sábado, 20 de julho de 2013

VIva a sabedoria...

Consciência e as relações com o outro e o ser-em-si, segundo Sartre
Segundo Sartre, para explicar as relações da consciência é preciso determinar dois seres: o Ser-em-si e o Ser-para-si.

Para explicar as relações da consciência é preciso antes defini-la tal como Sartre o fez. Partindo da análise da consciência do homem - um ser que está no mundo, ou seja, vinculado ou indissociável enquanto corpo-mente-mundo - é possível determinar dois seres: O Ser-em-si e o Ser-para-si. 

O primeiro diz respeito às coisas tal como se apresentam para nós, sendo fenômeno (aparição) ou não, ou seja, existem aí no mundo (Dasein), independente de qualquer coisa. O segundo, o para-si, é a consciência que ao se defrontar com o mundo torna-se um processo dinâmico (contrastando com a inércia do em-si) e faz com que o em-si se desvele.

Essa relação evidencia a natureza do Para-si: é o nada que vê nos objetos o seu não ser, isto é, relacionado com o ser-em-si, ele (o para-si ou consciência) não se identifica com nenhum dos seres (em-si), sendo, portanto, uma falta, uma carência que é na verdade o movente para atingir aquele repouso do em-si. O para-si deseja ser.

Também o para-si é um ser contingente, mas que ao contrario do em-si quer ser causa da sua própria existência e que questiona seu próprio ser. Nisso já está implícito um conceito de liberdade que é característica do ser-para-si. Essa liberdade permite que uma subjetividade seja objetiva e nesta ação está a responsabilidade que Sartre atribui a cada homem.

A consciência quando se depara com um ser (em-si ou para-si), seja na forma de percepção, seja na de imaginação, tem uma intenção: a intencionalidade da consciência diante dos fenômenos (existentes) é uma forma negadora de outros objetos (externos) e de si mesma (interna) e por isso ela (a consciência) é o nada que vem ao mundo pelo homem e faz a relação entre ser-em-si e ser-para-si ser um fluxo recíproco entre eles.

Como a consciência não consegue se identificar com nenhum ser-em-si, ela disto se aproxima quando em relação com outra consciência. Isto porque a ação ou escolha enquanto consciência percebe a contingência e gratuidade de sua existência que geram a angústia posterior a uma sensação de náusea. 

Angústia porque a responsabilidade é totalmente do individuo ou de cada individuo enquanto forma de reagir ao mundo, às coisas, etc., causados pela náusea de saber que não existe um Deus ou um fundamento que determine a sua essência. Se, como diz Sartre, a existência precede a essência, o homem enquanto jogado ao mundo é quem desenvolve seus projetos e único responsável por suas ações. 

Estas ações podem implicar numa ética. A relação entre consciência é o que permite que a escolha seja de fato universal. Se a consciência é livre e pode escolher, quando isto se dá, quer dizer que é escolher a liberdade para todos os homens, pois se escolhe o homem (a consciência).

Dessa forma, outro é que é o espelho para um indivíduo (intersubjetividade) e determina a escolha em agir ou não da mesma forma e pode, também, melhor emitir um juízo sobre esse indivíduo. Assim, de sua frase “o inferno são os outros” é que temos a concepção de que os julgamentos são sempre parciais. 

Não é a defesa de um tipo de egocentrismo exacerbado, mas sim a verificação ontológica da possibilidade das escolhas seja feita universalmente devido ao fato de que ao se escolher, escolhe-se a liberdade. 

Há uma pretensa noção de que as escolhas conscientes se uniformizem, já que o conflito é inevitável entre seres livres que pensam e escolhem diferente. Mas o que pode ser considerado mais universal é que o homem é um ser para a morte.
http://www.brasilescola.com/filosofia/consciencia-suas-relacoes-com-outro-ser-em-si-segundo-sartre.htm

Arte...

