora. Parece "karma", azar, coincidência, ou resultado da praga da mãe e do ex. Mas, na verdade, é a própria pessoa, de forma inconsciente, agindo de uma forma  que leva as coisas a darem errado.

Além de agirmos de forma sabotadora, também atrairemos situações negativas ao guardamos maus sentimentos. O castigo só acaba quando há uma dissolução total da culpa e atingimos um estado de auto perdão.  

Enquanto essas emoções ficam guardadas no nosso inconsciente, nossos comportamentos são afetados. As vezes conseguimos enxergar comportamentos destrutivos, mas, mesmo assim, não conseguimos agir diferente. É a força emocional agindo por trás, mais forte do que a parte racional. Em outros casos, sutilmente agimos e fazemos escolhas que levam a resultados negativos e não percebemos.

Fica muito óbvio que acumular sentimentos de culpa é extremamente prejudicial. A tortura de guardar esse sentimento já faz parte do processo de auto punição. Muitas pessoas se sentem tão culpadas que não se permitem curar a culpa por achar que precisam guardar esse sofrimento para pagar pelo que fizeram. Elas deixam de buscar ajuda ou podem abandonar um trabalho terapêutico que tenha o poder de libertá-las. Essa auto punição pode durar uma vida inteira.

Que culpas você vem acumulando desde a sua infância? Culpa por ter sido injusto com alguém; por ter acabado um relacionamento; por não ter sido um bom filho; por não ter sido um bom pai/mãe; por ter sido cruel com alguém; por ter praticado bullying; por achar que permitiu um abuso sexual na infância; por ter praticado um aborto; por ter traído alguém no passado; por ter perdido uma oportunidade profissional; por ter escolhido uma carreira equivocada; por ter provocado um acidente; por ter causado algum trauma em alguém etc..

E de que forma será que você vem se punindo? Deixando passar oportunidades profissionais; criando um vida de muito trabalho; entrando em relacionamentos destrutivos; deixando de cuidar da saúde; comendo coisas que fazem mal ao seu corpo; bebendo em excesso; não se sentindo merecedor de uma vida mais confortável; bloqueando a sua criatividade; sabotando seus projetos pessoais... São muitas as maneiras que usamos para nos prejudicar.

Trabalhei com Sônia utilizando a *EFT (técnica para autolimpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo) para dissolver os sentimentos de culpa e não merecimento de um bom relacionamento. No final da sessão, ela relatou um alívio profundo, uma sensação de esvaziamento emocional completo. Investigamos detalhadamente as emoções e ela já não conseguia mais encontrar sentimentos negativos. Surgiu a sensação de compreensão de si mesma, compreensão e aceitação com relação as atitudes da mãe e do ex-namorado, e um estado de autoperdão.

Livre da culpa, certamente suas escolhas nos próximos relacionamentos serão bem mais saudáveis. Espero ouvir boas notícias de Sônia em breve. Recomendo que você utilize a autoaplicação da  EFT para se libertar das culpas que vêm carregando do passado. Torne sua vida mais leve e produtiva eliminando essa pesada carga emocional.

André Lima - EFT Practitioner. *EFT - Emotional Freedom Techniques - É a autoacupuntura emocional sem agulhas. Ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas emocionais. Você mesmo pode se autoaplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse:http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp e baixe o seu manual. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Seguir em frente...

Só rindo...




Refletir...

"Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que já possuímos." (Provérbio Chinês)

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
"Eles detém o poder, por isso..."
Eles detém o poder, por isso intervém sempre nos negócios da empresa

Se essa coluna acontecesse em uma rádio, nenhum problema haveria, nenhum erro ocorreria, pois somente a pronúncia apareceria. Porém, na escrita, o erro surge flagrantemente: o acento gráfico nas formas verbais. Vamos à explicação:

Como já vimos em uma coluna anterior (Alguns homens públicos não têm escrúpulos!), os verbos ter e vir, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (Todos os dias eles...), são grafados com um "e" só e com acento circunflexo: Eles têm; eles vêm. Hoje veremos o que acontece com os verbos derivados de "ter" e "vir":

Primeiramente, para saber se um verbo é derivado de outro, há de se conhecer a conjugação dele. Por exemplo, o verbo "ter" é conjugado "eu tenho", portanto todos os verbos que forem terminados em "...tenho" são derivados de "ter": eu mantenho, eu detenho, eu retenho, eu contenho, eu entretenho; o verbo "vir" é conjugado "eu venho", portanto todos os verbos terminados em "...venho" são derivados de "vir": eu provenho, eu intervenho, eu convenho. Muito bem. 

Todos os verbos derivados de "ter" e "vir", no presente do indicativo, terão um "e" só e acento agudo na terceira pessoa do singular (ele, ela, você), e terão um "e" só e acento circunflexo na terceira pessoa do plural (eles, elas, vocês). Por exemplo: ele mantém, eles mantêm; ele detém, eles detêm; ele retém, eles retêm; ele contém, eles contêm; ele entretém, eles entretêm; ele provém, eles provêm; ele intervém, eles intervêm; ele convém, eles convêm.

Claro está, então que o erro da frase apresentada são os acentos, que deveriam ser circunflexo em ambos os casos:

Eles detêm o poder, por isso intervêm sempre nos negócios da empresa.


História...

O povo hebreu
O povo hebreu originalmente era nômade e sedentarizou-se na Palestina, terra pouco fértil, com manancial insuficiente para irrigações. Isso trouxe dificuldade à vida desse povo, mas este local era estratégico, ou seja, de passagem para outras regiões como a África e Ásia e, por isso, era muito cobiçado.