Artes plásticas
No início da década de 1830, um grupo de pintores, entre os quais Théodore Rousseau, Charles-François Daubigny e Jean-François Millet, se estabeleceu no povoado francês de Barbizon com a intenção de reproduzir as características da paisagem local. Cada um com seu estilo, enfatizaram em seus trabalhos o simples e ordinário, ao invés dos aspectos grandiosos da natureza. Millet foi um dos primeiros artistas a pintar camponeses, dando-lhes um destaque até então reservado a figuras de alto nível social. Outro importante artista francês frequentemente associado ao realismo foi Honoré Daumier, ardente democrata que usou a habilidade como caricaturista a favor de suas posições políticas.

O primeiro pintor a enunciar e praticar deliberadamente a estética realista foi Gustave Courbet. Como a enorme tela "O estúdio" foi rejeitada pela Exposition Universelle de 1855, o artista decidiu expor esse e outros trabalhos num pavilhão especialmente montado e deu à mostra o nome de "Realismo, G. Courbet". Adversário da arte idealista, incitou outros artistas a fazer da vida comum e contemporânea motivo de suas obras, no que considerava uma arte verdadeiramente democrática. Courbet chocou o público e a crítica com a rude franqueza de seus retratos de operários e camponeses em cenas da vida diária.

O realismo tornou-se uma corrente definida na arte do século XX. A ela se integram as cenas quase jornalísticas do lado mais desagradável da vida urbana produzidas pelo grupo americano conhecido como Os Oito, e a expressão do cinismo e da desilusão do período após a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, presente nas obras do movimento conhecido como Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade).
O realismo socialista, adotado como estética oficial na União Soviética a partir dos primeiros anos da década de 1930, foi pouco fiel às características originais do movimento. Embora se propusesse também a ser um espelho da vida, sua veracidade deveria estar de acordo com a ideologia marxista e as necessidades da construção do socialismo.

O maior teórico do realismo socialista foi o húngaro György Lukács, para quem o realismo não se limita à descrição do que existe, mas se estende à participação ativa do artista na representação das novas formas da realidade. Essa doutrina foi implementada na União Soviética por Andrei Jdanov. Em pintura, destacou-se entre os soviéticos Aleksandr Gherassimov. Os retratos de intrépidos trabalhadores produzidos dentro da linha do realismo socialista, no entanto, deixam transparecer um positivismo heroico, mas a ambição realista perde-se na idealização de uma organização social perfeita. Grande número de artistas soviéticos, partidários de uma sociedade de justiça social mas cerceados em sua liberdade essencial de criar, abandonaram o realismo socialista, deixaram a União Soviética e se integraram aos movimentos artísticos do Ocidente.

Entendendo...

O que é ética?
Para Aristóteles o homem deveria ser correto virtuoso e ético
A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Teria sido traduzida em latim por mos ou mores (no plural), sendo essa a origem da palavra moral. 

Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

O exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes vigentes tem início, na cultura ocidental, na Antiguidade Clássica com os primeiros grandes filósofos, a exemplo de Sócrates, Platão e Aristóteles. Questionadores que eram, propunham uma espécie de “estudo” sobre o que de fato poderia ser compreendido como valores universais a todos os homens, buscando dessa forma ser correto, virtuoso, ético. O pano de fundo ou o contexto histórico nos qual estavam inseridos tais filósofos era o de uma Grécia voltada para a preocupação com a pólis, com a política.

A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos.  Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Assim, a priori, podemos dizer que a ética se dá pela educação da vontade. Segundo Marilena Chauí em seu livro Convite à Filosofia (2008), a filosofia moral ou a disciplina denominada ética nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes. Isto é, nasce quando também se busca compreender o caráter de cada pessoa, isto é, o senso moral e consciência moral individuais. 

Segundo Chauí, podemos dizer que o Senso Moral é a maneira como avaliamos nossa situação e a dos outros segundo ideias como a de justiça, injustiça, bom e mau. Trata-se dos sentimentos morais. Já com relação à Consciência Moral, Chauí afirma que esta, por sua vez, não se trata apenas dos sentimentos morais, mas se refere também a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, a agir em conformidade com elas e a responder por elas perante os outros. Isso significa ser responsável pelas consequências de nossos atos.

Assim, tanto o senso moral como a consciência moral vão ajudar no processo de educação de nossa vontade. O senso moral e a consciência moral tem como pressuposto fundamental a ideia de um agente moral, o qual é assumido por cada um de nós. Enquanto agente moral, o indivíduo colocará em prática o senso e consciência, pois são importantes para a vida em grupo entre vários outros agentes morais.

Logo, o agente moral deve colocar em prática a autonomia enquanto indivíduo, pois aquele que possui uma postura de passividade apenas aceita influências de qualquer natureza. Assim, consciência e responsabilidade são condições indispensáveis à vida ética ou moralmente correta.

Curiosidade...

Membro fantasma
Pessoas que perderam algum membro do corpo sentem o membro fantasma.

Pessoas que perderam algum membro de seu corpo sentem o membro fantasma. Trata-se de sensações de dor no local onde o membro perdido se encontrava. Tais sensações ocorrem porque o cérebro detecta estímulos sensoriais por meio de seus neurônios distribuídos por todo o organismo. Estes, por sua vez, provocam atividades elétricas contínuas determinando ao cérebro as partes do corpo. Dessa forma, mesmo perdendo algum membro do corpo, os neurônios continuam a transmitir tais atividades elétricas.

Alguns estudiosos afirmam que a síndrome do membro fantasma refere-se à dor neuropática, ou seja, dor sem causa aparente provocada pelo mau funcionamento do sistema nervoso. A dor sentida normalmente é intensa e tende a se intensificar com o decorrer do tempo.

Há inúmeras controvérsias a respeito dos mecanismos neurofisiológicos que induzem tal fenômeno, porém a explicação mais aceita é de Pattrick Wall, neurocientista britânico que diz existirem alterações provocadas pela cicatriz nas fibras nervosas no coto do membro amputado e, ainda, a falta de estímulos periféricos seriam as causas do fenômeno. Não há nenhum tipo de tratamento para o fenômeno, pois não se sabe com precisão as suas causas. Conclui-se apenas que a síndrome do membro fantasma é baseada em fatores fisiológicos e psíquicos.

Existem ainda outras situações em que a síndrome do membro fantasma se manifesta em indivíduos, como lesões no plexo braquial (conjunto de nervos que se originam na medula espinhal), tetraplegia, retirada da mama, apêndice fantasma entre outras.

Piada...

O casal esta passeando no shopping e de repente a mulher pede que o marido lhe compre um lindo biquíni exposto em uma vitrina. - De jeito nenhum! - resmunga ele. - Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar! Continuam o passeio, logo depois a mulher pede que o marido lhe compre um vestido. - Com esse corpo de maquina de lavar? Nem pensar! A noite, antes de deitar, o marido convida: - E ai, benzinho? Vamos colocar esta maquina de lavar para funcionar? E a mulher: - Para lavar esse pedacinho de pano? Nem pensar! Se quiser, lave-o a mão!
http://www.piadasnet.com/piada287casais.htm

Devanear...

Razão de ser – Paulo Leminski

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Esperteza afiada...

Homem é preso por ameaçar taxista com foice em Praia Grande, SP (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Homem é preso depois de ameaçar taxista com foice em Praia Grande, SP
Motorista avisou a polícia piscando o farol do carro.
Apesar do susto, o taxista não se feriu na ação.
Homem é preso por ameaçar taxista com foice em Praia Grande, SP. 
Um homem foi preso no fim da tarde desta sexta-feira (19) em Praia Grande, no litoral de São Paulo, depois de ameaçar um taxista de morte com uma foice. O motorista conseguiu avisar a polícia piscando o farol do carro.
Segundo a Polícia Militar, o suspeito fez sinal para o taxista, como se fosse um passageiro comum, e embarcou. Pouco tempo depois, o criminoso passou a ameaçá-lo com uma foice. O motorista, mesmo assustado, viu uma viatura da PM e começou a piscar os faróis para chamar a atenção dos policiais.
A atitude deu resultado. A equipe percebeu que havia algo errado e abordou o veículo. O homem foi flagrado com a foice ainda na mão, mas foi rendido e detido sem reagir. O instrumento cortante aparentava ser novo e ainda estava com a etiqueta de preço. Segundo a polícia, o suspeito apresentava sinais de confusão mental e dizia frases sem sentido. Apesar do susto, o taxista não sofreu ferimentos. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande.

Mais uma etapa superada...