A região da Palestina, como todas as outras terras da região do Crescente Fértil, foi um foco de atração para as tribos semitas do deserto. A região era limitada pela Síria ao norte, pelo deserto do Sinai ao Sul, pelo Mediterrâneo a oeste e pelo deserto arábico ao leste – era então menos fértil do que o Egito ou a Mesopotâmia.

O Rio Jordão não representava um papel tão importante para a sua economia como o Rio Nilo em relação ao Egito ou o Rio Tigre e o Rio Eufrates em relação à Mesopotâmia. O rio corria entre dois altos terraços, depois de formar o Lago Meron e o Lago Tiberíades ou Mar da Galileia e desaguava no Mar Morto, cuja salinidade excessiva impedia a vida animal ou vegetal.

Parece, no entanto, que a região era bem mais fértil do que hoje, pois tanto as pesquisas arqueológicas quanto as narrativas Bíblicas nos fazem compreender a Palestina como uma região com abundância, onde era comum o trigo, a cevada, a vinha, a oliveira e a figueira.

Os primeiros semitas atraídos pela região do Jordão foram os cananeus (povo vindo de Canaã), que se estabeleceram aproximadamente no terceiro milênio antes de Cristo. No entanto, os hebreus oriundos do Sul da Caldeia dominaram a região estabelecendo sua hegemonia, sob a base patriarcal da vida seminômade.

A sociedade erguida pelo povo hebreu não foi tão grandiosa quanto às dos egípcios e mesopotâmicos, mas ela sem dúvidas influenciou profundamente o universo cultural que hoje compõe o mundo ocidental.

Viva a sabedoria...

Aristóteles e a educação
Segundo Aristóteles, a educação é fundamental, uma vez que desenvolve a segurança e a saúde do Estado. Assim, a educação, para ele, tem por fim a cidade perfeita e o cidadão feliz.

Para Aristóteles, a educação é fundamental e tem por fim a cidade perfeita e o cidadão feliz.

Há uma relação entre política e educação na Grécia antiga. Na Política de Aristóteles, o homem é definido como um ser cível que é por natureza levado a viver em sociedade. O homem só terá vida plena se inserido em uma cidade-Estado, pois essa é condição indispensável para sua existência. A Pólis é um organismo vivo, cujo fim é assegurar as necessidades materiais para a sobrevivência do homem e uma vida intelectual melhor. Logo, todo indivíduo possui seu fim último ligado à Pólis, visto ser no interior desta que serão determinadas as suas atividades. Existe uma unidade orgânica entre a natureza política do indivíduo e o Estado.

Dentro dessa fisiologia política de Aristóteles, a educação entra como aquela capaz de desenvolver as condições necessárias para a segurança do regime e para a saúde do Estado. É a educação que fornece unidade orgânica ao Estado; ela deve ocupar toda a vida do cidadão, desde a sua concepção. Só aquele capaz de legislar deve contribuir para a educação. Logo, a educação não pode ser negligenciada, sendo deixada a cargo de cada cidadão. Ela é responsabilidade do legislador, o único que pode estabelecer leis e princípios gerais. É somente através da educação que o homem irá desenvolver aquela que é considerada por Aristóteles a mais importante das ciências, justamente porque tem por objeto o bem-estar comum, ou seja, a Política. Tal educação será promovida através de um conjunto de atividades pedagógicas coordenadas, tendo em vista uma cidade perfeita e um cidadão feliz.

São funções do legislador:

Guiar os cidadãos à prática das virtudes;
Ocupar-se da educação dos jovens;
Estabelecer leis que promovam a educação conforme a moral e ligada à vida política no Estado, o que estabelece o equilíbrio político no seu interior;
Tornar a educação um assunto público;
Promover o fim do indivíduo que deve coincidir com o fim do Estado.
O Estado, com a ajuda dos pais, buscará a realização do bem político através da educação familiar, privada e pública, segundo os seguintes períodos de instrução:

Procriação e período pré-natal, em que se tem o cuidado com a alimentação das gestantes;
A nutrição (1 ano), pequena infância (dos 2 aos 5 anos), primeira infância (dos 5 aos 7 anos), em que se deve habituar a criança ao movimento e às lições;
A educação (dos 7 aos 14 anos), a adolescência (dos 14 aos 21 anos), tendo como base a literatura e as ciências;
E a maioridade, em que se prestará o serviço militar até os 35 anos.
Após esse período, o homem, bem formado, estará apto para legislar, pois já comprovou ter o domínio de si e das necessidades da cidade. Para Aristóteles, a felicidade se define em uma ação perfeita e no exercício da virtude. A felicidade do Estado está ligada ao saber e à vontade dos cidadãos. Ela é a atividade para a qual tende a virtude, é o resultado da virtude humana e, sendo assim, pertence à categoria dos bens divinos por excelência. É uma atividade que possui seu fim próprio, enquanto que as outras tendem para ela.

Já a virtude é a condição necessária para se alcançar a felicidade. Não é um instrumento, mas um hábito voluntário, consequência da prática que deve ser estimulada pela educação. Há uma dicotomia sobre a alma nesse sentido:

A parte racional (lógica), que divide a razão teórica da razão prática e
A parte privada (sensação, sentimentos, paixão) que deve obedecer à lógica.
A educação deve considerar as divisões da alma, cultivando ações que correspondam à parte superior da alma. Assim surge também a divisão das virtudes. São elas:

Intelectuais: sabedoria, inteligência, bom-senso, justiça;
Morais: generosidade e temperança.

As primeiras estão ligadas ao ensino e por isso necessitam da experiência e do tempo. As segundas proveem do hábito e não são inatas. As virtudes, portanto, são qualidades da alma adquiridas somente com a atividade e o esforço e é justamente aí que entra a educação.

Mais uma etapa superada...